O Pintassilgo

O Pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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Lusia.Nicolino 25/09/2021

O que um pássaro aprisionado pode nos ensinar?
Da lista de fotos de livros que mora no meu celular há anos, qual não foi minha alegria ao encontrá-lo reeditado no site da editora! Não tenho medo de recomendar a você uma viagem por mais de setecentas páginas, porque o caminho é surpreendente, há movimento, uma história linear, mas que deixa descobrir um passado que muitas vezes nem vale a pena ser resgatado. O título se refere a uma pintura de 1654 – não muito maior do que uma folha de papel padrão – do artista holandês Carel Fabritius (1622-54).
Theo Decker tem apenas treze anos quando vive o terror de perder a mãe em um acidente. Ignorado pelo pai, de quem já estavam separados, e desesperado para não ir para um abrigo, menciona um amigo de infância para a assistente social e a família, muito rica, aceita abrigá-lo.
O que vai enredar a situação de nosso personagem é a descoberta da amizade, o mundo da arte, das obras históricas, das peças de antiguidade, da áurea entre o luxo e o submundo. Uma narrativa que nos arrasta de página em página através de entre perdas e sobrevivência, amor e desamor, verdades e mentiras. O que um pássaro aprisionado pode nos ensinar?

Quote: "E se todas as suas ações e escolhas, boas ou más, não fizerem a menor diferença pra Deus? E se o padrão estiver predeterminado? Não, não – espera. Essa é uma pergunta que vale a pena considerar a fundo. E se nossa maldade e nossos erros forem justo aquilo que define nosso destino e nos leva pro bem? E se, pra alguns de nós, não houver nenhuma outra maneira de chegar lá?"

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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Akira 13/09/2021

O pintassilgo
Comprei o livro por que queria ver o filme. Confesso que no começo da leitura não estava acostumado com esse tipo de narrativa que a Donna tem, em descrever até os mínimos detalhes do ambiente e do sentimento do personagem. Oque achei um pouco cansativo. Mas ao decorrer da leitura, lá pela vigésima página você se encontra sendo o próprio personagem, a maneira que ela descreve os sentimentos e a mudança dos ambientes tornam a vivência e os impactos do personagens algo muito mais tocante. Nesse livro podemos presenciar um fenômeno muito comum, as relações que surgem ao acaso nos momentos mais inoportunos e inesperados. No caso, a "amizade" de Theo e Boris. Não sei se posso chamar de amizade, pois na minha visão foi algo muito mais profundo, e talvez nem tanto romanticamente. Mas aquelas "almas gêmeas" que você encontra ao longo da sua vida e simplesmente se conectam.
A forma com que o estresse pós traumático foi desenvolvida de forma sutíl deixou a trama muito mais envolvente. Como um acidente mudou totalmente a vida de um garotinho, que de mão em mão só caía na desgraça dos acontecimentos. Esse livro é uma obra prima para poucos!
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charlie54 11/09/2021

"A vida é catástrofe"
Acho que ler esse livro sem saber do que se tratava foi uma das melhores decisões que fiz. Isso me levou a ter uma experiência incrível. E realmente, esse livro é uma puta de uma experiência. Vi pessoas falando muitas coisas negativas e isso só me deixa confusa, porque pra mim, o livro foi perfeito de todas as formas que um livro pode ser perfeito para alguém. Eu amo muito, muito esse livro.

Assuntos pesados e difíceis são tratados aqui, com uma narrativa tão real que as vezes eu ficava me questionando se não era possível que talvez essa história fosse minimamente inspirada em alguém que realmente existiu. Foi tão bem escrito que eu tive a impressão dos personagens serem palpáveis, especialmente o Theo.

Ele teve um desenvolvimento espetacular, e o fato de ele ser o narrador, só deixa tudo o que acontece muito mais imersivo e intenso de se ler. A forma com que ele lida com as coisas, como ele negligencia sentimentos, como tudo afetou a forma dele se relacionar com outras pessoas, enfim. Eu poderia fazer uma redação só falando sobre as coisas interessantes que dá pra se notar pela narrativa do Theo.

Minhas duas coisas favoritas sobre esse livro são a escrita e a "família". A escrita porque, sinceramente, é maravilhosa e a forma com que tudo se conecta sem deixar pontas soltas foi muito bem feita. E a "família" porque, de certa forma, esse livro tem uma found family que o Theo arranja ao decorrer de sua vida. Os personagens e a relação deles com o Theo me trouxeram um conforto absurdo, e as vezes, por mais que as coisas tivessem terríveis e tudo estivesse parecendo dar errado, tinha um personagem que de alguma forma tentava estar ali pra ele e não o deixar sozinho. Isso me deu uma esperança estranha e reconfortante. Vou com certeza reler esse livro futuramente, e revisitar esses personagens que me trouxeram uma ternura confusa e inesperada.

O livro é muito bem escrito, mesmo. Tem tantos pequenos detalhes e coisinhas que percebi ao longo da leitura e no final, que me deixam MUITO fascinada com a história.

Enfim, eu amo esse livro. Foi uma experiência sensacional, e com certeza é um dos meus livros favoritos da vida.
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Clara 11/09/2021

É muito difícil avaliar esse livro, com certeza não vale as 5 estrelas mas também está longe de só ?bom?. É um livro com altos e baixos, os altos sendo em grande parte o começo e o período em Vegas. O final é extremamente confuso, apesar de alguns momentos brilhantes, grande parte é maçante e desnecessária. Na minha opinião, o livro poderia facilmente ter umas 200 páginas a menos.
Muito difícil pra mim construir uma opinião concreta sobre esse livro. Teve momentos que não conseguia parar de ler e outros em que parei e demorei dias pra ter vontade de voltar pra ele.
É um livro pesado. Eu passei a história inteira sentindo o que o Theo sentia, a angústia, a sensação de estar sempre com alguma coisa errada?
Tem que ter um pouco de paciência também, no final do livro parei pra lembrar o que tinha lido no começo e parece que li uns três livros em um. É bastante coisa pra processar.
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Jão.Silver 09/09/2021

O pintassilgo
"[...] embora os brocados fossem finos e o carpete fosse macio, ainda assim a luz do inverno tinha um tom frio de 1943, privação e austeridade, chá fraco sem açúcar, ir dormir de estômago vazio."

Para mim o livro havia começado de forma fantástica, gosto da forma como a autora escreve. Porém, um pouco antes da metade a história se perde totalmente, se torna extremamente maçante (e até um pouco confusa na minha visão), como vi dito em outras resenhas: no final eu só passava os olhos pelas páginas, só queria terminar logo.
O livro é exageradamente grande, com personagens e desenvolvimento mal trabalhados. O final também foi bem decepcionante, infelizmente vou desistir da autora, já que "A história secreta", livro antecessor, também não foi uma leitura satisfatória. Enfim, a falta que um editor faz para resumir essa história de forma coerente, o livro seria ótimo... Se tivesse 300 páginas.
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Luiz.Goulart 08/09/2021

Os infortúnios de Theo
O Pintassilgo é uma espécie de saga contemporânea, quase como se, em vez de acompanharmos durante anos os infortúnios do seu protagonista, o pré-adolescente Theo Decker, envolvido com uma pintura roubada de valor inestimável, alongássemos as desventuras do também impúbere Holden Caulfield da obra máxima de J.D.Salinger, O Apanhador no Campo de Centeio. Passamos apenas um fim de semana com o angustiado Holden pelas ruas de Nova Yorque, mas com Theo somos arrastados por anos numa espécie de limbo niilista.

Há diferenças cruciais entre os dois protagonistas. Se Holden virou ídolo de gerações de jovens pelo seu inconformismo e rebeldia, Theo é levado a um abatimento profundo quando vaga sem destino, arrastado pelas marés da fatalidade.

É pelas mãos da sua mãe (o destino) que é levado a um museu onde uma explosão terrorista lhe mata justamente a mãe nas primeiras páginas do livro. Dá para sentir o que virá a seguir nas palavras de Theo: “As coisas teriam sido melhores se ela estivesse viva. Mas minha mãe morreu quando eu era criança; e, embora tudo o que aconteceu comigo desde então seja exclusivamente culpa minha, quando a perdi também perdi de vista qualquer farol que poderia ter me conduzido a algum lugar mais feliz, a uma vida mais plena e agradável”.

E tudo que se segue a esse atentado é movido pelo roubo de uma obra valiosíssima do museu, exatamente o quadro que dá título ao romance. Todas as pessoas com quem Theo se envolve ao longo de vários anos são fugidias e escapam-lhe como água entre os dedos. Mortes sucessivas acontecem à sua volta, perdas físicas e emocionais, e ele permanece à margem, escapando dos vícios em álcool e jogo, destino do seu pai, mas envolvendo-se com todo tipo de drogas pesadíssimas, viciando-se em remédios, sempre à busca do oblívio e flertando com o irremediável.

O Pintassilgo é a única chama de vida que ele possui, um quadro pintado em 1654 e o único sobrevivente de toda a obra do genial Carel Fabritius, aluno de Rembrandt, destruída no atelier do artista num incêndio que matou o próprio pintor, assim como a explosão do museu levou embora a única pessoa viva que Theo realmente amava. Tudo lhe é tomado e a única coisa que ele pode dizer que realmente possui não é de fato dele, mas roubado. E ele não pode dividir essa informação ou a beleza da obra com pessoa alguma.

Em outro paralelo entre Theo e Holden, dois adolescentes perdidos nas impiedosas ruas de Manhattan, parece até que Theo ouviu o último conselho de Holden na última linha do romance de Salinger: "Nunca conte nada a ninguém. Se você o fizer, mal acaba de contar e começa a sentir saudade de todo mundo". Theo sabe que o seu segredo é algo inconfessável e que pode custar-lhe a liberdade.

O Pintassilgo é o que faz com que ele não sucumba por completo ao destino de muitos niilistas extremos. Nos momentos de maior desespero basta que Theo contemple o quadro por alguns minutos para que o pássaro, sobrevivente de séculos, de dois incêndios e de várias mortes, o faça desejar viver. Um pássaro pintado mas com uma dignidade extrema, indiferente ao fato de estar preso por uma argola no pé.

Mas o livro é difícil de transpor. Longe de ser monótono, é talvez excessivamente caudaloso, recheado de digressões e descrições. Algumas vezes páginas e mais páginas são gastas para descrever uma sala ou narrar as sensações de uma viagem narcótica.

A luz no fim do túnel que pode ser a salvação de Theo ou a locomotiva que vai destruí-lo de vez, aparece na figura do seu praticamente único amigo, o também adolescente Bóris. Se esse fosse um livro sobre o russo Bóris, seria um relato solar, repleto de aventuras, música, vodka, mulheres loucas, assassinos perigosos, prostituição, tráfico de drogas e muito sexo, mas como é um livro sobre Theo, temos uma atmosfera oposta. Tudo é sombra e amargura. Em alguns momentos chega-se a ficar de saco cheio de Theo que parece que atrai desgraças para onde vai. Percebemos que Theo é um chato de galocha na primeira das 728 páginas e vamos ter que aguentar sua chatice até o fim. Ainda bem que Bóris aparece para dar um pouco de cor a esse rapaz perdido, nem que seja levando-o para porres espetaculares.

Há quem ache que a obra não mereceu o Pulitzer. Não me decidi ainda, mas fico feliz que Theo tenha finalmente encontrado a solução para os seus problemas. O Pintassilgo vai me levar adiante, e é isso que a arte faz, e tem tudo a ver com a frase da autora no final da obra: “No meio do nosso morrer, enquanto saímos do orgânico e afundamos ignominiosamente de volta nele, é uma glória e um privilégio amar o que a Morte não toca. Pois se desastre e esquecimento seguiram essa pintura através do tempo, o amor também o fez”.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/5892072101137388090
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emy 15/08/2021

"Não podemos escapar de quem somos."
O Pintassilgo de Donna Tartt é um best-seller, e é uma das poucas vezes que consigo entender PORQUE algo realmente é tão grandioso assim. Foi uma ótima experiência, talvez porque não fui esperando nada mais do que me foi entregado, um drama coming-of-age que trata sobre luto, dramas familiares, amizades, e um toque de mistério. Grandes reflexões para levar para vida, sobre se nós somos as consequencias de nossas próprias ações, se nos tornamos aquilo que temos como referência, se nossas ações nos definem, se o mal é de todo mal e o bom é de todo bom. Eu adorei muito essa história, a escrita da Donna Tartt é EXPLÊNDIDA, me apaixonei demais, é tudo tão sensorial nas descrições... poucos autores consigo dizer que é a personificação do show don't tell e a Donna Tartt com certeza ta nesta lista. Eu me senti na pele do Theo sempre que pegava para ler o livro, as agonias, as atrações, o medo, a tristeza, o luto, a felicidade. O que as vezes fazia ser dificil de ler, e as vezes fazia eu engolir as páginas.

To fazendo um re-edit pq depois de uma semana só com essa história na minha cabeça, eu sinto que 4 é muito pouco. Os minimos defeitos, sei lá pra mim não são defeitos mais. Eu esqueço, com tudo grandioso que se tem nessa história.

O Theo criança/adolescente foram meus momentos favoritos, principalmente toda a parte de Vegas (e sim, chorei na página 328)

É MUITO difícil eu dar 5 pra calhamaços mas Donna Tartt merece. Sei que Donna Tartt com O Pintassilgo quis escrever da sua maneira, colocando tudo que julgava ser necessário ali, e como autora respeito e agradeço por isso.

Amei como a Donna Tarrt trabalha e constrói seus personagens para serem reais, com defeitos e mais defeitos, sem medo de talvez deixá-los "desagradáveis" e honestamente, talvez seja por isso que eu AMEI eles (mas claramente já perceberam minha preferencia né) mas todos são muito bem construídos, neutros, humanos sabe. Tudo.

Quero já ler mais dessa mulher, vem aí A História Secreta em novembro pra ver qualé. '.'

"A vida — independente do que mais que ela seja — é curta. O destino é cruel, mas talvez não aleatório. A Natureza (isto é, a Morte) sempre vence, mas isso não significa que temos que nos curvar e rastejar diante dela. Talvez, mesmo quando não nos sentimos tão contentes por estarmos aqui é nosso dever mergulhar ainda assim: abrir caminho e seguir em frente, bem no meio da fossa, mantendo ao mesmo tempo olhos e coração abertos."
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Ronan 10/08/2021

Talvez 2.5 estrelas

Esse livro começou muito bem, eu me envolvi muito com a história logo de cara, estava amando, mas em algum momento ele se perde, se torna maçante demais, com plots que aparecem do nada, com coisas que não fazem sentindo dentro da própria história, e o desfecho é uma decepção.
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Yana 06/08/2021

Uma leitura gostosa
Por mais longo que seja, o livro possui um ótimo ritmo e flui maravilhosamente. As passagens sobre arte são deslumbrantes e eu terminei convencida a fazer um curso de história da arte.
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Samuel.Reis 03/08/2021

Arte, vida e sofrimento
Antes de iniciar esta leitura, você deve saber que não estará lendo apenas um livro e sim uma vida. Donna consegue representar o mais íntimo do ser humano em suas páginas, trazendo a tona o apse da solidão e o preço que se paga por viver em uma sociedade tão conturbada.
Eu, como estudante e profissional no campo das artes (especificamente pintura) não pude deixar de notar a profundidade com que ela trata a interpretação do quadro, dando significado não só pelo assunto e por quem foi criado, mas também pelo sentimento e pela relação direta com o personagem.
O pintassilgo é uma leitura apaixonante, capaz de te fazer sentir o que os personagens sentem, vivê-los.
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mriaotvia 30/07/2021

"(...) quando eu olhava para a pintura sentia a mesma convergência para um único ponto: um instante bruxuleante iluminado pelo sol que existia agora e para sempre. Às vezes eu prestava atenção na corrente no tornozelo do pintassilgo, ou pensava em como aquela era uma vida cruel para uma criaturinha viva - esvoaçando brevemente, sempre forçado a pousar no mesmo lugar desesperador."
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Valéria Cristina 29/07/2021

Excepcional
A história em si é ótima, mas o seu desenvolvimento é excepcional. Personagens complexos, enredo desenvolvido de uma forma inusitada e o amor à arte, beleza e atemporalidade permeando tudo.
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Adda 28/07/2021

Surpreendente :)
Uma das melhores leituras da minha vida INTEIRA. Não tem uma cena imperfeita, tudo é simplesmente lindo, a escrita é muito boa. Cinco estrelas, seis estrelas, DEZ estrelas pra esse livro.
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Leticia.Albuquerque 23/07/2021

O Pintassilgo me fez flutuar muito! Senti raiva, quis chorar, dei risada, quis um amigo como o Boris, fiquei com ódio. Se isso não é uma montanha russa de sentimento, eu já não sei mais o que é. É interessante acompanhar a vida do Theo, das perdas aos estranhos encontros, e observar até os pequenos acontecimentos que se desdobram na sua vida para entender porque ele se torna o Theo adulto.

É um livro sofrido, mas surpreendente. E a escrita da Donna Tartt ajuda muito nisso. Apesar da autora ser *extremamente* descritiva, em algumas partes eu não me importava e entendia a necessidade de ter uma visão completa. Mas, no meio do livro, eu estava um pouco desmotivada. A "conspiração no submundo da arte" era o que tinha me deixado intrigada pra ler, só que essa parte da história demora pra acontecer. Mas quando acontece é incrível e me fez entender porque Donna Tartt constrói com cuidado todo o terreno antes de jogar Theo e a gente no olho do furacão.

Esse não é um daqueles livros sobre a vitória, sabe? Sobre "felizes pra sempre". Mesmo! Theo é um estragado pela vida, rs. Mas o final vale muito a pena.
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carolina 22/07/2021

DONNA TARTT LARGA ESSA FACA cara meu deus como que eu começo a explicar ISSO, tinha tudo pra dar merda muita droga muito trauma muita perda e principalmente CRIME. é inacreditável a escrita dessa mulher e como ela te passa as coisas, uma verdadeira aula sobre arte e em como isso pode mudar a vida das pessoas em uma visão que te mostra os dois lados, é espetacular, quero muito saber qual foi toda a preparação da autora pra escrever esse livro por quê a querida com certeza não tava brincando.
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