Resenhas - O Sol Desvelado

André 11/06/2024

A Convergência dos Asimov's
Neste segundo volume das aventuras policiais de Elijah Baley e R. Daneel Olivaw, Asimov repete a bem-sucedida receita do antecessor "As Cavernas de Aço" de discussão sociológica de uma sociedade humana espacial esparsa dependente de robôs (aqui em lugar da sociedade terráquea concentrada independente de robôs), enigmas lógicos envolvendo as Três Leis da Robótica e um crime a ser investigado.
De maneira não muito diferente do clássico "Fundação", Asimov se inspira na História para construir o cenário contrafactual do romance, o planeta Solaria, em que a razão populacional entre robôs e humanos é extremamente elevada.
Devo dizer que foi a parte mais fascinante do romance para mim, e não comentarei mais para evitar estragar surpresas.
Comparado ao romance original, apenas se destaca negativamente uma presença reduzida de Daneel Olivaw, um dos melhores robôs/androides da ficção e de seu bromance com o austero e observador Baley, aspecto que parece retornar com mais força em "Robôs da Alvorada", cuja leitura eu fui convencido a realizar.

Bruno Marcolino 05/06/2024

O Sol Desvelado
Que farofinha deliciosa de sci-fi. Tinha esquecido o quanto o velho pode escrever bem uma história rápida, sem muita enrolação, para mero entretenimento. Que leitura boa, amei.

Regis 29/05/2024

Segundo livro da série dos robôs
Esse é o segundo livro da série dos robôs de Isaac Asimov; li o primeiro, "Cavernas de Aço", em 2022 e ainda assim não havia esquecido o enredo, os personagens e como o autor trabalhou o relacionamento entre Elijah Baley e R. Daneel Olivaw, desenvolvendo a confiança e a parceria entre eles tornando-os, de certa forma, amigos, apesar da aversão que Baley e todos os terráqueos têm pelos robôs.

Em O Sol Desvelado Asimov escanteia a relação dos dois personagens para manter o foco em Solaria e no comportamento insólito de seus habitantes. Eu, particularmente, senti falta de uma interação mais profunda entre Baley e Daneel, mas percebi que o afastamento foi necessário para que pudéssemos acompanhar o desenvolvimento emocional e mental de Baley ao estar em um planeta distante, do qual sabe pouco (ou quase nada) cercado pelos robôs que odeia e tendo que lidar também com os Siderais que o consideram um ser humano inferior e transmissor de doenças. Afinal, o autor retirou a narrativa da Terra para que nós pudéssemos conhecer melhor os Mundos Exteriores, o jogo político entre os planetas da Galáxia e entender melhor a posição que a Terra se encontra em meio a conspiração política Sideral.

A decisão de tirar Baley de sua zona de conforto e inseri-lo em um planeta que, inevitavelmente, causaria incômodo físico e mental para ele (devido a sua fobia de espaços abertos, já que está acostumado a viver nas cavernas de aço da Terra) também é uma forma de desenvolver melhor o detetive mostrando como ele agiria estando em meio ao preconceito que os Siderais têm pelos terráqueos ao mesmo tempo que lidava com seus próprios preconceitos contra o modo de vida nos Mundos Exteriores. Ele está em um mundo distinto com cultura completamente oposta a sua e terá que aprender rapidamente a entender a complexidade das diferenças culturais se quiser resolver o caso impossível e complicado para o qual foi designado.

Solaria é um planeta diferente dos outros que compõe a Galáxia e os Siderais que habitam sua superfície são completamente diferentes dos que foram apresentados em Cavernas de Aço. Solaria tem um padrão social, desenvolvimento genético, controle de natalidade e um número de cidadãos e robôs que difere do que é encontrado nos outros planetas e através da investigação do assassinato de Delmarre (um fetologista) acompanhamos Baley e Daneel desvendando o curioso modo de viver dos solarianos enquanto o autor nos mostra sua habilidade em criar um mundo totalmente novo e diferente de tudo que já vimos.

O início do livro é permeado por um ódio explícito de Baley pelos robôs, o qual ele verbaliza constantemente tornando um pouco incômodo para o leitor acompanhar. Ele está sempre destilando o seu preconceito contra os robôs de forma que torna a conexão entre ele e Daneel, nesse livro, um pouco fraca, embora a investigação seja totalmente maravilhosa e satisfatória.

Assim como no primeiro livro, Asimov leva o leitor a suspeitar de tudo e todos, permitindo que alcancemos a conclusão apenas no final da investigação de Baley, enquanto tudo que conseguimos ao longo da leitura é teorizar os motivos e conhecer os suspeitos, mas isso acontece de forma muito emocionante e satisfatória.

Ao final do livro vemos que Baley não retorna à Terra apenas com o caso resolvido, mas também retorna com uma percepção completamente nova do que sua experiência em ver o sol desvelado em Solaria lhe deu quanto ao que deverá ser feito para que a população da Terra sobreviva e saiam da posição de mundo condenado em que se encontra.

Agora é ler o próximo livro e ver o que nos aguarda em Aurora, o próximo Mundo Exterior que Baley irá visitar.

Erikson Ribeiro 14/05/2024

Asimov é rei do sci-fi
Os livros do Asimov são um absurdo de bom. Esse livro te prende tanto na trama que você não quer parar de ler. Além de trazer temas e discussões muito pertinentes até os dias atuais sobre a evolução das tecnologias e os comportamentos humanos.

Edson Camara 13/05/2024

O futuro da humanidade a prova devido a um assassinato misterioso.
“O Sol Desvelado” é , publicado em 19571. É o segundo livro da série “Robôs” e, assim como o livro anterior, “As Cavernas de Aço”, é um livro de "quem matou?"

Vemos novamente em ação, para quem leu Cavernas de Aço evidentemente, o detetive terráqueo Elijah Baley.
Ele é chamado para investigar um assassinato, a pedido do governo de Solaria. Um dos planetas da federação Sideral.
Novamente, ele tem como parceiro o robô humanoide R. Daneel Olivaw.

A história começa com o assassinato de Rikaine Delmarre, um proeminente fetologista (cientista embrionário) em Solaria, um planeta politicamente hostil à Terra.

O livro foca nas tradições e culturas incomuns da sociedade solariana: o planeta tem uma população de vinte mil pessoas, rigidamente controladas, e 200 milhões de robôs.
As pessoas são estritamente ensinadas, desde o berço, a desprezar qualquer contato pessoal, e vivem em propriedades enormes, sozinhas ou somente com suas esposas ou maridos. A comunicação é feita através de holografia tele presente (chamada de visualização, ao contrário de em pessoa vendo).

Por fim, é revelado que o vizinho e companheiro de robótica de Delmarre, Jothan Leebig, estava trabalhando em uma maneira de subverter a inabilidade dos robôs de matar humanos.

Baley consegue, como Hercule Poirot, destrinchar o mistério e quem foi o causador. Asimov deixa o gancho para uma continuação com algumas pontas soltas sobre o futuro da humanidade.

A história é um pouco complexa, como é normal em Asimov e não dá para falar mais para não dar spoiler.

O porquê do título, o sol desvelado, ou a descoberto, é explicado na última página e é um dos ganchos para a continuação.

Amanda 08/05/2024

O sol desvelado
Mais um caso para o detetive Baley, mas dessa vez o caso ocorre fora da Terra, em Solaria, um dos mundos Siderais populares por humanos. Mas como o crime pode ocorrer em um local onde as pessoas não se veem e que a maior população é de robôs que devem comprar com a Primeira Lei?

vazecho 28/04/2024

Resenha - O Sol Desvelado
"O Sol Desvelado" demonstra um salto muito grande em escopo e em qualidade em relação a "As Cavernas de Aço", que já foi um ótimo livro: O que tinha sido um romance policial com brecha para uma continuação no primeiro livro, aqui é uma abertura de universo, onde a trama nitidamente se orienta a acontecimentos muito maiores. Ansioso para ler o resto da série

_bexz__ 27/04/2024

Os motivos que tornam algo ou alguém poderoso, são os mesmos motivos que podem o levar ao seu terrível fim. 

De fato, o livro deixa a afirmação acima bastante clara e objetiva desde o início da história, mas se o leitor não tiver atenção suficiente ou não perceber a intenção sutil do autor em revelar a temática e a natureza do motivo da existência daquela exata Terra e do planeta Solaria, das personalidades e vidas de cada personagem; tudo pode passar despercebido e sem significado algum. Algo que acho pouco provável de acontecer, já que a leitura é fluida e a linguagem do livro é simples. Sendo assim, é fácil entender o objetivo e a "mensagem" que a história quer passar.

Para mim, não há necessidade de haver as outras duas continuações da série, creio que a história foi bem fechada e não deixou espaço para novos questionamentos tão pertinentes ao ponto de precisarem ser explorados.

A minha única ressalva é que os primeiros capítulos poderiam ter sido melhor explorados e assim não daria margem para uma quebra de ritmo que acontece na metade do livro. Por fim, foi uma experiência satisfatória e uma boa leitura para passar o tempo, vale a pena ler e tirar as suas próprias conclusões.

Hugo9527 21/04/2024

Excelente livro, muito fluída a escrita. A história também é empolgante contendo reviravoltas.

O enredo principal é muito bom e envolvente

calebsrodrigues 15/04/2024

Robôs, Robôs e robôs
Essa segunda obra da série dos Robôs é boa demais. Leitura rápida, envolvente e muito intrigante. Podemos notar um desenvolvimento do pensamento de Baley quanto aos mundos siderais e seu desejo por saber mais e mais sobre eles. Mais uma vez, Asimov se preocupa bastante em mostrar ao leitor o plano de fundo de suas histórias, com reflexões do nível "Quem somos e para onde vamos?"

Bcvc 06/04/2024

Sol desvelado
Gostei! Achei o livro melhor que o primeiro da série. Que sociedade bem bolada q o Asimov criou em Solaria ??

Gonçalves 03/04/2024

O livro é mt bom até chegar no inicio do final, quando parece q ele n sabe mt bem como terminar sua obra e acaba so fazendo com q o detetive descubra o misterio, como se uma lampada tivesse ascendido em cima de sua cabeça, mas genial como tudo acaba se encaixando super bem no final do misterio.

JR 31/03/2024

Como não gostar?
Uma boa continuação. O protagonista teve uma boa evolução com as experiências do primeiro livro. Me incomodaram as diversas síncopes, que mais pareciam uma facilitação, mas tudo bem. Na parte da ficção científica é bastante curioso o autor associar a vida digital (dos hologramas) com a falta de sensibilidade da sociedade. Hoje está claro que isso realmente existe nas bolhas de instas, tiktoks e afins.

Frederico.Andrade 26/03/2024

O segundo livro da trilogia "Robôs" de Isac Asimov me agradou tanto quanto o primeiro. Foi bem interessante acompanhar o investigador e parceiro robô em outro ambiente foi bem interessante.

Glauber Castro 24/03/2024

Não me empolguei muito no início da história, mas aos poucos fui ficando curioso. Infelizmente, o fim me deixou decepcionado, esperei por algo diferente.