O Pintassilgo

O Pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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Carlos Souza 18/06/2023

"Ninguém nunca, jamais, vai conseguir me convencer de que a vida é uma coisa incrível e gratificante. Porque, esta é a verdade: a vida é catástrofe."
Um dos melhores livros que li na vida.
Não sei nem por onde começar, então, provavelmente o que farei é falar sobre o livro, mas sem grande aprofundamento, até porque eu nem acabei de digeri-lo. E, mesmo assim, eu me encontro tendo um incômodo positivo de ter que escrever essa resenha. Isso só significa uma coisa: O LIVRO É UM ACONTECIMENTO. E, ALÉM DISSO, ELE É BASICAMENTE UM LIVRO QUE NÃO É HYPADO... Ou seja, tudo o que há de melhor.
Dito isso, vamos lá...
Esse é um livro denso e até chato para alguns. Ele gira em volta do universo da arte, sobretudo, da aproximação dos quadros com o cotidiano da sociedade e, aqui, preciso dizer que "arte" nessa obra possui um sentido amplo, mesmo que boa parte do livro seja sobre "O Pintassilgo", um quadro extremamente famoso e bonito, cheio de significados. Contudo, o livro, na minha experiência, mesmo com toda a gama artística, literária e "cultural, de forma alguma, tornou-se algo chato. Admito, existem momentos em que o ritmo muda bruscamente, porém, ao meu ver, isso é ocasionado pelo próprio desenvolvimento dos personagens, uma vez que, esse livro é um livro de "conteúdo", o que eu quero dizer com isso? Não é um livro que possui uma imensidão de reviravoltas e, sim, que tem um enredo para acompanhar o crescimento dos indivíduos e crescer com eles.
Sendo assim, existem momentos longos de divagação e de ambientação, os quais, sinceramente, eu amei. Os personagens são maravilhosos, não há nenhum exagero, de verdade. Eles são verdadeiros, reais, parecem retratos de pessoas que existem, são genuinamente apaixonantes. Nisso, o livro me lembrou muito outras obras como: "Uma Vida Pequena"; "Pessoas Normais"; "Ao paraíso", etc... O que eu quero dizer com isso? São pessoas "presas" nas páginas de um livro, elas são problemáticas e encantadoras, tudo ao mesmo tempo. Theodore Decker, Boris, Andy, vocês estarão sempre comigo. Principalmente, você, Boris. Serás sempre o meu protegido.
Uma outra coisa, o livro tem vários gatilhos e temáticas pesadas, então, se informem. Mas, em um segundo plano, para além da arte, existem assuntos como: terrorismo, xenofobia, traumas e doenças psicológicas, sexualidade, abuso de drogas, dentre outras. OU SEJA, é realmente um livro que tem 721 páginas, mas que, em experiência, carrega umas 3.000.
Por fim, e mais uma vez, sinceramente, esse livro vale por uma disciplina inteira de História Social da Arte, só que bem mais interessante que os textos acadêmicos, realmente, ele mereceu o Pulitzer que ganhou. Um adendo para o final, aquela reflexão sobre os atos humanos, o bem e o mal, o feito e o mal feito... Sério, é uma reflexão de milhões. Leiam, não vão se arrepender.
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wylansmelody 16/06/2023

Nenhum de nós recebe carinho suficiente neste mundo, não é?
Caras, esse foi um dos primeiros livros que baixei em epub mas mesmo assim só fui ler 3 anos depois. Não sei porque demorei tanto, é simplesmente incrível.

É um livro complicado, extenso, mas consegue te prender até o final - pelo menos aconteceu comigo. Demorei tanto pra terminar por conta dos estudos mas pensava nele quase sempre.

Bom, o que aconteceu com o Theo foi muito difícil, e ver ele lidando com isso é bem delicado, acho que - falando sério mesmo - se ele tivesse continuado na terapia, talvez esse livro fosse bem menor. É bem interessante ver os conflitos internos que ele enfrenta e antes que eu precisasse pensar, ele mesmo disse ser niilista. Pelo menos assume né.

Achei o Boris super importante pro Theo!! Muito mesmo, no filme a gente já percebe isso, mas não tanto quanto no livro, que mostra o quão diferente era a realidade dos dois antes de se conhecerem e enquanto ficaram separados. Gosto muito dos comentários dele sobre o sistema americano de- bom, de tudo, porque são comentários que eu facilmente faria.

O final do filme e do livro são diferentes e eu acho que são bem compreensíveis pra cada situação. No filme, foi bom acabarem do jeito que fizeram e no livro, foi bom ter a continuação que teve.
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Mello 11/06/2023

O enredo conta com muitos artistas, história da arte, referências de quadros e tempos artísticos. O dois primeiros terços do livro me agradaram muito, embora a cadência da história seja bem calma. Ao final, por mais que não esperasse nenhum plot twist, foi um bom fechamento, reflexivo. É um livro de reflexões com história de abandono e relações.
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Dani Favalli 29/05/2023

A vida é curta
O começo da leitura foi incrível, Donna Tartt escreve muito bem e a leitura foi fluindo facilmente.
Passando da metade foi cansativo e moroso, confesso que pensei em desistir, mas também queria saber que fim levaria a história.
O final foi incrível, os últimos trechos, os últimos desabafos e questionamentos sobre a vida me fizeram olhar pra trás, para a jornada que percorri na leitura com outros olhos.

Acredito que vou querer reler em algum momento no futuro, com esse olhar questionador de o que é certo? O que é acaso? O que é destino? Quem sou eu?
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Daubian 20/05/2023

A arte e seus milagres
O que mais me fascinou nesse livro é que mesmo depois de ler suas 700 e tantas páginas, eu não consigo falar do que se trata. O livro tem uma expressão curiosa, "um enigma que se expande", e acho q cabe bem. Um romance, um ode às artes, um soco no estômago, um sopro de otimismo? Só sei que senti igual seu protagonista ao ver o quadro, um estranho fascínio, pertencimento, estranheza. Curiosamente escrevi essa resenha vendo um canal de Amsterdam igual ele escreveu. E como é curioso como o autor diz, mil pessoas vão olhar a mesma coisa e você vai obter mil sensações diferentes. Este livro, o quadro, uma ave pousada e um canal holandês vão ser só mais exemplos do fascinante e complexo cérebro humano. Destaco o final do livro. Seus 3 ou 4 capítulos finais são extremamente poderosos, reflexões profundas sobre a vida, a morte, a arte, a família e o amor. Acaba com um texto muito filosófico e muito impactante. Uma boa surpresa depois de muita história. Eu também adorei os personagens secundários, o Andy e a mãe dele principalmente. Para encerrar, quero dizer que o livro faz uma excelente observação do quadro que dá nome ao livro. Este enorme milagre que é a arte. Como este pequeno pedaço de vida atrai as pessoas. Esse livro é igual a um pintassilgo na janela. Pequeno, uma fração de uma vida. Mesmo assim, é hipnotizante ler. Este livro guardado vai ser que nem o quadro na fronha, vou toda hora pensar nele
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Uelbel 05/05/2023

"Pois, se nosso segredo é o que nos define , em oposição à cara que mostramos ao mundo, então a pintura foi o segredo que me elevou acima da superfície da vida e me permitiu saber quem eu sou."


O dramático Best Seller da escritora Donna Tartt foi um divisor de águas para minha leitura. Em meio a um mar de curtos e diretos, decidi, com receio, enfrentar pela primeira vez um livro com +700 páginas (um calhamaço, como costumam chamar) e, posso dizer, tudo aqui me surpreendeu.

Theo Decker, o personagem principal, narra a história como uma memória -um diário, para ser mais preciso-. Começamos com sua ida ao
museu, onde ocorre um atentado; e Theo - uma criança confusa em meio aos destroços- acaba por levar consigo a pintura que dá nome ao livro ("Você sabe o que Picasso diz. ?Maus artistas copiam, bons artistas roubam.?). A partir disso, temos um jovem sofrendo de stress pós-traumático, uma mãe morta devido a tragédia, e uma pintura roubada em mãos.

Nos maiores dos clichês esse livro seria fácil, pragmático, mínimo. Abandonável antes mesmo da metade. Mas é rico, robusto em detalhes e palavras, descrições. É o que me chama atenção, foi o que me prendeu. Tartt conseguiu juntar ficção e realidade dentro de capítulos capazes de te fazer elucidar tudo em volta da vida dos personagens. É epifânio. Sentido. Poético. Todos os rumos, todas as passagens de tempo levam a algo inusitado e bem estruturado que convida o leitor a conhecer cada vez mais o personagem e a se aproximar cada vez mais da própria pintura, transformando-a em algo vivo, lírico, palpável. Um apego sentimental para o leitor.

Não obstante, há uma lição majestosa sobre a vida. Sobre a morte e a beleza do destino universal. Uma "Natureza Morta". Intrínseca a todos.
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Liz 28/03/2023

Estava adorando o começo do livro, me envolvi muito com a história do Theo, mas com o tempo começou a ficar cansativo, não sei se porque é um livro muito longo ou foi o rumo que a história tomou que me fez perder grande parte do interesse. Sinceramente não gostei muito do final, e acho que isso se deve aquela crença de que, se não temos um final feliz na ficção, então há algo de errado na ficção. Esperava um pouco mais desse desfecho.
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Sissy12 27/02/2023

Livro maravilhoso!
Difícil encontrar um livro tão bom que nós prende por mais de 700 páginas, realmente recomendo, tem uma escrita fluida e uma história que nós prende
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thami 07/02/2023

"o mundo é mais estranho do que a gente sabe ou imagina. E sei como você pensa, ou como gosta de pensar, mas talvez esse seja um exemplo em que não dá pra reduzir tudo a puro 'bem' ou 'mal'."

nossa que livro! ele te faz sentir uma mistura de sentimentos como compaixão, ódio, empatia, amor... além de que vc fica preso na história.
(infelizmente tem algumas coisas que achei ? mas é um ótimo livro e acredito que surra o filme)
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Nic 05/02/2023

Uma pintura imortal
O Pintassilgo, da Donna Tartt, conta, em suas 721 páginas, a vida do complicado Theodore Decker, que perdeu a mãe num ataque terrorista em um museu, de onde também roubou uma pintura do século XVII. Roubar talvez seja uma palavra muito forte, ele, afinal, era apenas uma criança. Mas de fato, é o que aconteceu. Por influência de Welty, um senhor de idade que estava na mesma galeria que ele e que, no momento da interação, já estava com um pé no barco da morte rumo ao submundo, Theo pega a pintura de um curioso pássaro. O velho Welty o entrega um anel e o diz para procurar Hobie, seu grande amigo e parceiro de negócios, e é isso que Theo faz. O anel, no entanto, não é a única coisa que Theo recebe de Welty: junto dele, uma obsessão e reverência profunda pela pintura. A vida de Theo de ali por diante apenas se bagunça, e entre mudança de estado e amizade com um ucraniano 🤬 #$%!& louca chamado Boris, ambos regados a drogas e muita vodca no calor do deserto, Theo lida com o luto e pensamentos suicidas e sua vida de merda de um jeito nem um pouco saudável.

O Pintassilgo é sobre a imortalidade da arte, as decorrências do trauma, a ética na sociedade capitalista e até onde ela realmente acompanha quem precisa de dinheiro para sobreviver. É sobre crianças negligenciadas, adultos viciados, arte roubada e um pouco de relações de afeto com as pessoas que desempenham o papel de família mesmo não sendo sangue do mesmo sangue. O Pintassilgo é longo e com muitas narrativas que não parecem realmente necessárias para uma grande história, a não ser que se perceba que a história é, na verdade, sobre a vida desse menino que não morreu em um museu.
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Amarga.romana 04/02/2023

O Pintassilgo
Que livro! Admiro a maneira que a Donna consegue deixar seus personagens tão humanos. Parecia que tudo era real, que realmente estava acontecendo! É um livro que merece cinco estrelas por si só, porém não posso negar que fiquei incomodada com algumas partes, por isso vou dar 4,5 merecidos.
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Vanessa 04/02/2023

A palavra-chave é ?Sensibilidade?.
Fazia tempo que eu não lia algo com uma clareza de sentimento tão perfeitamente esmiuçado e realista sobre a dor mais forte, a solidão mais profunda e o desespero da total falta de norte que uma pessoa [ainda mais uma criança] é capaz de sentir.

O Pintassilgo fala de como um acontecimento inesperado, uma tragédia, muda pra sempre a vida de várias pessoas, as conecta, de forma que senão passasse, jamais teriam se cruzado ou poderiam simplesmente terem sumido juntas da existência.

Um livro que além de falar da arte, da dor, da beleza, de amor, de drogas, de traição, mentiras, medos, fraquezas, depressão, decadência, inteligência, sagacidade, enfim todas as nuances humanas da luz às trevas, fala das pinceladas da vida que nos pinta a sua maneira e que não somos nós os donos da tela.

A história de um menino que tem seu mundo focado exatamente no que não tem controle: o outro? E o quanto isso custou até hoje.

O quanto isso nos custa?
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Julia 30/01/2023

o pintassilgo
eu estou um pouco deprimida depois desse livro porque eu li pensando que eu fosse o theo, pois me imaginei pegando o quadro e tomando as mesmas decisões, me apaixonei pelo pintassilgo, pela pippa e pelo boris e achei que o hobie fosse o meu pai, e também tive uma aula de história da arte, antiguidades e marcenaria.
o pintassilgo é perfeito e tão rico em detalhes que eu consegui imaginar o livro do começo ao fim como se fosse um filme na minha cabeça.
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