Memórias de um Sargento de Milícias

Memórias de um Sargento de Milícias Manuel Antônio de Almeida




Resenhas - Memórias de um sargento de milícias


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Daniel 17/04/2021

Um clássico da literatura brasileira
Um clássico brasileiro. Nesta obra, o autor registra os costumes antigos da sociedade carioca, já obsoletos hoje em dia, bem como atitudes e modos ainda em total vigor no Brasil em pleno século 21.
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Craotchky 01/10/2016

In memoriam
"Naqueles tempos uma noite de luar era muito aproveitada..."

AVISO: isso não é exatamente uma resenha do livro; pouco falo dele aqui. Mais de 50 resenhas escritas (algumas não publiquei) e esta é a primeira e certamente única durante a qual acabei chorando enquanto escrevia. Nem acredito.

Certo dia, em casa de minha avó, no meio de uma conversação, ela usou a palavra "trabalhadeira". Eu, tolo, corrigi-a imediatamente lhe dizendo que o correto era "trabalhadora". Durante os nossos anos de convívio ela repetiu essa e outras palavras trocando o sufixo "ora" por "eira". E eu, imbecil, continuava a tentar corrigi-la. Tentava tirar minha vó de seu tempo, de seu mundo. Qual então foi minha surpresa quando, certo vez, por conta própria, recorri ao dicionário e lá estava, "trabalhadeira". Naquele dia descobri que, apesar de ter caído em desuso, a palavra não é errada tal como eu julgava. Pelo que me lembro, retifiquei meu erro informando-a de que ela não estava errada.

Pois Memórias de um sargento de milícias faz uso de palavras com o sufixo "eira" e isso me fez lembrar de minha avó. A linguagem é bem acessível, de relativa facilidade de leitura e, por vezes, achamos as tais palavras em desuso. Um dos clássicos brasileiros que mais me agradaram - não li muitos. Esperava eu um livro sério, até meio militar por conta do título. Porém o livro é engraçado, divertido, agradável, sobretudo na segunda metade. Narra a vida e peripécias de seus personagens de forma descontraída e várias vezes o narrador fala diretamente com o leitor, fato que proporciona conexão, intimidade.

"Quando temos apenas 18 a 20 anos sobre os ombros, o que é um peso ainda muito leve, desprezamos o passado..."

Tive que me policiar, cortar um bocado do texto, impor-me limites, do contrário você teria se enfadado com mais coisas sobre minha vó. Como ela chamava uma meia de carpim, uma carteira de niqueleira... Enfim, não vou começar de novo. Não penso muito nela. Depois de sua morte, hoje foi o dia em que mais pensei. Não lembro de já ter chorado por alguém falecido. Não esperava por isso.

Quero deixar claro que o choro não foi pela correção que eu fazia pois não me arrependo disso, faria novamente tudo igual, faz parte do que eu era e do que eu sou. As lágrimas foram por lembrar dela, pelas diversas recordações que me vieram. Tudo sem muita explicação.

Minha avó paterna, de nome Doralice, porém chamada pelos conhecidos de Dona Lídia, nasceu em 1923 numa dessas distantes estâncias do Rio Grande do Sul. Contaria hoje, se ainda vivesse, 93 primaveras completas. Faleceu em novembro de 2014 com 91 anos. Nunca leu um livro. Nunca aprendeu a ler e escrever. Nunca me passou pela cabeça ler algo para ela. Lamento. Apenas uma última coisa:

Eu adorava as raras vezes que ela deixava escapar algum palavrão.
Camila 01/10/2016minha estante
Que lindo Filipe :)


Bruno 01/10/2016minha estante
:/


Márcio_MX 01/10/2016minha estante
E sua resenha me fez lembrar da minha e o quanto não aproveitamos os nossos quando deveríamos, mas só percebemos isso quando nós mesmos nos tornamos o que eles eram.
Parabéns e abraço!


Cintia278 02/10/2016minha estante
Nossa, que lindo!


MrSatso 02/10/2016minha estante
Obrigado, pelo texto lindo, e por compartilha-lo. =/


Craotchky 02/10/2016minha estante
Muito feliz com a manifestação positiva de vocês todos, é o melhor incentivo para continuar escrevendo resenhas.


I Danielle I 05/10/2016minha estante
Me identifiquei muito contigo, tanto na parte pessoal quanto na impressão sobre o livro. Parabéns, adoro tua escrita.


Jess 04/01/2017minha estante
Comovente; muito bonito.


oxyagrion 08/08/2022minha estante
filipe, rapaz... lindo. verdadeiramente lindo.


Craotchky 08/08/2022minha estante
Obrigado, queridíssima Oxy, pela atenção em ler




Peter.Molina 17/10/2023

Um clássico nacional
Este livro conta várias histórias que se passam no Rio de Janeiro em meados do século XIX, com personagens muito divertidos, cenas impagáveis, humor e até romance.Muita ação em torno do jovem Leonardo, que desde pequeno só se mete em confusão. Está edição da Panda Books tornou a leitura bem agradável porque esclarece o significado das palavras mais complicadas, as do Português mais arcaico. Uma leitura leve ,divertida com bons momentos.
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Altieris 10/01/2022

Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de Almeida
Envelheceu mal, queria tanto que funcionasse, mas foi enfadonho, trechos gratuitos de violência doméstica, racismo, sátiras de religiões de origem africana, sem contexto, sem reviravoltas, personagens fracos sem dimensão, sem crítica social, sem desenvolvimento interno de personagem, enredo morno, cidades vazias, personagens avulsos jogados sem necessidade de tê-los ali.

E o final mais horrível, misógino e machista, onde uma mulher teve que ter relações íntimas com um chefe para livrar a cara de um privilegiaduzinho que não queria levar uma simples chicotada. Nossa ele ia morrer se levasse uma chicota.

Aff horrível gente, há livros melhores, não gaste seu tempo primoroso com este.
Alan Martins 11/01/2022minha estante
O panda é fofinho, mas quando fica bravo... Rapaz! Brincadeira kkk
Boa resenha. Pretendo ler, não tão cedo, mas já estarei preparado para aquilo que vou encontrar.


Altieris 11/01/2022minha estante
kkkkkkkkk


Altieris 11/01/2022minha estante
Foge Alan, foge deste daqui, super morna a história kkkkk




EduardaMarquess 01/11/2023

A leitura não foi como esperava, acho que meu erro foi exatamente esse: esperar muito do livro.

A história se passa durante o Brasil imperial, vemos, narrado por alguém que está um pouco a frente, a partir das suas memórias.

Acho o desenvolvimento bem feito, contudo, o final achei meio vaga, foi deixado para resolver tudo nos dois últimos capítulos. Ok, teve uma construção por trás, mas não amarrada o suficiente ao meu ver.

Não consegui me prender a nenhum personagem, mesmo achando a construção deles bem feita.
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Cris 03/10/2022

Leonardinho, o 1? malandro já lido por essas bandas ...
'Memórias de um Sargento de Milícias' é um romance de Manuel Antônio de Almeida e originalmente era publicado semanalmente como folhetim pelo Correio Mercantil em meados de 1853. Escrito na época de D. João VI, traz como destaque a vida de Leonardinho considerado como o 1? malandro da literatura brasileira, tal enfoque diz muito sobre o personagem e em tom cômico trilha todos os caminhos por ele percorridos desde seu nascimento até os dias de uma fortuita aposentadoria ao lado de seu primeiro amor, Luizinha.

Leonardinho é fruto de uma relação bem rápida entre Leonardo - Pataca e Maria das Hortaliças, dois imigrantes portugueses recém-chegados ao Brasil. Desde muito cedo o garoto se mostrava travesso e aquém de qualquer ideal tanto para os pais quanto para toda a vizinhança, só caía nas graças de seu padrinho que morava em frente à sua casa, tal proximidade fora extremamente importante para ele visto que o protagonista não demoraria muito a ser abandonado pelos pais após presenciar uma briga dos dois. E a partir daí, veremos o tal padrinho fazer das tripas coração para que Leonardinho se dê bem na vida tentando até o clérigo sem nenhuma vocação, é claro.

O tempo passa e o garoto agora homem feito embora fosse ajudado de várias maneiras não se interessava por nada a não ser a vadiagem rs. O estereótipo do malandro metido a mulherengo o acompanha por anos a fios dando aos leitores capítulos engraçados e por vezes difíceis de acreditar trazendo à tona a classe literária pertencente ao livro. Um finzinho de Romantismo que flerta abertamente com o Naturalismo e o Realismo no qual mostra personagens bem construídos em seus ideais altamente controversos; aqui não há mocinhos e nem vilões em sua totalidade, todos fazem parte de um único indivíduo formando assim os pilares da sociedade na época.

Por mais que o enredo seja sim um tanto simplista, é muito bem desenvolvido e traz personagens e situações que apenas enriquecem o livro em si. O que mais gosto de acompanhar nesses clássicos eternizados se refere aos usos e costumes daquele momento, ora me assemelho, ora reviro os olhos com tamanha ignorância. Um outro ponto bem interessante, é ler como a política se comportava e como as autoridades prendiam as pessoas, abrindo espaço para mais um personagem muito importante na trama, o Major Vidigal.

'Memórias de um Sargento de Milícias' lembra bastante um novelão cômico e indico a todos os amantes de clássicos. Além de podermos conhecer personagens caricatos, podemos também nos aprofundar acerca dos costumes da sociedade da época. Também vale lembrar que essa leitura é extremamente recomendada para estudantes que pretendem prestar o Enem ou vestibulares. Sendo assim, bora lá.
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Carol_lp 15/04/2023

Memórias de um Sargento de Milícias
Gostei! A forma como o livro é narrado é muito boa!!! A leitura é fluida e fácil, foi muito interessante ver como os personagens estão ligados e a forma que convivem!
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Hannah Andressa Delgado 03/07/2020

Eu sou completamente apaixonada por Memórias de um Sgt de Milícias. Foi a 3° leitura que fiz deste romance cuja classificação é mesmo complicada pois rompe com os moldes literarios vigentes.
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mylane 16/08/2020

A história se desenrola através de um personagem principal que deixa bebem Claro a sua essência moleca, nem mesmo diante do amor interessado ele se "apruma" é mesmo diante de uma história principal ainda vemos o desenrolar de várias outras no entorno muitas aventuras e esperteza.
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Gabriela 29/06/2021

O malandro brasileiro
A figura do malandro brasileiro nasceu aqui, com o Leonardinho. Uma criança irritante, cresce pra se tornar um adulto inconveniente, mas que ainda assim permanece "gostável" como personagem principal. Com a escrita do Antônio de Almeida até o Major Vidigal se torna bacana em determinado momento.
O livro é cheio de brasilidade. Temos festivais, costumes, gírias brasileiras, tudo muito característico nosso. Um verdadeiro romance de costumes. Porém, não faz jus ao Romantismo (completamente), ele fica na beirada, entre estilos.
Uma história muito divertida, engraçada, rápida e fácil de ler. Bem diferente do que eu esperava!
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laurinha 20/02/2023

“São das saudades que me atormentam na dura ausência de meu amor”.
A história gira em torno do anti-herói Leonardo, um verdadeiro malandro, que acaba sempre metido em confusão. A obra é narrada com uma boa dose de ironia e sátira, com uma linguagem simples e fluida. Além da forte ponta para o humor, pode-se notar a formidável construção dos personagens, eles não são nem mocinhos nem vilões, todos exibem virtudes e defeitos.
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Loura 18/09/2022

Para quem quiser começar a ler.
É um acidente na história do Romantismo, não tem poucas características do romance típico e está mais para uma comédia de costumes. Traça de forma humorada e pouco idealizada a vida das camadas mais baixas no tempo do rei. Para aqueles sem uma jornada no mundo dos livros e na literatura brasileira, é um começo agradável e motivante.
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Denise.Martins 21/05/2020

Memórias de um Sargento de Milícias.
Manuel António de Almeida. O obra apresenta traços do Romantismo e do Realismo. Conta a história de Leonardo desde sua concepção até a idade adulta. O autor descreve com brilhantismo o estilo de vida, hábitos e costumes do fim do século XVIII no Rio de Janeiro. Com um estilo um pouco sarcástico e de fácil compreensão sua obra é muito indicada para adolescentes, mas agrada também os mais velhos. Gostei, leitura leve rápida. Puro lazer.
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Milenaaaaa 09/11/2020

A história não me prendeu
Não gostei muito do livro, a história em si não me prendeu e, em alguns momentos, eu tive a vontade de abandonar o livro
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Tati 19/04/2021

Leonardo típico malandro
O livro tem um lado voltado para a vida e dia-a-dia de classes mais baixas da população brasileira, mostrando cenários religiosos e festivos; mostra também uma vizinhança fofoqueira e pessoas que se dão bem de maneiras desonestas. Leonardo, personagem principal, é o típico malandro; mesmo depois de adulto ele não possui uma visão madura, não tem perspectivas em relação ao futuro, se deixa levar por suas emoções, gosta de desafiar as autoridades e não valoriza o que as pessoas fazem por ele. As personagens do livro, nada graciosas, e a narração, um tanto irônica e sarcástica, mostram que o autor fugiu totalmente do idealismo romântico da época, dando um ar realista à obra. Além de ter um desfecho onde Leonardo é promovido e casa-se com Luisinha, sua ?primeira paixão?, o livro antecipa a morte de algumas personagens e futuras desgraças, que são poupadas aos leitores.
A maneira como os capítulos estão divididos e o modo como o narrador interage e explica fatos da história trazem certo dinamismo à leitura, e a tornam mais confortável; o que mais gostei na obra foi seu tom irônico e sarcástico, além do modo descontraído em que ela é narrada.
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