Resenhas - O Príncipe

oSuidin 19/02/2024

Como se ler "o Príncipe"
Deixarei aqui a minha experiência pessoal e o que achei do livro.

primeiramente, gostaria de deixar claro que, não sou expert em história, leitura ou qualquer outra coisa, então, será a opinião de um leitor casual, qual decidiu ler o livro e entender o contexto deste, de uma forma completamente descontraída.

- CAPÍTULOS DO LIVRO:

começando pelo básico: os capítulos. para você, leitor, assim como eu, que começou o livro e quase deixou a leitura por não entender o que ele queria dizer, aliviarei sua mente: por falta do contexto histórico, não tirei quase informação alguma até o capítulo XIV, afinal, imagina só, nós, em 2024, decidimos escrever um livro, e usarmos como base políticas atuais brasileiras, provavelmente, 500 anos depois, não entenderiam tão bem o contexto histórico. não quero dizer que isso é um erro, muito pelo contrário, exemplos são ótimos, porém, para leitores casuais (como eu), não ajuda muito. Não sabia quem era luiz XII (se a memória não me falha), da França. fui atrás do contexto histórico, entnedi o conflito qual estava acontecendo aquela época, porém, ainda não foi de tão bom entendimento a mim. Assim que cheguei no capítulo XIV, minha leitura mudou completamente, fazendo eu entender o porque desse livro ser tão bom. Também acho interessante ressaltar que tive a mesma sensação com o capitulo XXVI (o ultimo do livro), tirando estes, leitura perfeita.


- PULO OS CAPÍTULOS QUAIS FORAM CITADOS?

de maneira geral, não acho interessante pular, não em uma segunda leitura. se você quer entender melhor o que Maquiavel diz, acho bom uma segunda leitura, qual eu mesmo pretendo. Porém, para uma primeira, segue o manual acima que é sucesso para um melhor entendimento do livro e compreensão sobre a visão qual este quis passar em seu livro.


- A LEITURA VALEU A PENA?

de uma maneira geral, com certeza. é um manual poderosíssimo, não somente a quem é um príncipe, mas até mesmo em seu dia a dia. nenhum conhecimento na vida é em vão, e pela leitura que tive deste livro, tenho certeza que algum dia, uma coisa ou outra talvez seja aplicada na prática. para quem teve este mesmo pensamento que eu, também recomendo Sun Tzu, a Arte da guerra, afinal, ambos os livros se completam. até como o próprio Maquiavel diz: a de governar surge junto com a guerra.

um abraço e espero ter ajudado. boa leitura

Ketllen5 18/02/2024

Política
Vai te ensinar a como tratar e viver em meio a sociedade política e as escolhas que devemos tomar pra alcançar o sucesso ( se for preciso afaste teus amigos e se aproxima de teus inimigos em busca do seu interesse)

Oséias 18/02/2024

História (como aconteceu) e política (como ela é)
Um dos livros mais polêmicos e, na mesma proporção, mal interpretados dentre os clássicos. A fidelidade do autor às necessidades políticas do seu contexto histórico (e dos exemplos citados) e o foco total no tema central da sua pesquisa, que era o PODER, produziram uma obra não preocupada com a reflexão sobre o que é certo ou errado, moral ou amoral, virtuoso ou leviano, mas sim com o que é eficaz ou ineficaz na conquista e, principalmente, manutenção do poder.

A obra tinha como meta atrair a atenção de uma família poderosa. A dedicatória do livro e a carta enviada ao seu amigo Francisco Vettori deixam bem claro o incômodo de Maquiavel com a sua presente rotina, longe da política. O inconformismo por não estar onde poderia produzir e ser utilizado de uma forma intelectualmente mais satisfatória é evidente e me leva a crer (apenas conjectura) que o autor estava mais obstinado a ser notado pelo destinatário do que produzir um trabalho para a posteridade (podendo dispor das duas intenções, mas focado na primeira).

Como disse no título da resenha, o livro não está voltado para reflexões sobre modelos ideais de conduta, mas para a análise de posturas que se mostraram bem sucedidas (ainda que questionáveis sob um ponto de vista ético) no processo de comando. É bem verdade que este gênero literário (tratado para príncipes) não costumava ter conceitos tão "cruéis" antes da obra de Maquiavel, e sinceramente não acho que ele estava muito preocupado com isso.

Preferi não me ater àquilo que não está em conformidade com o que acho certo e saborear uma verdadeira aula de história e política dada por alguém que dedicou anos na produção de um trabalho que, somado a sua imensa capacidade de se fazer entender, nos revelou o mundo dentro das cortes e dos castelos. Com certeza se tornou atemporal, porque apesar das guilhotinas não estarem mais cortando corpos atualmente, o ser humano encontrou um jeito de aleijar imagens, reputações e influências, tudo com o mesmo objetivo das crueldades realizadas no passado. Então os conceitos continuam exatamente os mesmos.

Cabe ao leitor, no que tange a absorver ou não, se valer do seu próprio código moral. Mas a verdade (no sentido de como acontece) às vezes é feia mesmo.

No mais, para amantes de história e política, acho uma leitura obrigatória.

Letty Hadassa 18/02/2024

Um clássico de milhões
Um clássico que nunca vai deixar de ser bom, é impressionante como a forma de pensar e enxergar as coisas naquela época, vale até hoje. Maquiavel é uma pérola!!!

v1toriasousa 15/02/2024

Antecedente a leitura de O Príncipe, eu tinha uma visão de Maquiavel baseada no senso comum do que é "maquiavélico": maldoso, sem escrúpulos, imoral. Mas ao ler sua obra percebi que a minha visão estava equivocada.

Maquiavel traz nesse livro a junção de anos de experiência dentro da política e transforma tudo isso em um "manual" para conseguir o poder, e principalmente, mantê-lo. Por mais que suas ideias pareçam cruéis demais, nesse livro eu vi apenas a apresentação da realidade sem filtros, o que é e como é.

Poderia até supor que Maquiavel teria intenções de mostrar não só ao Príncipe as formas de poder e de o conservar, mas de mostrar ao povo como é a dinâmica dentro das torres dos castelos que o dominam.

Excelente livro recomendo a todos que se interessem por política, porque as ideias são atemporais.

Ali_Alvez 13/02/2024

Já posso virar Couth agora???
Foi muito legal vera cara do meu prof de sociologia ao saber da leitura, minha motivação subiu no mesmo nível de rato de academia depois do fora.

Recomendo a leitura. E se você gosta de estudar história como eu vai conseguir olhar com novos olhos para esse período, sem contar no fato q vai se sentir pronta pra governar um império inteiro e acabar com todos o seus opositores.

kamillyoliveira 12/02/2024

O príncipe
Pra quem quer conhecer a obra tem que entender de história, o que não é muito meu caso, pois eu só conheço o básico (da escola). Isso dificultou a leitura pra mim, mas não deixa de ser um livro interessante. A minha nota diz mais sobre a minha ignorância em relação ao assunto do que do livro em si.

Lucas Lobo 11/02/2024

O pequeno príncipe
Apesar de ser um livro para ser usado como um "manual para governar melhor", aqui podemos aprender grandes lições que podem ser usadas no nosso cotidiano.

Asaph7777 10/02/2024

Perfeito
- O Príncipe é incrível, mas esta editora deixa em claro sua opinião acerca de Maquiavel, o qüe interfere muito nas notas do tradutor, e sinceramente não confio muito em muitas das coisas por conta da tradução, mas em si é 5/5 O Príncipe, mas esta edição não.

AbobrinhaBaggins 10/02/2024

A verdade é nua e crua
Lançado em 1532, "O príncipe", apesar de tudo, é uma obra atemporal sobre o Estado. Após lê-lo, podemos ver como ditadores, presidentes e reis chegaram ao poder e como são tão bem vistos pelo povo, apesar de suas intenções não serem nada boas. Não me surpreendo de existir a expressão "maquiavélico", é uma obra que nos ensina o que é preciso para chegar ao absoluto poder, acima das amizades, caráter, povo, família, moral etc. Sim, nas mãos de uma pessoa má isto causa um belo estrago, mas devemos ver pelos olhos de Maquiavel. Nos séculos XV e XVI a Itália passava por um tempo conturbado, especialmente no papado de Alexandre VI, Rodrigo Bórgia. Rodrigo foi um papa sem escrúpulos, priorizando a si mesmo acima de todo o povo, enriquecendo a si e sua família Bórgia para organizar suas orgias e guerras. Depois de Rodrigo, tivemos Júlio II, famoso por sua impetuosidade nas guerras. Além disso, tínhamos a crescente violência entre as cidades-estado italianas, conflitos abertos eram comuns e temos que adicionar a hostilidade crescente entre a Itália e outros países na época. A Casa Médici chegava ao poder nesta época, vista como a única capaz de redenção, e Maquiavel queria se assegurar disto(acima de tudo). A obra é direcionada aos Médici, mas se tornou um manual de poder e riquezas para todos, que nos dias atuais e passados, abala as raízes do Estado e certamente põe o povo em risco.

maydrtx 09/02/2024

"O Príncipe está em toda parte, em qualquer pessoa"
A obra surge como um presente à Lorenzo de Medici, que governava Florença, e é basicamente um manual ao Governante para se manter de forma satisfatória no poder. É marcada por um forte pessimismo antropológico, onde Maquiavel não trabalha com o ser humano ideal mas sim com o real e deixa bem evidente o significado de "Maquiavélico", o cara vive na base do "só se vive uma vez" e prova disso é quando ele aconselha Médici a "Não se distanciar do bem se puder, mas saber entrar no mal se precisar", que os limites para O Príncipe são muito acima do comum, revelando que enxerga princípios éticos como fraqueza. Maquiavel apresenta argumentos para defender que é sim melhor ser temido do que amado, visto que a massa pode ser manipulável e facilmente se esquecer de atos "cruéis" do Príncipe se este trabalhar bem com a denominada "virtù". A obra pode ser encarada como um guia que incita governantes à agirem de forma quase ditatorial, ou como uma maneira de educar o povo quanto às relações de poder.

kaká 09/02/2024

Apesar de curto, não é um livro fácil de ler: Maquiavel utiliza de muitos exemplos de sua época, o que torna difícil visualizar seus conceitos.

Mesmo assim, é um livro muito interessante, especialmente para traçar paralelos com a política atual. Por mais que, para algumas pessoas, a obra possa parecer cruel demais, na minha visão não é possível fazer um julgamento de moral sobre O Príncipe, porque o autor não escreve sobre como a política deveria ser, mas sim como ela é. Sobre como os governantes devem governar "acima da moral e da ética".

Mesmo que eu já tenha estudado sobre Maquiavel na escola e visto vídeo complementar, sinto que não consegui compreender e absorver tudo o que foi discutido na obra. Ainda quero relê-la, daqui alguns anos.

Bateli 05/02/2024

O Príncipe é um livro interessante e impiedoso
Maquiavel teve seu nome eternamente conhecido como maléfico e sem piedade, e este livro é a causa. De fato, o livro tem várias dicas sangrentas e estratégicas de como lidar com seus inimigos. Mas é necessário ter em mente que ele apenas está descrevendo a sua época, pois Maquiavel é famoso por isso: ele escreveu a política como ela era, não como devia ser.

Leonardo.Brizida 03/02/2024

É melhor ser temido do que ser amado.
Um clássico extremamente polêmico que resulta em muitas ideias e concepções acerca de como ser bem sucedido sendo um governante (principe). Apesar do texto ter sido direcionado a uma pessoa, com interesse em asumir um cargo junto ao principe, é possível compreender muitas ideias e reflexões produzidas na época, e que até por isso, são difíceis de concordar com boa parte do texto. No entanto, o livro é escrito para reforçar e detalhar as coisas como elas são, e não como deveriam ser. O livro é interessantíssimo e a leitura é muito válida.

Guilherme Dehon 02/02/2024

O Príncipe...
"O Príncipe é um dos tratados políticos mais fundamentais já elaborados pelo pensamento humano... tem o papel crucial na construção do conceito de Estado Moderno e mapeia como conquistar, conduzir e manter o poder."

Li O Príncipe por mera curiosidade e por ter lido uma ou outra citação do autor e ter achado interessante.

Quanto a maioria dos fatores históricos relatodos pelo autor, sou praticamente leigo - Vi uma coisa ou outra mas muito superficialmente.

Algumas reflexões são muito interessantes, apresentando uma série de orientações para que um príncipe (governante), tenha sucesso não só na conquista, mas principalmente na manutenção de seu reinado, seja por atitudes às vezes extremas ou mais políticas.

Uma obra que, dadas as devidas proporções, a ideia geral, podem ser adaptadas aos dias atuais.