O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Neila Porto 15/11/2023

Bom!
"O Deserto dos Tártaros" de Dino Buzzati é um romance fascinante que explora temas como a passagem do tempo, a espera e a busca por um propósito na vida. A história acompanha o protagonista Giovanni Drogo, um jovem oficial militar que é enviado para uma fortaleza remota no deserto para proteger o reino de uma possível invasão dos tártaros. No entanto, o inimigo nunca chega, e Drogo passa anos esperando em vão pelo confronto que nunca acontece. Buzzati cria uma atmosfera de tensão e monotonia, transmitindo a sensação de desperdício e desilusão que acompanha a vida de Drogo. Com uma prosa poética e melancólica, o autor nos leva a refletir sobre a natureza do tempo, a futilidade da espera e as ilusões que criamos em busca de um propósito significativo. "O Deserto dos Tártaros" é um livro profundo e introspectivo que nos convida a questionar o sentido da vida e as escolhas que fazemos diante da inevitabilidade do tempo.
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Neilson.Medeiros 25/05/2023

Perfeito demais! Narrativa poética e simples, no bom sentido. A gente vai se envolvendo com a história de Giovanni Drogo, nos alimentando com a expectativa do que vem do norte, até começar a entender que não é sobre isso.
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Sabryelle Torres 24/06/2023

Adorei
A leitura de O deserto dos Tártaros me encantou pela sua simplicidade ao destrinchar tópicos tão profundos a respeito da natureza humana: angústia, dor, indecisão, medo, a necessidade de "ser útil"...
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Victor 09/05/2020

Em um livro onde não acontece nada, acontece tudo, acontece a vida
Em uma história sem grandes acontecimentos, a vida passa em 170 páginas. Nisso reside o brilhantismo do livro - aparentemente, nada acontece, e nesse nada uma vida inteira se desenrola. Seria fácil interpretar o livro como "chato" ou "vazio" se não fosse o baque da realidade que o preenche: a eterna expectativa de que a vida de verdade ainda irá começar, quando ela, de fato, começa com o nascimento. O que o torna assustador é justamente isso, como no aparente não-acontecimento, a vida passa. Magnífico.
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Francisco.Tambani 25/02/2023

?(?) o que era bom ficou para trás, muito para trás, e ele passou adiante, sem dar por isso. Ah, é demasiado tarde para voltar; atrás dele aumento o fragor da multidão que o segue, impelida pela mesma ilusão, mas ainda invisível na branca estrada deserta.?

Fonte: https://citacoes.in/citacoes/1461161-dino-buzzati-o-que-era-bom-ficou-para-tras-muito-para-tras/
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Caio.Carrasqueira 19/05/2020

Fantástico
Um livro ótimo que nos ajuda a abrir os olhos para os valores da vida no momento presente que vivemos.
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Rosabel Poetry 07/02/2022

Irritantemente reflexivo
A princípio tive momentos de quase desistência, a espera incessante que circunda a história é ao mesmo tempo atrativa e repulsivo. Nos sentimos cansados junto de Giovanni Dorgo se esperar por algo que provavelmente jamais aconteça e tal como o protagonista também somos inundados pelo desejo de ver um momento glorioso se realizando e mudando para sempre nossa vida.

O Deserto dos Tártaros traz os amores e desejos da vida na forma da ambição de glória em batalha de um soldado, o desejo de morrer como herói, de sentir que a vida valeu apena. Também aborda as incertezas e consequências de nossas escolhas, além das formas que as tomamos. Não chamaria a história de comovente ou inspiradora, esses foram sentimentos que não me invadiram nesta leitura, entretanto o livro carrega um oceano de reflexões sobre a própria existência dividio em marés do comum.

A justificativa das cinco estrelas que concedo a essa obra vem da interpretação de viver e morrer enfatizada dezenas de vezes, se acentuando nos momentos de ansiedade e com a aproximação de um desejo consumidor. Fica a pergunta: até onde está disposto a ir por seus anseios? Talvez longe demais de você mesmo. E se acha que já não fez isso, então mudo a pergunta. Quem é você?
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Carla Verçoza 22/06/2020

Que livro lindo!
Sobre como esperamos algo da vida e sua falta de sentido, a solidão em que nos encontramos. A vida não perde a oportunidade de ser muito irônica.

"(...) talvez tudo seja assim; acreditamos que ao redor haja criaturas semelhantes a nós e, ao contrário, só há gelo, (...) preparamo-nos para cumprimentar o amigo, mas o braço recai inerte, o sorriso se apaga, porque percebemos que estamos completamente sós."
Sid Dantas 11/07/2020minha estante
Linda resenha Carla. Também li e gostei bastante.




Fabiana.Neves 29/06/2020

Romance que conta a história do oficial Giovanni Drogo, o qual é nomeado em seu primeiro posto, para o forte Bastiani, que se ergue solitário às margens do Deserto dos Tártaros. Decepcionado pela localização de pouca importância estratégica, uma fronteira morta, Drogo espera ficar ali poucos meses, aguardando uma transferência. Cada vez com um empecilho, a transferência sempre fica mais distante. Nessa paisagem desértica há uma misteriosa névoa permanente, encobrindo a visão do futuro e todos os dias são iguais. O tenente Drogo anseia pela glória militar no campo de batalha, mas isso nunca aconteceu no Forte Bastiani. Alguns oficiais de idade tentam animá-lo dizendo que os tártaros ainda estão lá se preparando para a guerra, e que a melhor atitude é esperar.

No fundo, é um livro sobre a passagem do tempo, sobre oportunidades perdidas e sobre os perigos do conformismo. Quantos de nós já não passamos por algo parecido? Recusando sair de uma situação que não nos traz nada de bom, apostando nossas fichas numa vaga esperança de que algo melhor está por vir.
E assim vamos ficando, até perceber que a vida ficou para trás.....
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Dilalilac 25/02/2022

Uma análise sobre o tempo
Assim que vi o título desse livro, soube que precisava lê-lo e que o favoritaria. E isso faz o enorme risco das expectativas serem frustradas, mas não foram. De forma alguma.
Por mais que nenhum de nós estejamos em um forte de guerra isolado no meio do nada, acredito que essa história conversa com quase todo mundo.
A infância te recebe com histórias onde todos os seus sonhos se tornarão realidade e o amor da sua vida estará te esperando, e aí a gente cresce e é tudo tão complicado...
Frustrações, medos, desejos, rotinas, sonhos, escolhas, laços, e sobretudo o tempo. É um livro com uma carga gigantesca e não tem como não ficar reflexivo quanto a tudo.
A escrita é tranquila, muitas vezes lúdica, uma ambientação bem visual. É uma história que beira o realismo mágico, tem todo aquele ar místico por trás de tudo e que te deixa dividido, assim como os personagens se sentem.
Não admira o fato de ser um clássico.
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Márcia Moura 09/04/2022

Perfeito
O protagonista vive sua expectativa e a vivemos com ele. O livro fala nas entrelinhas sobre como estagnamos enquanto esperamos pelo momento perfeito. O final é daqueles de deixar um buraco no peito. Ressaca literaria garantida!
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anoca 02/08/2020

livro divisor de águas
é difícil achar um livro com boa narrativa sobre questões existenciais e este o consegue com maestria
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Joao.Gabriel 19/04/2022

Simplesmente perfeito
Há livros que tomam as palavras de nossa boca. Frequentemente, digo isto por aqui, e mais frequente ainda é acontecer comigo.
E Deserto dos Tártaros é um desses casos.

Curioso é eu tentar encontrar, por menor que seja, um defeito na escrita, mas brilhantemente fracassar na busca. Com efeito, não encontro uma passagem, uma linha, um ponto sequer que Buzzati não tenha escrito com uma genialidade e beleza tão grande.

Em termos claros, é uma narrativa bela, genial, com profundas descrições e comparações mais ainda. Não é uma escrita pesada, densa. Pode-se ler sem problemas. Mas o gosto da obra está no digerir, está no ler e reler cada trecho como se fosse impensável. O que contrasta com o enredo.
Nos mostra cenas pensadas e minuciosamente escritas. O autor nos presenteia com uma explosão de reflexões durante a leitura da obra. Não raramente me via tendo pensamentos interessantes acerca do tédio, do hábito, da imobilidade na vida, a espera de algo novo, a esperança, a depressão, a injustiça, a vida como ela é.

Uma curiosidade: o tempo que Giovanni Drogo passa no Forte Bastiani (em anos) é a mesma quantidade de capítulos do livro.

É uma obra prima.
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Georgeton.Leal 06/08/2020

O que temos feito do nosso tempo?
Quantas coisas importantes deixamos para trás e só depois percebemos que já é muito tarde para recuperá-las? O tempo fugaz está sempre a nos enganar, nos fazendo pensar que amanhã (ou quem sabe, no ano que vem) poderemos reaver oportunidades perdidas e amizades que há muito deixaram de existir. Quando nos deparamos com a crua realidade, tudo já passou e não se pode mais achar nenhum alento no fim da jornada. Drogo viveu isso, e por mais que tentasse, se viu preso em uma falsa expectativa, aguardando por uma chance de mudança que nunca veio.
Esse livro me fez refletir bastante sobre o dilema do tempo e suas nuances. Sabemos que a vida é passageira, mas mesmo assim, quase não nos damos conta disso. Preferimos adiar decisões, encontros e abraços, até que tudo que nos reste seja apenas indiferença e solidão. Assim como Giovanni Drogo, muitos acabam por se apegar a um último resquício de esperança que ainda lhes dê algum sentido na vida, no entanto, tal fundamento pode se revelar inútil quando o peso dos anos anunciam que não existe mais vigor nenhum a se aproveitar e todos os anseios remanescentes já caíram no esquecimento.
Ao fim dessa leitura, lembrei-me da letra de uma música que diz: "O tempo não foi feito pra ser gasto, o tempo é pra ser desfrutado". Que bom que despertei a tempo de descobrir isto.

site: https://senso-literario.blogspot.com/2022/01/o-que-temos-feito-do-nosso-tempo.html
Talys 10/08/2020minha estante
E só me deixando com mais vontade de ler esse livro kkk


Georgeton.Leal 10/08/2020minha estante
kkkkkkkkkkkk!!! Olha, esse entrou fácil pra minha lista de favoritos. É daquele tipo de livro que mesmo sendo pequeno em quantidade de páginas é admirável no conteúdo.


Talys 11/08/2020minha estante
É muita gente ama.




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