Thai Zavadzki (@meowbooksblog) 24/10/2019
Neste pequeno livro temos 3 estórias: Lady Susan, Os Watson e Sanditon (que há pouco recebeu uma adaptação), ambas obras inacabadas, que Jane não teve tempo de terminar.
A primeira estória apresentada é Lady Susan, um conto curtinho, todo contado por meio de cartas, que nos mostra uma vilã, não há outra forma de defini-la. Susan é uma viúva fria e calculista, manipulando a vida até da própria filha sem piedade alguma.
As cartas são de vários personagens, a cunhada de Susan, o homem em que ela estava “interessada”, seus pais e uma grande amiga da nossa protagonista.
A princípio eu achei que sentiria falta de diálogos e uma narrativa linear, mas a verdade é que nossa amada Jane Austen já nasceu sendo uma exímia escritora, ela sabia exatamente como transpassar emoção, fosse da forma que fosse, e eu achei até intrigante essa coisa das cartas, porque é um modo de mostrar vários pontos de vista sem recorrer àquele velho artifício que não me agrada: ir revezando as narrativas em primeira pessoa.
Uma coisa fantástica é ver uma mulher do século XIX em seu trabalho ter tamanha ousadia a ponto de colocar uma vilã como sua protagonista. Lady Susan é praticamente a Carminha do século retrasado, manipuladora, mesquinha. A gente ama e odeia ao mesmo tempo, o que eu acho incrível, em especial se você considerar que é um enredo curto e breve.
Nessa simples versão pocket deu apenas 92 páginas e ainda assim eu consegui me envolver com tudo como se estivesse lendo 200. Tem reviravoltas e tudo que se espera num livro normal.
Logicamente não é o melhor da Jane Austen, mas para um conto, está excelente.
É um conto direto, emocionante e épico que merece total reconhecimento.
Agora falando sobre os Watson [...]
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