spoiler visualizarDanilo377 28/07/2023
"Tudo o que as gerações passadas haviam conquistado era, agora, como nada."
Se eu fosse descrever este livro em uma única palavra, seria ela: imprevisível. Acredito que se trate de uma obra que atinja cada pessoa de uma forma distinta, pois, quando menos se espera, o livro faz uma curva de noventa graus, te lançando na direção oposta àquela que você achava estar indo. E isso, sem sombra de dúvidas, foi um dos elementos que me manteve preso ao livro, especialmente porque há uma incrível amarração de todos os eventos à medida que a leitura avança.
As frequentes passagens de tempo me lembraram bastante o conto A Última Pergunta, de Isaac Asimov, e as achei bastante divertidas e interessantes, pois sempre ficava curioso de saber para quando - e até quando - a história iria seguir. Embora seja algo que impeça que sejam criados vínculos mais fortes com os personagens, isso não me incomodou muito, pois a curiosidade de saber a motivação para tudo aquilo sempre esteve presente e predominante.
Eu resumiria a minha experiência ao ler O Fim da Infância de acordo com as divisões do próprio livro: o início despertou bastante a minha curiosidade; a metade me desnorteou por completo, pois vi que seguiria por um caminho que jamais imaginei; e o fim me deixou perplexo e comovido com o destino da humanidade e do próprio planeta Terra, após o seu primeiro - e único - contato com as estrelas.