lucas r. 20/08/2022
Comprei num brechó pq gostei da capa.
Olha, foi 100% um caso de "legal pra quem gosta". Não acontece nada, e o que você acha que vai acontecer também não acontece. Tipo, parece comida de hospital.
Acho que o tema do livro é tão específico que é difícil alguém sair de casa, aqui no Brasil, decidido a ir comprá-lo. E eu nem recomendo que compre! Essa edição da Record (não sei se tem outras traduzidas, mas sinto que não) tem uns erros tão ridículos no texto, que eu até corrigi alguns com lapiseira.
Sobre a história em si: sei lá, a autora passa uma prepotência e uma vibe de "escrevo muito bem" que ela não parece dar conta de esconder no narrador, mas tudo bem.
A ambientação é até reconfortante e o núcleo de personagens principais caricatas é até engraçadinho às vezes. Acho que aqui o problema do livro fica claro quando você passa da metade e vê que a promessa implícita de que aquilo vai dar em algum lugar, já caiu por terra e tá levantando poeira.
Os personagens parecem meio feitos em forminhas de bolo, de modo que você já sabe o que esperar de cada um, e não fogem disso. Cada mãe aqui parece cumprir o básico papel de fazer a Rachel parecer boa demais para tudo que está acontecendo ao seu redor (e ela não é). Juro, a protagonista foi tão desinteressante pra mim que eu só a via como uma ponte pra poder saber das personagens secundárias legais.
Enfim gente, tem tudo aqui gatas: uma protagonista que revira os olhos; o interesse romântico dela que TE faz revirar os olhos; uma antagonista que aparece uma vez na vida e outra na morte; um tema super pesado jogado DO NADA no meio da trama, sendo tratado com a profundidade de uma tampinha de garrafa e, por fim, as únicas coisas que me impediram de abandonar essa história: Georgie e Jo, duas personagens muito legais mas desperdiçadas aqui, no zumzumzum da colméia.