Os Três

Os Três Sarah Lotz




Resenhas - Os Três


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Luan 20/04/2015

Polêmico, controverso, diferente: Os Três vai muito além de uma simples narrativa
Talvez as crenças religiosas – ou a falta delas – serem o fio condutor do da história de Os Três, somado ao fato de uma narrativa diferente do que se espera ao ler a sinopse do livro, tenham sido a razão para tanta controvérsia e insatisfação com um livro despretensioso e profundo como foi este escrito Sarah Lotz.

A história da queda de quatro aviões num mesmo dia em quatro lugares diferentes do globo, com poucas horas de diferença, chama a atenção de qualquer cidadão, mesmo aquela pessoa que não gosta de ler. É mais do óbvio que a expectativa vai às alturas. E quando a gente se depara com uma escolha de narrativa e desenvolvimento diferentes por parte da autora, a gente pode até se assustar um pouco, é verdade.

O dia 12 de janeiro, uma quinta-feira, foi marcado na história da humanidade. Aquele dia passou a ser conhecido como a Quinta-feira Negra. Quatro aviões caíram. Quatro pessoas resistiram. Três sobrevieram: três crianças. Já a quarta pessoa, uma adulta, Pamela May Donald, tem tempo apenas para deixar uma mensagem que vai impactar o mundo. “O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele... “

Diferente do que todo o leitor vai pensar depois de ler a sinopse, a história não vai narrar simplesmente as causas e consequências da tragédia de forma tradicional. Este é um livro de um livro. Nas páginas da obra de Sarah Lotz vamos encontrar os relatos de uma repórter investigativa que conversou com pessoas ligadas aos três sobreviventes – Hori, Jass e Bobby – e documentou tudo em um polêmico livro.

Grande parte dos depoimentos colhidos por Elspeth Martins e publicados em seu livro Quinta-feira Negra – Da queda à conspiração são sobre conspirações, dando a entender que os três sobreviventes foram possuídos por almas de outro plano. Cada com um sua crença, acreditando ou não, é ouvido. Um livro que trata principalmente disto: fé e crença. Acreditar ou não?

Bem, não tenho como pretensão tratar nesta resenha do assunto mais subjetivo da coisa, e sim da história, escrita, desenvolvimento e satisfação. E, bem, em resumo, eu gostei. Bastante. Não só pela escrita de Sarah Lotz ser leve, fluída e muito bem desenvolvida, mas também porque você consegue se confundir ao decorrer da história, acreditando que aquilo tudo pode ser real. Sim, ela conseguiu dar um sentimento de realidade à obra poucas vezes visto.

Sarah ainda recorre a ingredientes reais para compôr Os Três. Ambientes citados nos livros e teorias dissertadas são feitas com base na realidade. Ponto para a autora. Os personagens criados também são de um extremo convencimento, que você acredita que eles realmente conversaram com a autora e existem de verdade. Sarah pensou em tudo, em detalhes até improváveis para dar tons de veracidade enorme à história – as conversas, transcrições de áudio, e-mails trocados e até dados obtidos através de hackers estão presente no livro. Não gostei, admito, das partes contadas sobre o Pastor Len. Algumas soavam massantes. Sobre as demais, empolgantes. Vale destacar, ainda, que o livro tem momentos de verdadeira tensão, equivalente quase a um momento de terror, de dar medo. Certamente o livro daria um ótimo roteiro de filmes de horror.

Para não me alongar demais, vou me encaminhar ao final. Editora Arqueiro de parabéns pelo trabalho gráfico. Capa impecável – capa preta, material agradável ao passar a mão, e detalhes em vermelho. As bordas do livro são todas negras, dando um tom ainda mais sombrio à obra. A diagramação, melhor ainda. As dez partes pelas quais o livro é dividido são bem definidas e separadas. Cada artifício utilizado – conversas, transcrições, cartas... - tudo é trabalhado para dar uma “personalidade” àquele trecho.

Não vou dizer que não me frustrei como grande parte dos leitores. Também fui “enganado” e achei que teria uma narrativa contando a história da queda, abordando causas e consequências. Não foi exatamente isso o que aconteceu, mas o que eu vi me deixou bastante satisfeito. Um livro que acertou em ser diferente e ousado, em abordar assuntos até polêmicos. No fim, no entanto, a autora deixa em aberto várias possibilidade sobre o que realmente eram as crianças – foram possuídas? eram reais? a queda fez parte de uma “causa” maior?

Ela não deixa isso exatamente explicado – um pouco apenas nas entrelinhas. Eis esta a grande reclamação dos leitores. Uma pequena queixa minha. E o motivo de não levar as cinco estrelas. Mas encarem as quatro estrelas como “quatro estrelas vírgula 6”. Eu me tornei fã da escritora e admirador da obra - fui sugado pela leitura. Leiam vocês também. Tirem suas conclusões. Mas não se deixem frustrar.
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Cristiane 09/04/2015

Um livro que só vai entender que souber ler as entrelinhas
Posso dizer que guardei esperanças achando que o final do livro fosse bom, mas fiquei profundamente frustrada. Um tema que poderia ter sido bem explorado, bem desenvolvido, bem solucionado, mas a autora preferiu dar respostas vagas e estragar a história.

Realmente foi o primeiro livro que me deixou irritada. Sei que não vai ter continuação, mas a autora deixou muitos fios soltos, várias contradições. Um capítulo fala uma coisa ai no outro muda. No começo do livro afirmou uma coisa, no final desmentiu.

Não tem como o leitor descobrir as coisas se não se tem dicas. Tinha tudo para ser um ótimo livro, mas minhas expectativas foram todas frustradas.
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Bianca 07/04/2015

Minha cabeça deu um nó


Sabe aqueles livros que você termina de ler mas não sabe se amou ou se odiou? Esse será o seu sentimento com o aguardado livro da Sarah Lotz. Aqueles que mesmo depois de ler, quando você olha pra ele na estante, você se pega olhando pro nada e pensando ‘Como pode? Que final é esse? É real? Eu realmente li isso?’

Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas… Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele… Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.

Quando eu descobri o livro, o que mais me atraiu foi o livro físico. A lateral das páginas são em preto, dando um tom sombrio logo de cara. Depois, o que mais se resume a tudo que eu li foi PERTURBADOR!

O livro não é narrado apenas em primeira ou terceira pessoa, ele é um apanhado de vários relatos/entrevistas/trechos de blogs/de emails e jornais de vários personagens! Essa escolha, pode nos levar em diversos momentos, a uma leitura cansativa e monótona; o que dificulta e trás uma certa lentidão a mesma.
Ouvindo algumas pessoas que leram o livro, muitas delas reclamam dessa opção da Sarah. Eu mesma demorei bastante para lê-lo mas… consegui! “Comemoremos!”

Mas vamos falar da história! Como já descrito na sinopse, ocorre uma catástrofe de ordem mundial, com a queda de quatro aviões, em diferentes partes do mundo e quase ao mesmo tempo! Desses desastres, três crianças são as únicas sobreviventes: Hyro, Bobby e Jess. Nessa hora, você já estará roendo as unhas e tentando pegar alguma pista que te leve a descobri os porquês desses mistérios. Quem são as crianças? O que houve com cada avião? Por que? O que tem por trás de tudo isso? Entre inúmeros outros! Uma dica? Não existem pistas concretas para você seguir. Tudo te leva para um caminho que, lá na frente, você vai perceber que é errado! Sério!!!

A narrativa é dividida em três partes: Queda, Conspiração e Sobreviventes. Entrelaçadas em 10 sub-partes. Além de relatos de uma jornalista investigativa, responsável pelo conjunto de fatos que compõe o livro ‘Da queda à conspiração’, escrito por Elspeth Martins, que mostra a verdade por detrás dos Três sobreviventes!
Depois da leitura, resolvi pesquisar um dos cenários utilizados em uma das quedas, a floresta de Aokigahara. Essa mesma de real com ficção que Sarah nos proporciona é algo surreal, o equilíbrio que Lotz nos proporciona é tão bem escrito que, por diversos momentos duvidei se estava ou não lendo uma obra de ficção! Deixe-me explicar: O local é conhecido como a floresta do suicídio, um local repleto de histórias de pessoas que decidem abrir mão de suas próprias vidas, Lotz a inclui como o quadro de uma das cenas em que eu senti um certo terror!

Passeando por teorias que vão desde as crianças serem os cavalheiros do Apocalipse até que elas são extraterrestres pertencentes a um grupo chamado Os Outros. E no final, é Elspeth quem nos dá o soco final com a conclusão da história. E meus amigos, que final é esse? Vago mas completamente bem amarrado. Consegue me entender? Não? Nem eu! E nem sei te explicar o porquê. O final do livro ainda me assombra, eu ainda fico parada pensando no livro como um todo, para tentar entender esse final. “Oi ressaca literária, você por aqui?”
Se você não tem nervos de aço, recomendo que passe direto por esse livro. Ele não foi escrito para ser bonito ou para ser daqueles que você se emociona, Sarah Lotz escreveu um livro feito para aterrorizar. Mas é daqueles em que o terror é bem sutil mas presente o tempo inteiro! Recomendo que leiam e tirem suas próprias conclusões e, quando acabarem, coloquem o livro escondido porque senão, toda vez que olharem pra ele, todos os sentimentos surgirão como uma cachoeira de emoções! Enfim, se arrisque com Os Três!

site: https://literalialista.wordpress.com/2015/03/25/minha-cabeca-deu-um-no/
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Vivi Martins 31/03/2015

Uma estória intrigante e cheia de reviravoltas que mexe com a imaginação da gente.
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Leonardo 31/03/2015

nada como um livro dentro de outro.
De todo o livro foi isso que me chamou mais a atenção. O livro ser um livro sendo lançado por uma escritora devido aos acontecimentos da " Quinta Feira negra"

Um livro muito bem escrito.

Sarah consegue manter o leitor atento a todos acontecimentos devido a relatos dos personagens que tiveram suas vidas mudadas pelos acidentes de aviões que cairam simultaneamente em 4 lugares no mundo, onde apenas 3 crianças sobreviveram.

O leitor a principio pode pensar que o livro gira em torno desses sobreviventes.
De fato eles são os protagonistas dessa história. Mas na verdade não são.

E sim o que o ser humano consegue reagir a acontecimentos que não possam ser possiveis a acontecer.

Religião; Política; isso sim as pessoas captam o que queremos acreditar.

O que devemos acreditar?!

Leiam.

É muito bem escrito.
É inteligente. E existem muitos fatores alem de três motivos para que esse seja um livro para se ter em sua estante.
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Literatura 25/03/2015

Quando um boato dito várias vezes torna-se verdade absoluta

O livro tem início avassalador e fui me preparando para me deliciar com a leitura de Os três (Arqueiro, 400páginas) de Sarah Lotz. Com projeto gráfico e capa excelentes, o conteúdo empolgou menos, mas há méritos, inúmeros até.

Em certo dia, conhecido como Quinta-feira Negra, quatro aviões caem em um pequeno intervalo de tempo. Dos quatro aviões sobrevivem três crianças, uma de cada voo. Apenas em um voo não se encontram sobreviventes:

“De modo previsível, semanas depois dos acidentes, o mercado recebeu uma avalanche de relatos de não ficção, blogs, biografias e artigos de opinião aproveitando o fascínio mórbido do público pelos eventos e pelas crianças que sobreviveram, conhecidas como Os Três. Mas ninguém poderia ter previsto a cadeia macabra de acontecimentos que viria em seguida ou a rapidez com que iriam se desdobrar”.

A metalinguagem de se escrever um livro dentro de um livro me atraiu também. Além de na contracapa ter um elogio do mestre Stephen King (já caí várias vezes nesse engodo e continuo caindo). O livro é todo traçado entre capítulos da vida com os “sobreviventes” e a “conspiração” em torno deles.

Cada um dos sobreviventes – Bobby, Hiro e Jess –,após o acidente, têm que voltar para suas famílias ou o que restou delas e tentarão viver uma vida normal. Mas há sinais incontestáveis, que se refletirão naqueles que se envolveram direta ou indiretamente com o acidente, de que alguma coisa está errada com as crianças:

“Homem comido vivo por lagartos e aranhas de estimação”.

O estopim para a avalanche de acontecimentos é Pamela May Donald, que consegue sobreviver ao acidente por alguns minutos e deixar uma mensagem pelo celular. Essa mensagem é interpretada pelo Pastor Len a sua maneira. O livro é um exemplo típico de como o fanatismo ou extremismo religioso (morte pela fé) e a consequente loucura podem sair do controle e desencadear fatos absurdos:

“Dava para ver que ia dar algum problema, dava para sentir o cheiro como se fosse um bicho morto na estrada havia dois dias.”

O tom dramático do início da leitura não relaxa em momento algum do livro, pode ser nos momentos antes da morte:

“O rosto vem em sua direção; está tão perto que ela sente a respiração do menino nas bochechas. Tenta se concentrar nos olhos dele. Será que eles estão…? De jeito nenhum. É só má iluminação. Eles estão brancos, totalmente brancos, sem pupilas, oh, Jesus, me ajude. Um grito cresce em seu peito, aloja-se na garganta, ela não consegue colocá-lo para fora, vai sufocá-la. O rosto se vira bruscamente para o outro lado. Seus pulmões estão pesados, líquidos. Agora dói respirar.”

Ou ainda na confissão de um adulto experimentado:

“Ele parecia olhar direto através de mim. Depois… escute… isso vai parecer muito sinistro, mas eles começaram a marejar, como se ele fosse cair no choro, só que … meu Deus.. isso é difícil… eles não estavam se enchendo de lágrimas e, sim, de sangue.”

Realidade ou não, a verdade é que os sobreviventes não são mais o que eram antes. A partir daí, o temor passa a tomar conta daqueles que precisam conviver com eles. Seria culpa do inconsciente coletivo as atitudes advindas deste temor?

site: Leia mais em: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenhaostres/#.VRLB1PnF-VN
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Euflauzino 25/03/2015

Quando um boato dito várias vezes torna-se verdade absoluta

O livro tem início avassalador e fui me preparando para me deliciar com a leitura de Os três (Arqueiro, 400páginas) de Sarah Lotz. Com projeto gráfico e capa excelentes, o conteúdo empolgou menos, mas há méritos, inúmeros até.

Em certo dia, conhecido como Quinta-feira Negra, quatro aviões caem em um pequeno intervalo de tempo. Dos quatro aviões sobrevivem três crianças, uma de cada voo. Apenas em um voo não se encontram sobreviventes:

“De modo previsível, semanas depois dos acidentes, o mercado recebeu uma avalanche de relatos de não ficção, blogs, biografias e artigos de opinião aproveitando o fascínio mórbido do público pelos eventos e pelas crianças que sobreviveram, conhecidas como Os Três. Mas ninguém poderia ter previsto a cadeia macabra de acontecimentos que viria em seguida ou a rapidez com que iriam se desdobrar”.

A metalinguagem de se escrever um livro dentro de um livro me atraiu também. Além de na contracapa ter um elogio do mestre Stephen King (já caí várias vezes nesse engodo e continuo caindo). O livro é todo traçado entre capítulos da vida com os “sobreviventes” e a “conspiração” em torno deles.

Cada um dos sobreviventes – Bobby, Hiro e Jess –,após o acidente, têm que voltar para suas famílias ou o que restou delas e tentarão viver uma vida normal. Mas há sinais incontestáveis, que se refletirão naqueles que se envolveram direta ou indiretamente com o acidente, de que alguma coisa está errada com as crianças:

“Homem comido vivo por lagartos e aranhas de estimação”.

O estopim para a avalanche de acontecimentos é Pamela May Donald, que consegue sobreviver ao acidente por alguns minutos e deixar uma mensagem pelo celular. Essa mensagem é interpretada pelo Pastor Len a sua maneira. O livro é um exemplo típico de como o fanatismo ou extremismo religioso (morte pela fé) e a consequente loucura podem sair do controle e desencadear fatos absurdos:

“Dava para ver que ia dar algum problema, dava para sentir o cheiro como se fosse um bicho morto na estrada havia dois dias.”

O tom dramático do início da leitura não relaxa em momento algum do livro, pode ser nos momentos antes da morte:

“O rosto vem em sua direção; está tão perto que ela sente a respiração do menino nas bochechas. Tenta se concentrar nos olhos dele. Será que eles estão…? De jeito nenhum. É só má iluminação. Eles estão brancos, totalmente brancos, sem pupilas, oh, Jesus, me ajude. Um grito cresce em seu peito, aloja-se na garganta, ela não consegue colocá-lo para fora, vai sufocá-la. O rosto se vira bruscamente para o outro lado. Seus pulmões estão pesados, líquidos. Agora dói respirar.”

Ou ainda na confissão de um adulto experimentado:

“Ele parecia olhar direto através de mim. Depois… escute… isso vai parecer muito sinistro, mas eles começaram a marejar, como se ele fosse cair no choro, só que … meu Deus.. isso é difícil… eles não estavam se enchendo de lágrimas e, sim, de sangue.”

Realidade ou não, a verdade é que os sobreviventes não são mais o que eram antes. A partir daí, o temor passa a tomar conta daqueles que precisam conviver com eles. Seria culpa do inconsciente coletivo as atitudes advindas deste temor?

site: Leia mais em: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenhaostres/#.VRLB1PnF-VN
Katia 25/03/2015minha estante
Gostei do tema e a resenha me deixou curiosa. Vou ler!




nosso livro de cada dia 23/03/2015

''Quinta-Feira Negra. Esse é o nome do dia que ficará marcado na história. O dia em que quatro aviões caem, quase ao mesmo tempo em quatro pontos diferentes do mundo. Há quatro sobreviventes, sendo três crianças que ficam praticamente ilesas, e a outra sobrevivente, Pamela May Donald só vive tempo suficiente para mandar uma mensagem por celular : Eles estão aqui. O Menino. O menino vigiem o menino vigiem as pessoas mortas.... ''

É um livro realmente perturbador. Acho que essa palavra define bem tudo que o livro transmite. O mistério que gira em todas as crianças sobreviventes, os acontecimentos sobrenaturais que acontecem ao redor das mesmas, é tudo muito chocante. A conspiração que a igreja monta. É um livro muito bem escrito. Mas na minha humilde opinião houve um pequeno problema: o final deixa muito aberto a questionamentos. Não há uma resolução do mistério e isso me deixou muito intrigada e até decepcionada. Mas nem isso tirou a qualidade do livro. Realmente otimo. Mas já vou avisando.. Se vc é uma pessoa medrosa, não leia kkkk


site: https://instagram.com/nossolivrodecadadia/
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De Cara Nas Letras 14/03/2015

Os Três - Sarah Lotz
Quinta-Feira. Quinta-Feira Negra. O dia que ficará marcado na memória de todos. Em um pequeno espaço de tempo, quatro aviões caíram ao redor do globo. Juntamente com os acidentes aéreos, veio a notícia: três crianças, cada uma em um avião diferente, sobreviveram à queda. Os passageiros que pressentiram o desastre iminente conseguiram gravar pequenas mensagens de voz em seus aparelhos telefônicos. Pamela May Donald só conseguiu gravar a sua após a queda; e foi a mensagem dela que mudou todo o curso da história.

Muitos demonstraram não acreditar na possibilidade das crianças terem sobrevivido (por pura sorte) aos desastres. A partir daí, usando a mensagem de Pamela como base, diversas teorias conspiratórias foram elaboradas. O Pastor Len, que fora citado nas últimas palavras de Pamela, acaba por formular a tese de que as crianças que escaparam com vida não são apenas crianças: são enviados de Deus... são os cavaleiros do apocalipse (e que o 4° cavaleiro seria uma quarta criança que ainda não fora encontrada no acidente que não deixou nenhum sobrevivente). Há também hipóteses de "crianças guiadas por extraterrestres" e outras teorias secundárias que não são tão focadas no livro.

Pode parecer confuso, mas o livro possui um outro livro dentro dele. Trate-se de uma junção de relatos colhidos pela jornalista Elspeth Martins. Através deles, ela nos mantém informado sobre tudo aquilo que se passou antes e depois de cada um dos acidentes. Sarah Lotz consegue, por meio da jornalista, passar ao leitor uma realidade surpreendente, que nos faz ter um medo real em alguns momentos. Também é possível sentir a dor da perda de cada uma das famílias, além da excentricidade de cada criança.

A escrita flui de uma maneira ímpar. Os capítulos são bem pequenos, sempre alternando entre as histórias de cada família, de cada avião. O tema "religião", que é altamente abordado no enredo, nos faz pensar no que realmente acreditamos. Há uma crítica severa ao fanatismo exacerbado e toda alienação proveniente de uma fé cega, o que me fez gostar ainda mais do livro. Outra coisa que me prendeu bastante foi o lado mais sobrenatural da obra, que foi firmemente trabalhada.

Os personagens são, em sua maioria, altamente complexos. Foi bastante interessante lidar com pessoas que possuem vícios e peculiaridades. Os três é um livro de tirar o fôlego: uma mistura entre mistério e terror psicológico, conseguindo ser, sem dúvidas, arrebatador.

Do exemplar: O exemplar possui um charme singular. Apresenta verniz localizado na capa, além de folhas amareladas e com bordas pretas, criando um efeito bem bacana ao redor do livro. Porém, tenho algo negativo para ressaltar: a obra custa cerca de R$40,00 nas livrarias e fiquei chocado ao perceber que ele NÃO possui orelha. Ganhei o meu exemplar através de um sorteio, mas creio que aqueles que compraram um exemplar ficaram frustrados da mesma maneira que fiquei. Nesse aspecto, a Arqueiro deixou a desejar.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Renata 10/03/2015

Os Três - Sarah Lotz
Acho que nunca terminei um livro para ficar com “cara de paisagem” como fiquei com esse. Ao mesmo tempo que amei essa leitura eu a odiei. Entendam, não achei o livro ruim, pois ele é excelente, foi muito bem elaborado, tem uma narrativa envolvente, mas o final do livro me deixou puta da vida. Calma que irei explicar.
O livro é extremamente tenso e em determinados momentos até assustador. Definitivamente é um livro bem cabuloso! :) Nas primeiras páginas conferimos detalhes sobre a queda de quatro aviões que ocorreram em diferentes partes do mundo, no mesmo dia, com diferença de algumas horas entre um e outro. Esse dia ficou conhecido como Quinta-feira Negra. O que esses acidentes possuem em comum? Além de terem caído no mesmo dia, 3 deles tiveram cada um, um sobrevivente (3 crianças). Todas as teorias criadas pela autora e que foram apresentadas no livro giram em torno dessas crianças. Então, o leitor acompanha os acidentes, a recuperação das crianças, o retorno delas para a família e o dia-a-dia delas após ficarem conhecidas como as crianças-milagre. É um emaranhado de informações.
A autora conseguiu criar um enredo fabuloso. O livro não segue aquela narrativa padrão. Ele é contado em forma de relatos, entrevistas, cartas, e-mails, mensagens, etc. e acredito que isso não vai agradar a todos, mas para mim, deu muito certo. Somos apresentados a muitos personagens e milhares de informações. Não consegui criar um vínculo com nenhum personagem (e creio que essa não era a proposta da autora); na verdade, mal consigo lembrar dos nomes! Além disso, são muitos pontos de vista para assimilarmos e é preciso uma leitura mais lenta para não perder nenhuma informação.
Fiquei fascinada pelo livro. Compreendi perfeitamente a proposta da autora ao colocar diversos personagens que com seus relatos, por mais bobos que fossem, serviram para criar a teia de acontecimentos e teses. Foram levantadas várias teorias e o leitor é levado a criar vínculo com alguma delas. A autora trabalhou em cima do fanatismo. Tem de tudo um pouco (ao gosto do freguês!): teorias da conspiração, fanatismo religioso, catástrofes, invasão alienígena, ciclo temporal... A genialidade de Sarah Lotz foi tamanha em todo o decorrer da história, mas ela pecou feio com esse final. Cara, que ódio da conclusão desse livro!!!! Ela simplesmente deixou minha cabeça cheia de interrogações! Não entendi o motivo dela ter feito isso. Se queria deixar aberto para o leitor descobrir, eu até entendo, mas poderia ter dado pelo menos algumas respostas… Eu não precisava de todas, só de algumas!!! É pedir muito?
Digamos que a “consequência” principal dos acontecimentos narrados foi o fanatismo religioso e isso a autora soube trabalhar muito bem. Misturando ficção com realidade ela demonstrou muito bem esse lado e qual a consequência disso em um possível “fim do mundo”. Na realidade, não tenho críticas negativas em relação à narrativa, ao enredo, à forma como a autora escolheu para escrever (investigativa), o que me incomodou demais nesse livro foi o fato da autora deixar o final praticamente sem uma explicação para toda a investigação levantada na obra. Você se envolve com a história, cria suas teorias e no final fica aquela coisa vaga, do tipo “se vira aí e descubra!”.
Confesso que essa resenha foi difícil de fazer porque estou com uma mistura de sentimentos enorme. Amor e Ódio. Esse livro tem de tudo para ser um tremendo 5 estrelas. Ele tem o lado sobrenatural que amo (mesmo sem estar explícito), tem um suspense que conseguiu me deixar com um certo medo em alguns momentos, tem uma história fantástica, mas a o final sem uma resposta concreta me deixou louca da vida! Espero que Os Três tenha uma continuação e que nessa continuação eu obtenha respostas!
Resumindo: O livro é fantástico! Pode não agradar a todos por sua forma diferente de narrativa, mas possui uma história deveras interessante. Só o final sem uma explicação detalhada que me fez dar 4 estrelas pra ele.
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Mercelene 15/02/2015

Decepção
Esperava uma coisa... E infelizmente foi outra... :/
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Mila F. @delivroemlivro_ 03/02/2015

Não foi o que eu esperava...
O enredo gira em torno de uma sucessão de acidentes aéreos ocorridos no mesmo dia e que levaram milhares de pessoas a óbito, entretanto três crianças saíram ilesas do ocorrido.
É um pouco difícil de falar desse livro porque qualquer coisa pode ser considerado um spoiller grande, afinal o livro é muito recortado, um detalhe bem interessante é que o livro é um livro-documentário escrito por uma pessoa que juntou fatos, gravações, recordes de jornais, bate-papos, entrevistas e construiu o seu livro que se tornou o livro que o leitor tem em mãos: Os Três.
Para não soltar spoiller, vou falar mais sobre o que senti ao ler a obra: particularmente ela não foi nada do que eu esperava, como houve uma grande divulgação de Os Três eu imaginei que seria de um jeito e a sinopse dava a entender que seria do jeito que imaginei, mas na leitura saiu tudo pelas avessas: não foi nadica de nada do que eu esperava e isso me frustrou.
Não digo em momento nenhum que a ideia do livro/da história é muito boa e tinha tudo para ser O Livro, mas foi a forma como a narrativa foi desenvolvida que me desagradou. São muitos personagens, histórias paralelas, conflitos que me deixaram tão confusa. Lógico que o mistério e o suspense estão por todas as páginas e isso foi o ponto alto, fora isso para mim foi uma ideia muito boa, mas contada da forma mais errada possível.
Os Três também têm muito dilemas religiosos, políticos e que questionam nossa ideia do certo, errado, se foi milagre ou foi obra de alguém perverso, de manipulações de informação e perturbações psicológicas.
É como disse e repito a ideia em si deste livro é muito boa, mas Sarah Lotz pecou e muito em ter narrado do jeito fragmentado, cheio de recortes de jornais, entrevistas como fez. É uma ideia bem original esse tipo de narrativa, faz com que nós leitores não possamos saber de todos os detalhes sórdidos e que muitas vezes compete a nossa imaginação criá-los, mas é desmotivador também.
Não gostei da leitura, demorei bastante para terminar esse livro porque simplesmente não conseguia passar muito tempo o lendo, a história não me prendia em nada, mas acredito que valeu a pena, o livro é cheio de suspense e detalhes, quem gosta de livros assim vai apreciar.
Outro ponto forte do livro foi a diagramação, as folhas com bordas pretas, os detalhes ocultos na capa, a capa em si é muito bonita, enfim, o trabalho da Arqueiro foi incrível.
Não vou indicar Os Três, porque não foi uma leitura muito agradável, mas se você sentir algum interesse pela leitura deve ir em frente pode ser que o livro te surpreenda.

site: www.delivroemlivro.com.br/
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Roberta 01/02/2015

Tediante
Aparentemente, a capa, as folhas com bordas pretas e a folha "manchada" superficialmente, chama muito a atenção. Logo no começo, a forma como a história é apresentada, também chama muito a atenção.
Li até a página 135, o que posso dizer que foi um pouco forçado ainda. Até então, eram relatos e relatos, mas história em si não. Posso ter entendido errado, mas essa foi a impressão que eu tive.
Embora a leitura seja um pouco complexa, não é difícil. Porém, outra impressão que eu tive, além dos relatos, é que a autora fica "enchendo linguiça" o tempo todo, como se quisesse dar volume para o livro, o que tornou a leitura chata, cansativa e tediante.
Não gosto de começar a ler um livro e desistir. Até por que, minha meta esse ano, era não desistir da leitura de nenhum livro, mas este se tornou impossível a leitura.
Agora, se você me pergunta qual a história e o que eu entendi... Basicamente, a história rodeia o fato da queda de aviões, numa quinta-feira negra, onde desses acidentes sucessores, apenas três crianças sobrevivem (daí o nome do livro).
Como eu disse, a leitura e a forma como a autora escreve, pode ser um tanto que complexa, mas não impede o entendimento. Pra mim, o que faltou no livro e o que me desmotivou a prosseguir com a leitura, é a ausência de uma história (ou sequência clara, objetiva).
A maioria dos que conversei em questão do livro, tiveram praticamente a mesma opinião. Poucos tiveram alguma visão positiva. Mas opinião é opinião e deve ser respeitada. Eu não voltaria a ler o livro, e não indicaria. Mas quem quiser arriscar, fica a dica. Pode ser que você tenha uma opinião contrária a minha e venha me questionar. Estou aberta para opiniões, sugestões e etc!
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