Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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Hiária 08/08/2022

Clube de Leitura
Fiz releitura deste livro, lendo com mais calma, com pausas e reflexões. Atualmente, praticamente 100 anos depois, as mulheres ainda vivem em ?Ficção?. Sim, houve muitas conquistas de 1928 para 2023, contudo ser mulher num mundo ainda machista e segregador, não é tarefa fácil!
Quantas mulheres, nos dias atuais, são impedidas de trabalhar, de expressar opinião e são consideradas como inferiores? Eu, não sei exatamente a nível mundial, mas aqui no Brasil, principalmente entre evangélicos extremos, ocorre com frequência.

Em resumo, é um livro de leitura complexa, mas satisfatório!

08/08/2022:

Li esse livro pela primeira vez e ganhei através de um programa de ?Clube de Leitura? da empresa que trabalho.

Como o objetivo era ler alguns capítulos, ter encontros pra discutir e depois ler mais capítulos e voltar a discutir e por se um livro com abordagem diferente que costumo ler, meu propósito vai ser [re] ler ?Um teto todo seu? com calma e sem pausas longas, pois do modo que aconteceu, no início sentir tédio, depois confusa, depois me sentir desprovida de inteligência e do meio para o fim que comecei a pegar o fio da meada, mas já era tarde e sim, terei de reler.

Por isso que não pontuo o máximo, pois quero ter outra consideração após a leitura?
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Carol 12/06/2020

Impressões da Carol
Livro: Um teto todo seu {1929}
Autora: Virginia Woolf {Inglaterra,1882-1941}
Tradução: Bia Nunes de Sousa
Tradução dos poemas: Glauco Mattoso
Editora: Tordesilhas
192p.

"Um teto todo seu" talvez seja o ensaio mais conhecido de Virginia Woolf. A ideia é a de que se as mulheres tivessem, desde priscas eras, uma renda própria, um espaço para exercer a escrita, em suma, um teto todo seu, o cânone da literatura universal seria outro, mais diverso.

O ensaio é resultado de uma palestra de Woolf a jovens alunas de Cambridge sobre o tema 'Mulheres e Ficção'. É assombroso ver como ela constrói seus argumentos e seu fluxo de pensamento. A autora inventa uma irmã para Shakespeare, Judith, genial como ele, e imagina que vida ela poderia levar na Inglaterra do século XVI.

O Império Britânico, centro econômico e político do mundo, durante três séculos, teve a primeira faculdade voltada para mulheres fundada só em 1866! Apenas em 1880, as mulheres inglesas casadas tiveram permissão legal para possuir patrimônio próprio. Somente em 1918, as mulheres britânicas puderam votar.

"A liberdade intelectual depende de coisas materiais. A poesia depende da liberdade intelectual. E as mulheres sempre foram pobres, não só por duzentos anos, mas desde o começo dos tempos. As mulheres, portanto, não tiveram a mais remota chance de escrever poesia." p. 151

Virginia Woolf conclui a palestra convocando as mulheres, de todas as classes, a escreverem. Em nome da verdade, em nome da literatura, em nome da humanidade. Durante séculos e mais séculos fomos silenciadas. Como falar que algo é universal se à mais da metade da população foi negada a voz?

"As obras-primas não nascem de eventos únicos e solitários; são o resultado de muitos anos de pensamento comum, de pensamento coletivo, de forma que a experiência da massa está por trás de uma voz única." p.96
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Paulinha 29/06/2020

Sobre empoderamento
Em um teto todo seu Virgínia Woolf trás um ensaio sobre o poder feminino na escrita, me fez pensar o quanto foi difícil para escritoras como Jane Austen as irmãs Bronte publicarem seus livros só por serem mulheres e como muitas delas tiveram que publicar suas histórias com psideunonimo masculino só por serem mulheres apesar de escreverem histórias fantásticas.
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bi-a 04/09/2022

Provocador e espirituoso
No ensaio 'Um teto todo seu', Virginia Woolf discorre sobre o espaço da mulher na literatura e como o lugar que a mulher ocupa na sociedade de sua época e de épocas anteriores reflete inconscientemente em suas obras e no seu modo de escrever. A autora traz como tese principal a de que a mulher precisa de duas coisas para escrever: um teto todo seu (uma vez que, antigamente, as mulheres escreviam em salas de estar comum sujeitas a todo tipo de interrupção) e liberdade financeira.

Woolf tece outras teses instigantes que vão se enlaçando à principal de modo a proporcionar robustez ao ensaio. O livro carrega um caldeirão cultural literário imenso, uma vez que, para embasar sua tese, Virgínia perpassa obras de escritores e escritoras como: Shakespeare, Thackeray, La Bruyère, Jane Austen, as irmãs Brontë, Aphra Behn, e alguns artigos escritos por professores das universidades. A escrita de Woolf segue de forma fluída, por vezes até demais, pois a autora de quando em quando interrompe sua linha de raciocínio com divagações e reflexões a qual fica absorta, mas tudo isso sem o rebuscamento do academicismo. É muito fácil de se fazer compreender.

Muito raso falar que o livro se atém somente sobre o que uma mulher precisa para escrever um livro de ficção. Então pontuo aqui algumas outras teses tão interessantes quanto àquela e que estão presentes na obra: como a mulher serviu por anos como espelho para os homens (a partir do momento que ele a inferioriza, esse vê-se dobrar de tamanho nesse espelho); como as críticas das mulheres infligem muito mais tormento e desperta muito mais a cólera da sociedade do que um homem teria causado se as tivesse feito; se Shakespeare tivesse uma irmã igualmente talentosa, ela conseguiria escrever grandes obras como a do irmão? A análise da escrita do homem e da mulher e como elas refletem seus espaços na sociedade, seus anseios e privações, uma análise das personagens femininas retratadas em grandes obras em paralelo a como as mulheres eram realmente tratadas na sociedade, entre outros.

Enfim, fica aqui a minha recomendação desse livro provocador.
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Adriana.Karimi 11/09/2022

500 libras e uma fechadura!!!
Foi preciso uma lei ara nos autorizar estudar em uma faculdade.
Foi preciso uma lei para termos o diretor de votar.
Foi preciso uma lei para termos o direito de ter um teto todo nosso.
Absurdamente por anos precisamos de autorização masculina para sair, trabalhar, ler, escrever e até falar.
Mesmo parindo e educando por anos seres humanos sempre fomos ensinadas que a responsabilidade dos filhos são nossas. Se mal educados fomos levianas se bem educados graças ao pai um exemplo.
No dia de hoje parimos, menstruamos, cuidamos da casa, estudamos, criamos e educamos outros seres humanos, trabalhamos e compramos nosso teto e muitas de nós ganhamos mais de 500 libras por ano. E ainda somos permissivas ao desdenhar ou pior deixar que um homem nos convença a desdenhar e depreciar outras mulheres. Permitimos por vezes que homens agressivos em casa ou no trabalho falem mais alto e nos cale. Por anos foi nos ensinado isso. Por anos foi nos ensinado a odiarmos umas as outras. Por anos foi nos ensinado a nos vermos como rivais. E ainda hoje permitimos muitas vezes que nos calem a começar dentro da família. Um teto todo seu nada mais é que uma grande obra que toda mulher deveria ler e entender como foi sofrido e difícil chegar até aqui e nos valorizarmos umas às outras diariamente. Se permita!!!
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Mallu 01/06/2022

Sensacional! 2 livro dessa autora e só consigo ficar cada vez mais apaixonada. Uma forma única de escrever.
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Yasmim 13/06/2022

Um teto todo seu
A base do feminismo. Não há coisa melhor que termos nossa moradia e nosso dinheiro, coisas básicas para ser livre.
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Flávia 28/06/2022

Essa leitura é muito essencial! Uma mulher para escrever precisa de duas coisas. Primeiro: dinheiro. E segundo: Um teto todo seu.

Recomendo muito a leitura, é um pouquinho densa, mas vale o esforço.
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giulia 08/12/2021

eu tinha uma expectativa bem maior pra esse livro principalmente por ser um livro feminista mas eu me decepcionei por conta das pautas que a woolf defende, eu entendo que por conta da época as feministas não faziam recortes sociais e essas coisas mas pra análises atuais eu acho que é muito importante.
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karlos 13/03/2021

gostei bastante demorei um pouco pra acabar mas achei super interessante... mas acho q ainda tenho q processar tudo oq li.
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Ceci 24/08/2022

Uma das obras mais importantes de nossa sociedade?
?Qualquer mulher que tenha nascido com um grande talento no século XVI certamente teria enlouquecido, atirado em si mesma ou terminado seus dias em um chalé nos arredores da vila, meio bruxa, meio feiticeira, temida e escarnecida.?

Acho que esse foi um dos livros mais incríveis que já li em minha vida toda, mesmo que minha opinião não seja tão importante e formal, até porque só sou uma jovem com desejo do conhecimento e da liberdade, sei da tamanha importância que esse livro apresenta.

Além da Virgínia Woolf ser uma mulher a frente de seu tempo creio que ela foi uma das romancistas mais importantes de nossa realidade, não só por seu papel na literatura, mas também por levantar o assunto ? mulheres e ficção ?. Que se formos parar para pensar, igual Mary( personagem do livro a qual acompanhamos a história), acaba sendo um assunto delicado e com uma difícil resposta a se pensar.

Uma coisa muito importante nesse livro também é o fato dele se questionar da raiva dos homens, da raiva das pessoas, porque estão com raiva? Qual o motivo exato? Mesmo mascarada ela ainda existe, em tudo e todos.

Acho importante que todas a pessoas, não só mulheres, mas principalmente elas, leiam este livro porque nós ajuda a pensar, pensar em nossa existência, ver nas entrelinhas da vida e poder ter um olhar crítico maior em ralação a nossa realidade.

Com certeza um dos melhores livros que já li, e sempre irei recomendá-lo a todos.

?Ela [a mulher] permeia a poesia de capa a capa; está sempre presente na história. Domina a vida de reis e conquistadores na ficção; na vida real, era a escrava de qualquer garoto cujos pais lhe enfiassem um anel no dedo. Algumas das palavras mais inspiradoras, alguns dos pensamentos profundos da literatura vieram de seus lábios; na vida real, ela pouco consegue ler, mal conseguia soletrar e era propriedade do marido.?

?Ainda assim, gênios desse tipo hão de ter existido entre as mulheres, da mesma forma que hão de ter existido entre as classes trabalhadoras. Vez ou outra uma Emily Brontë ou um Robert Burns se inflama e comprova essa presença. Mas com certeza nunca foi colocada no papel. Quanto, porém, lemos sobre o afogamento de uma bruxa, sobre uma mulher possuída por demônios, sobre uma feiticeira que vendia ervas ou mesmo sobre um homem muito notável e sua mãe, então acho que estamos diante de uma romancista perdida, uma poeta subjugada, uma Jane Austen muda e inglória, uma Emily Brontë que esmagou o cérebro em um pântano ou que vivia vagando pelas ruas, enlouquecida pela tortura que seu dom lhe impunha. Na verdade, arrisco-me a dizer que Anônimo, que escreveu tantos poemas sem cantá-los, com frequência era uma mulher.?
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gabriela 30/03/2021

virginia não decepciona nunca. incrível do começo ao fim. qualquer coisa que essa mulher fala eu assino embaixo.
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Giovanna1242 31/03/2021

Com mais um livro apaixonante, Virginia Woolf nunca decepciona. Com opiniões incisivas, e apontamentos mais do que verdadeiros, ela se mostra uma mulher totalmente a frente de seu tempo. Se torna cada vez mais difícil montar o ranking de melhores livros dela, já que todos entram pra lista de favoritos kkkkkkk
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Fernanda 09/04/2021

Se você não sentir pelo menos um pouco de raiva e tristeza durante a leitura, leia novamente.
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Maria14065 15/04/2021

Meu primeiro contato com Virginia Woolf e agora estou ansiosa para ler alguns de seus romances. O formato de ensaio do texto deixa a leitura fácil, como se fosse um diálogo com o leitor. Por ser um livro publicado por uma mulher escritora na década de 20, as reflexões propostas são de acordo com a vivência da autora, o que torna tudo bem mais profundo.
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