O Pintassilgo

O Pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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Patrícia 14/01/2022

Psicologia e Arte
A leitura é envolvente, são 719 páginas que me fizeram ficar imersa na atmosfera densa da vida de um menino que vai se tornando jovem e carrega um estresse pós traumático e um grande segredo envolvendo esse trauma.
Como a peça chave do livro é o quadro O Pintassilgo, do pintor holandês Fabritius, existem muitas referências à arte, especialmente das pinturas da Era de Ouro Holandesa, como as de Rembrandt e Vermeer.
O personagem principal, assim como os demais personagens da trama, são densamente carregados psicologicamente, promovendo reflexões sobre a existência.
Adorei o livro!
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Sílvia 14/01/2022

Interessante
O livro começa de forma interessante, e ver o desenrolar da história nos prende, tem situações inesperadas o que o torna interessante, porém por sua quantidade de pag e descrições minuciosas por vzs a leitura ficou cansativa.
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gabriela 12/12/2021

melhor calhamaço desse ano
A história intrínseca sobre a arte através dos séculos intriga de forma espontânea o motivo da vida e a rasão de viver de maneira fluída e sem precedentes. Não coloquei muita espectativa no começo mas ao longo da narrativa me senti extremamente ligada ao protagonista de forma sem igual. O final foi de extrema reflexão e com certeza vou levar essa leitura pra vida!
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Lices 17/11/2021

Um ligeiro encanto que se tornou desinteresse
O Pintassilgo é um romance da ganhadora do prêmio Pulitzer de ficção de 2014, Donna Tartt. A história conta sobre Theo Decker que aos treze anos, junto de sua mãe, foi vítima de um atentado no Museu Metropolitano da Arte. Esse acontecimento muda o rumo de sua vida, o levando a enfrentar, e reviver, diversos momentos de sofrimento. E entre todos esses pequenos problemas, Theo se apega a uma pequena lembrança do dia que mudou sua vida, a pintura de um pintassilgo acorrentado em seu poleiro.

Theodore narra sua própria desgraça, nos mostrando que sua vida se divide em duas eras, antes do atentado, e depois do atentado. É interessante ver como um adulto recorda de lembranças traumáticas da infância, e o jeito que as narra e as descreve, e muitas vezes devemos começar a nos questionar se tudo realmente foi como nos foi transmitido, já que assistimos tudo pelos olhos do próprio Theo. O protagonista se apega a tantas lembranças de sua vida antes do atentado, e as coloca em tais pedestais que acabam no fim, parecendo um adulto que quer fielmente acreditar em sua visão infantil de certas coisas. Theodore é, no início, um personagem completamente interessante de se acompanhar, essa dualidade da mente adulta e da mente criança criam um ambiente curioso e seduzente para o leitor, nos deixando curiosos sobre os próximos passos do menino.

O Pintassilgo é um livro longo, bem longo! E o que acontece com ele é bem simples; a história se torna chata, monótona. Aquele brilho cativante vai se apagando, e se torna apenas algo fosco e repetitivo, não apetece mais. O personagem principal, antes intrigante e melancolicamente interessante, transforma-se em um grandessíssimo chato! Theo, um garoto desesperançado e perdido, cresce e se torna apenas... Um homem completamente imaturo e chato. Há uma passagem que me irritou profundamente, Theo diz: "Meus anos em Vegas tinham me deixado incapacitado para qualquer forma de trabalho duro". Theodore me enfurece, pois no final, ele se tornou apenas um homem vitimista, que transforma a morte de sua mãe, seus anos em Vegas, a vida com Xandra, a amizade com Boris, a morte de seu pai e de Andy, em desculpas, desculpas para todas suas ações inconsequentes, e não me refiro aos erros de sua adolescência, mas aos da vida adulta! Consigo entender o que a autora quis trabalhar, o problema é que a história não consegue acompanhar a qualidade da escrita, logo ela não é suficiente para trazer aquele encanto das outras páginas de volta.

Theo diz em um determinado momento que seu pai possuía uma queda pelo masoquismo e pelo gesto teatral, e não me surpreendi ao reparar que isso é uma ponte para mostrar a semelhança que Theo tem com o pai que tanto odeia, nenhuma surpresa, nenhum "uau".
Onde a história realmente esfria é quando voltamos para Nova Iorque, aborrece tanto! A obsessão de Theo para fazer com que tudo pareça morto e apenas uma jovem ruiva seja a vida naquele cenário pragmático e teatral, me causou um tédio induzido. Theo costuma colocar sempre outros como o centro de sua felicidade delirante, tendo uma servidão tão irreal por estes que chega a se tornar novamente uma obsessividade tão recorrente que lhe dá vontade de pular as próximas trinta páginas. Existe alguns pontos que também podem lhe deixar com um pé atrás, como por exemplos, garotos de treze anos discorrendo tão bem sobre assuntos "filosóficos" que poderiam ser confundidos facilmente com velhotes. E o russo ser aquele personagem clichê que desdenha do capitalismo e da vida urbana falsificada dos americanos, criando criticas muito bem construídas, mas ainda assim, incompatíveis.

A escrita, como já disse, é muito boa, e foi apenas por ela que terminei o livro. Mas infelizmente, a história não consegue a acompanhar, o final é chato, as partes que deveriam ser cheias de ação e entusiasmo são as que se tem mais vontade de pular. O Pintassilgo é uma daquelas obras em que começam bem e terminam sendo jogadas pela janela.
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Edna 13/11/2021

Arrebatador
Um livro sobre o que fazemos, escolhemos com o que nos é dado, com o que a vida te oferece, entre o bem e o mal e o percurso entre eles.
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ana 07/11/2021

cara que livro bom, muita gente fala que ele é enrolado, mas eu achei perfeito, eu me envolvi tanto com a história do theo, que no final eu chorei so pelo livro ter acabado. o livro tem umas reviravoltas muito legais, sim passei raiva com o boris hahah. com certeza um dos meus livros preferidos, vale muuito a pena pelas 700 paginas kkkkkkkk
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vinie 18/10/2021

tinha escrito tudo que sentia com o livro, tudo. um textao
esbarrei o mouse sem querer acabou-se o que era doce
apenas digo: amei o livro, de verdade.
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Dayse.Carla 03/10/2021

Demorei muito para terminar esse livro, provavelmente pelo drama da história é alguns assuntos abordados, além de não ser da minha zona de conforto. Porém, foi muito bem escrito e tem um enredo bastante interessante.
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gabriel 02/10/2021

Perplexo

O livro é bom, mas pune muito o leitor. Ele é provavelmente o livro mais arrastado que eu já li na minha vida. Mesmo assim, ele dá uma decolada no final e o último capítulo é uma das melhores coisas que eu já li recentemente. Poucas vezes me senti tão dividido em relação a um livro.

A leitura em si não é agradável uns 90% do tempo, ocasionalmente algumas das frases funcionam maravilhosamente bem, mas você precisa vencer montanhas e montanhas de parágrafos que não dizem nada com nada e só ficam se repetindo. A história tem um ar de incoerência, que ora é mais sutil, ora é mais claro, e ela joga com isso de maneira muito habilidosa. É um livro que mexe com as expectativas, o que é positivo. O problema é que é um parto pra ler.

No geral, posso dizer que estou satisfeito, e fico contente de ter vencido as partes mais trabalhosas, ou simplesmente chatas e mal escritas. Donna é malandrinha; sinto que fui enganado por ela. A parte final do livro mostra que ela tem domínio narrativo e literário, muito obrigado. Por que, então, quase todo o livro é escrito literalmente de qualquer jeito? Quis criar um efeito? Contratou um "ghost writer" ao contrário (só pra escrever as partes pra encher linguiça)? Ou simplesmente ela teve que apressar a coisa a partir de um deadline apressado e cobrança da sua editora? Num mundo ideal, acredito que seja o primeiro caso. Mas é muito mais provável que seja o último.

O livro fala de um garoto que perdeu a mãe numa explosão no museu (Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque) e a história gira em torno disso, da perda da sua mãe e todas as consequências. Gira também em torno de um quadro - O Pintassilgo - de um pintor holandês do século XVII. Só que é meio que isso, fica girando, girando e girando em torno disso... e não sai do lugar. O que não é totalmente negativo, há uma ambiguidade e um ambiente de loucura e estagnação. Mas o preço a se pagar por isso é um livro muito chato e muito difícil de ler.

O romance dele com a menina (sem mais detalhes para evitar spoilers) não convence quase nunca. Na verdade minto, quase pelo final ele começa a convencer, mas me venceu mais pelo cansaço, tamanha a insistência nesta garota que ele só viu uma ou duas vezes na vida. No final, até eu tava quase me apaixonando pela tal garota, o que causou um efeito interessante. Mas no geral, são partes que apenas arrastam, não convencem, e completam o ar de incoerência do livro (o que é parcialmente justificado por detalhes que não cabem aqui revelar).

O livro toca um tema muito interessante, que é o trauma, e como a vida fica paralisada a partir deste trauma. Theodor (o protagonista) é um eterno garoto de 13 anos, mesmo depois de mais velho. Ele nunca parece evoluir, e sua relação com as drogas parece expressar muito bem isso. Ele é um eterno garoto drogado revivendo sua vida em Las Vegas, com o amigo recém-conhecido (Boris), um esquisitinho que aparece e reaparece do nada, um sujeito excêntrico que já viveu muitas vidas e fala muitas línguas.

O ponto forte do livro (mas que varia em alguns momentos, como aliás tudo nele) é a localização, achei que Nova Iorque ficou muito bem localizada e descrita em diversos momentos. O contraste entre o simpático e pitoresco Village, e as regiões mais ao norte de Manhattan (mais "engomadinhas", digamos assim) é bem interessante. São vários endereços fornecidos, o que hoje em dia pode gerar a curiosidade de você dar aquela fuçada no Street View, o que pode ser bem legal.

O livro também ganhou alguns pontos pra mim quando ele muda pra Las Vegas. Achei a escolha dessa cidade muito feliz: em vez de ele mudar para o cafundó dos judas, alguma cidade americana que ninguém nunca ouviu falar, ela apela para o imaginário popular. Dificilmente o leitor não sabe o que é Las Vegas. O contraste com o cinza/outonal de Nova Iorque é bem interessante e cria ótimos momentos. Momentos esses que vão meio pelo ralo, quando ele simplesmente volta pra Nova Iorque do nada, zerando o jogo, mas tudo bem.

Um livro difícil, arrastado, que trabalha muito com a imagem de "antiquário", e o livro é bem isso mesmo, um monte de tranqueira atrapalhando a leitura. O que, na verdade, cria a ideia interessante de o tema se adequando à forma, mas que na real só deixa a leitura muito desprazerosa. Eu acho que seria um livro muito melhor se ela limpasse esses momentos, fizesse um texto menor e mais focado; de todo o modo, há um efeito interessante quando isso fica em contraste com o ótimo capítulo final, proporcionando uma sensação de alívio, ou até de libertação.

Outro trunfo do livro são os momentos em que eles falam de marcenaria, móveis antigos e reparos, apesar de isso também arrastar bastante a leitura em vários momentos, gera boas passagens e a sensação de prazer e fascínio por estes móveis é palpável. Lembrou um pouco algumas cenas da série "Breaking Bad", em que um dos protagonistas, quando está preso, sonha com trabalhos de marcenaria. Então eu acho que há uma associação disso com uma certa "pureza" que é bem interessante.

A autora insiste muito em algumas coisas e quer te convencer na marra, não há uma construção muito sutil de alguns pontos. Ela força a mão e faz você aceitar certas teses do livro apenas "porque sim", ela é autora, portanto ela é o "Deus" do livro, ela quis assim e pronto. Isso deixa o livro também bem desagradável. (Por exemplo, dentre outros: o romance dele com a menina). Fora que o livro se torna deprimente quando ele fica, sem perspectiva de fim, chorando a morte da mãe. Torna o livro indelicado, pois em vez de simpatizarmos com ele, o odiamos pela simples chatice de ficar lamentando isso o tempo todo.

A Donna tem a detestável mania de interromper os diálogos para mencionar um gesto que o personagem faz durante o diálogo. Exemplo: blablablá - cocei o meu rosto com as costas da mão, como fazia o pai de Fulano em 1715 - e blablabá blablablá. Ela faz isso o tempo todo e quebra muito o texto. Os diálogos, aliás, são no geral muito mal escritos, e achei isso um dos pontos fracos do livro. É um livro com boas (e ocasionais) passagens, mas com péssimos diálogos. Longos, chatos, sem dinâmica, forçados... ruins realmente.

E é um livro com ótimo final, realmente achei que valeu a pena atravessar o "oceano" de texto (muito atravancado, pesado em descrições e bastante enfadonho) para poder chegar até lá. Poderia ser mais levinho, porém é um livro com muita personalidade. A história em si (em termos de enredo) é bem magrinha e pouco interessante, e o livro não te puxa em nenhum momento, ele não tem ritmo, não tem equilíbrio. É só uma pasta sem forma e rasa, de descrições atrás de descrições, uma em cima da outra, apostando muito alto que o leitor se interesse por isso.

E eu não vou nem ficar falando das incongruências, achei que elas fizeram algum sentido dentro da proposta do livro, mesmo assim elas geram um incômodo, pelo desprezo quase que total pela verossimilhança. Alguns breves exemplos: ele leva um cachorro numa sacola de Las Vegas a Nova Iorque (viajando de ônibus), o cachorro magicamente fica quietinho; ou então um personagem reaparece do nada em plena Nova Iorque, e magicamente eles se encontram na rua, numa das maiores cidades do mundo. Eu nem mesmo encontro o meu vizinho de condomínio, que dirá andando assim na rua do nada.

Mesmo assim é uma leitura recomendada, tem um bom final (e realmente, eu achei ele muito bem escrito, destoando do resto do livro), a característica arrastada e ambígua dele talvez seja proposital, o que deixa o leitor com a "pulga atrás da orelha", sentindo-se enganado pela autora. É um livro, então, que me deixou muito dividido enquanto leitor, tornando a experiência pra mim um tanto confusa e intrigante.
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Lu F. 02/10/2021

"Uma pintura realmente grande é fluída o bastante para chegar até a mente e o coração por todo tipo de ângulo diferente, de maneiras que são únicas e muito particulares. Sua, sua. Fui pintada para você."

Acho simplesmente fascinante a forma como a Donna Tartt consegue nos teletransportar para o mundo que ela criou. Sério. Lendo esse livro eu não era mais eu, Luiza, eu era o Theo, com meus delírios niilistas e confusões mentais. Além disso, eu gosto muito da construção dos personagens da Donna Tartt. Assim como em ?A História Secreta?, os personagens de O Pintassilgo são complexos. Nós sentimos pena deles, por suas desventuras de vida e tragédias, sem necessariamente gostar deles.

Por fim, acho que esse livro mostra a importância da arte na vida das pessoas. O quanto uma obra de arte pode se conectar intimamente com o seu interlocutor, completamente fascinante. E o final desse livro é tão lindo, tão reflexivo e tão intimista, vou passar dias pensando nisso. Que jornada.
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snowravencycle 27/09/2021

Um livro com alma e personalidade
Este era um livro que desde que eu soube da existência dele olhei com olhos esperançosos de uma criança que queria mergulhar em uma história que sabia tão pouco. E conforme eu cresci e me reaproximei da leitura, um dia novamente me deparei com aquele livro na estante. E realmente confesso que fiquei com medo dele, afinal calhamaços realmente me assustam.
Entretanto quando finalmente coloquei meus olhos sob aquilo tudo eu me apaixonei. Mergulhei de uma forma e senti a devoção profunda que Theo sentia pela mãe em uma intensidade avassaladora. Chorei com sua morte e vivenciei o luto dele com um medo nauseante.
É um livro que passa por todas as etapas da vida dele desde a tragédia. E de certa forma muitas vezes eu odiava o Theo. Os diálogos que tinha e as besteiras que fazia. Mas acho que algo sobre Donna Tartt se aprofundar tanto nessa vida dele da a nós a ideia de que estamos lendo a história de alguém próximo. Ouvindo falar sobre como se destrói sem poder minimamente ajudar de uma forma real.
Creio que do meio pro fim algumas coisas me irritaram. Algumas expressões e coisas que achei desnecessárias e de cunho preconceituoso.
E por fim, a relação da arte me deixou completamente imerso naquilo, apaixonado pelo o pintassilgo, e imaginando e sonhando com ele como se eu pudesse o ter na palma das minhas mãos.
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