LT 20/07/2016
Primeiramente eu gostaria de dizer para vocês que sim, eu tenho vida pessoal e sim eu tenho várias coisas para se fazer hahahaha mas sabe como são as coisas, meu professor na época da faculdade quando falávamos que não tínhamos tempo para nada sempre dizia: O que vocês fazem da meia noite a seis? A resposta normal óbvio que devia ser: Durmo. A minha era: Estudo e atualmente, como terminei os meus estudos a minha resposta é: Leio.
Pois bem, como disse na minha resenha anterior, eu li o livro Se Eu Ficar, o primeiro da duologia, (para ler a resenha clique aqui) para descobrir o que acontecia com o casal uma vez que o filme termina sem final. Eu disse que quebrei a cara e que o livro também termina sem o desfecho, sem contar o depois, por isso, logo quando cheguei em casa ontem a noite (viu gente eu tenho vida social) eu me agarrei ao livro e comecei a ler, sim a uma e meia da manhã. Depois de um tempo lendo e totalmente mergulhada na trama olhei no relógio e já eram quatro e meia e eu lá desperta e querendo ler mais. Para minha surpresa já estava na página 121, sim eu li mais da metade do livro em um período de três horas, preciso dizer que a escrita da autora é envolvente e viciante? Acho que não, né? rs
O início do livro foi um banho de água fria na minha cabeça e eu acho que a minha ansiedade de ler era para ver as coisas finalmente dando certo. Mia, se recuperou do coma, passou por reabilitações, cuidados, teve todo o apoio da família e amigos, principalmente de Adam e decidiu que seguiria sim a sua vida e por isso foi embora para estudar em Nova York na universidade dos seus sonhos e deixou para trás seu namorado, Adam. A princípio ele tentaram manter um relacionamento a distância até que do nada os telefonemas não foram mais atendidos, os emails não foram mais respondidos e fim... tudo terminou sem ao menos uma explicação.
Ela partiu para Juilliard no dia seguinte ao Dia do Trabalho. Eu a levei até o aeroporto. Ela me beijou ao se despedir e me disse que me amava mais do que a vida em si. Então partiu.
Mia nunca mais voltou.
Esse livro diferente do primeiro é contado pelo ponto de vista do Adam, a autora manteve a sua escrita em primeira pessoa o que nos fez mergulhar completamente de cabeça em todo o sofrimento e confusão que ele sentia.
Acabei percebendo que há uma grande diferença entre saber que algo aconteceu e saber por que aconteceu, e acreditar nisso. Porque, quando ela cortou o contato comigo, sim, eu sabia que havia acontecido. Mas levei um longo, longo tempo para acreditar
Em alguns dias, eu ainda não acredito.
Assim como o primeiro livro, os capítulos são intercalados entre o presente e o passado para nos mostrar o real motivo do estado atual dele. Eu confesso que no início da leitura não o reconheci, fiquei boba com a mudança brusca que teve em sua personalidade e isso na minha opinião pode ser justificado pelo trauma psicológico também, pois ele se considerava um membro da família de Mia e todos se foram. Quando a namorada se recuperou, ele pensava que poderia um ajudar o outro e ela também o deixou sem a menor explicação. Imaginem como ficou a cabeça do rapaz.
Depois de um tempo perdido no mundo Adam voltou a ser Adam e com isso a sua banda explodiu o tornando um astro do rock mundialmente famoso com direito a namorada famosa, entrevistas e tudo mais.
Justamente por uma entrevista e por suas superstições, Adam se vê novamente sozinho em Nova York sem a banda, ele os encontraria no dia seguinte. Nesse tempo sozinho, passeando pela rua ele se depara com o anúncio de um recital que seria apresentado aquela noite por uma famosa musicista: Mia Hall.
Meu primeiro impulso não é agarrá-la, beijá-la ou gritar com ela. Só quero tocar seu rosto, ainda corado pela performance de hoje. Quero diminuir o espaço que nos separa, medido em passos - não em quilômetros, não em continentes, não em anos -, e colocar meus dedos calejados no seu rosto. Quero tocá-la e me certificar de que é realmente ela, não um desses sonhos que tive com tanta frequência desde que ela partiu, quando eu a via tão claro como o dia, estava pronto para beijá-la ou levá-la comigo, e depois acordava com Mia fora de alcance.
E então tudo começa a acontecer como se o destino estivesse agindo: um reencontro, uma noite inesquecível, explicações dadas e eis que então o passado, o presente e o futuro são colocados a mesa.
Será que dois músicos famosos poderiam ficar juntos? Ainda existe amor entre eles? Será que o passado influenciará em um possível futuro?
- Sabe, eu precisava de alguém para odiar, e você era quem eu mais amava, então você foi o escolhido.
Eu confesso que a cada página que eu lia, mais meu coração ficava apertadinho, o final do livro chegava e a coisa não se resolvia, não ia e a despedida estava ali para todos verem. Eu nunca passei por um processo de luto tão grande quanto o de Mia, por isso não sei dizer qual seria a minha reação para poder julgar as atitudes dela, mas acho eu que faria igual, é comum e natural do ser humano querer culpar alguém para poder dividir o farto das consequências e foi justamente isso que aconteceu, o amor de Adam fez Mia ficar, mas as consequências que ela estava enfrentando eram extremas e dolorosas demais, então de certo modo seria melhor ter morrido também?
- Não, você está certo. Você precisa me deixar dizer isso, Adam! Precisa ouvir. Teria sido muito mais fácil morrer. Não é que eu queira estar morta agora. Não quero. Gosto de muita coisa na minha vida agora. Mas alguns dias, especialmente no começo, era tão difícil. E eu não podia evitar pensar que teria sido muito mais simples seguir com eles. Mas você pediu para eu ficar. Você implorou para eu ficar. Você ficou sobre mim e fez uma promessa, como um voto sagrado. E posso entender por que está bravo, mas não pode me culpar. Não pode me culpar por aceitar sua palavra.
Eu recomendo a leitura desse romance a todos que amam o gênero e gostam de fato de uma boa história, daquela história gostosa de ler, que te prende e te envolve. No primeiro livro, Gayle nos mostra o poder que o amor tem sobre todas as coisas e nesse segundo ela nos mostra que esse amor sobrevive a qualquer coisa e mesmo que você tenha todos os seus sonhos realizados, se você não tiver a pessoa certa, a sua pessoa, nada na sua vida fará sentido.
Me lembro de ter separado um trecho no primeiro livro que diz: Seja qual for a sua escolha, vai sair ganhando. Assim como também vai sair perdendo. O que eu posso dizer? O amor é uma merda. E nesse livro temos a prova exata disso.
Vou ficando por aqui, senão eu não paro de falar hoje, Gayle Forman já entrou na minha lista de autoras favoritas e agora me segura que o próximo livro dela que irei ler será o Apenas Um Dia haha.
Resenhista: Mayara Milesi.
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