Heidi Gisele Borges 30/08/2020Um pequeno romance juvenil com pitadas de horror.
"A árvore do Halloween" (The Halloween Tree, Editora Bertrand Brasil, 160 páginas) é um livro bastante simples e rápido de ler, o que, de forma alguma tira a beleza da história.
Oito amigos se fantasiam para a noite mais esperada do ano. Bruxa, Esqueleto, Múmia... A noite de Halloween! Mas percebem que falta alguém. Então vão até a casa do menino mais querido - isso é bem descrito, ele é mesmo muito especial para todos, uma criança que ilumina onde chega -, Pipkin.
Ele, estranhamente, ainda não está com sua fantasia. Pip, como é conhecido, se mostra desanimado, sem o brilho que encanta a todos, e pede para os meninos irem na frente e diz que logo os encontra.
Confusos, e hesitantes, eles seguem até a velha casa indicada pelo amigo. Ela é assustadora! Com receio, eles batem com a aldrava que lembra Marley de "Um conto de Natal", de Charles Dickens.
Um estranho acontecimento e um homem estranho na porta.
"- Nada de Gostosuras - informou ele. - Apenas... Travessuras!"
A porta bateu!
Os meninos dão a volta na casa e lá ao fundo descobrem a fantástica Árvore do Halloween!
E a partir daí a aventura, ou melhor, as aventuras começam.
O estranho Sr. Montarlha os leva através do tempo para entenderem melhor a data que comemoram. Cada fantasia tem um significado. A morte tem significados diferentes em cada cultura, e ele mostra como ela é celebrada. Como acontecia no Egito, no México...
Contista e romancista bastante conhecido por seus livros de Ficção Científica, especialmente por "Fahrenheit 451" e "Crônicas Marcianas", escreveu para a TV, rádio, teatro e cinema, foi muito premiado, Ray Bradbury (1920-2012) escreveu essa história juvenil que pode assustar os pequenos. Mas vai muito além de uma história de sustos e fantasias de Halloween. "A árvore do Halloween" fala sobre a morte e a amizade e podemos viajar pelas ilustrações de Joseph Mugnaini (1912-1992).
"Havia tanta coisa acontecendo que Tom exclamou:
- Meu Deus, quanta coisa acontecendo!"