Vanessa 26/07/2019
O Rei COM Espinhos
Pessoalmente, acredito que para um livro ser incrível ele precisa, necessariamente, de 3 tópicos da listinha da alegria de meu mundo literário: 1- uma escrita criativa que fuja das descrições limitadas e supérfluas, que seja prazerosa de ler; 2- personagens COMPLEXOS, com nuances, realistas; 3- uma boa dose de coisas inesperadas e surpreendentes (mais comumente conhecido como queixo caído).
No segundo livro vemos nosso querido Jorg em linhas temporais alternadas, passado e presente, muito bem construídas, diga-se de passagem, pois o autor consegue oferecer um clima de mistério e perguntas que perdura até o final do livro. No início eu até fiquei boiando, com a impressão de ter perdido algumas páginas, pois o autor nos coloca redeados de bondes todos já andando e a gente que se vire, mas meus caros , não desanimem! As respostas vêm e de forma muito boa no decorrer do livro.
As dimensões das trapalhadas dessa irmandade liderada pelo agora rei das Terras Altas crescem, assim como as ambições de nosso protagonista, ao mesmo tempo que novas fachadas escondidas por esse sanguinário jovenzinho são postas a mostra. Ver lados mais "humanos" em Jorg no quesito família principalmente, faz entender mais a essência e o porque de suas atitudes desbravadas. Em várias partes eu queria pegar ele no colo e dizer que ficaria td bem, até por isso axo que diferente de muitos colegas leitores residentes nesse mundo maravilhoso chamado internet, eu torço e gosto da personagem do Jorg, apesar das mancadas que ele faz.
O “jogo” cresce e com ele novos personagens tbm aparecem para incomodar o protagonista, que logo está cercado por inimigos, portanto é importante prestar atenção aos nomes pra não ficar perdido em meio aos muitos personagens.
A sensação do momento nesse livro é tensão, muitas reviravoltas, batalhas, violência. Ocorre lá pro final do livro a derradeira batalha e meus amigos, que batalha! É difícil encontrar conflitos bem feitos nos livros, já que normalmente o que ocorre é os personagens principais se encontrarem logo de cara e acabarem de vez em uma só luta, deixando a guerra, feita de várias investidas, meio de lado. Isso não acontece aqui, e digo mais, se houvessem mais lideres com a inteligência e criatividade do rei Jorg para se livrar de suas enrascadas, a questão numérica em uma guerra não seria definidora.
Poderia escrever mais baboseira que a Katherine sobre esse livro, mas as experiências próprias são melhores, então termino esta resenha dizendo que da mesma forma que o Jorg no final do livro tinha 3 ações suas para se orgulhar, eu tenho os 3 motivos da listinha da alegria a lhes dar para ler essa obra maravilhosa da literatura.