As Espiãs do Dia D

As Espiãs do Dia D Ken Follett




Resenhas - Jackdaws


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Flávia Menezes 01/09/2022

UMA SAÍDA DA ZONA DE CONFORTO, COM MUITO DESCONFORTO.
?As Espiãs do Dia D?, do escritor britânico Ken Follett, foi publicado em 2001, e é um suspense baseado em uma história real sobre as cinquenta mulheres inglesas que foram enviadas à França como agentes secretas durante a Segunda Guerra Mundial. Recriando cenários e dando vida à personagens que pudessem incorporar da melhor forma toda a bravura que essas mulheres tiveram para realizar tamanha tarefa, o autor reconta a história através do seu olhar.

Confesso que esse não é muito o meu tipo de leitura, mas como esse foi um presente, eu me permiti sair da minha zona de conforto dos romances sulistas norte-americanos, para me lançar em uma escrita bastante diferente, que não posso negar, me causou bastante desconforto.

Ken Follett é um autor consagrado pelos seus thrillers e romances históricos, mas confesso que não me identifiquei em nada com a sua escrita, e por mais que em momento algum eu tenha pensado em abandonar essa leitura, também não posso dizer que foi muito fácil terminá-la.

O começo da história parecia bastante promissor, com esse estilo que me lembrava o primeiro filme de ?Missão Impossível?, trazendo à tona a questão da espionagem, mas foi só os personagens começarem a ser apresentados para que meu desconforto tivesse início.

Quando se fala sobre escrita criativa em desenvolver personagens com traços reais, isso é um ponto crucial não apenas para que possamos nos identificar com eles, mas para que exista diferenciação entre um e outro. Afinal, na vida real, mesmo irmãos gêmeos univitelinos possuem personalidades diferentes. E esse foi um ponto bastante desestimulante, pois todos os personagens eram frios, indiferentes, e sem nenhum traço que pudesse diferenciá-los. O que tornou muito difícil acompanhar os diálogos sem se perder em quem estava falando.

Outra questão ainda voltada para os personagens, é que o autor força uma situação que não sentimos durante a leitura, como é o caso de querer promover a protagonista como uma mulher altamente interessante, a ponto de todos ficarem perdidamente apaixonados por ela. Porém, não é algo que sentimos por algum gesto ou comportamento do personagem. Os homens se jogam aos pés dela, mesmo ela sendo alguém fria, desinteressante, e com falas totalmente sem graça.

Sem contar que a história tem início com uma operação fracassada, na qual ela estava sob o comando, porém, magicamente, ela não precisa sequer prestar contas do ocorrido, e ainda continua sendo considerada altamente qualificada para outra operação bastante arriscada e que poderia colocar a vida de outras mulheres em risco. Mas que tanta qualificação era essa, se ela só falhava e não apresentou nenhum grande plano de ação? Senti que faltou um pouco mais de conhecimento do autor para desenvolver melhor essa parte.

Outra regrinha básica que o autor desconsidera é: ?não fale, mostre?. E esse é um erro que o Ken Follett cometeu bastante. Como é o caso de situações em que os personagens, ao invés de interagir para descobrir determinadas coisas (tal como um segredo, ou até um traço de personalidade), eles simplesmente olhavam um para o outro, e do nada, o segredo (por exemplo) aparecia em sua mente. Isso foi extremamente surreal, mostrando bastante imaturidade no desenvolvimento da cena.

E falando em personalidades, essa parte foi a que me deixou mais incomodada, porque ver um alemão, nazista, exímio torturador, agindo como um garotinho apaixonado e impressionável, e tendo uma reação exageradamente emotiva a uma determinada situação (que até poderia ser dolorosa, mas para um alemão nazista e torturador?) é simplesmente ridículo.

Sem contar esse perfil das espiãs. Eu chegava a ficar confusa, porque se são mulheres que foram recrutadas sabendo que não apenas podiam perder suas vidas, mas passar por torturas inimaginavelmente dolorosas, como é que o autor as descreve em cenas perigosas como mulheres cheias de medo, e emocionalmente abaladas? Como uma mulher iria atirar com precisão estando apavorada?

Aliás...como é que a espiã que dirigia a operação podia ficar se perguntando se era certo ter matado o inimigo, e se fazer aquilo não era errado e a faria se transformar em um ser humano abominável? Mas meu bem, o que você pensou que seria essa operação? Algum tipo de Esquadrão da Moda? Ou uma transformação radical no visual? Impossível ler essa parte sem ficar revirando os olhos.

Enfim, por mais que se trate de um suspense baseado em uma história real, confesso que nada nesse livro funcionou para mim. Nem a trama, nem a narrativa que é bastante lenta, nem muito menos os personagens que não achei nenhum pouco cativantes. E confesso que não me sinto muito motivada a conhecer outras obras do autor.

Porém, por ter sido um presente que recebi com tanto carinho, tem um aprendizado aqui que levarei comigo para as outras leituras, que é me permitir embarcar em uma leitura sem olhar tanto para essas falhas na escrita, e todos esses pontos de incômodo. É interessante o exercício de ler, sem levar tudo tão a sério. Apenas ler, e deixar que o autor nos conte a história até o fim.

E quer saber? Por mais que eu nem sequer goste tanto desse tema, quando vi que outra escritora e jornalista, Sarah Rose, lançou em 2019 o livro ?As Mulheres do dia D?, trazendo a mesma história real desse livro, contada também através de uma narrativa de suspense, porém mais focada em trazer detalhes da vasta pesquisa realizada pela autora, eu fiquei muito interessada em voltar ao tema e me aprofundar nele.

Afinal, é uma história real sobre o heroísmo de mulheres comuns, que sabotaram os nazistas e ajudaram os Aliados a vencer a guerra. Quer uma motivação melhor do que essa para querer saber mais do assunto? Acho que só isso já vale muito a pena, não é mesmo?
Sophia Loren 01/09/2022minha estante
Ótima resenha como sempre, Flávia! A gente sempre consegue retirar algum aprendizado, mesmo não sendo uma boa leitura!
Você no final comentou sobre como é interessante as histórias das mulheres neste período (e concordo!). Se quiser uma recomendação, teve uma mulher chamada Irena Sandler, a mãe as crianças do holocausto, que como o nome já diz, resgatava crianças judias e as tirava da Alemanha! Tem um livro biográfico e um filme sobre a história dela :)


Flávia Menezes 01/09/2022minha estante
Obrigada, Sophia. E realmente?acho que são lições importantes, até pra se aventurar mais. Obrigada pela dica, viu? Vou procurar. Até porque biografias inspiradoras é algo que eu amo.


Francisco 01/09/2022minha estante
Excelente resenha!!. Estou com "Os Pilares da Terra" do Follettpara ler.


Flávia Menezes 01/09/2022minha estante
Olá, Francisco! Obrigada! Essa obra dele, ?Os Pilares da Terra? é sem dúvida um livro longo dele, e bem aclamado. Acompanharei suas impressões quando o ler!


Geovana 01/09/2022minha estante
Admiro sua paciência com livro ruim e irritante. Eu já teria largado esse rs


Flávia Menezes 01/09/2022minha estante
Geovana, mais essa foi a única vez, porque eu sou igualzinha a você! ?????


Luiz Souza 01/09/2022minha estante
É de aventura esse livro?


Flávia Menezes 01/09/2022minha estante
Luiz é um suspense baseado na história real de mulheres espiãs que ajudaram a derrubar os nazistas na Segunda Guerra Mundial




Rosangela Max 28/01/2023

Eletrizante.
É uma história que tem como pano de fundo a guerra (tema que me interessa demais), mas sobre a guerra em si pouco se fala.
É mais sobre a perseguição de ?gato e rato ? do casal de protagonista. Mesmo assim, gostei muito.
Flick e Dieter são parecidos em alguns aspectos, apesar de serem oponentes na guerra. O principal deles é a obstinação que eles tem de fazer o que for necessário para levar seus planos adiante e cumprir suas missões. Curiosamente, em alguns momentos simpatizei mais com o ?vilão? do que com a ?mocinha?. Obviamente, não em relação a causa que eles defendiam, mas pelo tipo do personagem.
O enredo aborda um tema importante: o papel crucial de algumas mulheres durante a Guerra e que não receberam o devido reconhecimento.
As histórias de Ken Follet são sensacionais, seja escrevendo romances históricos, seja escrevendo histórias de ação.
Recomendo a leitura.
Xikaum 28/01/2023minha estante
Show ????


Jhaze 29/01/2023minha estante
Com certeza ótimo trabalho de Ken Follet.


Vivi.Montarde 29/01/2023minha estante
Rosângela, já leu A chave de Rebecca? Tb é de ação dele, fininho assim tb. Mas achei a história muito mais interessante.


Bruno.Santos 29/01/2023minha estante
Os livros do Ken Follet são bons demais, a imersão do período histórico é fascinante, mas ainda falta um pouco em comparação com Bernard Cornwell.


Rosangela Max 29/01/2023minha estante
Vivi, ainda não li ?A chave de Rebecca?, mas tenho aqui e já estou ansiosa pela leitura. ?


Rosangela Max 29/01/2023minha estante
São estilos diferentes, mas amo mais a escrita do Bernard Cornwell. Todas a histórias que li dele foram fantásticas! ?


Gabriel1994 06/02/2023minha estante
Gostei muito desse livro! Ken Follett mandou muito bem em As Espiãs do Dia D ?




Gustavo Rodrigues 08/03/2022

Tudo sobre guerra, principalmente a segunda, me deixa muito interessado. Sendo o segundo livro que leio do Ken Follett que se passa nesse momento histórico, creio que já posso considerá-lo como um dos autores que sempre terei um livro por perto.

As Espiãs do Dia D é um ótimo livro pra quem gosta do tema. Mescla ação, estratégia e até um pouquinho de romance.

Gosto muito de entender sobre as estratégias que ambos os lados usavam na guerra. Seja pra conseguir comunicação segura, ou pra conseguir enviar suprimentos/apoio pra equipes em campo, tudo sempre era minuciosamente pensado. Acho que o autor consegue retratar isso muito bem, de uma forma que o leitor entende a importância de cada decisão, por menor que fosse.

Acho que algumas coisas acontecem de maneira um pouco forçada, pra história ir por um determinado caminho, e é por isso que tiro 1 estrela.

Pra quem gosta de ficção histórica é um prato cheio!
jusousan 08/03/2022minha estante
ficção histórica é comigo mesmo ou seja vou atrás de ken follett


Dani 08/03/2022minha estante
Já encomendei o meu! Mas nunca li nada desse autor? ?


Gustavo Rodrigues 08/03/2022minha estante
Podem ler sem medo, vão gostar ??


FádioDS 08/03/2022minha estante
Está na minha TBR de 2022.


Greyjoy 25/12/2023minha estante
Foi um prazer ter sido apresentado à Ken Follett através deste livro, Gustavo. Acabei de terminá-lo.

Uma das melhores leituras que tive e a melhor de 2023


Greyjoy 25/12/2023minha estante
Foi um prazer ter sido apresentado à Ken Follett através deste livro, Gustavo. Acabei de terminá-lo.

Uma das melhores leituras que tive e a melhor de 2023




Fernanda 08/03/2022

Mulheres protagonistas
O cenário é a França, em 1944. Embora perdendo forças, as tropas do Terceiro Reich avançam sobre vários países europeus. Membros da Resistência promovem ações para tentar frear o avanço nazista, correndo risco de serem torturados, enviados para campos de concentração ou assassinados. Algumas dessas pessoas são civis inexperientes, outras têm formação militar; em comum, o desejo por liberdade de seus países. Usam codinomes, dividem-se em células, não têm endereço fixo, tudo para não serem descobertos pelos nazistas.

O Dia D (quando soldados franceses, britânicos, canadenses e americanos partiram para a grande ofensiva contra os alemães) está muito próximo e, para que a ação seja bem sucedida, é necessário agir para que os nazistas tenham dificuldades de comunicação e transporte, evitando que possam reagir solicitando tropas de reforço para o local onde se daria a batalha.

Felicity Clairet, mais conhecida como Flick, é uma oficial inglesa que atua na Resistência francesa. Ela faz parte da célula Bollinger e tem a missão de destruir a central telefônica alemã localizada em um castelo na cidade francesa de Sainte-Cécile.

Quando a missão fracassa, muitos membros da célula são mortos ou capturados e a credibilidade de Flick é questionada. Como última tentativa, ela tem uma ideia inusitada: um grupo de mulheres entraria no castelo disfarçadas de faxineiras, driblando o fortíssimo esquema de segurança alemão, para destruir a central telefônica. De início, seus superiores não levaram a sério esse plano que tinha tudo para dar errado mas, sem outra alternativa, permitem que Flick o coloque em prática. Agora ela tinha poucos dias para recrutar essas mulheres, treinar e partir para a ação. Assim surge a equipe Jackdaws, um grupo improvável, formado por mulheres sem experiência militar e nada parecidas: uma descendente da nobreza, uma presidiária, uma arrombadora de cofres e especialista em explosivos, e uma travesti, entre outras, tinham dois dias para aprender a saltar de paraquedas, atirar, agir em público, falar como francesas, se disfarçar, guardar segredos de Estado, etc. Esse plano improvisado conseguiria burlar os nazistas?

É uma história de ficção, porém baseada em fatos reais. Na história real, a protagonista era a oficial inglesa Pearl Witherington, que lutou contra os nazistas, porém, por ser mulher, não recebeu a maior honraria, que era a Cruz Militar.

É uma leitura muito envolvente, um thriller que reúne suspense, muita ação, romance, e, principalmente, o protagonismo de mulheres na Segunda Guerra.
CPF1964 16/03/2022minha estante
????? pela resenha. Quero ser você quandro crescer.


CPF1964 16/03/2022minha estante
Quando


CPF1964 16/03/2022minha estante
Este livro seria o meu último a ser lido em 2021. Acabei não cumprindo a promessa. Ficou para 2022. Se você deu 4,5 eu darei 11.


Fernanda 16/03/2022minha estante
Kkkkk. É muito bom, vale a pena.


CPF1964 16/03/2022minha estante
Eu sei. Tanto que escolhi para ser o Último do Ano. Fechar com chave de ouro.




Jon 10/07/2021

Empolgante
É tiro certo. Leitura boa. Inspirado em fatos reais, esta estória é cativante. A ambientação é excelente, os personagens também. Período da 2° guerra mundial, um grupo de mulheres embarca em uma missão para desmobilizar a ocupação alemã na França. A tensão do retrato histórico é o charme desta obra. A personagem principal chama atenção, uma mulher linda, doce, sensual, justa e ao mesmo tempo fria e implacável. A "leoparda" é uma grande líder e empolga bastante o leitor. Tem ação, suspense, drama, romance, além de muita história.. é um prato cheio para os amantes de ficção histórica. Parabéns para Ken Follett, obra sensacional, recomendo fortemente. Este é o terceiro livro que li dele, e o que mais me empolgou até agora.
Lenas 10/07/2021minha estante
Já queria muito ler, agora quero mais ainda (se for possível).


Jon 10/07/2021minha estante
É sucesso. Entretenimento garantido..


Amanda.Riselli 10/07/2021minha estante
Esse livro está na minha wishlist! Amo livros ambientados na Segunda Guerra Mundial Sua resenha me deixou com mais vontade de lê-lo! Excelente dica, Jon!


Jon 10/07/2021minha estante
É uma baita leitura Amanda.. em alguns momentos me senti dentro da história. Que bom que curtiu a resenha, espero que aprecie o livro também.




LucAlio.CAmara 07/02/2024

As espiãs do dia D
RESENHA
Início: 28/01/2024
Livro: As espiãs do dia D
Autor: Ken Follett
Original: Inglaterra
Páginas: 583

Aventura / Drama / Ficção / História / Romance / Suspense e Mistério

Sobre o que achei:

?????
Finalizado

28 de Maio de 1944 - 1945

Flick é escolhida para recrutar umas mulheres inglesas que falem o francês para uma missão para explodir uma central telefónica na França que está sobre o domínio dos alemãs.

Dieter é um carasco que marca juntinho e exercer seu papel de nazista do qual ele gosta de ser.

A trama é emocionante, cheia de suspense e reviravoltas. Os personagens são cativantes e a ambientação na Segunda Guerra Mundial é incrivelmente detalhada. É uma leitura envolvente que os amantes de histórias de espionagem e drama vão apreciar.

Eu mergulhei em "As Espiãs do Dia D" de Ken Follett, por ser uma história de coragem e intriga. A narrativa me prendeu a cada página, por também acabar revelando o papel crucial das mulheres na luta contra o nazismo.

RECOMENDO!
Vcs já leram esse livro?
Andre.Vieira 07/02/2024minha estante
Esse livro é sensacional, foi o primeiro do Follet que eu li.


LucAlio.CAmara 07/02/2024minha estante
O primeiro dele que li foi "A chave de Rebecca". ???


Andre.Vieira 08/02/2024minha estante
Ainda não li, está na minha lista.




Alexandre 27/02/2010

Bom livro
O livro tem uma boa história... Uma pena que ficou muito Hollywoodiano com capítulos parecendo "Missão Impossível".


O Buraco da Agulha, do mesmo autor, tem uma história mais plausível e é melhor escrito.





Hugo 08/07/2010minha estante
Concordo plenamente.
O Buraco da Agulha é melhor.
E cito outros O Homem de são Petersburgo e A Chave de Rebecca.

Mas é um om livro.


vicki4you 04/03/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Srta. Vicki Dickson, vi seu perfil hoje e me interessei por você, quero que envie um e-mail para meu endereço de e-mail privado (vdickson200@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você




Emilia.Reis 25/10/2021

A história de mulheres que foram esquecidas
Um romance de tirar o fôlego, o enredo traz muitas referências à momentos da segunda guerra. Através dessa história envolvente, somos apresentados à heroínas inspiradas em mulheres reais, que tiveram participações importante na vitória dos aliados. Talvez o começo assuste um pouco por ter muita informação e deixar o leitor perdido, mas no decorrer da história é difícil não se envolver e sofrer pelos personagens. Momentos de paixão e amizade deixam o texto mais leve.
Como assim não fizeram esse filme ainda!?
Sani Melo 25/10/2021minha estante
Suas resenhas estão ficando perfeitas ?


Emilia.Reis 25/10/2021minha estante
??




clichesliterarios 19/10/2020

60 palavras para o título da resenha DESSE livro é pouco!
Quando eu terminei esse livro, o único pensamento que eu tinha era: "eu nunca mais vou ler um livro tão perfeito igual a esse".
Sobre as personagens, eu fiquei impressionada como o Ken Follet construiu personagens femininas extremamente fortes e determinadas, mas o que eu mais gostei foi a representatividade. Eu achei fenomenal que esse foi o primeiro livro que eu li com uma personagem trans! E é muito legal que o livro mostra como que a comunidade LGBTQI+ sempre existiu, apenas suas histórias que não eram contadas.
Além disso, eu acho sensacional dos livros dele como o autor consegue fazer o leitor enxergar e compreender todos os lados da história. Então por mais que eu torcia para Flick - a espiã inglesa, concluir sua missão; eu simpatizava com major Franck, e apesar dele ser um torturador você entendia que ele não gostava daquilo e apenas cumpria ordens para salvar a vida dos seus filhos de serem bombardeadas por ingleses (essa parte a história não mostra)!
E sobre a construção da história, eu fico estupefata com o detalhismo de Follet, tanto em relação ao enredo quando a veracidade histórica. Como é um livro de espionagem, as personagens já se preocupam com os mínimos detalhes para não serem descobertas, mas o livro vai muito além disso. A maneira com que Follet se preocupada com cada costume, maneira de de falar e agir, e especialmente nos detalhes que geralmente passam batido. Ken Follet é tudo.
Mari 22/11/2020minha estante
Adorei a resenha. Falou tudo ??


clichesliterarios 23/11/2020minha estante
aww muito obrigada ?




Livrendo 23/07/2023

NÃO DEIXA DE DESEJAR EM NENHUM QUESITO!
Ler sobre guerras sempre é uma experiência que vai além do texto. No caso dos romances, escolher colocar o leitor na posição vulnerável de um mero espectador sujeito aos eventos futuros de um cenário caótico e extremamente perigoso é um papel que pode ser certeiro ou catastrófico. No caso de Ken Follett em As espiãs do dia D, a segunda opção não acena nem de longe.

Em poucas páginas, o autor – conhecido pela trilogia O Século e pelo sucesso Os Pilares da Terra – prende a atenção e vai entregando aos poucos o que vem a ser um excelente livro de ação. O pequeno calhamaço passa das 520 páginas na edição Pop Chic da Arqueiro, mas o leitor nem sente de tão fluida e envolvente que é a leitura.

Através de uma narrativa cronológica marcada pelos dez dias da missão principal, a trama se desenrola entre os diversos personagens, mas principalmente entre Felicity “Flick” Clairet e Dieter Franck. Ela é uma espiã inglesa à frente da organização que quer atacar a maior central telefônica da Europa. Ele é um oficial alemão de uma das tropas e está tentando acabar com a Resistência Francesa a todo custo.

O jogo de gato e rato entre estes dois personagens permanece até as últimas páginas do livro e são desenvolvidas com maestria por Ken Follett, que consegue ser cruel e despertar gatilhos fortes no leitor quando escreve pela perspectiva de Dieter, e extremamente calculista e dinâmico quando os olhos estão voltados para Flick.

Para além e do conceito de certo e errado, Follett também se aprofunda nas raízes mais dolorosas e sujas não só da 2ª Guerra Mundial, mas também de cada personagem. Dieter é responsável por prender, torturar e até matar muitos inocentes para conseguir mínimas informações. Despindo-o da posição de oficial alemão, Dieter tem duas crianças e uma esposa em casa, a qual trai com uma francesa por quem está se apaixonando aos poucos. Flick sonha em terminar seu doutorado, ter filhos, conhecer Nova York… mas a guerra a fez tomar uma responsabilidade que não esperava. O casamento não vai bem, seu marido a está traindo com outra mulher da Resistência e ela está começando a ter sentimentos por outro homem também. Bem, seres humanos…

A ação está presente do início ao fim e é capaz de abalar e surpreender em diversos momentos. Bombardeios, planos que caem por terra, espionagens de ambos os lados, pessoas capturadas e cenas de tortura são alguns dos elementos utilizados pelo autor e que fazem a história não ter uma pausa sequer. O que parecem meses, na verdade, são apenas dez dias.

Ótima recomendação para quem busca um livro tenso, rápido e envolvente. As espiãs do dia D não deixa a desejar em nenhum quesito!

site: https://www.instagram.com/livrendo.tudo/
Elaine 06/08/2023minha estante
Wow!! Excelente resenha ?????? Adorei este livro ??


Livrendo 07/08/2023minha estante
Eu também! Ainda tenho que atualizar mais resenhas sobre os livros dele, mantenho algumas amigas no bloco de notas, mas aos poucos vou atualizando.




Vitor.Benvindo 11/01/2019

Análise literária
Esse foi o meu primeiro livro desse autor, fui levado pela curiosidade da sinopse e por ser baseado no fato real, nunca cheguei a ler nada da segunda guerra, então decidi ler e minhas impressões.
Ao terminar esse livro fiquei muito contente com minha primeira escolha com relação ao autor, livro bastante envolvente, de fácil leitura, te leva a querer saber o que acontecerá no próximo capítulo. A trama que se estabelece entre a personagem principal e o vilão é de impressionar, a briga de inteligência/estratégia de ambos chama muita atenção na história.
O fato do autor entrelaçar a parte fictícia com a real é surpreendente.
Mas nem tudo são flores dentro da história, senti falta de um trabalho melhor com alguns personagens no livro.
Algumas decisões no livro achei um pouco sem necessidade, mas é um livro excepcional.
Que venham os próximos livros dele.
Rebeca Silva de Souza 15/01/2019minha estante
Confesso que gostei muito do vilão. Realmente muito inteligente. Em alguns momentos até parecia que minha torcida estava com ele, mas aí lembrava quem ele era e o que ele representava...


Vitor.Benvindo 19/01/2019minha estante
Tive o mesmo pensamento que você, fiquei naquela pensando "como ele conseguiu isso tudo, com tão pouca informação", esse vilão é muito bom.
E eu achei o final dele bem digno.




Jéssica | @jehbreda 22/05/2021

Suspense histórico incrível
É uma delícia essa mistura de Segunda Guerra e suspense, não poderia ter me cativado mais!

A personagem principal é ótima e a densidade da trama é suficiente para te deixar apaixonada por um ou outro personagem!

Além do mais, mulheres na linha de frente da Guerra é uma delícia, não?
Ronaldo Pereira 22/05/2021minha estante
Nunca li nada do Follett... ??


Jéssica | @jehbreda 23/05/2021minha estante
Foi uma das minhas primeiras leituras e acho que comecei bem!




Isa 25/02/2020

As espiãs do dia D
Mais uma história fantástica de Ken Follett. Felicity, major britânica integrante da Executiva de Operações Especiais, tem a missão de destruir a central de telefone alemã em um castelo da cidade de Reims na França. A primeira tentativa foi um fracasso total ao ser descoberta pelo major alemão Dieter. A Leoparda, como era chamada, retornou para Inglaterra e formulou um plano ousado para nova tentativa. Sua equipe, composta somente por 6 mulheres, teriam que se disfarçar de faxineiras para adentrar no castelo e explodir a central. Uma história de perseguição, companheirismo e paixão. As cenas que descrevem as sessões de tortura realizado pelo major Dieter são de tirar o fôlego. Mais uma vez o autor conseguiu misturar fatos históricos e ficção com maestria.
Volnice.Flausino 26/02/2020minha estante
Também gostei da estória deste livro onde a narrativa do autor te coloca dentro de eventos reais da segunda guerra mundial. Aliás, aprendi muita coisa desse período da história lendo Ken Follet, sempre uma leitura agradável e proveitosa.


Isa 26/02/2020minha estante
Com certeza. Os livros dele são ótimos. A trilogia "O século" ainda é meu preferido.




Ana Paula 26/08/2016

Sendo bem honesta, preciso começar essa conversa dizendo que eu não sei exatamente como eu me sinto com relação a esse livro. Eu tenho uma relação de idolatria com o Ken Follett há algum tempo por conta da Trilogia O Século (Queda de Gigantes, Inverno do Mundo e Eternidade por um Fio), mas eu nunca tinha lido nada dele. Quando surgiu a oportunidade de ler esse livro eu pirei, pensei: “Nossa! Finalmente vou ler Ken Follett!” e no final das contas eu terminei o livro com esse sentimento dúbio.

Não quero que vocês pensem que o livro é ruim, muito pelo contrário, mas acho que talvez eu tenha lido muitos comentários sobre o autor e seus livros e posso ter criado uma expectativa muito grande sobre a escrita. Também posso ter escolhido mal a minha entrada no mundo dele, já que esse livro não é dos mais famosos... Não sei, uma série de coisas pode ter contribuído para me deixar com essa sensação estranha, mas vamos ao livro.

O autor normalmente escreve seus livros com base em algum momento histórico. Nesse livro, ele utiliza como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial. O mais legal é que a história de Felicity Clairet, protagonista do Espiãs do Dia D, é real. Imagina que loucura você ler o livro e saber que partes dela podem ter acontecido na vida real? Claro que ele não utiliza os mesmos nomes e provavelmente a situação não foi a mesma, mas o fato é que eu senti mais vontade de ler o livro por conta disso.

Felicity ou Flick, como é chamada pelos amigos, é uma espiã britânica da Executiva de Operações Especiais, nós quase não ouvimos falar dessa instituição, mas ela existiu de verdade no período da Guerra. A Executiva foi criada por Winston Churchill, em 1940. Sua missão era encorajar e facilitar a espionagem e a sabotagem atrás das linhas inimigas, e servir como núcleo das Unidades Auxiliares, um movimento de resistência contra a possível invasão do Reino Unido pela Alemanha Nazista.

Era exatamente esse tipo de apoio que Flick dava à Resistência Francesa, ela era o elo entre os combatentes do norte da França e o escritório da Executiva em Londres. Ela acompanhava missões, fazia relatórios e apontava possíveis ataques que poderiam ser feitos. O livro já começa no início de um desses ataques, as vésperas do Dia D e você tem a oportunidade de conhecer um pouco de cada um dos envolvidos na cena.

O que me surpreendeu logo no início é que apesar do autor utilizar a técnica do narrador personagem, ele opta por usar três pessoas para dar mais riqueza a sua história. Obviamente quem aparece logo no início é Flick, logo depois você é apresentado a Dieter Franck, um major alemão que tem que encontrar as fraquezas das linhas de comunicação alemãs e avaliar até que ponto a Resistência podia atacá-las, e por último você vai conhecer Paul, um americano que aparece em um pouco mais para frente na história.

É através do olhar desses três que Follett construiu a história. No início, todos mostram muito potencial e no final você percebe uma coisa muito interessante através do perfil dos três: ninguém é linear o tempo inteiro. Os três passam por altos e baixos, alguns se encontram a tempo de recuperar as rédeas da situação e outros não. Agora eu consigo ver que essas mudanças serviram para mostrar que todos são humanos e suscetíveis a erros, mas na hora isso fez com que eu pensasse que a história tivesse se perdido.

Uma coisa que eu gostei muito é que outros personagens aparecem na história e o autor teve o cuidado de carregar um a um com ele até o fim (do livro ou do personagem). Você sabe exatamente que fim teve cada um dos personagens, uma coisa que me deixa muito feliz, porque eu não gosto de chegar ao fim de um livro único e ter que supor o que houve com fulano ou ciclano.

A escrita de Follett é boa, gostei da forma como ele conduziu a narrativa, mas acho que vou ter que ler uma segunda vez para conseguir entender melhor as variações que os três principais sofrem ao longo do livro. Acho que essa sensação esquisita que eu senti no final pode ter sido por isso, eu perdi alguma coisa no meio do processo... Apesar disso é importante deixar claro que encontrei alguns erros ortográficos no livro, na verdade acho que estão mais para erro de digitação, mas poderiam ser corrigidos caso haja uma nova impressão. Se eu entendi bem uma das frases do livro, pode ser que tenha havido também um erro de concordância, se der para corrigir também seria legal, mas essas ocorrências são poucas e não prejudicam em nada a leitura, fiquem tranquilos.

O saldo final é: a história é bem escrita, tem personagens envolventes e bem trabalhados, a leitura é fluida e fácil. Não senti tédio em nenhum momento, mas eu sou do tipo que gosta muito de romance histórico. Se bem que acho que isso não vai ser problema, porque a história não narra fatos da Segunda Guerra, o autor apenas conta um fato que aconteceu naquele período. Então acho que a história tem muitas chances para conquistar mais pessoas.

A inteligência da Flick e do Dieter são apaixonantes, eu pelo menos me surpreendi com a engenhosidade dos dois em alguns momentos. E confesso que depois de tantas séries que me deixaram órfã de um desfecho esse livro foi um alívio. Ele começa e termina ali, não tem mais o que esperar, não tem o que imaginar, não tem nada que ficar sofrendo. Só ler e se deleitar.

site: http://www.leitorasempre.com/2016/02/resenha-as-espias-do-dia-d-ken-follett.html#more
Janinha 18/03/2017minha estante
Ótima resenha Ana! Realmente, esse não é o livro mais empolgante do Ken Follett. É ótimo, mas existem livros melhores. Adoro como o autor varia nos personagens, dando história para cada um e imprime carisma no vilão! Os personagens são muito humanos, com altos e baixos como você falou. Para mim, fica a impressão que as histórias dele são vivas.


Ana Paula 19/01/2018minha estante
Agora estou lendo Queda de Gigantes e estou gostando muito, só estou lendo beeem devagar porque não dá para sair carregando aquele calhamaço para qualquer lugar Hahahaha




Leitora Viciada 02/02/2016

Resenha para o blog Leitora Viciada
Há muito queria conhecer o trabalho de Ken Follett, famoso no Brasil pelas obras O Buraco da Agulha, Os Pilares da Terra, a trilogia O Século, As Espiãs do Dia D, Um Lugar Chamado Liberdade e o mais recente, Mundo sem Fim. Ele já vendeu mais de 150 milhões de exemplares no mundo e ao me decidir por qual livro começar, me deparei com obras longas. Não fujo de livro grosso, porém receava não gostar do estilo do autor e me perder em leitura enfadonha. Escolhi então As Espiãs do Dia D, por possuir apenas 448 páginas e por apresentar uma sinopse particularmente tão atraente para mim; foi impossível resistir. E adorei!
Originalmente publicado em inglês em janeiro de 2001, Jackdaws recebeu diversas edições em muitos idiomas e críticas positivas importantes. O livro estreou em 2002 no Brasil pela Editora Rocco com o título original (Jackdaws), até que em 2015 a Editora Arqueiro adquiriu os direitos e publicou novíssima edição, com nova tradução, capa mais bonita e vendável e o mais importante: Trocou o título para melhor compreensão do conteúdo. Afinal, para a pessoa na livraria, ao olhar o livro pela primeira vez, o que faz mais sentido e atrai mais? Jackdaws ou As Espiãs do Dia D? Ambos os títulos combinam, mas prefiro o atual. Remete logo à Segunda Guerra Mundial, espionagem, suspense. A Arqueiro caprichou na edição com exemplar com orelhas, páginas amareladas e boas revisão e diagramação.
O livro é um romance histórico baseado em fatos reais, recheado de detalhes culturais, sociais, históricos e militares. É também um suspense, podendo até mesmo ser catalogado como thriller histórico.
Se aprofunda na parte técnica e didática de modo atraente e superinteressante, sem se tornar cansativo ou complicado. Simplesmente me apaixonei pela escrita de Ken Follett e este livro me marcou de modo especial, porque além de me interessar por romances históricos envolvendo as Primeira e Segunda Guerras, é um livro que destaca as mulheres.

A equipe Jackdaws (tradução literal: gralhas) é formada exclusivamente por mulheres, agentes secretas que combatem o Nazismo ao lado dos Aliados e no centro da Resistência Francesa. Por isso são as espiãs do Dia D: Suas ações, dentre derrotas e vitórias, facilitaram a invasão dos Aliados à França (invadida pela Alemanha), o chamado Dia D (06 de junho de 1944). Este evento foi o começo da libertação da Europa da ocupação Nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O livro é dividido em dez partes conforme o dia. Cada uma corresponde a um dia, iniciando em 28 de maio de 1944 e terminando em 05 de junho de 1944 (véspera do Dia D). Há ainda um epílogo que se passa em 1945.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2016/02/jackdaws.html
MãeLiteratura 02/02/2016minha estante
Ah, quero muito ler!
Ja tinha me chamado a atenção na livraria e depois da sua resenha, quero mais ainda :)


Leitora Viciada 07/02/2016minha estante
Leia sim, Clauo, é muito bom!




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