Ana Terra 19/10/2020Crítica sútil e bem escrita!Este livro ficou décadas fora de catálogo e esse ano voltou pela editora @pipocaenanquim para alegrar nós, fãs do gênero. Este livro é considerado por muitos críticos como um dos três mais importantes livros do gênero de terror, junto de O Bebê de Rosemary e O Exorcista. O escritor também trabalhou com como roteirista, diretor e produtor do filme homônimo de 1976. O livro fala sobre o surgimento do Anticristo no mundo de hoje, tomado por guerras, conflitos raciais, turbulências políticas, desigualdades sociais e pragas. Assim que foi publicado, tornou-se um bestseller e meses depois foi adaptado para filme, com direção de Richard Donner (o mesmo diretor de Os Goonies). Para mim, este livro é também umas grande crítica ao eurocentrismo cristão, que sempre plantou o "pânico satânico" nas pessoas. Pra quem nunca ouviu falar do termo, este se originou nos Estados Unidos na década de 1980, espalhando-se por todo o país e, finalmente, para muitas partes do mundo, depois diminuindo em sua maioria no final de 1990. O termo se refere ao pânico criado pelas igrejas e outras doutrinas religiosas acusando diversas pessoas de satanismo, gerando assim pânico na comunidade. Contudo, devemos lembrar que o satanismo não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com o demônio e sim, com a filosofia de adoração do próprio eu, ou seja: você amar a si mesmo (dentre outras coisas). Contudo, por conta da deturpação sofrida deste termo pelas religiões cristãs (olha o eurocentrismo de novo ai), hoje temos uma visão completamente diferente do que é de fato o termo.