Camis 08/07/2014Após ter descoberto o grande segredo que cerca sua família e a de Rush, Blair colocou o pé na estrada e voltou pra sua antiga cidade no Alabama. Seu objetivo era ficar definitivamente longe de Rosemary e todas as pessoas que moravam na cidade que lhe trouxe tanta dor, principalmente de Rush. Mas seus planos vão rapidamente para o espaço.
Depois de fazer uma descoberta que irá mudar seu futuro definitivamente, Blair precisa tomar uma grande decisão. No Alabama não há mais espaço para ela, não é ali que ela pertence, mas voltar para Rosemary seria ir contra tudo aquilo que ela acredita. Porém, ela não tem escolha. O único jeito de tocar a vida é voltar para o clube onde trabalhava para Woods, ganhar dinheiro suficiente, e colocar o pé na estrada mais uma vez, deixando pra trás de vez o seu passado.
Blair estava preparada para retornar para Rosemary e ter que conviver com Rush e sua vida de filho de astro do rock, como ela já teve que conviver meses antes. O que ela não imaginava é que Rush estava aos pedaços desde sua partida, e que a vida de bad boy há muito tinha virado um passado distante para ele. Os planos da garota eram se dedicar ao trabalho e depois sumir da vida da família Finlay definitivamente, mas Rush possui outros objetivos que envolvem, principalmente, reconquistar o amor e confiança de Blair.
Tentação Sem Limites não conseguiu alcançar o mesmo nível que o livro anterior da série. Pra ser sincera, após ler Paixão Sem Limites, esperamos um verdadeiro espetáculo na continuação, mas infelizmente isso não acontece. O livro não chega a ser ruim, ou dispensável, ele apenas não consegue manter o mesmo padrão de enredo que o volume anterior. Deixem que eu me explique melhor:
Em Paixão Sem Limites Rush é um cara sexy, bad boy, e apaixonante. Dizer que ele está menos sexy em Tentação Sem Limites seria uma injúria. Entretanto, dessa vez ele abandona seu lado bad boy pra se dedicar inteiramente à tarefa de ser o capacho de Blair. Chega a ser enjoativo a maneira como Rush passa 100% do seu tempo tentando mostrar que se arrependeu. Pra quem curti romances melosos será um prato cheio, porém, eu prefiro aqueles em que o exagero não se faz presente em momento algum, ou nos que os homens não são tão “pau mandado” das mocinhas. Em resumo, Rush perde a pinta de garanhão, pra se tornar um cara desesperado e sem noção dos limites.
Outro ponto que me desencantou com relação a série: Blair é mais uma daquelas personagens com baixa autoestima. São extremamente irritantes as lamentações de Blair sobre “Rush sempre vai preferir a família”, “não tenho nada a oferecer”, “sou uma coitada sem ter pra onde ir e com uma responsabilidade enorme nas costas”, blá blá blá... Em um momento a garota está determinada, mostrando que está pronta pra batalha, e no outro parece uma pessoa completamente diferente que não se dá o menor valor.
No primeiro volume da série Blair conhecia seu valor e fez Rush reconhecê-lo, enquanto que no segundo, o papel se inverte, e agora é ele quem tem que ensiná-la a se valorizar. Ou seja, Blair se torna um pouco desapontadora, com seu jeito orgulhoso, estúpido e melancólico, perdendo sua verdadeira personalidade.
Mas o livro não possui só pontos negativos. Rush, apesar de grudento, está mais maduro que no livro anterior, pronto para tomar decisões importantes em sua vida. Novos personagens entram no enredo; podemos acompanhar, ainda que indiretamente, a continuação do romance de Bethy e Jace; e sem falar que Woods continua sendo o Woods: gentil, amigo e dedicado. Arrisco em dizer que Woods, pelas suas atitudes decentes e moderadas neste livro, acabou se tornando meu personagem favorito.
A narrativa continua sendo feita por ambos os personagens: um capítulo da Blair, e o próximo do Rush, seguindo o mesmo padrão do livro anterior – nada de cenas pra preencher página. Abbi Glines com certeza me fará ler o próximo livro da série, mesmo não tendo correspondido todas as minhas expectativas neste aqui, porque, afinal, quem não iria querer ler mais sobre Blair e Rush?
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