Pietr, o Letão

Pietr, o Letão Georges Simenon




Resenhas - Pietr, o Letão


23 encontrados | exibindo 16 a 23
1 | 2


Gio 30/12/2015

Sherlock Genérico
Pietr, o Letão
É um suspense policial de uma série de livros do escritor Georges Simenon, recentemente publicados pela Companhia das Letras. Os livros são uma boa indicação para quem curte Sherlock, apesar de o protagonista dessa série, o Comissário Maigret, ser um tipo forte e assustador ao contrário do maluco e brilhante Sherlock Holmes. Nesse primeiro livro, um corpo é encontrado no banheiro de um trem e, ao mesmo tempo, é visto em todos os lugares. Maigret é então levado de bares sombrios a hotéis de luxo para investigar a verdadeira identidade de Pietr, o letão suspeito do crime.

site: https://www.instagram.com/p/uOf1viytyA/?taken-by=monlivre
comentários(0)comente



Gláucia 06/01/2015

Pietr, o Letão - Georges Simenon
Vale a leitura por ser a primeira aventura do Comissário Maigret, o monobloco (adorei essa descrição) e já dá pra gente conhecer um pouco desse humano e perspicaz investigador.
Pietr, o letão é uma espécie de estelionatário, envolvido nas altas rodas do crime, mais liso que um peixe ensaboado, e Maigret terá a oportunidade de finalmente agarrá-lo.
Rapidinho de ler, a história nem é tão surpreendente, como sempre vale mais o "modus operandi" do comissário e principalmente a forma como ele compreende os criminosos.
Ao final, uma cena que tive que reler, tipo, "como assim?!"
comentários(0)comente



emedboni 10/12/2014

Um investigador sagaz e um suspeito báltico
A riqueza de detalhes em relação a fisionomia, ambientes, personalidades... É admirável.
Um investigador discreto porém eficiente, quando precisa investigar em algum lugar, a impressão que fica é que ele demora não mais que dez minutos, recolhe as informações necessárias e pronto.
O livro chamou minha atenção pelo fato do suspeito pertencer a um país báltico (embora tenha nascido especificamente no país que oprimiu seu povo), mas a trama exposta por Simenon é realmente digna de nota.
O desenrolar da história segue pipocando as descobertas e que muitas vezes me senti perdida como "O que?", "Sério? Quando isso?".

"O investigador obstina-se em penetrar mais afundo na vida pregressa do réu, tentando reconstituir seus pensamentos e antever seus mais ínfimos reflexos".

Um suspeito, muitas facetas, um homem voraz com problemas... (Não vou contar a história né?!). Mas pode acreditar, o caso é solucionado à altura.

Aprecie um trecho do livro:
"São em momentos assim que é melhor não ser visto. Esboçamos gestos para os quais não estamos preparados. Erramos inapelavelmente, como um acrobata ruim. Mas avançamos, por assim dizer, movidos pela força adquirida. Caímos e levantamos. Nós nos debatemos, sem charme e sem beleza."
comentários(0)comente



Marcos Pinto 05/12/2014

Poderia ser melhor
Georges Simenon é um dos autores, de língua francesa, mais traduzido do mundo e já escreveu mais de 400 livros, incluindo seus pseudônimos. Com esse breve histórico, nem preciso dizer que estava com muitas expectativas sobre a obra. Porém, infelizmente, o autor não atingiu tudo o que eu esperava, apesar de ter escrito um bom livro.

O comissário Maigret recebeu a descrição de Pietr, o letão, suspeito de diversos crimes. O policial então, sabendo que o criminoso estava chegando à cidade, vai à estação de trem para que ficasse, desde o desembarque, à espreita do criminoso. Porém, apesar de ver um suspeito de ser Pietr na estação, sua atenção é atraída para um crime que aconteceu do banheiro do trem em que o suposto letão chegou.

A investigação do crime no banheiro leva o policial a suspeitar do homem que supostamente seria Pietr. Porém, como não tem nenhuma prova disso, ele apenas fica no pé do investigado, a fim de que ele confesse o crime. Porém, o comissário tem que tomar muito cuidado, pois o suspeito é estrangeiro e muito rico; acusá-lo sem provas pode causar um problema de magnitude internacional.

“Suas pernas comprimiam o cadáver. Ergueu o tronco deste último e, no peito, sobre a camisa e o paletó, percebeu vestígios de queimadura provocados por um tiro disparado à queima-roupa. Formavam uma grande mancha enegrecida, em que se mesclava o púrpura violáceo do sangue”.

Simenon conduz o enredo de uma forma bem diferente do que eu imaginava. Nunca tinha lido um livro policial onde o investigador tenha tanta certeza e não tenha nenhuma prova concreta. Em muitos momentos, a perseguição parece muito mais psicológica do que física, em um jogo de gato e rato.

O meu grande problema com o livro, que o fez não alcançar toda a expectativa que eu tinha, foi a forma pouco clara que o comissário conduziu a investigação em alguns momentos. E o pior: isso não é explicado posteriormente. Em dados instantes, tudo parece que foi uma tacada de sorte de Maigret.

Tirando esses momentos de investigação obscura, posso dizer que a narrativa é extremamente fluída e os diálogos bem inteligentes. Os personagens, em sua maior parte, são bem construídos, principalmente Maigret e o suposto Pietr. Porém, entre os dois, ainda prefiro o segundo por estar no limite entre a genialidade e a insanidade.

“Sua ficha, que Maigret tinha no bolso, apontava: ‘Indivíduo de grande astúcia e perigoso, nacionalidade indeterminada, origem nórdica. Presumidamente letão ou estoniano: fala russo, francês, inglês e alemão com fluência’”.

De modo geral, posso dizer a leitura foi muito agradável, apesar do ponto negativo. Indico a leitura para quem gosta de livros policiais, principalmente para iniciantes no gênero. Quem procura uma trama mais profunda e intrincada provavelmente não se satisfará por completo com a obra.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/08/resenha-pietr-o-letao.html
comentários(0)comente



Literatura Policial 26/10/2014

Maigret, o bloco esculpido em madeira de lei
Pietr, o letão é a estreia do comissário Maigret como protagonista de um romance. O detetive foi criado em 1931 por Georges Simenon, autor belga que mudou a história da literatura policial. É ele o responsável por popularizar uma abordagem narrativa profunda, porém com incrível apelo popular. Para tanto, Simenon focou suas histórias na análise da natureza do caso, priorizando a reflexão do indivíduo e os motivos que levam a cometer um crime. Maigret, seu detetive taciturno que trabalha na Polícia Judiciária de Paris, pondera sobre as razões dos casos que investiga, ás vezes apiedando-se das almas que encontra pelo caminho.

A ênfase à psicologia do crime era algo até então novo na arquitetura das histórias policiais. As tramas que mais agradavam o leitor abusavam do assassino misterioso a ser desmascarado, que podia tanto deixar uma pegada disforme de sapato no quintal do cadáver quanto entopir as artérias do milionário com um balde de estricnina no café da manhã. Essa era a literatura policial clássica e popular do início do século 20, representada pelos maravilhosos Sherlock Holmes e Hercule Poirot.

São 164 páginas de leitura. Maigret já desponta observando minúcias, grandalhão, volumoso, granítico, mantendo aquele ar lacônico primo da rispidez que a ele convém. Encaixa o chapéu-coco na cabeça, estuda o olhar do sujeito de longe, seu tom de voz monocórdio e o que ele, preferencialmente, não diz. Congela com a temperatura glacial da massa tumultuosa do oceano, observa as nuances blasé dos dias melancólicos de Paris e detalha a anatomia caricata dos suspeitos petulantes, de rostos excitados, gestos imprecisos e corpos elásticos.

Maigret, que quando se enerva tritura o cachimbo nos dentes, sua a camisa para sacar a real identidade do letão Pietr, um trambiqueiro que proporciona o grand finale a esse suspense sensacional. Pietr, com seu terno cor de canela e pele de marfim, faz o comissário correr pelas ruas de Paris em busca de respostas para o enigma que se apresenta no início, quando Maigret vê o próprio letão sem vida no banheiro de um trem. Dá pra sentir o cheiro do radiador de calefação do hotel Majestic entre os homens cartolados e os detetives afoitos da equipe do Quai.

As metáforas também pipocam, afoitas, melódicas, encravadas. Soam como poesia que colore as paisagens sem sal de Fécamp, ou a austeridade dos corredores do Quai des Orfèvres. Eis algo que Simenon fazia com excelência, tal qual Chandler. Ele criava metáforas e ambientava. Fantasiado de Maigret, persegue o suspeito com as pupilas cinzas, como se descamadas pela chuva, desviando do fluxo de carros que é tão constante como o do sangue nas artérias, com seus olhos cor de carvão e sua expressão lívida de cansaço, sentindo as dores do ferimento como agulhas compridas penetrando no peito.

'Pietr, o letão' fez mais do que apresentar Maigret. Inaugurou uma série de sucesso, marcou uma nova forma de narrar policiais e imortalizou o autor. Não é para qualquer um.

> Resenha publicada no site literaturapolicial.com

site: http://literaturapolicial.com/2014/07/27/maigret-o-bloco-esculpido-em-madeira-de-lei/
comentários(0)comente



Janayna 09/09/2014

Pena que acabou....
Adorei ser apresentada à primeira aventura do detetive Maigret. Gostei de tudo, embora esperasse um pouco mais no aspecto psicológico, o que parece ser um dos principais diferenciais nos livros do detetive. Mas como uma estória policial, foi perfeito!
comentários(0)comente



CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Não é segredo que gosto de romances e de suspense policial. Sempre que possível, gosto de conhecer novos e velhos autores, e apesar de já ter ouvido e visto alguns livros do Simenon, ainda não havia tido a oportunidade de ler e conhecer sua obra.

Mas, eis então que com o lançamento da coleção Simenon pela Companhia das Letras, criei coragem e me arrisquei na leitura de seu primeiro livro, “Pietr, o Letão”.

Nesse primeiro volume, conhecemos o Inspetor Maigret, um tipo comum que chama a atenção pelo seu tamanho e não dá para ser comparado aos outros detetives da literatura. Seu desafio é encontrar e capturar Pietr, um famoso criminoso ardiloso e repleto de disfarces, sendo que apenas suas características físicas podem ser presumidas. É a partir da chegada dele a Paris que vários mistérios se desenrolam e vemos ainda Maigret sofrer uma perda irreparável.

O que mais me surpreendeu na leitura foi como Simenon consegue prender a atenção do leitor sem fazer grandes dramas. Sua escrita é simples, sem arranjos complicados a história flui de forma linear e aos poucos, os detalhes vão se encaixando. O grande trunfo aqui são mesmo os personagens, tão característicos que conferem a trama um ar colorido e humano intenso.

E a narrativa é tão fluída, mesmo naqueles momentos mais comuns, que as páginas acabam rápido demais, e quando o leitor dá por si, está desvendando os segredos junto ao inspetor e desejando ler sua próxima aventura.

Quem está acostumado com suspenses policiais cheios de ação ou com reviravoltas inexplicáveis, explicáveis logo em seguida, pode estranhar o estilo de Simenon. O autor não precisa de muito para contar uma boa história. Aqui não temos uma genialidade regada a enigmas complexos, células cinzentas ou qualquer coisa do tipo, apenas o bom e velho trabalho policial, daqueles clássicos folhetins e filmes noir, com a diferença que a grande paixão do inspetor não são as mulheres, mas a cerveja e um bom calor de estufa.

É uma trama simples, porém inteligente, que cativa o leitor e o faz acompanhar cada segundo da investigação, descobrindo ao mesmo tempo que o personagem principal as revelações e segredos. Simenon não brinca ou subestima a capacidade de seu leitor em resolver o mistério, pelo contrário, apresenta a eles todas as informações possíveis para que ao final, ele consiga intuir suas próprias respostas e assim, construir sua conclusão do caso.

site: www.coolturenews.com.br
comentários(0)comente



Franciely 15/07/2014

Pietr, o Letão
A editora Companhia das Letras nos traz o primeiro romance protagonizado pelo comissário Maigret, que é personagem de nada menos que 75 novelas e 28 contos do autor. Simeon publicou mais de 400 livros, incluindo seus pseudônimos, e é o quarto autor em língua francesa mais traduzido no mundo. Com estes dados é possível perceber o porquê de a editora ter lançado o livro, que à primeira vista pode não parecer muito atraente. Aqueles acostumados com leitura de romance policial, seja Agatha Christie ou Sir Arthur Conan Doyle, talvez não vejam nada de inovador em Pietr, o Letão.

Acontece um crime em um trem e o comissário Maigret, que já estava aparentemente à espera de algo assim, vai investigar. Ele tem a descrição de um homem conhecido como “Pietr, o letão” e está a procura do que parece ser um grande criminoso. Conforme a narrativa avança, fica um pouco confusa a maneira que se dá a investigação, com o comissário seguindo seus suspeitos abertamente, mas é preciso lembrar que a história se passa na França em 1931 (ano da publicação original). Conforme avança, o comissário espera que o criminoso confesse ao invés de tentar pegá-lo cometendo algum crime.
(continua no blog: http://www.entrandonumafria.com.br)

site: http://www.entrandonumafria.com.br/2014/07/resenha-pietr-o-letao-por-georges-simenon.html
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 16 a 23
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR