As Doze Tribos de Hattie

As Doze Tribos de Hattie Ayana Mathis




Resenhas - As Doze Tribos de Hattie


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Sil 17/08/2016

Mulher mal amada
Oing 😀

sabe quando vocês ás vezes vê uma pessoa muito amargurada e rabugenta, e pensa: Nossa, que mal amada?! Então, em 90% dos casos isso é verdade! Rá!

No livro, As doze tribos de Hattie, somos levados para dentro da vida de Hattie, uma jovem recém casada, que muda para uma nova cidade e uma nova vida, com a esperança e a promessa de ser melhor aceita pela sociedade branca. Sim, Hattie é negra e o livro se passa na época em que brancos e negros estavam começando a conviver como iguais.

O livro é contado a partir do ponto de vista de seus 12 filhos (parir: para alguns é como praticar esporte). Logo no início conhecemos Jubileu e Filadélfia, seu casal de gêmeos recém nascidos, que sofrem de pneumonia e falecem pelo fato de não receberem o tratamento adequado. Esse é o primeiro evento decepcionante, que transformará Hattie em uma mulher amargurada, triste, coração de pedra, que com punhos de aço irá criar mais 10 filhos aos trancos e barrancos.

Conforme somos apresentados aos demais filhos, ficamos cientes do seu conturbado casamento. Seu marido (o homem mais galinha do universo), sai todas as noites gastar suas poucas moedas com bebidas e mulheres, deixando Hattie em casa cuidando da pirralhada. Preocupada com falta de comida, falta de vestimenta adequada, se fecha em seu mundo triste, e transmite aos seus filhos muitos tapas e poucos beijos. Qualquer mulher nessa situação iria fugir pras montanhas, mas não Hattie, que apesar de severa, ama muito todos os rebentos.

Um livro triste, porém leve, que nos mostra como nossos desejos e sonhos, podem ser completamente insignificantes contra a vida! Afinal, a vida acontece, e ás vezes você é arrastado por ela.

Escrito pela norte americana Ayana Mathis, este livro foi muito indicado por Oprah Winfrey :)

Abraços

site: http://www.colunadovale.com.br/mulher-mal-amada/
day 25/08/2016minha estante
Acabei de comprar no kindler. Ameiii a resenha.


Sil 30/08/2016minha estante
Obrigada Day!! Boa leituraa


day 06/09/2016minha estante
^^ obrigada^^




Filipe Rodrigues 10/06/2014

Doze tribos para se observar... de longe.
Se tem uma coisa que me impressiona ultimamente como leitor é o minimalismo aliado ao esmero e capricho que as editoras têm dedicado aos seus lançamentos. Acredito que capas simples e bonitas exercem certa atração e aguçam a curiosidade do público. E não é diferente com "As doze tribos de Hattie", da escritora iniciante Ayana Mathis.

O romance trata do decorrer da vida de Hattie, refletida na vivência de seus descendentes, e vice-versa. Ainda adolescente, ela se muda com a mãe e as irmãs em 1923. Partindo da Geórgia, que naquela época passava por uma agressiva política de segregação racial, elas vão para a Filadélfia com a esperança de uma vida mais digna e segura. Dois anos depois Hattie está casada, e já exercendo o papel de mãe. É a partir desta perspectiva que o romance se apresenta, reservando um capítulo à cada um ou dois dos filhos de Hattie.

A cada capítulo, acompanhamos um fragmento da vida de um dos descendentes de Hattie. Ayana Mathis consegue abordar temas pesados e realistas de uma forma crua, pouco convencional. Homossexualidade, discriminação racial, alcoolismo, religião e demência são tratados de forma apaixonadamente eloquente, e Ayana decididamente cria seus personagens para sofrer sob tais condições. Nenhum sofrimento de ordem física, mas sim sentimental; o que, sob vários aspectos, dói mais que o primeiro. O mérito também fica por conta da versatilidade da escritora ao montar sua estrutura narrativa. Algumas vezes deixando a narrativa em 3ª pessoa de lado para flertar com a narrativa em 1ª pessoa, ela dá a história um caráter autobiográfico charmoso. A fantasia e o divino também são razoavelmente utilizados aqui. O romance ganha ares tribais de realismo fantástico ao apostar na mitologia, na manifestação divina e na crença de povos antigos para ressaltar e ilustrar o drama dos personagens.

É uma história essencialmente sobre perder e sobre se perder. Temos Hattie, que perde seus filhos para a morte, mas também para a vida; para caminhos distorcidos pelo vício; para prisões formadas pelas posses ao redor; para a falta de entendimento diante da sexualidade e da vocação religiosa; e até para a insanidade mental. E temos seus filhos, que se perdem nessas condições e não podem ou não conseguem mais voltar. Mas é também uma história sobre redenção. Sobre resiliência e necessidade de fazer e viver diferente, por mais tarde que possa parecer.

O ponto negativo fica mesmo para a falta de cuidado na impressão e diagramação do texto. Durante a leitura é possível identificar erros de ortografia e palavras com letras faltando. Ou sobrando, no caso do personagem August. A partir da metade do livro, August do nada passa a se chamar Augusto! Posteriormente o erro é corrigido, mas enfim... Não é muito recorrente, mas percebe-se ALGUMAS vezes. Pode ser que corrijam esses erros em edições posteriores. Porém, não é nada que apague a força deste romance.

Por fim, a impressão que se pode ter ao terminar de ler, é que “As doze tribos de Hattie” é um romance feito para mergulhar sem se aprofundar. Simplesmente para observar de longe, sem fazer questão de nenhuma conexão ou identificação do leitor com os personagens. Uma história crua, pra ser vista de fora e, portanto, com clareza.
Caio 14/04/2015minha estante
estava na dúvida se lia ou não este livro, pois achei a sinopse muito vazia, mas lendo seu comentário acima, super me animou em ler!
Obrigado e parabéns pelo texto!


l i n a 15/08/2016minha estante
Comprei este livro pelo preço baixo que encontrei (confesso). A capa não me atraiu em nada e a sinopse menos ainda... Mas, depois de ler a sua resenha, me senti muito mais estimulada. Obrigada.




Fabricio~Raito 17/06/2014

Maturidade transcrita
• Certamente o fato de Oprah Winfrey ter mencionado que "As Doze Tribos de Hattie" havia se tornado um de seus livros favoritos só me evocou mais vontade de lê-lo, além, é claro, da interessante sinopse e tema abordado. A capa representa bem o minimalismo, e transborda capricho e bom gosto.

• O livro traça uma linha do tempo de vida de Hattie, personagem principal da trama mas que, por diversas vezes, cede seu lugar para que outros personagens se façam também principais em suas histórias. Seus filhos. Cada filho possui uma personalidade e um capítulo na história. Assim como cada um deles perpetua uma passagem cotidiana e incrustada de complexos sociais. O racismo é sempre presente. Hattie e sua família /filhos são negros que viveram nas décadas de 20 a 60, onde o preconceito com a cor ainda era vívido e desumano.

• Outros temas também são abordados por Ayana Mathis, como a homossexualidade, a traição, a insanidade, a fome, a morte e a luta pela vida. O trajeto de Hattie é castigado pelo sofrimento e pela esperança, que criaram nela uma pele-armadura, para tentar sobreviver às intempéries do tempo. Vale lembrar que As Doze Tribos de Hattie é o romance de estreia da autora, de maturidade excepcional e uma sensibilidade ímpar.

• O trabalho da Intrínseca é ótimo, trazendo uma tradução e edição muito boas, pecando um pouco na revisão (encontrei alguns poucos erros durante a leitura). A escrita é concisa e prática. Uma boa e interessante leitura.
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Tomo Literário 11/02/2015

As Doze Tribos de Hattie - Ayana Mathis
“As Doze Tribos de Hattie” é o primeiro romance da escritora Ayana Mathis. Foi publicado no Brasil em 2014 pela Editora Intrínseca (224 páginas). O livro foi considerado nos Estados Unidos, pelo The New York Times, como um dos melhores livros do ano de 2013. Oprah Winfrey, famosa apresentadora e mulher de forte influência, selecionou o livro para o seu clube do livro.

Tudo isso poderia ser um motivador para iniciar a leitura, mas não foi isso que me atraiu, confesso. Foi no contato com a sinopse que tive ligeira impressão de que a história que seria contada no livro era muito semelhante a de muitas famílias brasileiras.

O livro de Ayana fala sobre Hattie Shepard. Uma jovem que após o assassinato de seu pai se muda para a Filadélfia. Lá vive com o marido e um casal de filhos gêmeos. A morte dos bebês abala o casal e faz com que os sonhos de Hattie desmoronem.

É por meio dos filhos mortos, dos nove que nasceram após o episódio e da neta, que a história da família é contada, indo de 1925 até 1980. Os personagens fazem seus relatos, contam sobre seus dramas, seus desejos, sua vida e passam por abalos e reconstruções de sonhos e relações. Apesar de toda a turbulência da vida, os laços da família de Hattie parecem bastante sólidos, se mantém, mesmo que haja separação, distância e fechamento de alguns personagens no seu próprio mundo.

A escritora demonstrou uma família que vive as voltas com assuntos por vezes difíceis de se tratar: sexualidade, religião, raça, entre outros. Mas o livro não é um compêndio de boas maneiras ou um guia politicamente correto. Trata os assuntos da maneira que tem de ser, com naturalidade e suavidade. O preconceito racial, as divergências religiosas e outros conflitos são tratados dentro da esfera do cotidiano dessas personagens. Sem forçar o leitor a empunhar uma bandeira em defesa deste ou daquele.

Por que falei da família brasileira? Porque a história de Hattie, embora ambientada nos Estados Unidos carrega traços que se espalham por muitas famílias do Brasil. Casais que tem um grande número de filhos, morte de crianças pela falta de assistência e pobreza, a luta pelo pão de cada dia e toda sorte de adversidade que enfrentam, sem esmorecer, mulheres de traços duros e marcadas pela vida que tem de se superar e abri mão de muita coisa em prol dos filhos, entre outros pontos. É uma história de quem busca a alegria pela vida e supera qualquer dificuldade.

É um livro que carrega suavidade na maneira com que foi escrito, com uma história de uma mulher forte e contraditória, ora dura, ora de extrema ternura. Fala de modo amplo sobre as relações humanas e a vida.


site: http://www.tomoliterario.blogspot.com.br/2015/02/as-doze-tribos-de-hattie-ayana-mathis.html
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Rascunho com Café 24/06/2015

Sempre há uma luz no fim do túnel
Os negros passaram por apartheids, escravidão, inúmeros preconceitos, mas o orgulho da própria cor é algo admirável. Ayana Mathis apresenta essa característica logo nas primeiras páginas através de Hattie, uma mãe adolescente com os dois filhos doentes, tentando o possível e o impossível para tirá-los daquele desespero. Ela é uma protagonista instigante, incerta, marcante e muito orgulhosa. Contudo, o livro não é apenas sobre ela.

Sua relação com o marido August não é nada romântica. Ele a trai e passa a noite em bares, enquanto Hattie passa o dia inteiro cuidando de casa e dos filhos. Cansada da monotonia e da rotina exaustiva, a protagonista decide sair de casa e viver com a filha mais nova, Ruthie, e outra pessoa em determinado momento... Sinto muito dizer isso, mas o restante do enredo nem vale a pena comentar. Você precisa ler e sentir tudo.

O livro é narrado pelos doze filhos da protagonista e uma de suas netas, começando no ano de 1925, com Jubileu e Filadélfia - os primogênitos do casal - e segue até 1980. É interessante observar a perspectiva de cada filho sobre a mãe, considerada por eles como uma pessoa fria e rígida, literalmente uma general. Ela é tudo isso mesmo. Não beijava ou abraçava os filhos, apenas cumpria seu papel de mãe e cuidava deles da melhor forma possível. Apesar disso, poucos conseguem enxergar seu outro lado, aquele feliz e amável. Quando isso ocorre é algo passageiro, já que a máscara da frieza e do orgulho logo voltam ao seu rosto.

A família vive com pouquíssimos recursos e quase nenhum alimento. Ao ler As Doze Tribos de Hattie pensei em meus avós, bisavós e tataravós e em suas dificuldades ao cuidar de uma penca de crianças. Naquela época as coisas eram conquistadas após anos e anos de luta. Hoje não é tão é diferente, mas são décadas e períodos distintos. Se você queria uma boa casa própria deveria trabalhar por uns vinte anos e juntar todo o dinheiro até conseguir pagar o imóvel.

Como cada capítulo é narrado por pessoas diferentes, finais interessantes e bons personagens são um pouco desperdiçados. Não há uma continuidade, tudo sobre a vida de tal irmão começa e termina ali, apenas uma coisa ou outra mais importante é retomada na trama. Claro que os personagens são citados futuramente, mas é bem superficial, mostrando apenas onde ele está ou o que faz da vida. Isso me desagradou, mas não prejudica tanto a obra com um todo. A história é dinâmica, com bons diálogos e mostra as complexidades das relações familiares e dos seres humanos.

A Oprah Winfrey adorou o romance de estreia da Ayana e até o indicou para o seu famoso clube do livro

site: www.rascunhocomcafe.com
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Pandora 17/08/2015

Um relato simples de família
É um livro gostoso de ler, mas não é empolgante. Cada capítulo é como um pequeno conto, então dá para ler um, sem pressa... deixar o livro de lado por uns dias, depois ler outro... e embora todas as histórias sejam sobre Hattie e seus filhos, elas são um tanto independentes no começo, ficando mais próximas no final.
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Suzi 24/05/2016

As doze tribos de Hattie
Um livro fraquinho,sem grandes histórias, só li sobre uma mãe fria e uma vida de desgosto que não me cativou.
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Victor 13/07/2016

Bom
Demorei para ler. O livro não é empolgante de início, mas com sua fluidez e bom jogo de palavras em determinadas páginas vai te fazer adentrar ainda(além de querer anotar algumas passagens) mais no livro até, eventualmente, saber como vai terminar. Demora um pouco para entender o ponto dele, mas se chega lá. Achei que o final foi ótimo e adequado. Recomendo.
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l i n a 25/08/2016

"Hattie se sentia grata pela vida de Ella, por mais breve que fosse sua participação nela."
Surpreendente!

Não vou negar que só comprei este livro pelo preço baixo. A capa nem me encantou tanto... porém, depois da leitura deste, nunca mais julgarei um livro pela capa.

De uma forma magnífica a escritora Ayana Mathis irá descrever a história da Hattie e sua família. Falando sobre assuntos bem delicados como alcoolismo, pedofilia, e traições, neste livro você vai tomar um tiro a cada capítulo encerrado.

Sem esquecer de mencionar o machismo, racismo, e muitas formas de opressão retratadas no livro... é chocante.

Maravilhoso, super indico.
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day 30/09/2016

MUITO BOM
Achei o livro na Amazon e achei interessante as resenhas que vi la.
Então vamos ao que eu achei...
Hattie é uma jovem negra recém casada e vivendo em uma época onde os negros eram reduzidos a nada nos EUA.
Hattie tem um casamento infeliz,pelas privações financeiras e vício do marido.
Eles tem muitos filhos e parece que ao longo dos anos e sofrimento Hattie se torna uma pessoa amargurada e triste,porém forte .
O livro conta a vida de vários personagens da família ,a vida dos filhos com a vida de Hattie.
Eu li depois muitas resenhas ruins,sobre o livro,falando que era triste,chato ,etc...
Eu particularmente gostei bastante do livro,achei forte e realista e a mensagem final bastante exemplar.
Eu super recomendo a leitura.

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br/
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Vivendo a Vida 08/10/2016

As doze tribos de Hattie
O livro cita como a vida dos negros era mais complicada na época da escravidão e, como a personagem principal Hattie Shepherd tinha uma vida difícil. A terrível diferença entre brancos e negros,para aquela época,é sempre reavivada pelos diálogos e pensamentos dos personagens. Hattie, mãe de tantos filhos, sempre aparece como culpada daquelas situações difíceis as quais todos passam.
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Sara521 25/11/2016

Diferente!
Comprei esse livro porque gostei do preço, estava em promoção resolvi comprar, mas antes olhei algumas resenhas e não me senti muito animada ainda assim quis apostar e realizei a compra; resumindo não me arrependo em nada, gostei bastante da escrita, apesar de em uma certa altura do livro eu me perder um pouco na leitura...rs mas logo "caiu a ficha" e comecei a entender, a autora é iniciante pelo que entendi, mas realizou ao meu ver um ótimo trabalho!!!
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Larissa Benevides 23/03/2017

Resenha: As doze tribos de Hattie
"Hattie mal conseguia abrir um sorriso desanimado, mas deixava Floyd e Cassie subirem no seu colo, trançarem seu cabelo, beijarem sua testa, como se fosse uma boneca viva. A mãe e os filhos eram companheiros, igualmente carentes e vulneráveis, navegando juntos pelos dias."

Este livro da Ayana tem uma proposta muito atrativa. O livro vai contar a história de uma mãe através das histórias das pessoas da sua família.

Cada capítulo traz a história de uma pessoa, um filho, uma filha, uma neta, um marido... E enquanto conhecemos um momento especial da vida dessa pessoa podemos ver a ligação desta com Hattie, a mãe da família.

Hattie é uma mulher que se casou jovem e mudou da Georgia para Filadélfia para morar com seu marido. Logo no primeiro capítulo já percebemos que a vida deles não será fácil, com o título Jubileu e Filomena e no ano de 1925, temos o choque da dura realidade. Com apenas 17 anos, mãe de gêmeos, Hattie sofre com a dor de ver seus filhos padecerem com a pneumonia. Sem dinheiro para o tratamento apropriado, os filhos morrem nos braços da mãe e assim começa a nossa história.

"Não sabia como cuidar da alma dos filhos, mas lutava para mantê-los vivos e se manter viva."

Cada capítulo seguinte temos mais um pouco sobre cada filho e os anos vão passando. Hattie não aparece como protagonista de nenhum outro capítulo, mas é parte importante de todos os capítulos e a cada página conseguimos ir construindo a imagem dessa mulher guerreira.

Além disso também temos informações sobre o país na época em que está sendo narrado. Segregação racial, falta de emprego, pobreza, religião, vícios, costumes, um pouco de tudo podemos absorver lendo os capítulos deste livro.
"Queria tirar os sapatos e atirar neles. Naquele lixo branco desmazelado. [...] Um dos homens chegou perto de Pearl. Suas víceras amoleceram. Ele estendeu o braço e apoiou a ponta dos dedos na beira da mesa. Lixo, pensou outra vez Pearl. Como eles devem nos odiar."

Como cada capítulo é como um conto sobre um personagem não vou prolongar para não atrapalhar as descobertas.

Este livro fez parte do clube do livro da Oprah. Um livro interessante. Eu esperei algumas respostas no final e não tive tanta conexão com alguns personagens, mas recomendo a leitura por conta do conteúdo (experiência) que pode ser extraído da leitura.

site: http://www.sociedadedosleitores.com.br/2017/03/resenha-as-doze-tribos-de-hattie.html
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Ariela Falci 03/07/2017

opinião/resenha
Comprei o livro nessas promoções da Amazon e achei que seria mais uma leitura "ata", porém não foi bem assim. Ele me surpreendeu de diversas formas, principalmente por mostrar a realidade dos negros no séc.XX nos EUA, visto que mesmo após a abolição da escravidão ainda se vivia em uma sociedade extremamente racista e segregacionista. O enredo tem como personagem recorrente Hattie, uma mulher (ou menina) negra que aos 15 anos teve que deixar o Sul, devido a violenta política racial da época, e se mudar para o Norte, na Filadélfia.
O primeiro capítulo aborda os primeiros anos dela na nova vida, com os dois filhos, Filadélfia e Jubileu, os quais são acometidos por uma pneumonia que os leva a morte. Após esse episódio, Hattie não é mais a mesma, ela tem mais 9 outros filhos, os quais contam suas histórias ao longo do livro fazendo com que o leitor tenha acesso à diferentes pontos de vista e podendo formar uma ideia a respeito do caráter de cada personagem. Ela se torna uma mãe distante, contudo sempre fazendo o possível e o impossível para ver os filhos vivos e saudáveis, mas quase nunca direcionando à eles o amor de mãe, fato esse que nunca impediu seus filhos de a amarem porém fará com que muitos deles pensem que não são importantes na vida dela.
O livro basicamente discute dramas familiares, como por exemplo o pai que gasta o dinheiro destinado a compra de comida aos filhos em bebidas e mulheres, uma mulher infeliz com seu casamento, filhos que não entendem muito bem o comportamentos da mãe, vingança entre filha e mãe, a dor de ter que doar uma filha para que esta tenha uma vida melhor, mas também vai tratar de temas como sexualidade, religião e questões de raça.
Não foi um dos melhores livros que li, contudo está longe de ser o pior. Gostei bastante dessa questão voltada a realidade dos negros, pois não tinha lido nada ainda sobre a temática. Recomendo muito a leitura da escritora Ayana Mathis.

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Patrícia 24/07/2017

A saga de uma família americana que começa nos anos 20, onde uma grande perda marca a vida da matriarca Hattie e como esse fato parece ser a sombra que permeia a vida de todos. O livro é muito bem escrito e com uma narrativa inteligente. Cada capítulo é de um dos descendentes de Hattie, como se fossem contos, porém todos se ligam e por meio destes a história da família é contada ao longo dos anos, até o início da década de 80. Em um Estados Unidos extremamente racista, passando por dramas de vida relacionados a sexualidade, religião, vícios, traição, alcoolismo, desemprego e até doenças da mente, vemos como as atitudes de Hattie afetou cada um dos personagens. Confesso que mesmo achando-a fria, no fim, consegui entender um pouco dessa mulher tão complexa, sua força é notável. O que percebi é que para Hattie o importante era não perder nenhum filho, manter todos vivos, prepará-los para a vida, e uma vida que não era fácil para um negro americano. Apesar de haver muita tristeza na vida de cada um, nota-se que, em alguns casos, era naquela fase da vida do personagem e depois a vida seguia seu curso. O livro é extremamente real e os personagens críveis e muito humanos. Eu realmente gostei e não tem como não dar cinco estrelas. O The New York Times elegeu um dos melhores livros de 2013, mas, como eu só li agora, entra para a minha lista dos melhores que li nesse ano de 2016.
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