Resenhas - Meus Desacontecimentos

Lua 01/05/2021

"Quando me tornei repórter, tentei fazer da minha escrita um espelho amoroso no qual as pessoas cujas histórias eu contava pudessem se enxergar, descobrir-se habitantes do território das possibilidades e viver segundo seus próprios mistérios. Ser contadora de histórias reais é acolher a vida para transformá-la em narrativa da vida. É só como história contada que podemos existir. Por isso escolhi buscar os invisíveis, os sem voz, os esquecidos, os proscritos, os não contados, aqueles à margem da narrativa. Em cada um deles resgatava a mim mesma ? me salvava da morte simbólica de uma vida não escrita."

"A vida de cada um é também a tessitura desse monstruário pessoal no qual vamos nomeando os seres que assombram apenas a nós. Aqueles que nascem de uma mitologia íntima, forjada em nosso confronto com o real, sempre muito mais apavorante."

Livros e Pão 07/04/2021

Sensível e cativante
Quero ser ela quando crescer

Julia1370 05/04/2023

Nossos desacontecimentos
Nesse livro, conta a história da menininha e td oq aconteceu e não aconteceu com ela em td sua vida. Desde criança até adulta.
Suas falas eram fortes porém refrescantes, gostosas de ler. Esse é um livro para pessoas intensas, porém leves.

LAvia 13/07/2023

Sensível e corajoso
Eliane Brum se entrega por completo neste livro, depositando o mais íntimo nas páginas em ato corajoso e potente. Me deixou refletindo sobre ser a escritora, que é a primeira leitora, mas também sobre as possibilidades em ser lida por outras.

Jefferson Vianna 27/09/2019

Para mim não existe vida fora da palavra escrita...
“A menina que flertava com a morte conta como foi salva pela palavra escrita.” Através de uma narrativa emocionante e repleta de simbologia, a escritora e repórter Eliane Brum, por meio de seu livro “Meus desacontecimentos”, conta-nos como ela se livrou do silêncio, que tanto a assombrava e deu voz a palavra, despindo-se do pudor que por tantas vezes a sufocou. O livro é de uma sensibilidade indescritível, a escrita de Eliane Brum é impactante e fluída. Ao logo do relato autobiográfico, nos deparamos com uma mulher em construção contínua, forte e ao mesmo tempo sensível por expor seus medos e suas coragens, seus sonhos e seus pesadelos, suas forças e suas fragilidades, e sua estratégia peculiar de salvar a si mesma e o mundo através da palavra escrita. Poesia do começo ao fim. Leitura recomendada.


Quotes do livro: “Sempre vou temer o retorno da escuridão, que para mim é o mundo sem palavras.”, “Sei que para mim não existe vida fora da palavra escrita. Só sei ser – por escrito.”, “[...] a impossibilidade me habita como palavra.” e “Não sou capaz de esconder sentimentos [...] o que vivo escapa pelos meus olhos.”

Iracema 14/04/2014

Acabei de ler "MEUS DESACONTECIMENTOS - A HISTÓRIA DA MINHA VIDA COM AS PALAVRAS de Eliane Brum.
Estava no Metrô e fiquei ali, de pé, parada, com uma vontade enorme de chorar, de poder talvez dizer a ela, (penso que eu poderia ser melhor falando que escrevendo), o quanto me senti mexida e remexida a cada página que li.
Não, não é ficção, não é um romance, é a autora dizendo dela, de suas vidas, de suas mortes e renascimentos, e de como tudo isso foi possível por seu encontro com as palavras. E ela diz; sim, ela diz tudo isso de um jeito tão bem escrito que, enquanto lia, tinha nítida impressão de que ela estava ali, bem na minha frente, me contando a sua história. E a história dela me remeteu à minha própria mais vezes do que eu jamais pensei que pudesse acontecer lendo um livro. Ela escreve conversando com o leitor de um jeito, e se despoja tanto dela mesma, e se coloca ali, pronta a entregar-se a quem como eu, estava ali, querendo muito ouvi-la. É isso. Eu ouvi o livro. A cada página pressenti sua voz, e deu uma vontade enorme de dizer a ela do tamanho do talento que ela tem, e como, enquanto ela "falava" eu me sentia próxima, ali junto dela a cada momento, me embriagando do que ela me contava; me lembrando de mim, de ter sido criança, adolescente, adulta, e pensando que jamais poderia agradecer o suficiente pelo prazer que ela me deu: por desconhecê-la pessoalmente e mais ainda porque mesmo que isso fosse possível, creio que ficaria ali, diante dela muda, perplexa, sem ao menos conseguir agradecer por todo o prazer e dor que me causou com o seu livro. Então aqui, escrevendo bem mal, e com bastante vergonha disso, eu digo: Muito obrigada Eliane Brum. Seu livro é mais que perfeito.

Priscila | @prihc3m 16/02/2020

Salva pela palavra escrita
Este foi o meu primeiro contato com a escrita de Eliane Brum e a experiência foi positiva.
É uma autobiografia, mas é cheia de poesia.

Ela conta como se encontrou na palavra (pela primeira vez através da escuta) e como a palavra escrita salvou a sua vida.

Conta sobre as suas dores, mortes e
nascimentos desde a infância até a idade em que se descobriu no jornalismo.

Pude me identificar com o seu encantamento com a escrita por também acreditar que ela me salva muitas vezes:

A palavra é o outro corpo que habito. Não sei se existe vida após a morte. Desconfio que não. Sei que para mim não existe vida fora da palavra escrita. Só sei ser - por escrito

A maior parte das histórias reais que conto vem dessa grandeza do pequeno, da delicadeza que anima cada vida humana, mesmo nas horas brutas.

Flôr 31/03/2020

Uma boa surpresa!
Comprei o livro em uma feira por R$10,00, em um momento da minha vida que o título me cabia muito bem rs. Ficou guardado por anos, então, um belo dia o li na praia!! Delicado, singelo e disparador de muitas sensações significativa ?

Lorena 06/12/2022

Talvez esse tenha sido um dos melhores livros que eu li esse ano.
Tem poucas páginas mas é uma leitura muito profunda, impossível ler de uma vez só. Gostei de ler aos pouquinhos, aproveitando cada capítulo e me envolvendo com as situações e personagens que a autora traz. Inclusive: que autora! Não conhecia nada da Eliane e me apaixonei pela maneira que ela escreve.
Um livro com muito peso, do começo ao fim, é da pra ver que a autora NASCEU para escrever. Impecável.

Marcela.Freitas 09/01/2022

Um amor chamado Eliane Brum
Eliane Brum sempre foi minha jornalista preferida! Sua sanidade nas cri?ticas e seu poder de escutar ate? o que na?o e? dito, so? pelo olhar, alcanc?a na?o so? excele?ncia nas mate?rias que escreve, mas toca e transforma o leitor. E embora eu tenha sido uma admiradora declarada de sua arte de escrever, jamais havia lido uma obra litera?ria sua sequer.
Agora, viciei.
Peguei ?Meus desacontecimentos? emprestado com a @gabrielarosaliaa para ?passar meu tempo no sala?o de beleza?. Resultado: na?o conseguia parar de ler. Devorei o livro em menos de 36 horas e reafirmei, em cada frase, o porque? de eu gostar tanto da forma como essa mulher escreve.
Ela escreve, pois foi a escrita que a fez nascer, que a salvou e que move sua vida. Ela escreve por amor e tem compromisso com cada histo?ria que conta. Ela escreve com a mesma responsabilidade com o que um me?dico faz uma cirurgia de aneurisma.
Eliane, sou sua eterna fa?! Voce? me faz querer ressuscitar a garota dentro de mim que adorava escrever e que o fazia para abrir espac?o nesse peito que carrega tantas emoc?o?es.
Obrigada.

anecxavier 30/04/2022

a importância dos desacontecimentos
a escrita da Eliane é muito envolvente. a gente sente e ama e sofre e se indigna junto com ela. é um emaranhado de sentimentos. e, apesar de sentir difícil em seguir a leitura em alguns momentos, não me arrependo de momento nenhum. o livro é muito bom.

Nanda 27/01/2021

É uma biografia sobre a jornalista Eliane Brum com toque de poesia.
Amei o jeito único que ela conseguiu escrever sobre sua vida, suas experiências e visões de mundo. Durante toda leitura Eliane contou como a escrita salvou sua alma... e Escrever é exatamente isso.

vitor 07/11/2023

Falando sério: se a Eliane Brum decidisse vender a lista de compras do mercado eu compraria pra ler.

Maria.Ines 26/09/2020

Um susto
Li de uma só vez, num susto mesmo. Que livro lindo: a gente entra nele e não quer sair. Transporta. Já voltei e quero ir de novo.

Thali 27/05/2022

Um livro sobre se descobrir, amadurecer, conhecer e lidar com seus traumas, seus monstros.
Eliane Brum vai nos contando fatos desde a sua infância, a forma como ocorreu seu encontro com a escrita, os momentos de morte e de renascimento.
É bonita a forma como a autora se relaciona com a escrita. Eu gostei da obra, apesar de em alguns momentos achar "poética demais", se é que isso é possível rs