prblyafuturemilf 14/03/2022
"Um eu que não se quer. Um coração que não pode evitar."
Antes de começar, queria deixar claro que estou extremamente agoniada com o que vai ser essa resenha, porque eu tenho certeza que não importa quantas horas eu me dedique escrevendo-a, nada que eu possa colocar em palavras aqui vai chegar perto do que eu senti lendo esse livro, mas sinto que preciso tentar e ser o mais fiel e precisa possível porque eu desejo que ele não seja uma obra isolada (como eu acredito que seja), quero que alcance mais pessoas.
Alerta: não encontrei classificação indicativa, mas acredito que seja +18.
A narrativa parte do protagonista, Theodore Decker com problemas na escola, e em meio a correria, ele acaba indo a um museu com sua mãe. No entanto, um ataque terrorista acomete o local; e em meio a poeira, resquícios de vidro, restos da construção, e uma confusão mental, Theo acaba levando consigo uma pintura, "O Pintassilgo". E desde então, com a declaração de que sua mãe foi morta no ataque, a vida dele vira do avesso. Theo não tem para onde ir, e odeia ficar nas mãos do Estado. É onde a história começa, mas não vou me estender.
Com uma escrita filosófica, sensível e extremamente humana, Donna Tartt consegue desenvolver personagens incríveis, profundos, apaixonados, obcecados, afetados, machucados e extremamente reais (isso é basicamente tudo que eu procuro num livro). Claro, contados a partir da perspectiva de Theo.
Uma história sobre arte, sobre tempo, família, amizade, dificuldades, psicologia, amadurecimento, desejos, obsessões, abandono, medos, e morte. Sem dúvidas, um dos melhores da minha vida!