Estação Carandiru

Estação Carandiru Drauzio Varella




Resenhas - Estação Carandiru


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eu_carmemm 09/08/2023

"É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar preso na Casa de Detenção"
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Biatunix 09/08/2023

Próxima estação: Carandiru
"No dia 2 de outubro de 1992, morreram 111 homens no pavilhão Nove, segundo a versão oficial. Os presos afirmam que foram mais de duzentos e cinquenta, contados os que saíram feridos e nunca retornaram. Nos números oficiais não há referência a feridos. Não houve morte entre os policiais militares".

Lembro da primeira (que também foi a última vez, ate então) que desci na estação Carandiru, para ir no parque da esperança, minha turma ia fazer um piquinique por lá, o lugar extremamente grande, campos verdes, um prédio da Etec de artes. Fiquei pensando no presídio que tinha ali, na história dele, naquela altura eu já tinha visto o filme do Carandiru e fiquei completamente baqueada com toda aquela história.

Vendo o filme, fiquei surpresa do Dr. Drauzio ter trabalhado lá como voluntário, eu que já conheci ele como o senhorzinho simpatico e querido como ele é, nunca imaginei que teria feito algo tão altruísta. Foi ai que meu irmão contou que o filme era baseado no livro e fiquei com vontade de ver a perspectiva dele sobre tudo.

O livro é uma enorme reflexão, pelo menos foi pra mim. No final das contas, não somos todos seres humanos que somos dignos de perdão? Não cometemos erros e nos arrependemos? Qual a diferença de nós para eles? No final, acho que é diferença é que alguns tem oportunidades e outros precisam traficar e roubar para sustentar a família, pra mim o verdadeiro vilão sempre será o capitalismo.

Admito que conforme fui lendo, fui me apegando em alguns personagens e torcia para terem conseguido sair da cadeia e seguir com a sua vida, me batia uma dorzinha quando algum deles morriam, no final a vida é foda e com final amargo.

Não me entra na cabeça o massacre policial, sei que é completamente crível, polícia gosta de matar preto sem nem pensar duas vezes sobre, mas sim por matarem pessoas que nem tiveram o direito de se defender. No final, nenhum policial foi indiciado por nada.

Por fim, a narrativa é maravilhosa, é meio cortada, no início chega a confundir, mas depois fica bem fluído, é como estar dentro da cabeça do Doutor, enquanto ele relembra de tudo.

Dito tudo isso, esse livro só poderia ter cinco estrelas na minha opinião.

As vezes, preciamos sair da nossa bolha e olhar o outro, então deixar que o véu da verdade seja puxado, percebendo nosso privilégios e agradecendo a Deus, por não precisar roubar, traficar, matar etc. para ter o que comer e para sobreviver. E que fique a oração, para que ninguém tenha que passar por isso.
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Nayara364 06/08/2023

Em duas palavras "apenas Dráuzio"
A experiência de ler um livro reportagem é sempre incrível, ainda mais sendo jornalista, a delicadeza, a humanidade, escrita, atenção aos detalhes e a narrativa, me encantam. Dráuzio Varella faz isso como ninguém, a sensibilidade que todo médico deveria ter somado ao talento extraordinário na escrita faz com que ele se situe em um patamar acima de diversos jornalistas. No âmbito do livro é perceptível que o autor realizou uma pesquisa extensa sobre a penitenciária e seus personagens, como os presos, funcionários, voluntários e visitantes, a leitura é densa e com várias camadas, algumas histórias chamam maior atenção, porém todas servem como reflexão e ensinamento sobre o sistema carcerário brasileiro e como ele trata os prisioneiros e seus servidores. No fim a angústia de ler os relatos dos sobreviventes do massacre do Carandiru que durante o livro foram apresentados não só pelos crimes que cometeram.
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Malu 02/08/2023

Muito mais que medicina
O livro conta um pouco da trajetória do Drauzio no presídio Carandiru e muita histórias dos detentos se entrelaçam. O livro conta a história de muitos deles, em toda sua integralidade, mostrando também a questão do vício em drogas, epidemia do HIV, mortes violentas e principalmente as condições precárias de humildade vivenciadas no local. Um livro pesado e ao mesmo tempo reflexivo para podermos entender o que não está visível apenas na nossa bolha social.
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Selma14 01/08/2023

Melhor que o filme
Drauzio relata com firmeza. Ele conviveu e tratou daqueles presos. É pioneiro no combate do vírus HIV no sistema carcerário. É um homem de muita coragem.
Gostei demais das história, umas tristes/revoltantes, outras engraçadas. É um livro que todos devem ler.
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francezju 31/07/2023

Esse livro é muito bom. O Drauzio relata o cotidiano na Casa de Detenção de são Paulo, o Carandiru, fala como funcionava a organização lá dentro, relata a história de várias detentos, fora e dentro do presídio e mostra a realidade deles. O livro e as histórias que ele conta são muito interessantes, e saber que isso aconteceu de verdade faz com que seja ainda mais impressionante. Recomendo demais.
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Lucas 28/07/2023

Ótimo
Sem palavras para a forma como Drauzio relata sobre o sistema carcerário do complexo do carandiru.
Ótimo livro sobre relatos que não vêem a luz do dia...
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Larissa.Peri 28/07/2023

Não sei bem o que dizer!
Carandiru, assim como alguns outros livros que li, me traz a sensação de que, a maior parte das pessoas não veem condenados como parte da sociedade, e sim, o que á de ruim nela.

A maioria tem ideias de como resolver o problema momentaneamente, mas não de forma justa e humanitária.

Carandiru mostra, o descaso, a falha do governo para com os condenados, a maior parte das pessoas não acreditam na ressocialização desses presos, o que é extremamente triste.

Afinal, quem não tem oportunidades no mercado, acaba por procurar uma oportunidade no mercado ilegal, o Carandiru demonstra que existe um problema, que é, a muitos anos, coberto com uma peneira, e que, aparentemente é coberto até hoje.

Esse livro é escrito pelo Dr. Drauzio Varella, de forma inteligente e sagaz, acabei ouvindo o áudiobook que é narrado pelo mesmo, incrivelmente bem narrado.

Leitura rápida, mas muito forte, pretendo explorar seus outros trabalhos no mundo literário!
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Marisgc 27/07/2023

Aí é sem chance
Na realidade eu li a edição publicada em 2017 da companhia das letras, portanto toda a descrição em relação a publicação é em referência a essa edição.
Começando pela publicação então, um ponto que facilita muito a leitura (principalmente das quais referenciam lugares e regiões por exemplo) é a presença de aspectos visuais, neste caso a planta com a visualização da divisão da casa de detenção. Essa planta faz total diferença na leitura, pois os espaços são constantemente referenciados. O livro também trás diversas fotografias que dão ao leitor uma concretização das descrições postas no livro.
Sobre o livro, é um livro muito bem escrito e a leitura flui muito bem, acaba por ser rápida. A história é contada pela condução do Dr. Drauzio com comentários dos próprios presos sobre o funcionamento do presídio, o dia a dia, as regras de convivência, os crimes etc. A história construe uma linha temporal da entrada do Dr como voluntário até o ataque em 92, perpassando por diversos pontos relevantes nessa construção, como o combate a disseminação da aids, as eras das drogas, tuberculose e ente outros fatos narrados pelo Dr. e comentado pela própria malandragem. É um livro riquíssimo e uma ótima leitura.

Ah, um ponto importante que vale ressaltar. O livro não trás em detalhes e fatos sobre o que aconteceu durante o ataque, a ideia é mais focada na experiência do Dr. e nos personagens. Nesse ponto, sobre o ataque, as descrições são exclusivamente dos sobreviventes.
Winner 31/07/2023minha estante
Tive uma professora, que posteriormente se tornou minha madrinha, pela amizade que fizemos, que foi voluntária junto ao Dr. Drauzio nas ações de combate à AIDS. Ela cursava artes cênicas e tinha aula com Leonardo Boff e ele, então parceiro do Varella, construiu lá dentro o trabalho do teatro do oprimido nas ações de apoio aos presidiários portadores do HIV e nas campanhas para evitar novas contaminações, e ela fez parte disso tudo. É emocionante ouvir as narrativas pessoalmente de quem esteve lá. Se quiser, uma hora te apresento ela, Mari.




ms_andressa 27/07/2023

Pesado
Apesar de tudo o que você descobre sobre as vidas dessas pessoas, alguma empatia você acaba criando pelos personagens e então, do nada, vem esse final devastador ?
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luzi 27/07/2023

Não sei nem o que dizer... quero recomendar esse livro pra todo mundo e ler tudo que o dr. auzio varella já escreveu na vida
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Dani 26/07/2023

Muitas vezes não retratados ou apenas de forma mais animalesca, Dráuzio consegue representar as pessoas, não apenas os crimes cometidos ou em quais códigos estão enquadrados. É um livro duro de ler, muitas vezes tive que parar para absorver a bruta realidade, mas é uma leitura muito necessária. O livro culmina no massacre do Carandiru, sendo descrito por alguns dos presos que sobreviveram.
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fev 26/07/2023

4,25

Estação Carandiru é mais um dos vários atestados que mostram que falhamos como sociedade. Falhamos em proteger, dar educação, suprir necessidades. Falhamos por não saber gerir e governar. Ainda é uma falha presente e insistente.

Drauzio Varella faz sem juízo de valor ou apontar o certo e o errado conta episódios de presos, carcereiros e outros envolvidos no dia a dia de um complexo prisional de São Paulo. Para resumir é tudo muito insalubre, violento e sem muitas perspectivas positivas.

Esse livro me lembrou mais uma vez o quanto o ser humano pode ser perverso, mas também digno. Mas antes de tudo contraditório. Não adianta buscar explicações porque não será fácil de entender. É tudo muito surreal.

Pessoas que se perderam e não se encontram mais e que foram abandonadas pelos governantes. A parte da sociedade que deveria proteger e modificar essa situação atua de forma mais violenta e corrupta. É como se não houvesse mais solução e esperança.

Estação Carandiru é um grande livro, mas reúne o que há de pior em nós: a desumanidade. Fica a recomendação da leitura e da excelente adaptação de Héctor Babenco.
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liceq 26/07/2023minha estante
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