O Salmão da Dúvida

O Salmão da Dúvida Douglas Adams




Resenhas - O salmão da dúvida


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Guilherme.Ballas 01/04/2016

Descanse em paz Adams.
Muito bom conhecer um pouco do criador da série O Mochileiro das Galáxias.
Saber sobre os pensamentos dele com a religião, Deus, avanços da tecnologia, música, histórias de quando era "pequeno" e aventuras pelo mundo, escrevendo ou em prol de alguma ONG de animais é muito legal e aproxima você do escritor.
O ruim de ler breves páginas com Zafod Beeblebrox e Dirk Gently é saber que nada mais daquilo vai acontecer. Nada que tente seguir a mesma linha do Adams vai ser igual (veja o filme do mochileiro).
Realmente uma triste perda.
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NelM4n 29/12/2015

Um pouco da vida, do universo e tudo mais de Douglas Adams
É impressionante como certas pessoas conseguem ter um grande impacto na cultura pop, com algo inesperado, novo, que pula de surpresa após você abrir a porta afim de assustar quem entra e que ainda fica rindo e dizendo "te peguei". E uma dessas pessoas sem dúvida é Douglas Adams. Com este livro você consegue entender o porquê. Recomendado para aqueles que já leram algumas de suas obras, se por um acaso você ainda não leu algum livro dele recomendo fortemente que procure pelo "Guia do Mochileiro das Galáxias" na livraria mais próxima, não sabe o clássico que está perdendo! Um pena que DNA tenha morrido de maneira totalmente inesperada, todavia, sua marca na cultura mundial fica, influenciando filmes, quadrinhos, jogos e até mesmo outros livros. Resta aproveitar o que ficou.
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Alberto 07/12/2015

Ótimo livro, e um mergulho na vida e na mente do autor.
Havia lido a série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" e gostei muito do humor do autor, seu humor e sua forma de escrever. Quando li "O Salmão da Dúvida" achei que seria como uma continuação, mas me enganei. É um livro que fala mais sobre o autor, sua vida, suas influências, suas obras e seu modo de pensar. Acabou me despertando o desejo de conhecer as outras obras do autor, o que eu farei em breve.
Muito bom o livro, os textos nele inseridos e as histórias. Fica apenas o gostinho de "quero mais", mas que terei de me contentar lendo apenas os livros já publicados pelo mesmo, uma vez que ele veio a falecer com apenas 49 anos.
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Rafa 03/07/2014

SENSACIONAL!!!
Douglas Adams no melhor estilo Douglas Adams!
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rodrigoferreira 04/09/2015

Emocionante
Ouvi recentemente alguém dizer que o Douglas Adams é o tipo de escritor que faz você pensar que NUNCA será capaz de escrever como ele". Concordo plenamente com isso. Não por ele ter uma linguagem rebuscada e cheia de palavras que você precisa procurar no dicionário. Pelo contrário. Ler Douglas Adams é como ouvir alguém lhe contando uma divertida história. Senti muita saudade da série dO Mochileiro ao ler esse livro e, no final, estava com o coração nas mãos ao ler o texto do Dawkins. Recomendo muito.
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VIANA 30/04/2015

Cem por cento de incerteza ...
"Havia um princípio que ele gostava de colocar em prática sempre que se lembrava, que era o de nunca fazer uma pergunta a não ser que tivesse certeza de que iria gostar da resposta."

Está aí um princípio que vou usar antes de me perguntar se, algum dia, vou encontrar tanta genialidade quanto nas obras de Douglas, novamente. É provável que eu não me pergunte.
Como disse Richard Dawkins, "Douglas você não podia ter morrido.". Sim, Richard foi a voz de todos os milhares de leitores que, mesmo sem conhecer Adams pessoalmente, acredito que se sentem, assim como eu, um amigo seu. Mas como assim um amigo? A leitura deste livro vai fazer com que você entenda o que estou tentando dizer.e posso adiantar que este livro é uma conversa com o leitor e, simplesmente, apenas, adianto isso porque é algo simples de se adiantar. Mas, como todo leitor do Douglas já deve saber, uma conversa com ele não é algo que dê para ignorar e com certeza você ficará surpreso com o que ele tem/teve/terá a dizer.
Não consigo escrever mais, pois se era penoso até para o gênio, imagine para mim. Só espero que você tenha uma ótima leitura.
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Marcos Antonio 17/02/2015

Salmão da Dúvida
Eu espera mais do Guia dos Mochileiros das Galáxias, porém foi interessante saber sobre a Vida de Douglas Adams
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Lóra 30/01/2015

DNA, The cara!
Primeira coisa: Puta merda, é com certeza o segundo melhor da série. O primeiro é o volume 1 porque se este não fosse legal eu nem teria continuado.
Eu desacreditei da série um pouco no volume 4, mas o 5 além de ter o que eu gostaria que tivesse, como aventura e um pouco de "radicalismo", não só tem como também são baseadas em historias verídicas do próprio Adams.
Logo no início do livro, o editor faz referências ao Douglas como um ser tão idiotamente brilhante que, sinceramente, não só contrariou tudo como somou as várias qualidades e defeitos que acabaram sendo também qualidades fundamentais, diga-se de passagem, pra ser tão "Douglasmente" irônico!
Segundo é que mais um pouco pra frente o Adams conta diversas histórias tão hilárias, e tão sensacionais, que te faz pensar que o ser humano deveria estar no lugar dos postes urbanos, embora depois de ler as primeiras páginas questione sobre o termo "raciocínio" e "vida". Sem falar que dá pra estar um pouco mais perto do que significava o ser vivo "Douglas".
Eu simplesmente me apaixonei pelo volume 5 e com certeza digo que por ele vale muito a pena ler e reler mais algumas "n"ilhões de vezes antes de morrer.
Fantástico, genial e hilário. Uma das melhores coisas que já li.
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angeruzzi 26/01/2015

Ainda não acabou
Este livro me surpreendeu mais do que esperava, quase me sentindo orfão depois de acabar já há algum tempo a série do mochileiro descobri esta obra póstuma, deixei ele esfriando na prateleira alguns meses pois sabia que depois deste realmente acabaria, foi qdo me surpreendi e digo com vergonha, pois me dizia fã do DNA e não conhecia o Dirk Gently, mas fui conhecer justamente pelo último livro inacabado... isso sim é coisa digna de um fã do Douglas Adams.
Os capítulos do Salmão da dúvida são empolgantes tanto quanto os demais textos são esclarecedores sobre a personalidade deste gênio e deixam claro que apesar de curta foi uma vida plena e completa.
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Paulo Silas 01/11/2014

Douglas Adams mais de perto. É o que este livro transmite ao leitor.
Fruto da reunião de ensaios, artigos, histórias inacabadas, contos e entrevistas, a obra acerta em agradar os fãs do autor.

Dentre os diversos artigos que compõe mais da metade da obra, o leitor pode contar com o constante humor absurdo de Douglas Adams, o qual escreve sobre tecnologia, o seu ateísmo e as razões de o ser, sua paixão pelo evolucionismo, pelo humor e pela escrita (quando discorre também sobre os motivos do período de pausa em escrever romances).
Seu envolvimento e histórias com Richard Dawkins, Pink Floyd, Doctor Who e Monty Python também estão presentes no livro.

"Perfeitamente Seguro" é um conto solo do personagem Zaphod Beeblebrox, cuja leitura serve como amparo à saudade da série "O Guia do Mochileiro".

Finalmente, "O Salmão da Dúvida", história inacabada, cujos capítulos foram encontrados nos computadores do autor e reunidos para o lançamento do livro, é bom até o ponto em que é interrompido bruscamente, justamente quando a história começa a ficar interessante, o que é uma pena, já que o leitor ficará para sempre na angústia da curiosidade, matutando o rumo que a história poderia seguir.

A vida, o universo e tudo mais de Douglas Adams estão presentes, de forma sucinta, em "O Salmão da Dúvida".
Leitura indispensável para os fãs.
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Bruno 19/09/2014

50/50, esperava mais
Quando fui ler o livro eu já tinha em mente que ele não seguiria uma estória linear, mas sim fragmentos de estórias e textos do DNA. O começo é ótimo, tem muitos textos engraçados e que nos faz conhecer um pouco mais sobre o Adams. O que me deixou sem vontade de ler foi um texto ali pelo meio do livro, que falava sobre o universo e Deus e etc, que me cansou muito e cheguei até a pular. Esperava que o livro continuasse com suas histórias da vida de Adams, mas dai surge as estórias de Dirk Gently que eram muito bizarras porém arrancavam um riso ou outro.
No geral, foi um livro meio sem sentido, só uma leitura qualquer.

site: www.adamyoungwrites.tumblr.com
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Portal Caneca 15/08/2014

Essa resenha não poderia ter outro título. Dessa mesma maneira crua, ele define a característica literária de Douglas Adams, com sua loucura e bom humor. O “Salmão da Dúvida” era para ser o nome de um de seus futuros livros, que ele nem chegou a terminar.

O conteúdo em suas páginas me pegou de surpresa. Aqui não há só uma história interminada, mas também extratos de eventos da vida de Douglas, que parece, também, interminada. O autor morreu cedo – aos 49 anos – e deixou incontáveis fãs órfãos. E tudo que tem aqui foi feito para nós, admiradores, para os amigos, familiares, e ao próprio Douglas. Ele não é uma homenagem, mas um almanaque para conhecer o quão incrível ele era.

O livro conta com um compilado de entrevistas, reportagens, discursos, dicas e textos do próprio Douglas Adams, escolhidas com muito carinho. Nós passamos por histórias sobre ele fazendo viagens submarinas, as experiências com os editores, sua visão sobre Deus, a religião (ele era ateu), o universo e tudo mais. Em ordem cronológica, percebemos sua evolução como escritor, mas não de maneira biográfica. Como tudo foi escrito pelo próprio Adams, a leitura é tão divertida quanto qualquer um de seus livros publicados.

“Este não é um obituário; haverá tempo suficiente para eles. Não é um tributo, tampouco uma avaliação criteriosa de uma vida brilhante ou um discurso solene em seu louvor. É um lamento fúnebre, escrito muito cedo para ser ponderado, cedo demais para ser fruto de uma reflexão detida. Douglas, você não podia estar morto.” (parte tirada do epílogo)

Somos introduzidos em um luto ao começar a leitura, o que nos traz a sensação imediata de que perdemos um gênio, que poderia ter sido ainda maior e nos presenteado com muito mais pensamentos inovadores caso ainda estivesse vivo. Passei por várias sensações enquanto lia, rindo, me emocionando, sem nunca deixar de pensar que a maneira que ele via o mundo, o jeito que ele pensava e se comunicava, trazia divertimento até em momentos difíceis e malucos. E ele era uma pessoa comum, com problemas para escrever e que já foi até limpador de galinheiro.

Se você gosta do Guia do Mochileiro das Galáxias, você precisa ler esse livro. Você vai se apaixonar ainda mais pelas histórias e por quem as escreveu.

Só quero encerrar essa resenha com uma parte da introdução, que me arrancou um sorriso. Creio que todo mundo se sente assim ao ler Douglas Adams, e, acredite, isso também vai acontecer quando for ler “O Salmão da Dúvida”.

“Quando você lê uma frase especialmente brilhante de Adams, sua vontade é cutucar o ombro do estranho mais próximo e mostrar para ele. O estranho pode até rir e parecer gostar do que está escrito, mas você se afarra à ideia de que ele não entendeu exatamente a força e a qualidade do texto, não tanto quanto você – da mesma forma que seus amigos também não se apaixonam (graças a Deus) pela pessoa sobre a qual você não para de falar um minuto.”

site: http://portalcaneca.com.br/
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Marvin 15/08/2014

Tão incrível que até o Marvin se sentiria feliz lendo!
Douglas Noel Adams é de longe meu escritor favorito em toda a vida, o universo e tudo mais, e ler esse livro foi incrível! Eu só conheci suas obras muito depois de saber que ele tinha morrido, e me senti realmente triste com isso, porque de uma forma que nunca aconteceu antes lendo um livro, eu me fascinei por ele. Pode ser meio difícil de entender, mas de todos os livros que li até hoje, os dele foram os únicos que eu SABIA que havia alguém por trás de tudo! Eu sentia sua presença enquanto sentia a dos personagens também, e criei um carinho imenso por essa pessoa de 1,98m de altura que é gigante e talentoso em todos os aspectos. Não é simplesmente ficção, é muito mais que isso. É filosofia, é a forma de ver o mundo e toda a vastidão que o rodeia e acima de tudo: aprender a compreender tudo isso, e eu diria que só o DNA é o único ser capaz de em palavras me fazer entender e até mesmo amar toda a confusão e paranóia que envolva o universo e a estranha raça humana.

O Salmão da Dúvida trás diversos textos incríveis dele, e foi deveras engraçado saber sobre o trauma de seu nariz e o terrível período das calças curtas (e me senti especialmente feliz em saber que ele também usava muito a palavra "deveras" assim como eu, coisa que nenhum adolescente normal de 17 anos geralmente fala), ou sobre a história dos biscoitos na estação e enfim, muito, muito mais coisas!

Aprecio a forma que ele consegue escrever sendo sarcástico, paradoxal, maduro, consciente com questões ambientais e inteligente, tudo num modo só. Às vezes fico meio perdido, mas nada que não se relendo dez vezes faça todo o sentido possível.

Espero que todos os mochileiros com suas toalhas amem esse livro e gostem muito de saber mais sobre nosso eterno e amado DNA!

Só mais uma coisa: don't panic!
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adrien. 04/08/2014

O Salmão da Dúvida
Essa resenha não poderia ter outro título. Dessa mesma maneira crua, ele define a característica literária de Douglas Adams, com sua loucura e bom humor. O “Salmão da Dúvida” era para ser o nome de um de seus futuros livros, que ele nem chegou a terminar.

O conteúdo em suas páginas me pegou de surpresa. Aqui não há só uma história interminada, mas também extratos de eventos da vida de Douglas, que parece, também, interminada. O autor morreu cedo – aos 49 anos – e deixou incontáveis fãs órfãos. E tudo que tem aqui foi feito para nós, admiradores, para os amigos, familiares, e ao próprio Douglas. Ele não é uma homenagem, mas um almanaque para conhecer o quão incrível ele era.

O livro conta com um compilado de entrevistas, reportagens, discursos, dicas e textos do próprio Douglas Adams, escolhidas com muito carinho. Nós passamos por histórias sobre ele fazendo viagens submarinas, as experiências com os editores, sua visão sobre Deus, a religião (ele era ateu), o universo e tudo mais. Em ordem cronológica, percebemos sua evolução como escritor, mas não de maneira biográfica. Como tudo foi escrito pelo próprio Adams, a leitura é tão divertida quanto qualquer um de seus livros publicados.

“Este não é um obituário; haverá tempo suficiente para eles. Não é um tributo, tampouco uma avaliação criteriosa de uma vida brilhante ou um discurso solene em seu louvor. É um lamento fúnebre, escrito muito cedo para ser ponderado, cedo demais para ser fruto de uma reflexão detida. Douglas, você não podia estar morto.” (parte tirada do epílogo)

Somos introduzidos em um luto ao começar a leitura, o que nos traz a sensação imediata de que perdemos um gênio, que poderia ter sido ainda maior e nos presenteado com muito mais pensamentos inovadores caso ainda estivesse vivo. Passei por várias sensações enquanto lia, rindo, me emocionando, sem nunca deixar de pensar que a maneira que ele via o mundo, o jeito que ele pensava e se comunicava, trazia divertimento até em momentos difíceis e malucos. E ele era uma pessoa comum, com problemas para escrever e que já foi até limpador de galinheiro.

Se você gosta do Guia do Mochileiro das Galáxias, você precisa ler esse livro. Você vai se apaixonar ainda mais pelas histórias e por quem as escreveu.

Só quero encerrar essa resenha com uma parte da introdução, que me arrancou um sorriso. Creio que todo mundo se sente assim ao ler Douglas Adams, e, acredite, isso também vai acontecer quando for ler “O Salmão da Dúvida”.

“Quando você lê uma frase especialmente brilhante de Adams, sua vontade é cutucar o ombro do estranho mais próximo e mostrar para ele. O estranho pode até rir e parecer gostar do que está escrito, mas você se afarra à ideia de que ele não entendeu exatamente a força e a qualidade do texto, não tanto quanto você – da mesma forma que seus amigos também não se apaixonam (graças a Deus) pela pessoa sobre a qual você não para de falar um minuto.”

site: http://portalcaneca.com.br/o-salmao-da-duvida/
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Café & Espadas 21/07/2014

Resenha O Salmão da Dúvida
Douglas Adams morreu em fatídico 11 de maio de 2001. Redundante dizer que uma legião de fãs foi deixada ao relento, sem nenhuma esperança de voltar a ler uma aventura de Arthur Dent e seus companheiros peraltas em O Guia do Mochileiro das Galáxias ou até mesmo algum episódio perdido ou achado de Doctor Who como em Shada.
Tentativas não faltaram, claro. Tivemos o livro E Tem Outra Coisa... escrito por Eoin Colfer que é considerado uma continuação oficial da série. Mas a tentativa, como você pôde ler na resenha publicada aqui no blog, não foi lá uma das mais bem sucedidas, e se eu pudesse mudar o título da obra, mudaria para Não é Lá Essas Coisas... Mas essa é só minha humilde opinião sobre essa obra.
O que realmente importa é o quanto fiquei feliz e ansioso (e tenho plena segurança de que essa sensação se estendeu aos admiradores do legado de Douglas) quando a Editora Arqueiro anunciou o lançamento de uma obra póstuma de Adams. E não seria um livro qualquer, seria O Salmão da Dúvida.
Esse livro trata-se de uma coletânea de vários escritos de Douglas: palestras, discursos, entrevistas, comentários sobre tecnologia e seu avanço frenético, um ensaio filosófico sobre a não existência de Deus, relatos sobre a sua infância e seus problemas na escola, sua admiração e sua paixão pela arte em todas as suas formas e – como se isso tudo não já fosse suficiente- dez capítulos do conto O Salmão da Dúvida, que nada mais é do que uma história inacabada reconstruída pelo editor Peter Guzzardi, que teve todo o trabalho de juntar os “retalhos” escritos por Douglas de forma que formassem algo coeso. E temos também um outro conto, este protagonizado por Zaphod Beeblebrox, sua excelência, presidente da galáxia.
Na introdução temos a excentricidade de Adams exposta por alguém que conviveu diretamente com ela: o editor Stephen Fry. Era impossível não se empolgar e deixar fascinar com as ideias que borbulhavam constantemente na cabeça de Douglas.
Sua forma de enxergar a realidade - colocando os eventos mais banais em uma forma completamente nova e complexa - ganhava o seu requinte cômico quando ele a transmitia do seu jeito mais típico: simples e direto. Como quem diz “como você nunca pensou nisso antes?”. Sem prepotência. Somente para fazer o leitor rir com esse fato inevitável.
Nessa parte inicial do compilado, Stephen explica a origem do livro O Salmão da Dúvida, e todo o trabalho que ele teve em tentar reconstruí-lo. Então é altamente recomendável a leitura dessa introdução do volume, para que você possa entender melhor o que está em suas mãos.
Após a introdução, o livro se divide em outras três partes: A Vida, O Universo e E Tudo Mais.
Em A Vida temos os relatos referentes à infância e a adolescência de Douglas, onde vemos que ele teve, até certo ponto, uma vida escolar comum, com direito a todos problemas que atingem uma boa parte dos estudantes, como apelidos e outras chacotas pela sua altura e seu nariz. Ele ria consigo mesmo de tudo isso, e acho que essa é uma atitude que todos deveriam levar para a própria vida: rir de si mesmo às vezes é melhor do que sempre se vitimizar.
Foi nessa fase de sua vida que Douglas teve o seu primeiro contato com os Beatles. Ele narra com extrema empolgação e profunda admiração como o som dos fab four fez sua mente explodir e abrir seus sentidos para a arte em todos os seus aspectos. Além de tudo isso, temos o olhar de Adams sobre as efemeridades da vida e o comportamento humano e suas razões.
Já em O Universo vemos a atração incontrolável que o autor tinha pela tecnologia, e como ele passou de alguém que a usava como matéria prima para as suas piadas (devido as ineficiências eventuais dos avanços computacionais da época) para um consumidor voraz e especialista no assunto, chegando ao ponto de fazer algumas previsões como a internet wi-fi e o advento dos smartphones e seus aplicativos.
Temos também um texto longo onde ele discursa sobre a existência de Deus. Douglas era um ateu fervoroso, não desse tipo radical tão comum hoje em dia. É muito interessante ver como ele desenvolve o seu pensamento e como ele explana sobre a sua cosmovisão.
E finalmente temos E Tudo Mais. Nesse trecho derradeiro do livro temos o conto Perfeitamente Seguro, que é protagonizado por Zaphod Beeblebrox, e os dez capítulos de O Salmão da Dúvida, livro protagonizado pelo detetive Dirky Gently.
Douglas fala também sobre seus outros projetos, sua relação com O Guia e seu sucesso já consolidado, a experiência de escrever o livro Last Chance to See (que ele revela ser o seu predileto) que fala dos animais em extinção, e que foi escrito em parceria com o zoologista Mark Carwardine.
A edição da Editora Arqueiro seguiu o formato da usada em E Tem Outra Coisa... com alguns desenhos de elementos que são citados no livro, o título em alto relevo e orelhas que dão um charme especial para o todo. A revisão está melhor se comparada com a feita no livro de Eoin Colfer, mas os erros ainda são bem notáveis. Tirando isso, a diagramação e a qualidade do papel são ótimas, e o resultado final é muito bom.
Antes de finalizar essa resenha devo informar a você que está lendo que não citei nem sequer 10% de todo o material presente nas páginas de O Salmão da Dúvida. O livro é simplesmente divertido e hilário, no sentido mais concreto da palavra. A sensação que temos é que estamos em uma conversa particular com o próprio Douglas, e passamos a nos sentir mais íntimos dele quando o livro termina. Não recomendo a leitura em lugares públicos (como foi o meu caso) pois as risadas podem ser incontroláveis, e acredite, você pode passar vergonha.
Nunca pensei que poderia rir pela troca do segundo “A” na palavra MANUAL por um “E”. E isso é só uma das várias histórias narradas por Douglas em um livro que não é bem uma homenagem - a publicação pode até ser, mas o livro em si não é -, mas simplesmente Douglas Adams. Simples e puro. Em seu estilo inconfundível, nonsense e envolvente.
O único suplício é ter que fechar o livro e lembrar que ele não está mais entre nós aqui neste planeta praticamente inofensivo. Talvez morrer tenha sido a pior ideia que Douglas teve ao longo de sua carreira, e como seria os livros que ele ainda planejava escrever.
O Salmão da Dúvida é um eco póstumo da genialidade incomparável e singular de um autor que deixou mais que legado para os seus fãs, deixou um ensinamento precioso de que cada pessoa não deve passar pelo o mundo sem procurar entendê-lo, aproveitá-lo e melhorá-lo ao máximo, na medida do possível para cada um. Isso é algo que eu espero que persista por gerações.
O livro é espetacular, e indispensável para o acervo de qualquer fã do autor. Recomendo bastante a leitura.

“Até mais, e obrigado por tudo, Douglas!”


site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/07/resenha-o-salmao-da-duvida.html
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