manu13s 06/05/2022
Solitaire
Eu amei a Tori Spring desde o primeiro momento em que ela apareceu nas HQs de Heartstopper. Quando soube que ela tinha um livro para ela, eu precisava ler. E então eu li esse livro sobre a história da Tori Spring e ele não foi nada do que eu imaginava que seria. Mas, calma, não foi nada ruim. Muito pelo contrário: eu amei ele, e não acho que já tenha me identificado tanto com uma personagem quanto com a Tori. Porém ele foi surpreendente, talvez até melhor do que eu tivesse esperado.
Victoria Spring gosta de blogs, de dormir e de limonada. Ela não gosta de ir à escola, de sair de casa, de fazer telefonemas ou de falar com a sua mãe. Na verdade, há muitas coisas que Tori não gosta e ela passa mais tempo sozinha no seu quarto lendo blogs do que fazendo qualquer outra coisa. Seu grupo de amigos também é pequeno, mas seu desinteresse pelas coisas é tanto que simplesmente não se importa com isso.
Até que o Solitaire começou. Andando pela escola, ela avistou uma trila de post-its que levou ela até uma sala e um link de um blog chamado Solitaire. Não há nada no blog e ela estava disposta a deixar isso para lá. Não é como se ela se importasse. Porém, nesse mesmo dia, ela conheceu Michael Holden, um garoto com um olho verde e outro azul, óculos enormes e cabelos cacheados que estava procurando por ela. E isso muda tudo.
Devo comentar que o desenvolvimento do livro não foi exatamente voltado para o plot, mas sim os personagens. Algumas pessoas podem achar isso ruim, achar que o livro foi "parado", mas, para mim, essas são as melhores histórias.
Foi muito fácil me identificar com a Tori. Em alguns momentos senti que éramos idênticas. Enquanto eu lia o livro, me enxergava nas mesmas experiências que ela, como se dentro daquelas páginas eu conseguisse voltar para o passado. Então, por causa disso, esse livro foi um turbilhão de emoções. Eu ri, chorei, surtei. Às vezes eram acontecimentos simples, até mesmo um pouco enrolados, mas eu percebia que eles eram importantes pro amadurecimento da Tori.
Aliás, amei a amizade dela com o Michael. Todos os personagens foram importantes e interessantes, e acho que nunca um livro retratou tão bem adolescentes (o fato da Alice ter 17 anos quando escreveu deve ter ajudado). Porém, o Michael tem um lugar no meu coração. Tanto ele quanto a Tori possuíam os próprios problemas, e durante o livro inteiro eu fiquei na torcida para que eles percebessem que poderiam passar por aquela fase difícil juntos. Além disso, eles tem diálogos engraçados e são extremamente lindos (sim, eu sou completamente apaixonada nos dois).
Achei que o final do livro e a solução do conflito foi, apesar de surpreendentes, bem... confusos? Eu fiquei boiando nos últimos capítulos, e precisava parar de chorar e gritar a cada 5 segundos pra me perguntar: "mas que diabos está acontecendo aqui?", e esse é geralmente um sentimento que eu gosto de evitar em desfechos de livros únicos.
Mas, enfim, a história da Tori me marcou. Tanto que estou há dias sem conseguir processar tudo muito bem. Tudo o que eu posso dizer é que esse livro me representa e que eu fico extremamente feliz de conseguir ler e revisitar todos aqueles sentimentos através da narração de uma personagem que eu sempre gostei tanto. "E é engraçado porque é verdade".