Cândido

Cândido Voltaire




Resenhas - Cândido


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DIRCE 12/10/2014

Enriquecedor e tragicamente hilário.
Existem escritores que me assustam ( meu receio é que sejam muito Cult para minha pessoinha) e, dentre eles, estava Voltaire, porém as resenhas, daqui do Skoob, especialmente a da Glaucia, fizeram com que eu deixasse o meu receio de lado e me incentivaram a ler Cândido.
Esperava fazer uma leitura descontraída e divertida, mas ...espera aí: para, para, para tudo. Eu me senti do mesmo modo que me sinto diante dos tais vídeos cassetadas,vídeos divertidos e assemelhados, mudo de canal, pois não acho a menor graça -seria o mesmo que rir de uma pessoa que cai próximo de mim. Ara, ara...não faz o menor sentido. Parei. Busquei afastar da minha mente a névoa que ofuscava a lembrança de Calvino e, essa busca, me permitiu voltar à leitura com um novo olhar.
Cândido era um agregado de certo barão e, segundo seu professor ( Pangloss), vivia em um reino que era o melhor lugar do mundo. Todavia, Cândido se apaixonou pela diva Cunegundes, mas como ele não possuía sangue azul, foi expulso do reino.
Lançado à vida, vai parar em meio à guerras, terremoto, é açoitado e por pouco perde a vida.Continua sua jornada, encontra o Eldorado, enriquece, conhece seus semelhantes, pouco a pouco vê sua fortuna se esvair, mas, ainda assim, continua vendo a vida com os óculos de lentes cor- de- rosa que seu professor lhe impusera.
O viver é feito de voltas e reviravoltas e, foi graças a essas reviravoltas que Cândido teve seu quinhão de felicidades, porém, dessa feita, com os pés no chão. Simples assim? Claro que não. Cândido ou O Otimismo é um livro filosófico onde Voltaire critica a religião ( a católica face o desmando da Inquisição) o exercito , o governo e a filosofia do Otimismo. E agora, é simples assim? Claro que não. Eu, uma leitora adepta das leituras tortas, comparei Pangloss a nós - mães. Nós queremos proteger nossos filhos das frustrações, os criamos sob uma redoma, fazemos uso dos óculos de lentes cor-de-rosa, nos recusamos a deixá-los a aprenderem empiricamente, a valorizarem aquilo que obtiverem com seu trabalho, a aprenderem, como muito bem disse Cândido, a cultivarem os seus jardins .
Essa obra é enriquecedora e, tenho que confessar: tragicamente hilária.
Gláucia 21/10/2014minha estante
Uma das melhores surpresas literárias, simplesmente delicioso.
Acredito que uma pessoa que entenda de filosofia fará uma leitura diferente e mais profunda pois enxergará aspectos não vistos por um leitor não habituado ao tema (como eu). mesmo assim é um livro que pode ser lido por qualquer um. Bom que tenha gostado também.


DIRCE 21/10/2014minha estante
Concordo, Gláucia.
Um livro que agrada a gregos e troianos.
Obrigada.
bjs


Marta Skoober 24/10/2014minha estante
Meu problema com Cândido foi o excesso de expectativas.
E coitado, morria de pena enquanto lia.


DIRCE 24/10/2014minha estante
Marta, a expectativa, na maioria das vezes, é nociva e compromete sobremaneira a leitura. Ah! mas o importante é que o Cândido "acordou" para a realidade.
bjs




Claire Scorzi 29/01/2009

Receita contra insônia
Não leia este livro se estiver tentando dormir. Foi o que eu, desavisada, tentei fazer: ler para relaxar e dormir. Quando dei pela coisa eu ria tanto que espantei por completo o sono.
Albino 29/05/2011minha estante
O riso em mim provocado foi um riso nervoso, do elemento supresa da ingenuidade...e da crença na sociedade como um todo.

Foi uma leitura de uma sentanda...pois fiquei curioso em saber como iria terminar, caia a ficha ou não na personagem Candido...

Tudo depende de como cultivamos o jardim.


GIZ 13/12/2011minha estante
É Claire, hj estamos nos esbarrando por aqui... Tô precisando de um livro assim... Assim que passarem as provas, Candido vai entrar na frente de quem estiver... rs


Excluido 22/06/2020minha estante
Realmente, Eu li aons 15 anos... Fiz uma releitura esse ano, foi íncrivel... que livro!!!!




Ester479 13/01/2024

A miséria e a dor estão em toda parte.
É inegável o quão atual o livro ainda é. Voltaire é genial em suas críticas. Critiacando a hierarquia da nobreza, racismo, machismo, desigualdade social... Denunciando o totalitarismo da Inquisição.
Pra mim, a melhor sacada foi os 2 únicos lugares bons do livro, serem fora da Europa, assim, "escapando da guerra, da perseguição religiosa, do crime, da escravidão e do dominio do dinheiro". "Ambos descritos como lugares de paz, pois estão protegidos das relações violentas que imperam no continente europeu e nos lugares sob seu domínio. Em ambos tampouco há a distinção social da nobreza ou a busca frenética pelo dinheiro"
Mas, apesar de entender, e concordar com a mensagem do livro, eu achei muito chata a história, não consegui achar graça. Preferia algo na mesma premissa, mas num estilo mais Dostoiévski (onde o enredo fica em segundo plano, se é que faz sentido descrver assim).
Esse livro me lembrou Pinocchio (o live action), cada minuto era uma coisa diferente que estava acontecendo. O que tornou o livro tedioso. Vou ter que citar Jojo Todynho aqui: "Gente, vocês não param em casa né? Espírito do andarilho."
Tefhyy 13/01/2024minha estante
Ksksk
Grande filósofa


Ester479 13/01/2024minha estante
Não sigo a Jojo, mas me acabo com os memes dela que viralizam KKKKKKKK




arthurzito 14/03/2021

Um favorito
Acredito que a ideia central do livro seja uma sátira ao "ao melhor de todos os mundos" defendida pelos Otimistas e caso a ideia seja essa, o livro é perfeito. No momento que comecei a leitura me senti obrigado a acabar o mais rápido possível, cada capítulo tem seu clímax e você não quer perder nada; mas oq me deixou ainda mais entusiasmado foi o número do capítulo vir com uma resumo do que aconteceria, gostei muito disso. Recomendo a todos!
Layla.Ribeiro 14/03/2021minha estante
Minha próxima leitura do mês


arthurzito 14/03/2021minha estante
Acho que vc vai gostar, muito divertido. Tem o humor de Oscar Wilde.




rfalessandra 09/07/2022

Cândido, ou o Otimismo
Demorei um pouco para me acostumar com escrita por ser uma obra do século XVIII, mas depois fluiu bem eu estava era me divertindo.
O Cândido mesmo passando pelos seus infortúnios, seus perrengues, não perdia seu otimismo, sua pureza e a sua simplicidade.
O autor soube desenvolver a história de cada um dos personagens, e reencontro deles com o Cândido no final foi surpreendente.
O Martin e o Cândido filosofando perceberam que o homem não nasceu para o descanso, pois o trabalho afasta três grandes males de nós: o tédio, o vício e a necessidade.
"Precisamos cultivar o nosso jardim."
13marcioricardo 09/07/2022minha estante
Parece muito bom ?


rfalessandra 10/07/2022minha estante
Sim o enredo é atual, mostrando a arrogância dos poderosos da época e ao mesmo tempo dicularizando os pensandores filosóficos o toque de humor.




Antonio.Junior 03/10/2021

Bom humor recheado de ironia
Um livro bastante divertido, apesar de que muitas vezes você questione a sí próprio: "Eu deveria estar rindo disso mesmo?". Enfim, um livro curto, fluído e bem-humorado. O autor definitivamente não possuía escrúpulos na lingua.
Eduardo 03/10/2021minha estante
me interessei quando vc disse q o autor não tem escrúpulos na língua


Stuart.Gregory 04/10/2021minha estante
esse livro é bom demais




Carlos 18/03/2021

QUE SE DANEM OS COACHS
Cosmopolita, o livro faz uma volta ao mundo, onde a injustiça é onipresente, contudo esta não é visível aos olhos do Candido (do latim: puro). Voltaire aqui é cômico, ácido, refinado e thrash me sentindo assistindo um filme tipo zumbilandia, a cada capitulo vinha um plot insano kkk. é uma leitura com situações pesadas (tortura, estupro, inquisição e canibalismo), mas a narração despojada deixa tudo comico (??). O livro é um classico, mas que serve de disparate aos coachs atuais que pregam OTIMISMO em situações descabidas
Carlos 18/03/2021minha estante
, me senti assistindo*


Dan 18/03/2021minha estante
Gostei do título da resenha! Rsrsrs




Gleison Marques 26/07/2022

Um bom livro para os GoodVibes
É fácil ser otimista quando tudo vai bem no cantinho de mundo que por acaso você conhece, vulgo sua bolha.

Volteire usa uma escrita irônica e por vezes cômica, não fossem os percalsos que nosso "herói" tem que enfrentar, para descrever o porquê da teoria otimista, de que vivemos nos melhores dos mundos, é errônea e até perversa.

A edição é muito boa e tem notas explicativas que ajudam muito a se nortear, quanto a fatos históricos e termos mais complexos.
cris 27/07/2022minha estante
Amo como seu olhar descritivo percorre a obra, ultrapassando todos os limites de meros leitores, com sua análise minuciosa. Parabéns meu amor! Obrigado por ser meu norte aqui também ??


Gleison Marques 27/07/2022minha estante
Obrigado também por ser minha influência e minha inspiração meu bem ?




laxxal 03/03/2022

Adorei começar a ler Voltaire por esse livro, que escrita sensacional. Estou com muita vontade de ler outras obras do autor.

A história de Cândido é cheia de altos e baixos e te surpreende a cada capítulo, logo no início ele é expulso de casa e começa a viajar explorando o mundo. Os personagens que cruzam seu caminho são muito marcantes e de forma irônica fazem diversas críticas à sociedade, gerando ótimas discussões entre os personagens.

Cândido viaja o mundo no caos em busca de seu objetivo de vida e quando as coisas finalmente se estabilizam na história, as discussões dos personagens voltam a causar inquietações que trazem ainda mais reflexões atemporais sobre a vida.

Recomendo! ainda mais nessa edição maravilhosa.
Anhume 04/03/2022minha estante
Uau!!! Me deu vontade de ler o livro depois da sua resenha.


laxxal 04/03/2022minha estante
aah fico muito feliz! leia mesmo que vale a pena, tomara que vc gostee




Tatics 16/01/2022

O melhor que o mundo pode ser
Meu primeiro livro do ano, foi uma escolha ousada na minha humilde opinião, pois Cândido é uma obra filosófica disfarçada de narrativa, onde acontece uma Odisseia em forma de sátira.

Só de escrever isso já imagino a aversão que isso pode causar em quem está lendo essa resenha e que devo estar te fazendo desistir de ler este livro. Mas não desista! Hahaha

Voltaire fez dessa obra um clássico e não foi à toa. Ele tem como alvo as guerras, as crueldades cometidas em nome da religião, condena a escravidão e principalmente, critica o otimismo. Mas o otimismo aqui não é o que conhecemos hoje, no século XVIII ele remetia a teoria que o mundo, embora não seja perfeito, ele é o melhor possível. Voltaire não aceitava essa definição, uma vez que isso pode fazer com que as pessoas parem de questionar os motivos e as razões dos problemas que elas passam, deixando tudo exatamente como está e que está tudo bem não defender o que lhe é de direito.

Então, Cândido, que se vê expulso de seu reino, passa por tragédias e desgraças em uma velocidade assustadora (alô Italo Calvino, obrigada pela reflexão) e vive em função de buscar sua amada Cunegunda e questionar o que seu querido Pangloss lhe ensinou. Com o tempo ele vai aprendendo a pensar por si mesmo e percebe que ?É preciso cultivar nosso jardim?, focando no trabalho e evitando perder tempo com reflexões filosóficas e questionamentos que não levam a nada, seu objetivo é fugir do tédio que o homem está fadado a viver.
Alê | @alexandrejjr 17/01/2022minha estante
Belo texto, Tati! ?


Marco Maia 18/01/2022minha estante
Gostei. Inclusive despertou o interesse da leitura!




Rafael 02/02/2022

Sátiras e uma incrível jornada
Em "Cândido" (1759), lidando com vaidades e cobiças humanas, de forma satírica Voltaire (François-Marie Arouet) expõe a ordem político-religiosa e algumas correntes filosóficas da sua época. Tudo vemos através da jornada épica que desenvolve Cândido, o protagonista da obra.

Do seu mestre Pangloss, aprendera Cândido desde cedo a crer que ?tudo corre da melhor forma possível? (p. 18). Essa perspectiva otimista é posta à prova assim que ele é expulso do castelo onde morava, e apartado do convívio com Cunegunda, sua amada.

Na nova etapa de vida, Cândido experimentou a fome (p. 35) e a dor, sobrevivendo a eventos marcantes do século XVIII, como o terremoto que matou aproximadamente trinta mil pessoas em Lisboa, em 1755, e a Guerra dos Sete Anos. Ainda, em diferentes partes do mundo, viu hipócritas religiosos matarem (p. 88) e explorarem necessitados (p. 110) em nome de uma força maior. Também de perto viu como, ao custo da escravidão, são desfrutadas as comodidades por seus compatriotas europeus (p. 158).

Quando a sorte lhe pareceu sorrir, na lendária Eldorado, terra de amor à paz e à ciência (p. 150), pensou que ficar o tornaria apenas igual aos outros daquele lugar; importava ir embora, portanto, para reencontrar Cunegunda e com preciosidades que fariam dele mais rico que todos os reis juntos (p. 151).

Depois de uma série de infortúnios, percebendo que "as riquezas deste mundo são perecíveis" (p. 155), ao lado de Cunegunda e de seus companheiros, Cândido percebeu que um bom destino advém da boa convivência com seus semelhantes e do trabalho, hábil a afastar "três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade" (p. 250).

Com Cândido, nesse propósito louvável aprendemos que "é preciso cultivar o nosso jardim" (p. 253).
Alana 02/02/2022minha estante
Adorei o livro, só pelos trechos compartilhados!
Com toda certeza farei a leitura no futuro.




spoiler visualizar
Rafael Kerr 06/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Raphaella 27/05/2020

Ao iniciar, fiquei meio desconexa... aos poucos, tentei imersar na época vivenciada pelo autor e também ao longo da leitura, as coisas começaram a fazer sentido. É uma leitura breve e, se bem apreciada, gostosa. Mesmo que os personagens vivenciem situações crueis, o otimismo conta sempre com eles. Assim deveríamos ser nós, também. Vale a pena a leitura!
C9 24/09/2020minha estante
Entendeu errado então kk




gabrielamlinss 01/02/2022

Edição bonita, só não funcionou comigo KKKK
"Quando trabalhamos nas usinas de açúcar e o moinho prende o nosso dedo, a nossa mão é cortada. Eu fui pego nos dois casos. É por este preço que vocês comem açúcar na Europa."
Alê | @alexandrejjr 21/03/2022minha estante
Por que não funcionou contigo, Gabriela?




Gláucia 26/01/2014

Cândido - Voltaire
A primeira leitura que fiz desse livro foi surpreendente pois não conhecia o autor, sabia apenas se tratar de um filósofo e como não assimilo nem compreendo bem a área imaginei que seria uma leitura enfadonha. Não havia como estar mais enganada, esse é um dos livros mais engraçados que já tive o prazer de ler (e reler).
O livro é curto e rapidíssimo de ler mas demorei na leitura pois muitos trechos li 2 ou 3 vezes, coisa que não tenho o hábito de fazer. Os personagens principais são apresentados logo no primeiro capítulo, numa sequência dinâmica onde Cândido, inocente como sugere seu nome, vive num castelo de um barão alemão com seu tutor Pangloss, filósofo que defende estarmos vivendo no melhor dos mundos possíveis. O jovem se apaixona por Cunegundes, fato que o faz a partir daí viver uma sequência divertidíssima de desventuras e situações esdrúxulas.
Destaque para o personagem Martinho, meu preferido e o contraponto de Pangloss, o defensor do otimismo e para Pococurante que aparece no mais divertido capítulo do livro, o 25.

"Muito bem dito, mas temos de cultivar nosso jardim."

site: http://www.youtube.com/watch?v=GOr2xpVKg4g
DIRCE 13/10/2014minha estante
Esta sua resenha, foi o gatilho para eu me aventurar com Cândido em sua peregrinação, Gláucia. Excelente livro.




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