Numa Terra Estranha

Numa Terra Estranha James Baldwin




Resenhas - Numa terra estranha


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Daniela 26/09/2022

Perfeito
Esse livro é extremamente completo, Baldwin cria personagens extremamente complexas, a narrativa é tensa no início e faz com que sintamos emoções diversas, raiva, medo pelo que vai acontecer com as personagens, compaixão, tristeza, ódio.
Mostra a complexidade do racismo e as tensões entre pessoas que acham que não são racistas, mas em como o racismo pauta todas as relações.
Traz temas importantíssimos como racismo, homoafetividade e homofobia, casamento e machismo.
Sem tornar as personagens meras vítimas.
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Rê Lopes 15/07/2022

Ainda tô bem pensativa sobre esse livro..
Não só pelo tema, mas por ver questões abordadas na época em q o livro foi escrito, ser tão presente em 2022.
Como até hj falar o óbvio é tão angustiante..
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Bia 25/05/2022

A terra estranha das relações humanas
Terra estranha (1962) é o terceiro livro de James Baldwin, autor e ativista estadunidense. O romance acompanha um grupo de amigos na Nova Iorque dos anos 1950, descrita com a agitação e a solidão simultâneas típicas das grandes cidades.

Tudo começa com Rufus, um jovem músico de jazz, negro, que perambula solitário pela cidade, sem dar notícias aos amigos e familiares há semanas, culpado pelo destino da ex-namorada Leona, branca. O melhor amigo de Rufus é Vivaldo, um jovem aspirante a escritor, branco, que por sua vez é amigo de seu ex-professor, Richard, que está publicando o primeiro livro, um romance comercial, e da esposa, Cass, ambos brancos. Mais à frente na narrativa, Vivaldo se relacionará com Ida, irmã de Rufus, garçonete e aspirante a cantora, negra. Por fim, temos Eric, um jovem ator em ascensão, branco, que está voltando da França para os Estados Unidos para um trabalho, reintegrando-se aos amigos.

O motivo pelo qual a cor dos personagens importa é que, consoante à época, a segregação racial ecoava suas consequências nos Estados Unidos e provocava o crescimento dos movimentos pelos direitos das pessoas negras, dos quais o autor era ativista. Assim, o racismo e as questões raciais atravessam a vida dos personagens, bem como as relações entre eles, junto às interseccionalidades entre cor, classe, gênero e sexualidade. Chega a ser angustiante quando alguns personagens brancos não conseguem ou não querem ter consciência das diferenças entre o lugar que ocupam na sociedade em relação aos amigos negros devido ao racismo estrutural.

A narrativa em terceira pessoa se desenvolve se atendo a um personagem por vez, num fluxo entre presente e passado que instiga e provoca. As relações entre os integrantes do grupo, que a princípio parecem bem definidas, se mostram cada vez mais complexas e movediças. A escrita de Baldwin é bela, acessível, inteligente, conecta as histórias com coerência mas também com liberdade para as interpretações do leitor.

Em Terra estranha, as histórias não se separam das temáticas, tanto sociais quanto essencialmente humanas, como as nuances e consequências do racismo, os relacionamentos interraciais, a diversidade sexual, a violência contra a mulher, a amizade, o amor e o autoconhecimento.

Foi minha primeira leitura de James Baldwin e me cativou completamente.

Você pode ler alguns trechos que grifei durante a leitura no post da resenha no Das palavras.

site: https://www.daspalavras.com/2022/04/terra-estranha-james-baldwin.html
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kiki.marino 07/09/2021

Um coração humano é um país estranho.
Tanto Baldwin quanto Lorca puderam compreender os vazios humanos de uma megalópole como Nova York, bem como o contexto social conturbado de sua época, que também é o nosso "agora".
Pobreza, segregação, racismo e a luta pela liberdade de amar pessoas do mesmo sexo, ou só amar... e a voz crescente das preocupações das mulheres contra os papéis tradicionais.
Baldwin escreve um carrossel de personagens e ambientes de multidões ou espaços íntimos, onde a solidão é crua e mortalmente devastadora.
Como Rufus, às vezes só precisamos do abraço de quem escuta ... algo difícil nas grandes cidades onde a vida se torna invisível.
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ANDER CELES 29/08/2021

História muito boa, mas sinopse enganosa...
A escrita de James Baldwin é muito boa. Sério. É uma escrita longa, a leitura é demorada, mas ele escreve muito bem, então nunca é cansativo. Mas não é uma leitura fast food. Ela é bem descritiva, fica vagueando na mente dos personagens muitas vezes, enfim...

A única coisa com a qual me decepcionei foi que o que a sinopse apresenta não foi o que a narrativa trouxe. Quando li, achei que o personagem Rufus fosse o personagem principal, e fiquei muito preso nas coisas que estavam acontecendo com ele. Mas então acontece "aquela coisa", ainda no começo do livro, e simplesmente ele some. E aí eu fiquei sem entender direito porque ele fez o que fez, o porquê da situação dele com a Leona chegar ao ponto que chegou... Isso realmente foi uma grande decepção de expectativa. E outra coisa que pensei, e que também não se concretizou, é que os outros personagens iriam ter suas histórias pautadas em torno do Rufus, que ele seria trazido em forma de flashback pra gente entender o que era a vida do Rufus. Mas não...

Tipo, eu gostei da história, gostei dos outros personagens, só achei o Rufus desnecessário, porque ele é apresentado, uma problemática com ele é apresentada, mas fica por isso mesmo.

Foi até difícil definir a nota desse livro, porque a história e escrita são muito boas, mas com essa ressalva.
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SanderleyAlves 14/07/2021

Uma leitura obrigatória
Se você tivesse a oportunidade de ler o último livro da sua vida, seja você de qualquer época ou lugar, "Terra Estranha" deveria ser esse livro. Apesar de ser profundamente angustiante e doloroso, não se passa além da realidade.

A história dos personagens é o retrato do quão bela e dolorosa pode ser nossa sociedade, e nos transmite uma obrigação cívica para nossa época e vindouras: continuar acreditando, pois embora "só o amor poderia conseguir o milagre de tonar uma vida suportável - só o amor, e mesmo o amor fracassava na maioria dos casos", temos o dever de persistir em acreditar!
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Maria.Conceicao 13/07/2021

Relações Interraciais
Uma história comovente entre relações interraciais. Forte, punjante, latente. Tangenciando o feminismo interseccional, mas focado, principalmente na ignorância branca sobre o que é ser negro ou negra em uma sociedade racista. Bem como, na falta de autoconhecimento dos brancos sobre si mesmos.
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Leticia 12/07/2021

"acho q a gente deve ser honesto com a vida que a gente leva
...Se não, não tem como conseguir a vida que a gente quer. Ou que a gente acha que quer. "

Meu primeiro livro desse autor e digo que umas das escritas mais lindas e fluidas que tive o prazer de pegar.

Terra estranha espremeu cada cantinho de tristeza escondido dentro de mim.Sobre coisas que vivi e sobre coisas que não vou viver, pq não são minha realidade, e machuca saber que você não consegue alcançar a dor que o outro vive , que você não vai entender completamente.

Eu recomendo a leitura, sempre tendo em mente, que é um livro cheio de questões fortes que podem te deixar triste. O importante o livro não para na tristeza ele leva nosso pensamento a diante.

Eu me apeguei aos personagens, mas toda vez que achei que os conhecia eles faziam algo inesperado, as caracteristicas deles se mantinham mesmo quando erravam.
E os personagens erram tanto nesse livro, mas a sociedade esta toda errada então...
Eu recomendo a leitura.
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Bruno Marcolino 11/07/2021

Terra Estranha
Sem condições para a escrita desse homem... você lê e parece que as palavras vão escorrendo de tão fluida e poética que a escrita é. Quanto ao livro, perfeito. É um romance muito real. Nada no livro é impossível de se ocorrer, até mesmo nos dias de hoje. Os personagens são todos verdadeiros, você gosta deles, odeia, sofre com eles. Um livro realmente incrível. Até agora, o favorito dos três que eu li dele.

Recomendo demais.
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VinAcius49 10/07/2021

!!!
Incapaz de resenhar, mesmo que de forma amadora como faço, por ainda estar impactado. Além de ?sem resenhas por aqui, apenas cumprindo o desafio?.
Sinceramente, eu só quero meus personagens (Cass, eu te amo) de volta, eu só quero continuar acompanhando eles ?
Obrigado, James. Viúvo de uma obra literária, novamente!
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Alessandro 21/04/2021

Um livro bom, delicado e com partes muito difíceis que envolvem questões raciais, de gênero e de sexualidade. Muito bom poder conhecer um pouco mais sobre o autor, James Baldwin.
Amanda 23/04/2021minha estante
Vou ter q ler


Alessandro 24/04/2021minha estante
É bom, miga! Mas com partes pesadas




Camila Faria 27/01/2021

Se as primeiras páginas de Terra Estranha não te transportarem para a Nova York dos anos 50 ~ e se a narrativa ágil, envolvente e minuciosa do James Baldwin não te arrebatar logo de cara ~ você tem uma pedra no lugar do coração. Que romance! A história central se desenvolve a partir do relacionamento de Rufus Scott e Leona, um baterista negro, nascido e criado no Harlem e uma garçonete branca e sulista, recém-chegada na cidade. A relação entre os dois é violenta, triste, fadada ao fracasso. Os demais personagens são igualmente importantes e belissimamente construídos: Ida Scott, a irmã cantora, o melhor amigo Vivaldo Moore, irlandês branco e aspirante a escritor, Richard e Cass Silenski, o casal heterossexual em crise. Seus encontros e confrontos acontecem de forma tão orgânica que a gente se sente parte desse universo racial e social. Não sei como o James Baldwin consegue, mas ele aborda tantos temas valiosos (sexualidade, racismo, sexismo, opressão, entre outros), de forma tão comovente e bonita… Um primor!

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-28/
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Vick 27/12/2020

James Baldwin só faz a gente sofrer e agonizar nesse livro.

Sinceramente nem sei direito o que falar ou como avaliar, nem minha nota sei se foi justa, só pus por costume, mas caraio, esse livro é uma experiência completa e totalmente fora da curva.

A própria escrita de Baldwin é uma coisa absurda, com suas passagens de tempo e flashbacks, que normalmente não gosto, mas foram tão naturais e bem executados que acabou sendo ótimo, a forma extremamente descritiva do cenário nova-iorquino (que me enchia o saco um pouco, mas desceu né), a construção e a "falta" de um personagem principal e o fluxo de troca de ponto de vista, ainda que narrado, que também foi super natural e tranquilo, foram algo que nunca li de um jeito tão bem feito e orgânico.

Acho que o autor executou o que ele queria de forma magistral, em certos pontos me vi um pouquinho imatura (talvez) pro que estava sendo dito ali, ainda que eu entenda que em partes a literatura venha exatamente com esse propósito de mostrar uma face diferente da sua, acho que em alguns momentos me faltou o de fato "ter vivido" algo coisa parecida e talvez até uma certa idade, numa passagem do livro, os próprios personagens falavam sobre o "ser jovem e ainda acreditar nas coisas, por ainda não ter vivido as desgraça tudo da vida" e bom, claramente eu.

Não acho que seja um livro triste, mas é um livro melancólico e duro, um livro que eu não diria realista, porque depende, mas tá bem longe de ser otimista, os personagens são de uma sinceridade que eu nem sei oque dizer, o livro talvez seja exatamente sobre o que o Vivaldo, um dos personagens principais, que é escritor, responde ao ser questionado do que se trata o livro que está escrevendo:

"Você está trabalhando em alguma coisa?"
"Num romance."
"Sobre oquê?"
"Meu romance é sobre o Brooklyn."
"A árvore? Ou os meninos, ou os assassinos, ou os drogados?"
Vivaldo engoliu em seco. "Todos eles."

Mas no caso de Baldwin, sobre toda a Nova Iorque.
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Alicia Gither 14/12/2020

visceral
é difícil tentar pôr em palavras tudo que a gente sente quando se lê um livro. acredito que, principalmente, quando se tem gostado muito dele. Terra Estranha é um desses livros que tentamos encontrar palavras para conseguir expressar sua grandiosidade, mas nada do que escrevemos - ou falamos - consegue fazer jus ao que sentimos.


ambientada nos anos 50, em Nova York, Terra Estranha não apresenta apenas um personagem principal, mas sim vários os personagens, os quais se tornam profundos e completos. Baldwin busca estabelecer o foco no relacionamento entre pessoas, nas relações humanas e suas interseccionalidades e, assim, demonstra sugerir como enxerga o ser humano: uma terra estranha, isolada por gênero, raça, classe e cultura. para o autor conhecer a si e ao outro requer muito esforço, comunicação e compreensão.


?Os rostos de pessoas estranhas não tinham segredos, pois a imaginação não os envolvia em nenhum mistério. Mas o rosto de quem se ama é desconhecido exatamente por estar envolto em uma parte grande de nós mesmos. É um mistério que contém, como todo mistério, a possibilidade do sofrimento.? (trecho da página 204)


Iniciamos a leitura conhecendo Rufus Scott, um homem negro, nascido no Harlem e músico de Jazz, o qual não muito bem na sua vida conhece Leona, uma mulher branca, vinda do sul dos EUA. é nesse primeiro relacionamento que o autor nos demonstra a complexidade desses relacionamentos, sobretudo sendo inter-raciais. a história de Rufus é ambietada na primeira parte do livro e, por isso, acaba sendo o fio condutor entre os outros personagens. Além de Rufus, iremos adentrar em Vivaldo, Cass, Richard, Ida e Eric.


É a partir deles que Baldwin irá nos fazer mergulhar em assuntos tão importantes como sexualidade, identidade, relacionamentos inter-raciais, entre outros. sua escrita apresenta sensibilidade e profundidade em retratar a complexidade de cada um deles. Além disso, o autor traz a intersecção de raça muito forte ao demonstrar uma crítica a forma como pessoas negras eram vistas na sociedade, apresentando, em sua maioria, o ponto de vista das pessoas brancas do livro sobre pessoas negras. sendo assim, é necessário esforço muito grande deles para compreender Ida e Rufus, causando esse mesmo esforço no leitor, pois, para Baldwin, só assim seria possível construir verdadeiros afetos.


Posso dizer que foi uma leitura rica, necessária, importante e sensível, a qual me fez mergulhar, criticar, sentir e entender sobre o que ele queria promover nessa leitura.
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