Jéssika 06/06/2021
Resenha
Resenha Virgínia
Ao ser convidada para falar sobre mulheres e a literatura, Virginia Woolf dá um show de excelente escrita, narrativa, pesquisa e provocação. Ela começa com sua conclusão: para uma mulher ter uma boa produção literária, ela precisa de um quarto só seu e de dinheiro.
Esta obra levanta alguns pontos que vale a pena comentar.
O primeiro é a constatação de que o sexo feminino é, não o sexo frágil, mas sim o sexo pobre. Ela faz uma retrospectiva sobre a literatura sobre mulheres e por mulheres nos últimos séculos. No início apenas sobre mulheres e feitas por homens, pois não encontrou nenhuma obra de autoras. Todas as opiniões masculinas sobre a mulher apontam fascínio, medo e uma necessidade apaixonada e preemente de provar a sua inferioridade.
Em seguida, avalia o próprio amadurecimento da escrita feminina passando por Jane Austen, Charlotte Brontë e outras. Neste livro, há ainda três artigos, sendo dois sobre essas escritoras e um sobre George Elliot.
Gostei bastante da parte que ela diz que os melhores autores são andrógenos, pois para escrever bem não podem se deixar influenciar pelas pressões de seu próprio gênero.
O encerramento provoca a todas as mulheres - autoras, intelectuais, universitárias - com mais liberdades conquistadas, elevar o volume e a produção literária das mulheres.