Cath´s 05/08/2014
Resenha Nosferatu.
Já tive uma experiência anterior com uma obra do Joe Hill, e esta veio para confirmar: o autor é um Stephen King mais dark. Você pode me perguntar, mais dark que o King? A minha percepção sim, é mais tenso, mais sombrio.
Victoria numa crise histérica da sua mãe por ter perdido uma pulseira, sai de casa andando em sua bicicleta com o desejo de encontrá-la, até que ela chega ao Atalho, que já havia sido demolido, mas não é isso que Vic vê, ele o vê inteiro e ao entrar nele sai exatamente onde sua mãe perdeu a pulseira.
Então Vic começa a usar O Atalho sempre que precisa achar algo que se perdeu no decorrer dos anos, só que cada vez que ela usa tem uma consequência, como a dor no seu olho esquerdo, sempre é cobrado um preço por usar.
Apesar disso tudo estaria bem se ela não saísse um dia procurando encrenca com nome e sobrenome: Charlie Manx, que ela só sabia que sequestrava crianças e e fazia algo horrível com elas, que nunca mais eram vistas.
Por um bocado de sorte ela consegue sair viva desse encontro e mandar Charlie para a prisão, e essa é só a primeira parte do livro. Posteriormente, com Vic já adulta, Charlie consegue voltar a ativa.
Só que tem um porém, Charlie não é um simples sequestrador, ele tem "poderes" que nem a Vic e criou a Terra do Natal, que não pode ser acessada por ruas normais, logo quem não tem nenhum dom não chegaria ao local sem ajuda, e é nessa Terra do Natal que ficam as crianças.
Ilogicamente, quando Charlie volta a ativa ele vai atrás de Vic, e deseja se vingar dela. Desse ponto, vou parar de contar sobre o enredo do livro e passar ao que achei dele.
Não é uma leitura que eu indique para crianças, em alguns momentos eu mesma tive que parar e fechar os olhos para tirar aquela sensação de peso, e não me considero nenhuma "florzinha".
Vic começou me encantando quando criança e a medida que o tempo passou ela me irritou admito, tendo melhorado para o final do livro. Charlie é tão preso a sua loucura, pois ele acredita que está certo, que me deu agonia. Bing (não irei contar quem é, vão descobrir lendo) retrata fielmente como algumas pessoas devem procurar ajuda psicológica. Maggie me deu vontade de abraçar, assim como Wayne de proteger e Lou fez eu ir gostando dele gradativamente.
O nome do livro tem referencia a obra, Charlie tem um Rolls-Royce que a placa é NOS4A2, que forma a palavra Nosferatu = vampiro, e não, o livro não tem nada a ver com vampiros, mas é que Charlie suga de certa forma as crianças.
Joe conseguiu desmonstrar a essência de certos seres humanos, como mesmo tentando fazer algo bom acabando mais destruindo que construindo, ele criou personagens fortes.
Não é uma leitura leve, é pesada, é descritiva, e como disse anteriormente é intensa, se você não aprecia sangue, palavrões e gases (sim, gases, os personagens adoram "peidar") então eu não indico, mas se está procurando um livro tenso, eu super indico esse.
site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/08/resenha-nosferatu.html