O Pintassilgo

O Pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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j.myaki 29/07/2023

O amor pela beleza acima da realidade
Amar mais a arte do que a vida em si. Deixar-se enganar, deixar a beleza ilusória (ou não?) te guiar, mesmo que seja para direções erradas. Não existe bem e mal na arte, apenas a capacidade de fazer sentir. A visão aqui presente - a qual permeia a obra - lembra O Retrato de Dorian Gray, assim como os personagens e o formato de enredo remetem a Grandes Esperanças ou David Copperfield, obras que permaneceram conosco através dos séculos. Porém, com Donna Tartt, a aparente similaridade na verdade é uma homenagem: novamente, os clássicos são mobilizados para corroborar a mensagem da história. Como alguém que gosta de coisas antigas - livros, pinturas, roupas, móveis - esse livro foi feito para mim. Eu geralmente hesito em falar isso - obviamente não foi escrito para mim -, mas esse tipo de identificação, potencializada pelo tempo e pelas pessoas que o sentem, como colocado pelo narrador, é o que torna a arte sublime.

O Pintassilgo, assim, é uma ode, desde sua forma até seu conteúdo, às coisas belas que somos capazes de produzir e que, diferente de nós, são imortais. É uma obra bonita sobre o destino e a crueldade da vida, a arte e o amor; as relações que construímos; nossa capacidade autodestrutiva, mas também criativa. Os personagens muito bem escritos e a trama, bem amarrada. Com esses elementos, o livro produz o efeito que busca de forma tocante, envolvente, de modo que as 720 páginas parecem pouco. Creio eu, vai ser uma dessas obras que perduraram por anos a fio, como os clássicos referenciados.
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Camia Avelar 27/07/2023

Esperava mais
Gente o livro começa muito bom, a gente fica super empolgada para saber o que vai acontecer o protagonista, depois de certo desenvolvimento do livro, eu meio que já nem sabia se torcia para ele ou não. O livro não é nem um pouco ruim, com o decorrer mais para o final do livro eu consegui assimilar porque o pessoal gosta tanto dele e por sua premiação. Em alguns momentos tive o mesmo sentimento que tive ao ler crime e castigo.
Tem umas partes que fica muito fora da realidade que meio que o livro meio que determina anteriormente, nos tirando da nossa própria linha de crença que já tinha sido estabelecida, então no final meio que dá uma viajada, mas é bom.
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joolivis 22/07/2023

Como imagino se folklore e evermore tivessem um filho-livro
ótima escrita!
ótimo livro!
ótimos pensamentos!
recomendo!
muito bom!
top d+.
não tem um super plot, sendo uma leitura mais arrastada e calma, mas é muito envolvente e você consegue sentir muitas coisas pelos personagens.
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thexanny 22/07/2023

O pintassilgo
Percebi que gosto de romances de formação, mesmo quando o personagem não tem nenhum ou quase nenhum desenvolvimento positivo. O pintassilgo não foi pra mim uma leitura arrastada, na verdade a historia fluiu muito bem. As coisas começaram a dar um desandada na fase adulta do Theo, quando ele volta pra Nova York e está noivo. A verdade é que eu esperava uma responsabilidade que não veio, a maioria de suas escolhas são horríveis, mas de alguma forma ele sempre conseguia se safar e, talvez, esse foi o problema. Claro, apesar de ser uma das minhas partes favoritas do livro, ir morar em Las Vegas com o pai foi a pior coisa que poderia ter acontecido com Theo. Todo o seu futuro, de alguma forma, foi acabando naquelas paginas. E quando ele volta a morar com Hobie, que o acolheu com tanta ternura, não consegue não fazer escolhas burras. Não vemos um amadurecimento do personagem, mesmo mudando muito de vida ele continua o mesmo e todas as lições que lhe foram ensinadas, em algum momento parecem não valer de nada.

Como eu disse, gosto de romances de formação e eu gostei desse. O meu único problema é o personagem ter acabado em um niilismo que, como ele disse, não queria sair. Eu não esperava um final feliz onde tudo se resolvesse, mas esperava que as coisas que dessem certo partissem dele. No fim, a pintura foi entregue, mas não por ele. Me pergunto se ele realmente teria tido coragem de entrega-la.
Não entendo nada de arte, pinturas pra mim é um mundo a parte, ainda assim o leitor consegue sentir como essas coisas podem mudar a vida das pessoas. Com certeza a pintura mudou e moldou a vida de Theo, só não fica claro se foi para melhor.
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anislibrary 16/07/2023

Só tenho uma coisa a dizer que é: por favor, deem uma chance para livros longos! nem todo livro grande significa automaticamente que é arrastado, aprendam a apreciar histórias e personagens bem construídos! isso só é feito com maestria com no mínimo 300 páginas, ao meu ver. é tão gratificante poder se entregar completamente ao cenário de um escritor e ir ao profundo dos personagens, os detalhes fazem parte da experiência. livros como o pintassilgo expandem o nosso vocabulário e fazem a gente esquecer da realidade. eu sempre serei grata por poder ter acesso à escrita da donna tartt.
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julia 14/07/2023

É arrastado... mas não tira seu valor
"Que a vida — independente do
que mais ela seja — é curta. Que o destino é cruel, mas talvez não aleatório. Que a
Natureza (isto é, a Morte) sempre vence, mas que isso não significa que temos que nos
curvar e rastejar diante dela. Que talvez mesmo quando não nos sentimos tão contentes por
estarmos aqui é nosso dever mergulhar nisso ainda assim: abrir caminho e seguir em frente,
bem pelo meio da fossa, mantendo ao mesmo tempo olhos e coração abertos. E, no meio do nosso morrer, enquanto saímos do orgânico e afundamos ignominiosamente de volta
nele, é uma glória e um privilégio amar o que a Morte não toca. Pois, se desastre e
esquecimento seguiram essa pintura através do tempo, o amor também o fez. Na medida
em que ela é imortal (e ela é), eu exerço um papel pequeno, brilhante e imutável nessa imortalidade. Ela existe; e continua existindo. E eu acrescento meu próprio amor à história
das pessoas que amaram coisas belas, e cuidaram delas, e as tiraram do fogo e as
procuraram quando estavam perdidas, e tentaram preservá-las e salvá-las enquanto as passavam literalmente de mão em mão, cantando de forma brilhante pelos destroços do
tempo para a próxima geração de amantes, e a próxima."
Patty 11/08/2023minha estante
Perfeita essa parte.




Carolina335 13/07/2023

Então
Muito difícil falar sobre esse livro, ele é descritivo de mais e isso me incomodou em alguns momentos só que a autora escreve tão bem que eu acabei gostando disso, ler isso daqui da a sensação de estar ali no meio das páginas, e nossa como a autora escreve bem sobre as situações, me senti mal várias e várias vezes pelo theo, tinha vontade de largar o livro pra agonia passar. o começo é bastante lento mas depois que você pega o ritmo do livro e entende que ele é todo assim (mas de um jeito bom) a leitura flui ainda mais. eu gostei muito de como os personagens são complexos, eu amei e odiei o boris durante o livro todo e mesmo agora que terminei não sei o que pensar sobre ele. gostei de mais das reflexões que o livro trouxe, tem uma escrita tão mas tão bonita.
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Lissa 30/06/2023

É melhor nunca ter nascido do que nascer nesta fossa.
Pode ser que eu esteja delirando em dizer isso. Mas da metade do livro pra frente (quando eu finalmente consegui começar a entender sobre o que se tratava a história e qual era seu caminho) a narrativa me lembrou muito a de Crime e Castigo.
Claro que os dois possuem diferenças gigantescas, literatura classica russa, a outra americana, moderna, mais dark history...
Mas meu ponto, é que as duas giram em torno de como uma unica coisa (um assassinato, um roubo) podem mudar não só toda a perspectiva da vida de uma pessoa, mas guia-la dali pra frente por mais que você tente se afastar dessa realidade.
Em Crime e Castigo temos uma coisa mais caótica, conectado aos russos. Uma narrativa de época e frenética (e que honestamente, não faz muito sentido pra mim) que não ma agradou muito.
Mas a Donna Tartt faz isso de forma fluída. Simples, leve e mesmo assim tão... Estranhamente sufocante. Um personagem acompanhado por um único fato por todos esses anos, que apesar de não gerar uma influencia direta na sua vida, molda a maior parte de suas escolhas, mente e como ele mesmo admite depois, personalidade.
Apesar de tudo a história de Theo te deixa uma reflexão muito antes dele revelar ela de forma clara ao fim do livro, em um pequeno monólogo narrativo.
Essa história triste (meio louca no seu fim, mas tudo bem) nostálgica e niilista que acompanha esse personagem que inicialmente nem mesmo sabe porque desce essa ladera de forma tão rapida, mas no futuro abraça sua personalidade depressiva de uma forma muito obvia.
Apesar de ter uma narrativa incrível e detalhada, é um livro bem mais reflexivo. E o fato do personagem conversar com o leitor, não de forma terceirizada, mas como uma sala de terapia, é o pingo no i que restava.
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Venus 25/06/2023

A arte tem vida
Oq dizer de o Pintassilgo? É um livro que te destrói e molda de novo. Desde o início cada pensamento do Théo é real, é humano. Os personagens respiram dentro das páginas, você sente eles lá, falando, vivendo e vc está lá com eles. O sentimento de ler esse livro é único, é mágico, algo que só lendo vc sabe. O livro é arte, a pintura se torna tão humana quanto os personagens. A história flui como "Dark is the Night" do 1939, é o tipo de livro que vc lê enquanto bebe café preto (sem açúcar) num dia chuvoso ou frio enquanto escuta música russa, você é abraçado e açoitado pela narrativa, você sente medo, raiva, tristeza com os personagens e acima de tudo, se vê nos personagens
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ana 25/06/2023

Num todo, achei o livro bem lento e arrastado. foi difícil eu me manter concentrada e instigada a continuar a história.
o enredo possui alguns pontos relevantes e interessantes, como o tema do luto, mas, assim como o final, foi uma história bem mediana.

??????
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gabmello 25/06/2023

Uma ótima escritora, uma experiência mediana.
A história começa quando Theo Decker, aos treze anos de idade, sobrevive a um atentado terrorista no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, que acaba tirando a vida de sua mãe. No caos desse evento, Theo se vê atraído por uma misteriosa pintura, 'O Pintassilgo', de Carel Fabritius, e acaba roubando-a, desencadeando uma série de eventos que moldarão seu futuro."

Donna Tartt, uma escritora talentosa, demonstra habilidade excepcional na arte de escrever, e isso certamente está presente em "O Pintassilgo". Sua prosa é elegante, repleta de descrições vívidas e diálogos bem elaborados, capturando a essência das cenas e envolvendo o leitor em um mundo repleto de detalhes e nuances. A autora constrói uma narrativa rica, fornecendo um pano de fundo cativante que se estende desde o atentado traumático até as repercussões duradouras na vida de Theo.

No entanto, mesmo com a habilidade de escrita notável de Tartt, sinto que "O Pintassilgo" não consegue superar seus principais pontos fracos: a falta de carisma dos personagens e as situações entediantes vividas por Theo. Apesar de serem retratados como reais e complexos, os personagens não conseguem conquistar totalmente o leitor. Theo, o protagonista e narrador, muitas vezes parece distante e frio, tornando difícil a empatia com suas experiências e escolhas. Mesmo quando confrontado com vivências problemáticas e perigosas, a narrativa não consegue transmitir o impacto emocional esperado, deixando o leitor em uma situação de desinteresse.

Acompanhar o desenrolar dos problemas infinitos de Theo ao longo das quase 800 páginas do livro é, no mínimo, frustrante. A trama parece arrastada, e as situações que o personagem enfrenta não são suficientemente envolventes para sustentar o interesse do leitor. As pontes criadas pela autora para "aliviar" a trama acabam falhando em fornecer um alívio efetivo, deixando uma sensação de estagnação e descontentamento.

Curioso, ainda, é perceber que, em ponto algum, duvidamos da maestria da escrita de Donna Tartt. Sua habilidade em criar frases elegantes e detalhadas é inegável, tornando a leitura tecnicamente agradável. No entanto, a escrita impecável não é suficiente para superar as deficiências da trama e dos personagens, deixando uma sensação de insatisfação geral.
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Theodore/ theo 23/06/2023

?
Simplesmente melhor livro a escrita dele e perfeita faz vc perde a noção do tempo, faz vc refletir em certos momentos, a autora e simplesmente espetacular a forma que ela descreve tudo faz vc se sentir dentro da história faz vc não percebe os capítulos longos, com toda certeza este foi o melhor livro que já li ( não que eu leia muito )
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VasGama 22/06/2023

Tenho agonia de abandonar livro
O filme é muito bom mas o livro me decepcionou.
Mais de 700 páginas só enchendo linguiça, daria para resumir tudo em no máximo 350. A escrita faz parecer que o livro saiu direto do wattpad. Sem contexto em várias partes.
A forma como, em algumas partes, fica clicando na mesma tecla o tempo todo e não dá fluidez a história.
Em alguns momentos a autora elaborou textos com o objetivo de trazer reflexões que acabaram se tornando sem rumo e uma leitura arrastada.


Só li até o final pois detesto abandonar livro.
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