A Misteriosa Chama da Rainha Loana

A Misteriosa Chama da Rainha Loana Umberto Eco




Resenhas - A Misteriosa Chama da Rainha Loana


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San... 23/01/2013

Meu primeiro contato com Umberto Eco foi uma feliz surpresa. O protagonista é italiano, Yambo, e aos sessenta anos sofre um derrame, perdendo a memória. Mormente não haja abalo em sua memória geral, apagaram-se, em sua mente, sua história pessoal e os personagens - grandes e pequenos, que fizeram parte de sua vida. Ele então parte para o dificil resgate de suas lembranças pessoais, retornando à casa de sua infância, onde se depara com um verdadeiro museu em forma de livros, revistas, jornais, discos e lugares. Através dos olhos de um Yambo menino, pude visitar uma Itália situada no periodo compreendido pela segunda grande guerra mundial, dominada pelo facismo. Embora algumas situações se mostrem densas, trágicas, a ótica infantil confere leveza, inocência, doçura à narrativa. Não me atrevo a dizer que compreendo o caminhar de Yambo, de sua infância à adolescência, uma vez que a construção varia, sendo eu mulher, e brasileira e outras muitas diferenças que impedem uma comparação justa, mas ouso afirmar que, guardadas as devidas proporções, há similaridade de sentimentos, de sensações... O inesquecível e platônico primeiro amor, as situações de risco vividas às escondidas, as curiosidades saciadas secretamente, as descobertas nem sempre bem vindas, a religiosidade repressora, as muitas situações perdidas na névoa dos dias, e as belas ilustrações que complementam a narrativa são alguns dos componentes que fazem do livro um passeio especial.
Marta Skoober 24/01/2013minha estante
Oi, San.
O texto do Eco não conseguiu me pegar, do mesmo jeito que O nome da rosa também não. Pelo menos este eu consegui levar até o fim, embora alguns trechos me chamassem a atenção sofri pra terminar.
Talvez um dia eu o retire da prateleira e tente reler, quem sabe...
Gostei da resenha para o DL.




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Núbia Esther 23/11/2012

Yambo é um senhor de idade, que após salvar-se de uma grave doença e voltar do coma não se lembra de fatos da sua vida. O ano do “despertar” é 1991 e cada redescoberta de Yambo após voltar do coma é comparada com referências mil de Shakespeare, passando por Doyle até a Rainha do Crime, mostrando que sua memória semântica está em perfeita ordem e dando olé em muitas memórias por aí, já sua memória autobiográfica vai de mal a pior…

“[...] Dizem que os gatos, quando caem da janela e batem o nariz, não sentem mais os cheiros e, como vivem do olfato, não conseguem mais reconhecer as coisas. Eu sou um gato que bateu o nariz. Vejo coisas, entendo com certeza do que se trata, lá embaixo as lojas, aqui uma bicicleta que passa, lá as árvores, mas não… não os sinto em meu corpo, é como se tentasse enfiar o paletó de um outro.”

É tempo de redescoberta. Yambo precisa resgatar fatos e pessoas da sua vida e sua esposa Paola lhe sugere uma temporada na casa de sua infância em Solara, entre os muitos tesouros guardados no sótão da velha casa. E nessa busca pelas memórias, Eco nos convida a um profundo mergulho com seu protagonista, um mergulho repleto de textos, imagens, sons, lembranças… É assim que Yambo nos presenteia com inúmeras citações e referências literárias, algumas com tanta precisão que podem deixar um leitor cheio de manias ressabiado com tantos spoilers (pelo menos dos livros que ele pretende ler). Os períodos históricos que marcaram a vida do protagonista também são relembrados, década de 30, crescimento do regime fascista, Segunda Guerra Mundial… todos pontuados por um comentário sarcástico ali uma releitura de um acontecimento acolá e muitas curiosidades. E aos que nutrem admiração pelas obras icnográficas, o romance, por se tratar de uma obra ilustrada, é um prato cheio de gravuras, capas de revistas, ilustrações e capas de livros antigos, cartazes, embalagens, posteres, HQ’s…

O tesouro de Yambo vai servindo ao seu papel de resgate da memória e com o desvanecimento da névoa, acontecimentos marcantes nos são revelados, amores antigos, amores perdidos, a forma como a Segunda Guerra marcou à ferro e fogo a mente juvenil. Ao longo da narrativa personagem e autor se misturam, é impossível não perceber que tem muito de Eco em Yambo e o lirismo que o autor consegue impingir nas reminiscências de Yambo provavelmente só foi possível por ele mesmo ter vivido muito do que é retratado ali. Ainda tenho Baudolino como meu romance favorito de Eco, mas a leitura desse romance aqui me deixou com mais vontade ainda de conhecer as outras obras desse autor. Já que A Misteriosa Chama da Rainha Loana é considerado por uns o seu pior romance, só posso esperar boas leituras dos próximos na lista de leitura.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/11/19/a-misteriosa-chama-da-rainha-loana-umberto-eco/
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Breno 18/09/2012

Mistério racional
O livro de Umberto Eco tem um final emocionante, principalmente pelo tom autobiográfico. A segunda parte do livro poderia ser menos detalhada, a descrição extensa de tantos livros e discos é maravilhosa no início, porém entediante por causa de sua extensão.
Tal romance é visto como o pior livro de Eco - seria genial se os melhores livros de muitos autores fossem tão bem escritos e organizados.
Um ponto que enriqueceu o livro em vários trechos mas empobreceu o final é a visão constantemente racional de Eco diante dos fatos e até mesmo devaneios. Impossível não desejar um pouco da loucura desorganizada de livros como Leite Derramado e Budapeste, de Chico Buarque.
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José Sena Júnior 30/06/2011

Grupo de Discussão
Este livro é magnífico. Num certo momento comecei a perceber que se tratava de quase uma biografia do Eco. Parecia que ele (Eco) era o Yambo, personagem da história.
Entrem no Grupo: http://www.skoob.com.br/grupo/2083-umberto-eco
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BIU VII 17/05/2011

Reminescências
Para quem gosta de palavras e letras o livro de Umberto Eco é um retorno nostálgico a infância e a adolescência.
Guardadas as devidas proporções, Yambo, italiano, criança na época da 2ª Guerra mundial eu também encontrei,no livro, muita coisa em comum com minha infância, principalmente a busca por livros, recortes de jornais, fotos , fatos e informações no geral, antecipando o meu gosto pela leitura e escrita. A prosa leve que Umberto Eco usa torna a leitura do livro muito agradável, senti saudades quando terminei. A Misteriosa Chama da Rainha Loana é um livro abrangente, com gravuras sensacionais, e de uma nostalgia quase lírica.
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JuRs 15/05/2011

Ídolo
Não há ninguém que escreva com tanta propriedade como o Umberto Eco. Seus romances históricos ou não, são de uma profundidade de pesquisa que quase nunca encontrei em outros autores. Li sua obra quase completa desde que tomei contato com O Nome da Rosa. Acho que um autor brasileiro que escreve tão bem quanto ele é o Miguel M. Abrahão. Pena que quase não encontro sua obra. Mas a do Eco, graças a Deus, está toda impressa, mesmo que seja em inglês ou espanhol. Rainha Loana é meu favorito dele.
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patita 14/02/2011

Muito bom
Comecei a ler este livro meio ressabiada já que nunca consegui ler nada de Umberto Eco e olhe que me esforcei um bocado! As estórias são ótimas (veja O Nome da Rosa) mas a escrita dele é muito maçante. Então, resolvi lê-lo só porque foi um presente de alguém querido.
E não é que me surpreendi? A escrita continua tediosa mas a estória é linda. A melhor parte são as descrições das lembranças da infância de Yambo. Tocante e também muito esclarecedor sobre o período fascista na Itália.
Vale a leitura, mesmo se feita com um pouco de esforço.
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Egídio Pizarro 30/12/2010

É uma história boa, mas muito cansativa. Digamos que demora muito pra chegar nos "finalmentes", que são bem legais.

Outro ponto interessante do livro é que o Umberto Eco explorou muito bem os tempos da Itália fascista.
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Tiago Nicacio 07/12/2010

Um pouco sobre Umberto Eco
Neste romance, Umberto Eco dá voz às suas lembranças da sua infância na Itália por meio de seu personagem principal, Yambo - esse é o apelido, confesso que nem me lembro o nome real dele.

O livro já começa com Yambo internado, pois ele sofrera uma espécie de amnésia momentânea, tendo esquecido absolutamente tudo sobre sua vida pregressa e a de sua família. Tudo o que consegue lembrar são sensações; você logo percebe a relação especial do personagem com a neblina, que marcou um momento muito especial em sua vida.

Yambo sai do hospital e resolve visitar a antiga casa do pai, numa tentativa de reconstruir sua memória por meio das diversas revistas, Lp's, cadernos e todo tipo de arquivo e lembranças contidos naquela casa onde ele passou boa parte da vida.

Eu li esse livro após "O Nome da Rosa", e confesso que me decepcionou nas primeiras páginas. No entanto, quando Yambo começa a reconstruir sua vida através do papel, como ele mesmo diz, você começa a se envolver com a estória, e a delicadeza das lembranças e as diversas ilustraçõe do livro tornam a leitura das mais de 400 páginas uma prazeroza viagem à Itália do meio do século XX.
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Paulo 27/09/2010

Eco, Loana, eu e as chamas da vida
Em uma sexta-feira, 29 de Julho de 2005

Hoje pela manhã terminei a leitura do livro “A Misteriosa Chama da Rainha Loana” de Umberto Eco. O livro contra a história de um senhor com 60 anos de idade chamado Giambattista Bodoni, vulgo Yambo, que acorda em uma cama de hospital sem saber quem é. A amnésia de Yambo afeta apenas a memória afetiva mas deixa intacto todo o conhecimento adquirido através dos anos. De repente vê-se com mulher, filhas e netos e proprietário de um antiquário de livros.

Yambo retorna a seus locais de origem na tentativa de recuperar sua memória e passa a reviver cada um dos momentos que lhe tocaram a alma. Emoções, lembranças e história se mesclam nessa aventura sensível, romântica e pacífica. Durante a leitura é impossível não relembrar fatos e emoções que nos tocaram pela vida como também não rememorar as perdas que porventura colecionamos pelo caminho.

Enquanto nosso herói busca pela “chama” perdida, aquela que aquece a alma, que impulsiona o espírito e que desperta o desejo, me vi, através de sua narrativa, de volta aos tempos de escola, aos tempos que morava com meus pais, revendo, rememorando, julgando, satisfazendo-me e por vezes lamentando-me de atitudes vividas e não-vividas. Imaginação e realidade se tocam, se confundem, e talvez por mero acaso, tive a impressão de que eu era o desmemoriado.

“No centro da África com dois amigos, Cino e Franco chegam a um reino misterioso onde uma rainha igualmente misteriosa guarda uma misteriosíssima chama que garante vida longa e mesmo a imortalidade, visto que Loana reina sobre uma tribo selvagem, sempre lindíssima, há dois mil anos” é o que se lê numa revista esquecida sobre a chama que desperta Yambo para a vida, que então passa a contestar sua história: “Vivi todos os anos de minha infância – e talvez até depois – cultivando não uma imagem, mas um som. Esquecida a Loana ‘histórica’, continuei a seguir a aura oral de outras chamas misteriosas. E anos depois, com a memória revirada, reativei o nome de uma chama para definir o brilho de delícias esquecidas”.

Aqueles que são afortunados se comoverão com a história de Yambo e com a sua própria, e passarão compreender (quem sabe?) a si mesmos e aos que o cercam. Esta, meus amigos, é a verdadeira auto-ajuda.

Ler é preciso. Viver é imprescindível.
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Ceduardo 19/09/2010

Cansativo
A ideia do livro é boa, e Humberto põe em demonstração sua grande cultura como conhecedor de literatura. Mas o livro é um pouco longo para tema, ou seja, ele estica execessivamente o enredo. Como li outras obras desse autor, considero essa, até agora, a pior.
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Ruthlea Nascime 06/09/2010

Vantagens e desvantagens
A princípio eu achei o livro até legalzinho. A leitura meio que seguia seu ritmo próprio. Eu estava me envolvendo com as aventuras e desventuras de Yambo em busca da memória perdida. Eco traçou um panorama preciso da época do fascismo através da música, dos livros, jornais e revistas. É como mergulhar naqueles anos. É um livro bem interessante para quem quer conhecer bem esse período da Itália. Gostei particularmente de conhecer a mentalidade da época sobre os inimigos e a maneira como a propaganda de guerra tentava passar uma imagem falsa sem mentir. E as reflexões que ele faz sobre a memória, sem dúvidas valem a pena ser lidas.

A desvantagem do livro, na minha opinião é que o autor mergulhou realmente MUITO fundo. São tantas informações a respeito do período que a obra em alguns momentos fica um pouco cansativa. Mas quem persevera nesses momentos vê depois que vale a pena.

Mais da minha resenha no blog:

http://bibliolatras.blogspot.com/2010/09/misteriosa-chama-da-rainha-loana.html
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