Meus Desacontecimentos

Meus Desacontecimentos Eliane Brum




Resenhas - Meus Desacontecimentos


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Coruja 21/04/2016

Não sei dizer com exatidão quem me indicou esse livro (isso tem acontecido com uma frequência preocupante) - o fato é que um belo dia ele surgiu para troca no skoob e eu imediatamente o solicitei. Terminou que ele foi minha segunda leitura do ano (a primeira, claro, foi Pratchett, com Troll Bridge); uma leitura rápida que comecei na noite do dia 01º e concluí na manhã seguinte.

Meus Desacontecimentos é um volume nostálgico, mas também permeado de certo humor negro. Fala de perdas e de identidade, e do papel que as palavras tiveram no crescimento da autora, uma jornalista brasileira conhecida.

É um volume de ritmo fragmentário e confessional, que me fizeram lembrar Terra dos Homens - embora as aventuras de Brum tenham uma dimensão mais íntima que as de Saint-Exupéry, são relatos com o mesmo tom melancólico e a mesma qualidade de pular de uma cena para a outra sem perder a coesão.

As experiências pessoais de Brum ecoam também nossas raízes culturais. Criada no interior, de família de imigrantes, ela fala um pouco de tudo: educação, família, machismo, ditadura e seu amor pelas palavras.

Leitura rápida sim, por vezes dolorosa. Mas é uma dor que vale à pena em sua capacidade de nos fazer parar para ouvir suas histórias.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2016/04/para-ler-meus-desacontecimentos-cadeia.html
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 05/09/2016

SUGESTÃO DE LEITURA
"Meus Desacontecimentos", de Eliane Brum, é um livro curto e pequeno, mas que encerra em si mesmo uma grandeza. Em textos curtos, que se assemelham a pequenos contos, Eliane conta momentos marcantes de sua vida. Não é uma biografia - ou melhor, é - mas não ressalta os acontecimentos clichês de uma. São recortes de momentos bonitos e melancólicos.

Eliane é gaúcha e, além de escritora, é jornalista e documentarista. Já foi repórter do Jornal Zero Hora e da Revista Época e ultimamente está focada em textos políticos. O teor de seus romances surpreende pela leveza, doçura e tristeza bonita, tão inesperadas no meio de suas palavras grandes sobre economia, sociedade e política.

Ela demonstrou sua veia poética quando escreveu "A Vida Que Ninguém Vê", onde reuniu relatos extraordinários de pessoas comuns que entrevistara em suas matérias. Alguns anos depois, arriscou-se em seu primeiro romance, entitulado "Uma Duas", sobre o relacionamento entre mãe e filha.

Por fim, no ano passado, Eliane lançou "Meus Desacontecimentos". Ela fala de suas memórias de infância e, sobretudo, das mulheres de sua família que contribuíram para ela ser quem é. As descrições são mais de alma do que de mundo externo, e é tão lindo, que dói.

A leitura deste livro é rápida, porém, profunda. O jeito como ela detalha as personagens principais da sua infância são simples e, ao mesmo tempo, dizem tudo o que há para ser dito. Além disso, como escritora, a forma como ela amarra as sentenças me deixou fascinada e muito inspirada.

Para quem gosta de temas relacionados à família, memórias e infância, e se considera melancólico, é uma leitura obrigatória.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2015/04/sugestao-de-leitura-meus.html
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@lidcomisso 05/09/2016

Impressões
"Lembranças não são fatos, mas as verdades que constituem aquele que lembra." É deste modo que a autora abre sua autobiografia, praticamente um texto em prosa poética, sem meias palavras. Segundo livro que leio da autora e já quero todos os outros! Destaque para o capítulo "O incêndio da prefeitura" que, além da boa história, traz um trecho que o momento não pede, grita. "[...] nasci num país em que a Constituição era um chiclete gasto colado na sola de um coturno."

site: https://www.instagram.com/lidicirilo/
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Karla Samira @pacoteliterario 24/11/2016

Meus Desacontecimentos
Nesse livro forte, a autora narra sua própria história de vida, onde as palavras, dentro de sua cabeça, dos livros (que devora desde pequena) ou que ela mesma escreve, têm um papel principal.
Desde pequena, passou por muitas tragédias e acontecimentos, dentro da própria família e nas relações interpessoais, que ela descreve e passa para o leitor, o que pensou e sentiu no momento e quais conclusões tirou do ocorrido.
A autora nos conta que encontrou na escrita uma forma de continuar a viver.
A história tem diversas passagens densas, daquelas que exigem que o leitor pare por um tempinho para absorver as palavras, as cenas e as sensações para, só então, retornar à leitura.
A autora é de uma sensibilidade incrível e transporta o leitor para uma linguagem poética e, muitas vezes sofrida, sem deixar de ser concreta e real a todo instante.
Eu não a conhecia e, quando pesquisei sobre ela, descobri que se trata de uma jornalista brasileira super renomada, ganhadora de diversos prêmios por suas reportagens.
Leitura mais que recomendada!

site: http://pacoteliterario.blogspot.com.br/2016/02/resenha-meus-desacontecimentos.html
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Maria1691 31/01/2017

Meus Desacontecimentos, por Eliane Brum
Gaúcha de Ijuí, nascida em 1966, Eliane Brum é jornalista, escritora e documentarista. Trabalhou 11 anos como repórter do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e 10 como repórter especial da Revista Época, em São Paulo. Desde 2010 atua como freelancer. Atualmente, escreve artigos para os jornais El País e The Guardian.

Em Meus Desacontecimentos a autora narra, em formato de memorias, sua história com as palavras, sejam elas escritas, lidas ou faladas, e como elas à salvaram tantas vezes ao longo de sua vida; desde pequena, ela passou por muitas tragédias, tanto em sua vida familiar quanto em suas relações interpessoais, e nesse livro a autora nos passa tudo o que pensou e sentiu nessas ocasiões e quais conclusões tirou de cada uma.

Resenha Completa Em:

site: http://palavrasradioativas.com/resenha-meus-desacontecimentos-por-eliane-brum/
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ihamanda 14/01/2022

quando eu leio o que a Eliane escreve é como se eu ganhasse um presente. amo essa mulher com todo meu coração, a forma como ela transborda em palavras é a minha maior inspiração da vida.
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Sofia.Cordeiro 15/05/2017

Excelente!
Sensacional e desconcertante
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ViagensdePapel 28/09/2017

Em 144 páginas, a jornalista e escritora Eliane Brum narra, em pequenos capítulos não lineares, sua relação com as palavras. Ela expõe, de maneira bastante íntima, e algumas vezes crua, a importância que as palavras têm na vida dela. E é a partir delas que ela se manifesta, de maneira bastante singular e por meio de muitos sentimentos. A autora conta a sua história com as palavras, que vem de muito pequena, entremeando com passagens importantes de sua vida, sejam recordações boas ou daquelas que partem o coração.

Logo no início, Brum explica que encontrou na palavra uma maneira de se manifestar e que escreve “para não morrer, mas também para não matar”. Apesar de citar no livro que uma de suas características é o exagero, ao longo da leitura o sentimento que fica é que ela realmente escreve para se salvar. Que, sem as palavras, não seria nada e que, por meio delas, encontrou uma saída, um escape. Já como jornalista, viu muitas coisas que a deixaram indignada e seus textos e reportagens são uma maneira de expressar toda essa revolta e tentar mudar o mundo para melhor.

Muitos de seus relatos remetem à sua infância e família. Um de seus textos fala sobre o seu sobrenome, que, com o passar das gerações, foi de Brun à Brum, e conta o quanto aquela perna a mais do M marcou e acrescentou à sua história. Fala sobre suas primeiras palavras, sobre os jardins cultivados pelas tias e o seu desejo de também ter um, sobre sua gravidez na adolescência, sobre vida, sobre morte e, principalmente, sobre como tornou-se uma pessoa melhor a partir das palavras.

Não há de se negar que Eliane Brum sabe lidar muito bem com o dom que descobriu ter. Ao invés de só utilizar-se das palavras, a escritora une-se à elas, entrega-se e constrói frases belíssimas, genuínas e com sutileza, mas, ao mesmo tempo, bastante intensas. Seus relatos são carregados de emoção, o que comprova o quanto ela exerce bem a função de contadora de histórias reais.



Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:

site: http://www.viagensdepapel.com/2014/05/19/resenha-meus-desacontecimentos-de-eliane-brum/
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Raquel.Euphrasio 27/12/2017

Leitura forte, bonita, complexa, honesta. Emocionante!
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Pipoco 19/01/2018

Definitivamente, Eliane Brum é uma escritora completa. Com uma maneira simples, porém complexa, ela envolve o leitor em textos bastante pungentes e honestos, geralmente tendo com viés as relações familiares, suas origens e os laços que envolvem as pessoas.
Por vezes, nos pegamos pensando como ela foi feliz em narrar de uma maneira contundente determinada postura assumida em uma situação, tamanha a facilidade em colocar no papel os seus sentimentos. Aliás, neste livro, a própria autora diz que nasceu com a escrita.
Brilhante!
Luciana Lamblet 20/01/2018minha estante
Amo!




Clarissa 08/06/2018

Memórias envolventes
Adoro a Eliane Brum. Sua escrita é fina, seu olhar é sensível e arguto. Como já havia lido outros livros seus - com destaque para o espetacular "O Olho da Rua" - , fiquei curiosa para conhecer a perspectiva da autora sobre si mesma.
Tão bem escrito quanto os demais, esse livro de memórias é leve e fluido. Não se espere uma autobiografia completa: o livro é curto e deixa um gostinho de "quero mais". Trata-se, antes, de episódios que marcaram a vida da escritora, reunidos como numa colcha de retalhos, que nos permitem conhecer melhor sua identidade.
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Tatiane 06/02/2019

Desacontecendo com Eliane Brum...
"A palavra é outro corpo que habito. Não sei se existe vida após a morte. Desconfio que não. Sei que para mim não existe vida fora da palavra escrita. Só sei ser - por escrito. No meu nome carrego o que sou e o que não sou, sustento o que busco e não alcanço, assim como o vazio entre as letras, o incapturável em mim. O indizível que também me constitui." (Trecho do capítulo "A perna fantasma")

Eliane Brum tem se descortinado para mim como uma pessoa iluminada. Ela consegue traduzir em palavras simples e tocantes desde o sentimento mais doloroso e íntimo até as verdades e as mentiras mais perfeitas ou cruéis e descabidas dos seres humanos. Leio-a regularmente em sua coluna no jornal El País. Já a lia na revista Época. Queria, porém, mais. Por isso, comecei a ler agora, também, seus livros.

Em meus desacontecimentos, a escritora narra a sua trajetória de vida e a descoberta da palavra como salvação e sobrevivência para esse sufocante mundo em que a morte sempre foi presente desde o seu nascimento. A luz de Brum aparece desde cedo quando a sua percepção do outro se traduz em palavras, mas, antes, ela nos mostra a percepção de si mesma, na sua constituição enquanto leitora, pensante e observadora do que passa ao seu redor e das pessoas com quem interage.

O livro é lindo, com uma narrativa que flui deliciosamente e nos envolve no mundo da autora desde a sua primeira infância até à vida adulta.

Vale muito a pena!

tatiandoavida.com
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Chatonilda 06/04/2019

Eu amo uma mulher
Eu não consigo acompanhar a coluna da Eliane Brum no El País porque os textos dela me tocam exageradamente. Me deixam aos prantos. É muito pra ser algo de se ler-viver sempre. É um texto pesado, potente. Lia as palavras e via o rosto das fotos sempre achando a pessoa mais forte-foda do jornalismo político (?) do Brasil (não que eu tenha muitas referências, mas...). Dia desses, meio sem querer, me deparei com um vídeo em que ela falava. Uma voz fraca, fina, feminina. Acho que é louco o quanto a gente deixa de ouvir as vozes baixas. Relacionei ela a várias mulheres que eu demorei para admirar porque falando baixo demoraram a se fazer ouvir pela minha admiração. Mas na palavra escrita a Eliane Brum grita. O título Meus Desacontecimentos gritou nos meus olhos quando vi na estante da Fora da Asa. E que gritaria maravilhosa é esse livro que chacoalhou os meus neurônios e derramou a água parada atrás dos meus olhos. Essa mulher incrível só podia ser forjada no luto, na raiva e no tédio de sobreviver.

Leiam.
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fev 13/01/2021

#MulheresParaLer

Um livro gostoso de ler, mesmo que cheio de coisas não tão agradáveis de se ver. Eliane Brum escreve sobre sua vida e a relação com a morte de forma bem poética.

Ela desabrocha e mostra a sua alma ali. Conta como foi viver no interior do Rio Grande do Sul, a história da sua família e o seu começo com as palavras. Que como ela mesma diz é o que a mantém viva nesse mundo.

Eliane Brum é uma excelente jornalista. É extremamente humana e isso faz diferença no seu trabalho. Recomendo o livro pra quem a admira e para os jornalistas e estudantes de jornalismo. Uma boa referência nunca é demais.
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