Jm__reiss 06/05/2024
Um grande potencial com muito desperdício.
Joe hill, enrolei para ler meu primeiro livro dele por quase 2 anos, mas finalmente sentei e li e digo com a maior decepção que o gosto é agridoce.
A história do livro é boa, a trama é interessante e te prende, a protagonista é bem original e o vilão é bem construído, mas receio que os elogios acabem aí.
É possível citar problemas em quase todos os âmbitos:
Cadência? Com certeza, em algumas partes parece interminável e no final, que é o *final*, pareceu apressado. Talvez com menos páginas isso fosse resolvido.
Personagens? Com certeza novamente, alguns são ótimos mas outros são só chatos, além de que eles vão sendo acrescentados de maneira muito rápida e parecem desimportantes.
E o maior problema ao meu ver: o Joe Hill escolheu não usar o sobrenome King para não ser comparado ao pai, mas, para minha infeliz surpresa, o livro é um avalanche de referências ao universo do pai dele, que vão desde a Torre negra até o próprio Pennywise, alem de que muitas horas parecia friamente que o que eu estava lendo era um livro do king, com os defeitos de um livro do king (tamanho excessivo, descrições intermináveis e prolixidade) mas sem suas qualidades.
O livro tem elementos demais e parece tentar ser muito maior do que é, tudo tem um nome e uma razão e as vezes isso faz com a que a narrativa fique cansativa. Casa isso, casa aquilo, mascara de gás, igreja, bicicleta x, bicicleta y, moto, terra tal, estrada tal, estrada nao sei o que, muitos, muitos elementos desnecessários, ou, no mínimo, exagerados. Além de que alguns elementos soam muito como um livro do pai dele, o comportamento do Espectro (outro elemento) se assemelha tanto ao de christine que não tem como não comparar.
Enfim, não diria que foi ruim, mas foi longe de ser ótimo como eu esperaria de um autor tão recomendado, foi longo, cansativo e mediano.