Claudinei 19/11/2021
Épico! Nota 10
As espiãs do dia D ? Editora Arqueiro ? Selo Pop Chic 2015.
Romance muito bem escrito por Ken Follet ambientado no período mais conturbado da história do século passado, o período da 2° guerra mundial. Apesar de ser um período triste, é de onde se é possível extrair as melhores histórias sobre heroísmo, coragem e bravura, como é o caso aqui, que claro, é uma ficção, mas foi inspirado em um episódio ocorrido com bravas mulheres dias antes do dia D.
Essa história foge um pouco dos conflitos principais da guerra e foca mais no segundo plano, o lado dos agentes secretos, que formavam pequenos grupos de resistência e agiam como sabotadores contra os nazistas em vários lugares da Europa, e é na cidade de Reims na França que se passa a missão atribuída a uma dessas células de resistência, de destruir a maior central de comunicação nazista, que após um primeiro fracasso, uma das líderes do grupo decide não se dar por vencida, e após alguns insights em sua fuga, tem um novo plano, ousado, que se der certo contribuirá para o avanço da invasão dos aliados à França ocupada pelos inimigos, mas que se der errado colocará a perder não somente a vida de suas lideradas, mas também a possível vitória da guerra na mão dos alemães. Com pouco tempo a seu dispor, a protagonista Flick Clairet , precisará convencer seus superiores a autorizarem a missão, além de recrutar e treinar mais 05 mulheres para a investida que tem tudo para ser suicida, os desdobramentos desse período se passam em 10 dias e Ken Follet entrega uma história intrigante, e tensa, como toda história de espionagem deve ser, com muitas reviravoltas e o famoso jogo de ?gato e rato?, a disputa de estratégias e habilidades de liderança na qual Flick faz com o antagonista da trama, o major alemão Franck Dieter , um agente dono de uma inteligência fria e aguçada, especialista em tortura, que prefere atacar a mente dos adversários ou invés do corpo. Cenas muito bem construídas pelo autor, seja de ação, lugares, sentimentos e personagens sem ser maçante, dando um bom ritmo ao livro. Os personagens secundários também são muito carismáticos, cada um com seu plot sendo introduzido na trama, e de certa forma com aquele carisma de conquistar o leitor. Com um final eletrizante, cheio de reviravoltas, Follet faz jus a sua fama e entregou algo épico que com certeza o garantem entre os melhores livros que li esse ano.