A Vegetariana

A Vegetariana Han Kang




Resenhas - A Vegetariana


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Kami 14/01/2024

A história é muito boa, chegando a ser dilacerante em certos momentos. O livro te causa um desconforto extremo em todos os aspectos da narrativa, desde o início com ela tendo um sonho até o seu fim.
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Barbara 13/01/2024

Affs
É um livro que tenta ser mais inteligente do que é e tenta dizer mais com pouco, mas esse pouco é tão pouco que as coisas se confundem. Eu entendo que é sobre violência contra mulher, mas a autora usar esquisofrenia e depressão como se não fosse doença mental, não aprofundando nessa questão, e apenas apontar que "talvez" é escolha da mulher tentar se matar... Tipo????? Pelo amor de deus, isso é considerado doença por um motivo. Existem inúmeros jeitos de denunciar violência e definitivamente essa não é uma delas. Eu cansei de ler livros dados como cults e no final só ser grotesco.
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Mushu0 13/01/2024

Pior livro que li esse ano, e ainda é começo do ano.
"não posso dar zero então eu dei um"

Esse livro tinha o plot perfeito pra ser um bom livro, mas virou só um relato de três pessoas que conviveram com a younghye.

O livro tem uma narração diferente da que eu já vi, na verdade é a primeira vez que vejo esse tipo de narração e esse foi pra mim o único ponto bom do livro todo. A narração volta ao passado e só nos damos conta um tempinho depois, e só volta no passado nos locais em que os personagens estão no presente.

A história em si começa ótima, e começa a decair cada vez mais a partir do segundo capítulo, nada de interessante acontece, as duas irmãs tiveram azar no casamento onde os dois maridos são o resumo de tudo que não presta na sociedade, ambos forçam as esposas a atos sexuais que não querem no momento e tudo fica por isso, além de que não dão o devido valor a elas, a protagonista teria sido ótima em um livro de suspense ou Thriller, o que não é o caso nesse romance, coitada da irmã dela que sofreu o pão que o diabo amassou, teve os pais afastados dela por causa da irmã e do chifre que o marido botou nela com a irmã dela.

O segundo capítulo é um compilado de atos que eu resumo na palavra nojo, eu só queria acabar logo e parar de ler o que aquele homem tava narrando, ler um assassino matando alguém me daria menos nojo do que ler o que eu li no segundo capítulo.

Só leria isso de novo se me pagassem pra isso.
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Mimin 12/01/2024

Impactante
Terminei esse livro desde cedo e fiquei até agora digerindo ele para tentar fazer uma resenha.

É um livro bem diferente, no bom sentido, falando de modo geral ele é muito bem escrito, tem ótimas descrições e você consegue sentir a angústia dos personagens, consegue ver as cenas nitidamente. Por ser um livro que, na minha opinião, foi feito para causar desconforto acho essa característica de uma narrativa marcante importante.

Temos no livro nossa protagonista (que não irei escrever o nome porque com certeza escreverei errado) que decide parar de comer carne e tudo de origem animal (ela vira vegana, mas acho que chamar ela de vegetariana foi algo proposital da autora, não sei se viajo muito pensando assim, mas a palavra vegetariana me lembra muito vegetativo, vegetar, estar naquele estado inerte; além também de ser uma visão limitada dessa atitude de parar não só de comer carne, mas também coisas de origem animal, que acho que é uma visão que a família da protagonista tinha). E essa simples mudança vai gerar acontecimentos inimagináveis, vai trazer a superfície muitos acontecimentos, sentimentos, personalidades e outras coisas que estavam adormecidas dentro de todos os personagens.

No final, acho que ninguém compreende ela 100%. Acho que também é por isso que o livro em nenhum momento é narrado pela nossa protagonista.

É um livro muito forte, bem impactante. Às vezes você não entende pra onde ele tá indo e então tudo começa a fazer sentido.

Mas é uma leitura que eu recomendo, eu acho que demora pra você entender e digerir ele; mas quando você entende fica meio perplexo com tudo.
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Natasmi Cortez 11/01/2024

Fui atropelada pela escrita, pela história e pela experiência. Não adiantou ter lido a sinopse, ou ter lido as resenhas, parece que nada me preparou para lidar de frente com a leitura desse texto. Como barro nas mãos do oleiro, a autora me conduziu, me seduziu e me iludiu. Me vi perdida em emoções, entre perplexa e indignada, eu ainda encontrava motivos para me sentir culpada.
O livro possui muitas camadas e poderia ser analisado de muitas formas e é justamente a complexidade dessas interpretações que fazem de A vegetariana, um acontecimento na vida do leitor. Pode ser lido como uma metáfora, pode ser lido como uma crítica social, pode ser lido como uma simples ficção. O jogo mental criado pela autora durante a narrativa é extraordinário. A história acontece dentro de você de formas inimagináveis.
Na superfície da trama somos apresentados á uma mulher que da noite para o dia decide parar de consumir carne. Sob o olhar de três narradores vamos acompanhando a trajetória de Yeonghye rumo à libertação.
“Então, para que ter uma mulher?” Questiona com indignação o marido de Yeonghye quando ela para de cozinhar carne nas refeições e se recusa a trans@r com ele.
“Então, para que serve essa mulher?” Questiona com desejo o cunhado de Yeonghye quando se vê completamente obcecado pelo corpo dela e pela utilidade desse corpo ao seu trabalho artístico.
“Então, é pra isso que serve uma mulher?” Questiona com tristeza a irmã de Yeonghye quando cuida dela no hospital e tenta desesperadamente entender tudo que aconteceu.
É emblemático de Yeonghye não tenha voz em sua própria história. Ninguém dá a ela esse direito, ninguém pergunta, ninguém escuta. O que o leitor possui são apenas interpretações que outros personagens fazem dessa mulher: esposa inútil, cunhada desequilibrada e irmã sacrificada.
Enquanto ficção, o livro é perturbador. Mescla e um mesmo texto, beleza, erotismo e horror. Mostra a decadência mental de uma dona de casa e o quanto essa circunstância interfere na vida de seus familiares.
Enquanto metáfora, o livro é genial. Uma mulher sem voz, ousa seguir suas próprias vontades e nesse processo revela um ambiente familiar tóxico e opressor. Yeonghye busca a liberdade dos tradicionais papéis de gênero e por todos os lados é atacada com violência.
Enquanto crítica social, o livro destrincha a objetificação do corpo feminino e expõe a brutalidade de um sistema patriarcal adoecedor.
Da experiência de leitura, o que mais me traumatizou, foi ter sido tão ludibriada pela narrativa do cunhado. O texto é tão artístico que parece transcender tudo mais ao redor, tornando palatável até mesmo o abuso. Não é explícito, é mascarado por beleza, luzes e cores. E daí adveio a culpa. Pensei que a libertação de Yeonghye incluída uma espécie de exploração do próprio corpo de uma forma nova, com um interesse genuíno seu. Eu acreditei nisso. O maldito cunhado me fez acreditar nisso. Precisou que a última narradora falasse com todas as letras para que eu entendesse o que tinha acontecido. E que amargo é ser enganado dessa forma.
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Bea 11/01/2024

Com toda a certeza, nojo foi o que senti lendo cada palavra, cada linha desse livro. A angústia passada por isso foi péssima.
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marii torquato 10/01/2024

"acho que humanos deveriam ser plantas" - yi sang
De forma indireta e direta a autora retrata as dores de uma violência de gênero no corpo feminino. a cultura do estupro e a objetificação do corpo. as mulheres em especial as asiáticas graças as raizes amargas do processo de colonização japonesa (mulheres de conforto) são tidas como submissas e dóceis, nesse livro não foi diferente. Yeonghye é fruto de todo tipo de violência enraizada na sociedade.
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Sha 10/01/2024

Sinopse: Yeonghey tinha a vida comum de uma coreana. Até que um dia ela passa a ter pesadelos constantes que fazem com que sua vida se transforme completamente. Ela cria uma aversão à carne.

No começo eu fiquei confusa, no meio eu fiquei "eita" e no final eu senti tristeza. É um livro muito bom, principalmente pra aqueles que querem fugir das narrativas comuns, porque esse livro traz uma história que provoca estranhamento e muitos questionamentos.
Gostei bastante, quero ler outro livro dessa escritora.
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janja fragão 10/01/2024

Perturbador
Quando se percebe que não é um livro de incentivo ao vegetarianismo e, sim, sobre os comportamentos humanos Quem saem do lugar comum
a sensualidade presente na estória se confunde com estupro ?consentido
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LiaL0 09/01/2024

Diferente!?
Esse livro me pegou um pouco, achei complicado até para fazer uma resenha sobre. Enfim, ele aborda temas pesados que envolvem toda a família da protagonista, a Yeonghye, todo mundo tem problemas (ninguém se salva), principalmente na forma como lidam com eles. Do meio para o fim acho que o livro desandou, mas foi uma experiência de leitura bem diferente, talvez eu leia de novo futuramente e veja com uma nova perspectiva.
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Amanda 09/01/2024

Sentir
Para mim o objetivo desse livro é fazer o leitor sentir. Sentir qualquer coisa. Espanto, tristeza, remorso, raiva... Eu senti um pouco de tudo, até mesmo coisas que não consigo descrever. Sentimentos que até então estavam tão velados dentro de mim, que ao serem revelados e descritos pela irmã da protagonista com tanta precisão, me fez sentir medo.
Comecei o livro me inundando em raiva, piedade e tristeza. Em seguida fiquei envolta pelo espanto, incredulidade e confusão. Ao terminar, tudo o que me restou foi o assombro que carrega tanto o espanto quanto a admiração pela genialidade da autora. Fui absorvida pelo ponto de vista feminino que tanto se assemelha ao meu, mesmo que extremamente distinto. Deixo este livro atônita e lhe presenteando com minhas mais sinceras cinco estrelas.
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Marina516 08/01/2024

Passei por todos os morros e vales lendo esse livro, não esperava um limiar de loucura, dietas alimentares, trabalhos pronográficos e mutações.
Pesado.
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Lívia 08/01/2024

Incrivelmente perturbador
É difícil descrever em palavras a sensação que é ler esse livro, acredito que o maior intuito da escritora narrando diversas situações bizarras e inimagináveis é fazer o leitor se sentir desconfortável e pensar. Pensar muito sobre a vida e o por quê de existir.
Dividido em três partes, a vida de Yeonghye é retratada a partir do momento em que decide virar vegetariana, o que para seus familiares e conhecidos, foi o início de sua morte e a justificação para sua ?loucura? (esquizofrenia).Mas é notório com digressões e flashbacks que o passado também não foi fácil, em meio a traumas familiares, sonhos e inconformismo, vivia uma vida dura, a qual ninguém a entendia.
A escritora nos convida, através de suas palavras, a viver a vida de alguém que desde que instaurou suas raízes na Terra, não quer mais viver como um ser humano, e sim, como uma árvore: a base de água e fotossíntese, em que pensar, falar e comer são dispensáveis para uma vida tão frívola, que para muitos, é sinônimo de morte.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 07/01/2024

Han Kang - A vegetariana
Editora Todavia - 176 Páginas - Tradução de Jae Hyung Woo - Capa de Pedro Inoue - Lançamento no Brasil: 2018.

Narrado a partir de três vozes com perspectivas totalmente diferentes, o poderoso romance da sul-coreana Han Kang, vencedor do Man Booker International Prize de 2016, que chegou a ter o seu estilo definido como kafkiano por boa parte da crítica mundial, descreve a perturbadora transformação de uma mulher comum não apenas devido à sua rejeição ao consumo de carne, mas também a todos os padrões esperados de comportamento social e familiar. Os efeitos desta lenta inadaptação e consequente desumanização, afetam não somente a protagonista, mas também os integrantes da sua família, particularmente o marido, o cunhado e a irmã mais velha, desencadeando assim uma série de eventos que irão destruir as relações familiares.

Para reforçar o efeito de distanciamento e inadaptação, não é concedida pela autora uma voz narrativa para a própria protagonista, tudo o que sabemos dela, além do nome, Yeonghye, tem como base o ponto de vista dos outros personagens nos três longos capítulos que compõem o livro: A vegetariana, A mancha mongólica e Árvores em chamas. Por exemplo, a primeira parte é inteiramente narrado pelo marido – com exceção de trechos de sonhos de Yeonghye que originaram a sua decisão de não comer mais carne –, contando com naturalidade os detalhes de uma relação doentia e sem autoestima de ambas as partes: "Acabei me casando porque ela não tinha nenhum charme especial, e também por não ter notado defeitos muito gritantes."

"Nunca tinha me ocorrido que minha esposa era uma pessoa especial até ela adotar o estilo de vida vegetariano. Para ser bem franco, não me senti atraído por ela na primeira vez em que a vi. Estatura mediana. O cabelo não era nem comprido nem curto. Tinha a pele levemente amarelada, as maçãs do rosto um pouco pronunciadas. Vestia-se de forma neutra, como se tivesse algum tipo de receio de se destacar. Calçando um par de sapatos pretos bastante sem graça, ela se aproximou da mesa em que eu a esperava. Não andava nem rápido nem devagar, sem firmeza, mas também sem muita fragilidade. / Acabei me casando porque ela não tinha nenhum charme especial, e também por não ter notado defeitos muito gritantes. Uma personalidade dessas, sem frescor brilhantismo ou refinamento, me deixava confortável. Não sentia necessidade de bancar o inteligente para conquistá-la e não precisava correr tentando não chegar atrasado aos nossos encontros. Tampouco sentia complexo de inferioridade ao me comparar com os típicos galãs dos catálogos de moda. Ganhei uma barriguinha já na segunda metade dos meus vinte anos. Meu corpo não desenvolvia massa magra nem mesmo com meus repetidos esforços de me exercitar. Até mesmo meu pênis pequeno, que costumava me deixar um tanto apreensivo, parou de me incomodar quando estava com ela." (p. 9) - Trecho da primeira parte - A vegetariana

Na segunda parte, a condução da narrativa é feita em terceira pessoa, mas sob o ponto de vista do cunhado de Yeonghye, um artista plástico dedicado à videoarte que se torna obcecado sexualmente pela cunhada depois de saber que ela ainda mantém uma marca de nascença típica de bebês, normalmente chamada de mancha mongólica e, aproveitando-se da sua condição fragilizada após isolar-se da família, a convence a participar de uma performance totalmente nua e com o corpo pintado por ele com motivos florais; a conclusão da primeira parte da filmagem o motiva a avançar para a conclusão do trabalho com um homem e uma mulher copulando com os corpos pintados de flores. A situação obviamente acaba fugindo de controle.

"Passaram-se dois verões desde que a cunhada cortara os pulsos na casa deles. Foi no almoço de aniversário da sogra, estavam todos reunidos, pouco depois de terem se mudado para um apartamento maior. A família de sua esposa sempre gostou muito de carne, mas a irmã mais nova tinha virado vegetariana de uma hora para outra e isso deixou todos desconfortáveis, a começar por seu sogro. Sua cunhada estava tão fraca que dava pena, por isso era compreensível que a família a criticasse. Mas o sogro, um ex-combatente na Guerra do Vietnã, esbofeteou a filha e ainda a fez comer carne à força. Foi uma cena tão absurda que era difícil acreditar que tinha mesmo acontecido. / O mais nítido e espantoso em sua memória, no entanto, era o grito que a cunhada soltou na ocasião. Depois de cuspir a carne, ela empunhou a faca de cortar frutas e lançou um olhar feroz a todos os membros da família. Seus olhos estavam esbugalhados e pareciam os de um animal encurralado." (pp. 66-7) - Trecho da segunda parte - A mancha mongólica

Na terceira e última parte, internada em uma clínica psiquiátrica sob os cuidados da irmã mais velha, apesar do escândalo devido aos vídeos gravados pelo seu marido, praticamente se completa a transformação de Yeonghye – e, talvez venha daí, a comparação dos críticos com Kafka –, de animal para um ser vegetal que não se alimenta nem se comunica com as outras pessoas. De fato, o vegetarianismo nesta obra vai muito além da conhecida prática de alimentação saudável, muito pelo contrário. Com a evolução do isolamento de Yeonghye e o gradativo abandono de qualquer alimento, ela persiste em um caminho sem volta de libertação.

"Agora ela visita a irmã todas as quartas-feiras para ver como ela evolui. Antes do desaparecimento de Yeonghye naquele dia chuvoso, ela fazia o trajeto uma vez por mês . Por aquele caminho , que ela percorria levando frutas, bolinhos de arroz, tofu recheado e coisas assim, raramente passavam pessoas ou carros, de modo que era muito silencioso. Quando enchia com comidas a mesa da sala de visitas, que ficava ao lado da seção administrativa, Yeonghye devorava tudo sem dizer nada, como se fosse uma criança fazendo a lição de casa. Passava a mão pelos cabelos da irmã pelos cabelos da irmã mais nova, colocando-os atrás da orelha, e Yeonghye levantava os olhos e chegava a esboçar um sorriso. Nesses momentos, até parecia estar curada. Será que não bastaria viver assim? Não seria possível que Yeonghye permanecesse ali, que falasse quando quisesse e não comesse carne , se não quisesse? Não seria suficiente que ela visitasse a irmã de vez em quando?" (p. 122) - Trecho da terceira parte - Árvores em chamas

Sobre a autora: Nascida na Coreia do Sul em 1970, Han Kang estudou literatura coreana na Universidade Yonsei. Tornou-se mundialmente conhecida após a publicação do seu romance "A vegetariana" em 2007, pelo qual, após sua tradução ao inglês, conquistou o Man Booker International Prize em 2016. Atualmente, Han Kang ensina escrita criativa no Universidade de Seul e escreve contos e novelas, além de realizar trabalhos de artes visuais.
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