Minha metade silenciosa

Minha metade silenciosa Andrew Smith




Resenhas - Minha Metade Silenciosa


168 encontrados | exibindo 91 a 106
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Cíntia Costa 03/03/2019

É um YA forte
É um livro YA com muito impacto. Coisas fortes demais acontecem. Algumas partes são bem pesadas mesmo: drogas, cenas de violência, pais totalmente cruéis com os filhos. Tem até assassinatos. Muito uso de drogas. Achei tudo isso pesado para dois adolescentes de 13 e 16 anos. Achei aquela parte dos assassinatos totalmente desnecessária na história. Parece que ficou fora de contexto.
Mas dei 4 estrelas porque na maior parte do livro ele aborda temas muito sérios como bullying, como aceitação, traumas, amizades, volta por cima. E o livro te prende do inicio ao fim.
Amei conhecer a tia Dahlia.
Marília 28/07/2023minha estante
O que é YA?


Cíntia Costa 28/07/2023minha estante
Marília, significa Young adult (jovem adulto). Livro jovem.




Priscila - @entretdsleituras 02/07/2019

Sei lá, senti que falto, vários algos
Não é um livro ruim, afinal de contas ele aborda temas importantes, porém na minha opinião eles não foram bem trabalhados, ao meus ver eles só foram expostos e ficaram por isso mesmo, o que me desapontou para caramba.

Stark, que todo mundo chama de palito, nasceu com uma anomalia no corpo, ele não possui uma das orelhas, para completar ele é bastante alto para sua idade e além do mais é bastante magro, apesar de ainda ter mãe e pai, Palito só pode contar com seu irmão, Bosten, e pra mim foi um protagonista com zero carisma (desculpem).

Bosten e Palito, convivem com um ambiente familiar extremamente rigoroso e sem amor, onde um cobre as costas dos outros, quando eles decidem quebrar as regras e são descobertos, porém na maioria das vezes quebrar a cara de alguém que faz bullying com seu irmão, pode ser motivo de uma bela surra quando seu pai toma ciência desse fato, isso porque palito, por conta da sua aparência, vez ou outra é alvo de piadinhas, que Bosten, se ouvi não engoli calado e desce a mão.

Ambos tem seus melhores amigos, Palito tem Emily, a garota que nunca ligou para sua aparência e que o encoraja a reagir as piadas que sofre, e Bosten tem Paul, que podemos dizer que é mais que um amigo e companheiro de maconha.

Bom a história não tem nada de importante ou interessante, são apenas dois garotos que tem pai fodidos e complexados, que arruma qualquer motivo para puni-los, como qualquer adolescente, dão suas escapadinhas pra aprontar, tem seus segredos, e quando a corda arrebenta, sempre pesa ou sobra mais para um lado, e é basicamentemente isso.

O livro aborda, mas não trabalha direito o bullying, violência doméstica, abuso sexual, vício em drogas e homossexualismo.

E quando eu digo que os assuntos acima não são trabalhados, é porque os temas são simplesmente jogados na história, e ficam por isso mesmo, não há desenvolvimento dos problemas, é só uma história de adolescente de dois meninos vivendo ou melhor sobrevivendo a uma adolescência problematica, até que um anjo aparece para resgata-los.
Ezeq 19/07/2019minha estante
Exatamente!!! acabei de terminar o livro e seu comentário descreve bem oq eu achei. A história acaba sem responder nem explicar direito um monte de coisas! E também não senti nenhum carisma no Palito, na verdade achei que ele foi ficando mais chato ao longo da história, e pra mim ele era tarado demais. Credo. kkkkkk Odiei o fato de ele ficar falando que amava a Emily e mesmo assim passar o livro todo querendo beijar todas as mulheres que ele via, sem contar que a quantidade de vezes que eu li "fiquei de pinto duro" foi enorme! Affff




Ezeq 19/07/2019

Tudo está diferente agora.
A parte boa é que eu gostei do livro; a parte ruim é que eu poderia ter gostado muito mais, se essa não fosse a história com mais interrogações não respondidas que já vi na minha vida. Sinceramente, eu tive a impressão que o autor decaiu muito do meio do livro em diante, e não ligou em dar um final pelas metades. Ah, e eu não entendi direito o protagonista ter 13 anos (apesar de na sinopse constar que ele tem 14, na maior parte do livro ele ainda tem 13), pq ele é um tarado e eu perdi a conta de quantas vezes eu li a expressão "meu pinto ficou duro"! Sério, se ele visse qualquer (QUALQUER) mulher ou principalmente se alguma simplesmente tocasse nele, ele já dizia isso: "meu pinto ficou duro". Que saco.
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mpin 14/10/2019

A nada mole vida de Stark
Romance Yong adult que tenta ser experimental na linguagem, tentando transmitir ao leitor a atmosfera de um protagonista que só tem um ouvido, mas que traz pouco para justificar o jeito excêntrico de se organizar os parágrafos. Além disso, é um romance de formação que reserva diversas provações aos personagens e mostra com clareza as consequências de um lar desestruturado na vida de dois irmãos adolescentes. O arco narrativo fica meio previsível, especialmente depois que a Califórnia entra na trama, e muitos personagens são unidimensionais. Quando o primeiro amor de Stark começa a decolar, a mocinha da trama é deixada de lado, sem um desfecho definido para ela. Se por um lado o livro tem o trunfo de trazer uma história que evita certas soluções fáceis, por outro faz exatamente isso para fechar o arco narrativo. A sexualidade de Bosten poderia ter sido mais explorada, e Paul simplesmente desaparece. Sem falar na separação dos pais, que é abordada vagamente. Leitura recomendada, apesar das limitações da trama.
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Garcia 29/12/2019

“Tudo tinha mudado.
Tudo tinha tomado uma dimensão maior.
Tudo era feio.
E eu só estava procurando por alguma coisa que importasse.”

Stark tem 13 anos, 1,82 de altura, não possui uma orelha e é conhecido como Palito. A altura e a magreza não são os motivos dele sofrer bullying pelos colegas de escola, mas sim o espaço vazio ao lado de sua cabeça. Bosten, seu irmão mais velho, faz de tudo para defender Stark de qualquer agressão física e verbal, porém, em casa a situação é diferente e os pais abusivos não contribuem com o bem-estar dos filhos adolescentes.
Esse é um livro triste sobre um garoto com baixa autoestima que precisa lidar com as dificuldades de ter crescido em um ambiente hostil e sem afeto. Stark, que prefere o apelido Palito ao nome de batismo, se acha uma aberração e só possui o apoio e amor do irmão para que consiga viver cada dia de sua vida.
Tudo muda quando, em uma briga entre o irmão e o pai, Bosten resolve fugir de casa e deixa Stark desamparado. Sua única referência de bondade simplesmente desaparece e ele não suporta a ideia de viver naquela casa sem sua presença. Palito sai em busca do irmão e nessa viagem lida com situações que o fazem amadurecer sua visão de si e finalmente descobrir que sua aparência não é um problema para pessoas que gostam dele por quem ele é.
O autor não tem medo de colocar temas espinhosos no decorrer da narrativa. Bullying, relacionamentos abusivos e abuso de drogas aparecem com frequência, além dos maus tratos sofridos em casa, ambiente esse em que não há espaço para o amor, existem apenas regras a serem seguidas.
É um livro bem escrito, trata de temas super pesados e entrega situações realistas, porém, o final é meio apressado, existem algumas pontas soltas e o desfecho é simples de mais. É um livro muito bom, mas poderia ter mais 50 páginas para que tudo fosse concluído. 4/5.

site: https://www.instagram.com/p/B6oJI0UJw72/
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Amani.Cruz 06/03/2020

Uma família desestruturada e bullying. Este livro nos ensina que com amor, fé e esperança, até as piores histórias terminam bem.
É preciso também, acima de tudo, confiar nas pessoas certas.
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Clara 27/03/2020

Minha metade silenciosa flutuou entre o divertido e o doloroso. As relações familiares, amorosas e de amizade acontecendo dentro da cabeça de um rapaz de 13 anos que ainda é inexperiente com as coisas da vida, chegando a ser inocente. Esse drama vai te apaixonar e deixar indignado, vai te fazer torcer e ao mesmo tempo pensar se você realmente torce para aqueles acontecimentos. Vale mto a pena!
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Jr. 23/04/2020

Stark nasceu sem uma orelha, é um adolescente que passou uma infância complicada recebendo bullying de seus amigos e surra de seus pais.
O amor e carinho vem apenas de seu irmão Bosten e de sua amiga Emily.
Ao lado de seu irmão ele vive grandes aventuras , e se sente seguro. Essa relação é muito linda de se ver, ao comparar com os maus tratos e abusos que ambos recebem dos pais.
Gostei bastante de como o começo da adolescência dele é bem retratado, com as variações de humor e sentimentos. O livro é bem simples, mas ao mesmo tempo muito profundo e poético, mostrando o amadurecimento do protagonista e sua busca por ser amado, amor próprio e aceitação.
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Jen 11/05/2020

Favoritado
O personagem principal é incrível e é fácil sentir a dor dele através do livro, além da relação entre irmãos ser um dos pontos fortes da narrativa.
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Moonlight Books 28/05/2014

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net
Stark McClellan é o Palito. Ele nasceu sem uma orelha e por ser diferente, logo tornou-se vítima de piadinhas maldosas na escola. As pessoas olham para ele como medo, nojo e até mesmo pena. Seu irmão Bosten é o único que lhe defende, compra todas as brigas de Palito e Emily, sua melhor amiga, lhe incentiva a reagir, a quebrar a cara de um dos fortões da escola, segundo ela, isso seria suficiente para ninguém mais zombar dele.

Palito e Bosten são dois meninos solitários, sua casa é apenas uma casa, não um lar, já que lar lembra aconchego, conforto, amor, é nosso porto seguro e onde eles vivem isso não existe. Seus pais os tratam com frieza, rigidez, desprezo e violência. Palito se acha feio e repulsivo, quando na verdade é um menino lindo, que merece ser feliz.

Eu ouvi bons comentários sobre o livro, mas nem de longe imaginava o quanto esta leitura poderia ser maravilhosa. A história de Palito é linda mas também é feia, é chocante e nos toca profundamente. Poderia ser mais um livro sobre um garoto esquisito que sofre bullying na escola e vai sair vitorioso no final, mas não, é uma história de sobrevivência e de um amor sem igual entre dois irmãos.

Acredito que o primeiro choque que tomei nesta leitura foi a maneira como os meninos viviam, as regras da casa muito duras, não era como viver, parecia mais um eterno castigo. Os dois encontravam conforto com amigos e na casa destes, e claro, um no outro. Tentavam passar o maior tempo possível na rua, mas não era sempre que dava, chegando lá, o cinto do pai descia em suas costas e um quarto com uma cama de ferro e um balde para necessidades os esperava para passar dias e dias trancados.

site: Leia o restante da resenha http://www.moonlightbooks.net/2014/05/resenha-minha-metade-silenciosa.html
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Nando 28/09/2014

Descrição do livro 22/09/2014
Descrição do livro 22/09/2014

Stark McClellan tem 14 anos. Por ser muito alto e magro, tem o apelido de Palito, mas sofre bullying mesmo porque é deformado, já que nasceu apenas com uma orelha. Seu irmão mais velho, Bosten, o defende em qualquer situação, porém ambos não conseguem se proteger de seus pais abusivos, que os castigam violentamente quase todos os dias. Ao enfrentar as dificuldades da adolescência estando em um lar hostil e sem afeto com o agravante de se achar uma aberração , o garoto tem na amizade e no apoio do irmão sua referência de amor, e é com ela que ambos sobrevivem. Um dia, porém, um episódio faz azedar terrivelmente a relação entre Bosten e o pai. Para fugir de sua ira, o rapaz se vê obrigado a ir embora de casa, e desaparece no mundo. Palito precisa encontrá-lo, ou nunca se sentirá completo novamente. A busca se transforma em um ritual de passagem rumo ao amadurecimento, no qual ele conhece gente má, mas também pessoas boas. Com um texto emocionante, personagens tocantes e situações realistas, não há como não se identificar e se envolver com este poético livro.

MINHA OPINIÃO: Gostei muito desse livro.
Em Minha Metade Silenciosa você encontrará o mundo em sua pior realidade, e como isso pode nos afetar profundamente. Andrew Smith tem o dom de te prender aos personagens de uma forma intensa e perigosa, assim, em um piscar de olhos você já pertencerá à história e viverá toda a trama.
Assim, com toda certeza darei 5 estrelas para Minha Metade Silenciosa que entrou para minha lista de favoritos, com certeza irei reler esse livro...
Como eu já havia comentado adorei a escrita, o autor consegue prender o leitor de tal forma que não dá vontade de para de ler, adorei os personagens, não queria que o livro terminasse.
É um livro que eu recomendo, leiam.
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Su 23/05/2016

Esse livro já estava há um tempo na minha lista de futuras leituras. E, somente agora, decidi lê-lo, pois me lembrei que ele havia sido muito bem recomendado.
Stark McClean é um adolescente de treze anos que nasceu sem uma das orelhas. Ele se acha feio devido a sua deficiência. Além disso, ele não gosta muito do seu nome, preferindo o apelido Palito. Starck é chamado assim por ser muito alto e magro. Seus únicos amigos são seu irmão mais velho, Bosten, e sua vizinha, Emily. Os três costumavam ir catar siris na praia, mas Bosten, agora, se acha velho demais par isso. O que acaba tornando Stark e Emily ainda mais unidos.
Uma noite, Bosten e Stark vão ver seu amigo Paul jogar basquete. Durante o intervalo do jogo, Stark vai ao banheiro e Ricky, um dos garotos que estuda com ele, o chama de retardado e arranca o gorro da sua cabeça. Nisso, Bosten, para defender o irmão, dá um soco em Ricky.
Após serem expulsos do jogo pelo diretor, eles vão para o estacionamento esperar Paul. Quando o jogo acaba, Paul lhes conta que seu irmão, que trabalha no exército, lhe trouxe um explosivo que ao ser lançado aparenta ser um disco voador. Os três decidem ir para a praia lançá-lo. Porém, ao chegarem em casa, Starck e Bosten descobrem que seus pais já estão cientes do ocorrido no banheiro da escola e não se encontram nada satisfeitos. Por causa disso, Bosten leva uma surra do seu pai e é forçado a dormir no quarto de São Fillan, sem luz, sem roupas, sem nada. Sem poder, sequer, sair para ir ao banheiro. Mas, isso não era novidade na casa deles, praticamente todas as noites um deles tinha que dormir no quarto do castigo.
A estória desse livro é muito pesada. E, em alguns momentos não gostei da forma que o autor descreveu o Starck. Mas, a estória num todo é ótima. Consegue nos prender do início ao fim.
“- Bom, desculpa. Só queria saber como era. Não faço isso de novo se você não gostou.
- Não, tudo bem - eu disse. - E só que... é tão feio.
Ela deu de ombros.
- Eu não acho. Acho legal. Todo mundo é tão... igual, sabe?
Emily chegou mais perto de mim. Eu não ficava nervoso ou com vergonha perto dela, nunca, mas aquilo meio que me assustou. Sentia meu coração batendo muito forte e o som retumbava dentro da minha cabeça.
Eu queria que aquelas batidas nunca achassem jeito de sair.
- Olha para o meu rosto se você não acredita - ela disse. - Você vai ver.
- Ver o quê?
Então ela estendeu a mão bem de leve e devagar. Foi como assistir àquele bólido no céu. Ela tirou o boné do Bosten que eu usava e pôs a mão esquerda do lado da minha cabeça. Seus dedos se curvaram suavemente pelo meu cabelo curto. Olhei nos olhos dela.
Achei que ia ver repulsa.
Mas ela era tão delicada e perfeita. Ela baixou de novo a mão e disse:
- Viu?
Mas eu não consegui responder.
Ela aprisionou meu coração dentro da minha cabeça.
Tudo estava mudando.
Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça.”

site: http://detudoumpouquino.blogspot.com
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Jhonatan A. @jounalmeida 22/06/2016

(...) e que da a ele o que anda buscando. Um pouco de amor.
É surpreendente quando se está diante de um livro diferente, não dá para defini-lo com facilidade. Então entrei na história e aceitei viver como Stark, o Palitoso. E descobri que temos muitas coisas em comum, somos realmente parecidos.

Stark McClellan e um garoto um tanto ingênuo, por mais que não pareça levando em conta seu tamanho e idade. Possui suas duvidas a respeito da vida, talvez por tudo o que passara em sua casa.

Eu me perguntava se todo mundo tomava banho a três quando tinha pelos pubianos.

Nasceu com uma deficiência, não possuía a orelha esquerda, posteriormente soube o nome daquilo, anotia. Isso fez dele um alvo fácil de bullying na escola e na própria casa. Seus pais o trata grosseiramente, agredindo-o verbal e fisicamente. Há horas que, após a surra, era mantido trancafiado em um quarto por tempo indeterminado. Palito em seus 13 anos de idade pensava que era normal o modo como era tratado e que todas as famílias faziam isso com seus filhos.

Stark, o Palito, pode confiar em seu irmão mais velho Bosten, que é um tanto rebelde e que também sofre com abusos paternos. Ambos são submissos a inúmeras regras, algumas tão banais como o modo que deveriam cortar o cabelo. Caso não obedecessem eram postos àqueles castigos que disse acima.

O que eu tinha na vida além de Bosten?

O personagem passa por momentos delicados com Emily Lohman, sua melhor amiga. Até então essas eram as únicas pessoas que faziam o menino sentir-se melhor do que podia. Possuindo um olhar simples para tudo ela e uma das poucas pessoas que entende o menino. Palito amadurece quando passa um tempo na Califórnia com sua tia Dahlia e volta um tanto mudado. Ele não podia fazer mais aquele tipo de coisas que fazia com Emily, tudo teria um significado diferente a partir daquele momento.

E uma historia realmente comovente. Impossível não se emocionar com a narrativa do garoto. Notamos a falta de uma família verdadeira, isso fica claro. Que leitura especial! Andrew adiciona emoções em um ambiente realista, onde traz violência sexual, drogas, preconceitos e a falta de um lar. Vai incluindo também personagens positivos, quem mudam a trajetória de Palito e que da a ele o que anda buscando. Um pouco de amor.

O verdadeiro ápice da narrativa é o sumiço de Bosten após uma discussão com seu pai. Esse era o medo de Stark, ficar só. Não poderia continuar sendo maltratado por aquele homem. Bosten era seu herói e sem ele não conseguiria viver. O amor fraternal é o carro-chefe do livro, nesse caso é muito melhor que qualquer romance poderia ter. A necessidade que um irmão tem pelo outro, o convívio e tudo o mais.

É um livro maravilhoso. Talvez essa resenha não tenha tudo o que senti quando estava lendo, mas o livro está melhor. A escrita tem um toque especial, você TEM que lê-lo.

site: http://clicheimperial.blogspot.com.br/2016/06/resenha-minha-metade-silenciosa-andrew.html#more
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rafazaakar 29/06/2016

ZaaKar.com Resenha - Minha metade silenciosa
Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!

Sinopse: "Stark McClellan tem 14 anos. Por ser muito alto e magro, tem o apelido de Palito, mas sofre bullying mesmo porque é “deformado”, já que nasceu apenas com uma orelha. Seu irmão mais velho, Bosten, o defende em qualquer situação, porém ambos não conseguem se proteger de seus pais abusivos, que os castigam violentamente quase todos os dias. Ao enfrentar as dificuldades da adolescência estando em um lar hostil e sem afeto – com o agravante de se achar uma aberração –, o garoto tem na amizade e no apoio do irmão sua referência de amor, e é com ela que ambos sobrevivem.
Um dia, porém, um episódio faz azedar terrivelmente a relação entre Bosten e o pai. Para fugir de sua ira, o rapaz se vê obrigado a ir embora de casa, e desaparece no mundo. Palito precisa encontrá-lo, ou nunca se sentirá completo novamente. A busca se transforma em um ritual de passagem rumo ao amadurecimento, no qual ele conhece gente má, mas também pessoas boas. Com um texto emocionante, personagens tocantes e situações realistas, não há como não se identificar e se envolver com este poético livro".


***

“- [...] Agora você pode dizer para as pessoas que você dirige a noite e.. ah, com uma mão só, e explode coisas e beija de língua meninas mais velhas quando ninguém está olhando”.

Eu preciso dizer que essa resenha não vai ter roteiro nenhum, porque eu realmente não tenho emocional para montar algo certinho como as outras resenhas. Nessas minhas outras trinta leituras até então, nenhum outro livro conseguiu mexer comigo da forma como esse livro mexeu. E eu não estou falando de chorar e de me apaixonar – não que isso não tenha acontecido. Mas antes, acho importante falar do autor.
Andrew Smith é o responsável por essa trama. Ele é responsável por nove romances juvenis e já ganhou diversos prêmios. Nascido na Califórnia, foi durante o ensino médio, quando era editor do jornal do colégio, que descobriu sua vocação para a escrita. Graduado em Ciências Políticas, Jornalismo e Literatura, experimentou a carreira jornalística, mas percebeu que aquele não era o tipo de escrita que sonhava fazer. Passou grande parte da juventude viajando pelo mundo, dedicando-se aos mais diversos trabalhos. Ao se estabelecer definitivamente no sul da Califórnia, tornou-se professor de adolescentes em situação de risco, o que o inspirou em seus textos.
Incentivado por um amigo escritor, publicou seu primeiro romance em 2008: A cura invisível, indicado como um dos melhores livros do ano para jovens adultos. Seus outros trabalhos também foram muito bem-recebidos pela crítica, entre eles, A lente de Marbury (melhor ficção juvenil de 2010 pela Amazon, livro do ano pela Publishers Weekly e escolha do editor pela Booklist) Minha metade silenciosa (também publicado no Brasil pela Editora Gutenberg) e In the Path of Falling Objects (Southwest Book Award de 2011). Atualmente, Smith vive na região de montanhas perto de Los Angeles com a esposa, dois filhos adolescentes, dois cavalos, três gatos e um lagarto arisco chamado Leo.

“Eu sou feio”.

Eu só posso dizer que eu senti, talvez pela primeira vez nessa minha vida de leituras, que a história, o enredo, me envolveram de uma forma única, singular. Eu me peguei horrorizado na primeira parte do livro. Horrorizado com aquela realidade que Stark e Bosten viviam. Horrorizado com as regras, com seus pais e suas atitudes, com as regras, com a falta de afeto e a forma como Stark acreditava, na sua mente ainda de criança que inicia a faze da adolescência, que aquilo tudo era normal.
Era normal apanha até ficar em carne viva. Era normal ficar preso dias em um quartinho, pelado, tendo que fazer suas necessidades em um balde. Era normal não ter nenhum tipo de afeto materno e paterno... Eu só percebi o quanto eu estava horrorizado com o caminho que história estava tomando no momento em que a primeira parte terminou e entrou a segunda, intitulada “Califórnia”. Foi nesse momento que eu percebi que estava prendendo a respiração e que agora eu poderia soltar. De alguma forma, na minha mente, enquanto eu estivesse naquela parte o ar ainda estaria denso demais, lotado de fumaça de cigarro, de dor, de tristeza... E eu não queria respirar esse ar.
Foi na segunda parte que eu percebi a forma como um livro muda a sua visão. Quando a tia dos garotos, Dahlia, apareceu, eu senti, verdadeiramente que havia uma possibilidade de salvação, de que nessa história, o final pudesse ser feliz. Percebi também que nunca havia desejado um final feliz tanto assim na minha vida.
Dava para notar a diferença, o clima. Na Califórnia tudo era leve, colorido, ensolarado e feliz. Dahlia, que não conhecia os garotos, apareceu na história como um anjo prestes a salvar duas vidas que tinham tudo para não evoluir para lugar nenhum. O jeito como o autor mostrou a diferença entre a sociedade foi o que deixou meus olhos mais marejados e vermelhos. Enquanto na cidadezinha do interior de Washington, onde, não ter uma orelha era tratado como um anomalia digna de retardo mental, e em que você era zoado de todas as formas por ser diferente, ou alto demais, ou quieto, na Califórnia, as pessoas eram mais soltas, sem preconceitos, acolhedoras. Eu me peguei em vários momentos suspirando pela forma como os dois eram tratados na cada de Dahlia. Era como se, toda vez que o autor escrevia algo bom, algo que acontecia som os meninos e que feliz e carinhoso, meu peito se dilatasse e eu agradecesse a ele por isso. Esse foi o meu nível de relacionamento com a trama.
Mas nada se comparou ao momento em que mais coisas se desenrolaram e aconteceram. Não bastasse a agressão doméstica, o ódio dos pais, a nevoa persistente de cigarro e de tristeza, as malditas regras de outro mundo – como não poder tomar banho em casa nos dias de semana por que eles já tomavam na escola – o autor ainda nos presenteia com algo que só nos deixa mais indignado: pedofilia.
Se o meu peito já estava preso com tudo o que eu tinha visto até meados da página 100, depois disso ele se tornou só destroços. Quando você pensa que nada de pior pode acontecer, isso aparece no seu colo. O autor diz: “Tô, segura essa barra ai”, e você fica lá, paralisado, tentando processar e visualizar aquela realidade.
De forma bem explosiva e realista, Andrew Smith nos mostra uma realidade – sim, infelizmente isso deve acontecer por ai sim, não em escala tão colossal, mas deve acontecer – pungente e assertiva. Nos apresenta dois heróis, Stark, de 13 anos, e seu irmão e fiel companheiro, Bosten, de 16. Para compensar todo esse caos e tristeza, o autor nos presenteia com uma relação de irmãos maravilhosa. De cuidado, proteção, amor – amor verdadeiro mesmo, verdadeiro ao ponto de se aguentar o que Bosten aguentava, apenas para ficar perto de seu irmão. Tem um momento no livro, que eu não vou lembrar ao certo qual é, porque a leitura voou de tal forma que eu não tive tempo de parar e marcar, que Bosten diz que ele ainda não fugiu, porque ele não poderia deixar seu irmão sozinho lá. Que se ele fizesse isso, seria o fim de Stark. “Palitoso” é a forma como Bosten chama seu irmão mais novo.
Eu acho que nunca, nenhuma frase em um livro me fez tremer e emoção, e alegria, e agradecimento, quanto a parte em que Bosten liga, de hollywood para Stark, e diz: “Meu garoto Palitoso”. Eu chorei sim nessa hora. Eu parei e respirei, porque durante toda a terceira parte do livro eu sofri achando que Bosten tinha morrido. Eu realmente tive um calafrio ao ler isso e chorei enquanto sorria.

"E não há amor na minha casa, somente regras".

Eu acho que todo livro deveria fazer isso com você.
Deveria fazer você se apaixonar não só pelo principal ou por um ou outro coadjuvante. Os livros deveriam fazer você ter emoções diversas em relação a todos os personagens. Emily, Dahlia, Evan, Him, o caminhoneiro milagroso que eu não lembro o nome, os pais de Emily... Eu sei que a cada parte que eles apareciam eu agradecia um pouco, pois sabia que deles não viria nada que pudesse machucar Bosten e Stark.
A forma como todos parecem cuidar dos garotos me deu um conforto tão grande. Sempre que Stark dizia algo como “na minha casa nós não usamos pijama”, “Na minha casa nós lavamos nossas roupas, pois minha mãe diz que coisas de garoto são sujas”, “Na minha casa nós não podemos ficar na cama”... A cada frase como esse eu ficava com mais raiva, tristeza e um pouco de dó. Um mix assim de sentimentos.
Confesso que estou escrevendo isso freneticamente, e que apesar de ter amado incondicionalmente essa leitura, o final me despedaçou de uma forma que eu não acreditava que poderia acontecer.

“Tudo estava mudando. Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça”.

“Bosten está matriculado em um supletivo, mas não sei se ele aprendeu direitinho a seguir em frente”.
Eu realmente acho que nunca fiquei tão triste com uma frase como fiquei com essa. Enquanto presenciamos um crescimento pessoal de Stark durante a história, seu amadurecimento precoce, mas necessário, tornando-se um rapaz confiante, forte, e, ao contrário do que todos o faziam se sentir, bonito, eu não posso s=negar que a caminhada de Bosten, as coisas que ele passou – que seu namorado passou depois que todos descobriram que os dois era gays – só o fez atrofiar. Não que seja fácil seguir em frente depois de tudo o que ele passou. Abuso sexual, agressões, falta de amor em casa, falta de estrutura... MEU DEUS DO CÉU, ELES NÃO PODIAM FALAR NO TELEFONE NEM USAR SHAMPOO E CONDICIONADOR... Eu entendo isso, e o final dele foi tenso, fois bem real, já que é realmente isso que acontece com garotos que passam pelo que ele passou... Mas no fundo do meu coração eu realmente imaginei que depois de toda a subida eles conseguiriam estacionar em um lugar calmo e feliz para viver. Deixar essas merdas todas para trás... E fiquei muito mal ao ler essa frase, entender que, não importasse o que fosse, mesmo estando em segurança agora, ele não seguiria em frente “direitinho”. Ainda tenho vontade de chorar só de imaginar Bosten não seguindo em frente depois de tudo.

“Às vezes, eu me perguntava o que os havia deixado daquele jeito, mas Bosten me explicou que não são as coisas que deixam as pessoas do jeito que elas são. Ele disse que não era como pegar um resfriado ou coisa assim. Você simplesmente é de determinado jeito”.

Eu peguei esse livro para ler ao acaso. Estava há 3 dias sem ler nada e falei: “Preciso ler algo”. Olhei para a estante e escolhi ele na sorte. Nunca imaginei que ficaria assim depois de lê-lo. Que a experiência de leitura seria tão grandiosa assim. A forma como a história é contada, os artifícios que o autor usa para mostrar que Stark é diferente, os espaçamentos, a orelha faltando na parte de trás do livro, a forma como os pensamentos mais íntimos de Stark são colocados do lado direito, do lado em que ele não tem orelha e tudo é silencioso.
Eu nunca dei nada para esse livro. Comprei nem lembro o porque. Se eu soubesse que essa seria a minha experiência de leitura, já teria lido há muito tempo. Mas acredito que se eu só fui ler agora, é porque de alguma forma esse era o momento. Eu estou anestesiado, e posso dizer com certeza que esse foi o melhor livro que eu li na minha vida.

"Sempre que Bosten me chamava de Palitoso eu sabia que ele estava planejando alguma loucura. Era nosso código, a única coisa que nossos pais ainda não tinham descoberto".

31/55 – A melhor leitura que eu já tive até hoje.

site: http://zaakarcom.blogspot.com/2016/08/resenha-minha-metade-silenciosa.html
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wedlaaa 24/08/2016

"i always knew you're stronger than me, stick"
4 ~ 4.5 estrelas.

após ler este livro, andrew smith se consagra - para mim - como um dos melhores autores do gênero YA.

não é uma leitura fácil. na verdade, esse livro tinha que estar repleto de adesivos com warning triggers, porque acredito que, lendo essa obra, muita gente possa se lembrar de uma infância cheia de tormentos, tendo como pilar todo tipo de abuso vindo do seu núcleo familiar principal, e isso pode resultar em crises de ansiedade, pânico, depressão, etc., por esse motivo, eu não o indico para todo tipo de leitor.

seguimos o começo do fim da infância de stark mcClellan. com seus então 13 anos, stark, ou como prefere ser chamado, palito, possui uma condição chamada anotia, ou seja, ele nasceu sem uma das orelhas. e aqui eu preciso abrir um parêntese sobre como a gutemberg levou esse detalhe a sério: o livro físico possui apenas uma orelha.
esse defeito físico o torna uma criança com uma autoestima muito baixa ou quase inexistente. e as pessoas ao redor também não o ajudam muito, com exceção de seu irmão mais velho, bosten, e sua melhor amiga, emily.

mas quem dera que esse livro tratasse só de bullying. sim, bullying é uma violência terrível, e só quem passou sabe a dor de ter que acordar todos os dias e enfrentar seus colegas de escola isolando, rindo e violentando você fisicamente e verbalmente. mas isso acontece em escalas muito maiores dentro do ambiente nuclear familiar do nosso protagonista.

muita gente acha esse livro triste, e ele é, mas o terror se sobrepôs à tristeza, pelo menos para mim. houve uma cena, logo no começo, que eu simplesmente tive que reler umas três vezes para me certificar de que era aquilo mesmo que o autor estava me entregando. para este gênero literário, eu acredito que o autor foi muito corajoso ao detalhar uma ação tão vil, mas ainda assim tão cotidiana, infelizmente; essas coisas que a gente sabe que acontecem, mas não as imaginamos para não sairmos de nossa zona de conforto.

mas nem tudo é tristeza e terror nesse livro. há também divertidas cenas onde vemos nosso protagonista se descobrindo sexualmente. e temos aí mais um ponto em que smith acerta: enquanto a maioria dos autores YA evita sexo como se fosse um assunto muito complexo para apresentar a adolescentes, ele o descreve com naturalidade, sendo bastante coerente com o que um pré-adolescente de 13 anos se sente a esse respeito.

algo que me incomodou no livro foi a não conclusão de alguns subplots, mas, pensando a respeito, acredito que seja uma metáfora ao Stark, por ele ser "apenas metade inteiro", ou por serem situações que precisem mesmo ser deixadas para trás. o motivo, se eu dissesse, acabaria sendo spoiler, então deixo que vocês descubram enquanto fazem a leitura.

george r r martin costuma dizer que terminará suas crônicas de gelo e fogo com um final "bittersweet". nunca li um final tão doce-amargo plausível, coerente e coeso com o resto da história como o deste livro.
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