spoiler visualizarTigronna 23/04/2023
Um livro que todos deveriam ler!
Doze Anos de Escravidão me foi uma leitura triste, muito importante, mas bem triste.
É estranho pensar que em algum dia foi possível ser dono de outro ser humano, é horrível pensar que pessoas eram tratadas como animais, negociadas no mercado como objetos, mas a escravidão foi real e sim, foi o pior erro da humanidade.
No livro, Solomon era um homem livre, tinha família, amigos, uma casa, tudo o que cidadãos livres tinham. Aí, do nada, alguém decidiu lucrar com a cor da pele dele. Ele foi então privado da sua liberdade, vendido, acorrentado, açoitado e viveu os piores anos da sua vida.
Os relatos detalhados de Northup me deixaram atordoada e revoltada,eu torci muito por ele e quis entrar no livro várias vezes para defendê-lo, foi agoniante.
E eu também aprendi com Solomon que generalizar não é uma coisa a se fazer, nem se tratando de senhores de escravos, em pelo menos dois momentos, Northup diz que se todo senhor fosse como o Sr. Ford ou como a madame McCoy a escravidão seria menos amarga, pois eles faziam parte da minoria de senhores gentis, que tratavam seus escravos como os seres humanos que eram.
Eu li, não sei onde, nem quando, que um certo livro romantizava a escravidão, na época eu até concordei, mas depois de ler Solomon, eu passei a pensar que o autor do livro julgado pode não ter romantizado, ele ou ela, pode apenas não ter generalizado. Northup diz que trabalhou animado para o Sr. Ford, pois não tinha medo de ser açoitado e tinha suas ideias ouvidas, Ford gostava de aprender com Solomon, e Solomon nutriu um sentimento de gratidão e admiração pelo Sr. Ford.
Pra finalizar, quero dizer que não, a escravidão não acabou, ela ainda vive, porém mascarada atrás de salários baixos e condições péssimas de trabalho, podemos não ter mais açoites, mas ninguém é livre de fato, muitos engolem sapos do chefe porque precisam sustentar a família.
O fato é que grande parte da humanidade está longe de ser humana, é preciso ter respeito, entender que somos todos iguais, independente de raça, sexo, religião, orientação sexual, deficiência e etc. Só quando o respeito prevalecer é que seremos todos humanos!