Ale Giannini 21/02/2021
O homem errado no lugar certo e na hora certa
Numa época em que os Estados Unidos fervilhava com conflitos raciais, Guerra do Vietnã, manifestações estudantis, movimento Hippie, Woodstock, Beatles, e o rompimento com os valores sociais, muitos jovens questionavam a existência e buscavam resignificar suas escolhas.
Espaço propício para que pessoas inescrupulosas aproveitassem da "inocência", medos e dúvidas desses jovens e aparecessem como líderes espirituais. Manson era um vigarista, psicopata, cafetão e racista.
Ele aprendeu a manipular as pessoas à sua volta com tanta habilidade que muitos de seus seguidores permaneceram fieis à ele e suas ideias, permanentemente. Mesmo quem se afastava de sua família, como eles se denominavam, demorava muito tempo para se libertar da influência de Charles.
Jeff Guinn, jornalista, escritor e biógrafo, fez um trabalho incrível, ele constrói a personalidade de Manson da infância à fase adulta, explica as influências que levaram Charles a se tornar um líder equivalente à Jesus Cristo. Explica como ele misturou Dale Carnegie, Beatles, a Bíblia, a Cientologia e muito LSD para criar uma religião racista.
Guinn ainda nos brinda com uma revisão da história na década de 1960, mostrando como a Guerra, a economia, os conflitos raciais, as artes, a política e economia movimentaram os Estados Unidos e criaram o contexto para as gerações que vieram depois.
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