Pulp

Pulp Charles Bukowski




Resenhas - Pulp


92 encontrados | exibindo 91 a 92
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Super 23/08/2012

pagina17.blogspot.com
[Resenha de minha autoria, para o blog: pagina17.blogspot.com]

Sabe quando você lê a obra certa, para o momento certo da sua vida? Foi mais ou menos isso o que ocorreu com PULP. Não! Calma lá. Não tem nada a ver com bebidas, prostitutas ou corridas de cavalo. Mas isso não é da sua conta, ok?

Prosseguindo...

Esta foi a primeira obra que li de Bukowski, e posso dizer que gostei bastante. Em PULP ele emprega muitos clichês, mas indiscutivelmente trata-se de uma escolha estilística, o próprio nome nos dá a dica. As Pulp Fictions eram revistas baratíssimas, feitas com papel de baixa qualidade, chamado de polpa (ou pulp em inglês). Estas revistas ou livros vendidos em bancas de jornal traziam principalmente histórias de fantasia e ficção científica. Contos rápidos, divertidos e sem nenhuma pretensão literária.

Aqui o autor explorou de forma muito sagaz os lugares-comuns da literatura pulp, principalmente dos romances Noir, estilo que se popularizou no cinema na década de 50. Essencialmente são: filmes em preto e branco, com um detetive particular falido, que é contratado por uma mulher voluptuosa, para investigar o marido adúltero, ele faz suas investigações enquanto narra a própria vida com muitos trocadilhos e ironia. No meio da investigação ele descobre que existe uma trama maior por trás de tudo.

Um dos arquétipos mais recorrentes nas histórias noir é a Femme Fatale, aquela mulher com olhar matador, cujo movimento dos quadris ao andar traçam um desenho sinuoso e hipnótico. Apesar de toda a beleza esta garota é muito perigosa, se envolver com ela é encrenca certa. E que nome mais fabuloso para uma Femme Fatale, que Dona Morte?
Bukowski brinca com outros gêneros literários, da ficção cientifica pop da década de 50, simplório e sem fundamentos científicos ao western fanfarrão e fortuitamente agressivo.

Essa escolha no estilo parece ter irritado bastante a galerinha do: “Eu li Clarisse Lispector com 13 anos de idade”, não entenderam bem a piada. Essa gente bem mimada com literatura de qualidade desde cedo, nunca vai saber o que é ler por diversão.

Mas tudo bem, essa é só a primeira camada do livro, no fundo ela é uma obra carregada de existencialismo. Retratando bem o vazio de ser uma peça que não se encaixa no mundo. E a despeito de toda amargura e podridão, o texto é bem divertido, com uma dose pesada de ironia. Se me permitem a máxima popular: “A gente tem que rir pra não chorar”.
comentários(0)comente



Tatiane Buendía Mantovani 28/05/2012

Primeira novela que leio do velho safado, até então, tinham sido somente contos. Livro curtinho, li inteiro na espera pelo atendimento médico (tá fiquei umas cinco horas naquele raio de hospital!)
Este tem o clima daqueles filmes noir, de detetives para quem sempre acontecem as coisas mais inusitadas, num ritmo vertiginoso. Nosso querido Nick Bolane deve ser o campeão. Todos os ingredientes do Bukowiski: bebida, femmes fatales (outras nem tanto), cavalinhos, peidos, perseguições a bordo de um Fusca que pede penico ao atingir os 120 km/h, hemorróidas, bares, brigas, absurdos como alienígenas e até a Dona Morte.


"Gente chata da porra. A Terra está cheia deles. Propagando mais gente chata. Um espetáculo de horror. A terra botando chatos pelo ladrão."
comentários(0)comente



92 encontrados | exibindo 91 a 92
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7