Resenhas - Um Lugar para Todos

Jenny Rodrigues 17/01/2024

Um lugar para todos
Narra paralelamente a vida de vários moradores de um prédio chamado ?Wadia?.
De alguma forma todas as histórias se encaixam e uma suplementa a outra.

Várias histórias deixaram os personagens sem final, sem sabermos o que se passa depois do casamento da última geração de moradores.

Os capítulos são muito grandes e a leitura foi um pouco tediosa.

Não recomendo.

haylla.with.an.h 04/12/2023

Talvez eu releia com mais calma e sensibilidade
Eu realmente não me conectei muito com a história ou com os personagens. Talvez se tivesse menos deles a autora iria conseguir explorar melhor cada um deles. Senti que ainda tinha muito a se falar...

Poderia ter mais páginas também e ter um maior desenvolvimento. Porém, não quis abandonar porque eu amei a escrita da autora. Os outros livros que li dela foram perfeitos.

Esse melhorou somente no final. Ali eu vi a humanidade de cada um dos personagens e consegui me compadecer de suas dores. E assim como nos demais, essa história é bem triste.

Maria14000 16/09/2023

Um lugar para todos
É o segundo livro de Thrity Umrigar que leio. No começo foi um pouco maçante para mim, mas depois as histórias foram pegando ritmo e ficando cada vez mais interessantes. Umrigar tem um jeito marcante de escrever seus livros, difícil não sair impactado com algo que ela escreve.
Um lugar para todos conta, a cada capítulo, histórias dos moradores do prédio Wadia, em Bombaim - Índia; e por habitarem o mesmo prédio são histórias que se cruzam. O Wadia se torna, com o passar dos tempos, mais que um simples edifício: é o lugar em comum que une todas essas pessoas, suas vivências, suas famílias, um lugar de compartilhar alegrias e tristezas. Em meio a Bombaim estressante e cheia de perigos, o Wadia é o refúgio de muitos; e apesar das diferenças de seus moradores, proporcionou a formação de uma grande família. Para mim, o Wadia é o personagem principal neste livro - o refúgio. Tem uma frase que uma das personagens fala ao seu esposo "- Independente do que possa ter acontecido entre nós, sempre teremos Binny em comum. Nada pode mudar isso." (p.295) e, facilmente o nome "Binny" poderia ser substituído por "Wadia", isso é o que significa o edifício Wadia para os seus moradores.

Roselaine12 29/05/2022

relações
O livro trata de relações humanas vivenciada num prédio, o impacto que cada habitante tem na vida de todos os vizinhos.

Roselaine12 29/05/2022

relações
O livro trata de relações humanas vivenciada num prédio, o impacto que cada habitante tem na vida de todos os vizinhos.

Andre_Sch 27/06/2021

Apenas um dia
Foi apenas um dia, e pode ser “o mínimo e o máximo da vida de todos nós” (p. 13)
Eu já virei fã de Umrigar. A maestria na escrita e a forma como ela relata o ser humano e suas interrelações é extraordinário.

Como não se surpreender com um parágrafo como esse:
E, como se as mudanças externas, superficiais - a abominável redução da coragem, a perda do brilho nos olhos, o peso do pessimismo no coração, a impossibilidade de sonhar e o terrível medo do futuro. “Esse é o genuíno envelhecimento”, pensou Rusi, “e as mudanças externas não passam de um mero espelho dos corações amarelados e enrugados pelo tempo”. (p. 262)

Confesso que fiquei aguardando pelo reencontro de Soli e Mariam. Não tem como, a gente fica imaginando como seria o famoso edifício Wadia. A história de Adi e Saraswati foi impactante, na verdade é impossível selecionar qual dos moradores teria a melhor trajetória na história, lembrei agora da vida precoce de Cyrus. Enfim, a emoção toma conta com a surpresa de Jimmy e Zarin, e por aí segue.

“É verdade: as feridas cicatrizam, e as cicatrizes somem. Mas as lembranças vivem para sempre”. (p. 297).

Thais 14/02/2021

Os livros de Thrity exploram a sociedade indiana, mas é fácil entender as tensões de um país profundamente desigual, com papéis sociais rígidos e com a extrema pobreza a um passo de todos que não nasceram nas famílias ricas do país.
Contando a vida dos moradores de um edifício ela retrata a sociedade indiana, as esperanças da juventude e as decepções da velhice, as tensões causadas pela disputa de poder no casamento, num relato comovente sobre as relações humanas.

Biblioteca Álvaro Guerra 11/03/2020

Com sabedoria e compaixão, Thrity Umrigar nos apresenta os homens e as mulheres que cresceram juntos na antiga comunidade de Wadia Baug, como o homem que teve sua vida desintegrada pelo alcoolismo; a velha fofoqueira do bairro; o bem-sucedido advogado, considerado um exemplo para toda a vizinhança; e um comerciante de meia idade que luta para aceitar um casamento ruim e a percepção de que muitos dos seus sonhos jamais se realizarão. Um romance surpreendente a respeito de pessoas notáveis, ao mesmo tempo completamente únicas e tão parecidas com cada um de nós.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520921920

Simone de Cássia 09/12/2018

É sempre um prazer garantido ler os livros dessa autora... Quem experimenta não deve, porém, esperar uma trama complexa e uma história mirabolante... o foco é sempre a própria vida e o que ela tem de bom, de ruim, de triste, de alegre, de acolhedora e de cruel... A autora nos apresenta os personagens como eles são, nem de todo ruins, nem totalmente bons...são pessoas comuns ali retratadas, pessoas que poderiam ser quaisquer um de nós, com o que trazemos de mais humano: egoísmo, gentileza, medo, irreverência, doçura, maldade... Acho que é por isso que encanta: não se imagina ali um personagem fabricado, a gente se identifica como num espelho... Adoro!

Patty 27/08/2018

Esperava mais!
Um Lugar Para Todos conta a história dos moradores do edifício Wadia em Bombaim, Índia, que estão reunidos na festa de casamento de um dos jovens que cresceram ali no condomínio.
A cada capítulo conhecemos um pouco de cada personagem, o que eles viveram, suas alegrias, tristezas e fracassos até chegarem nesse dia especial.
Algumas histórias são mais emocionantes do que outras e nos levam a um final tocante.
Thrity nos apresenta uma Bombaim dividida, onde a pobreza e a violência crescem rápido demais aos olhos de seus habitantes, saudosos da época em que os ingleses estavam no poder. E em muitos aspectos nos faz lembrar o nosso próprio país, o Brasil, o que nos leva a algumas reflexões.
Mas o livro é também uma homenagem a amizade, nos mostrando que momentos difíceis podem ser mais fáceis de encarar quando se tem bons amigos por perto, coisa que nem sempre damos valor.
No fim ele não atendeu bem as minhas expectativas, pois eu esperava um pouco mais dele, porém, foi um belo passatempo.

Renata Fernandes 07/02/2018

A SENSIBILIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
Thrity Umrigar deposita com maestria, em seu universo literário, uma sensibilidade humana impressionante. Seus livros não são impregnados de maniqueísmo(s), algo tão comum na caracterização de personagens por aí afora, estes não são, simplesmente, bipartidos em mocinhos e vilões, todos eles carregam consigo erros e acertos, elementos inerentes a nossa natureza humana. Esse olhar múltiplo do ser torna os personagens da autora proximais e palpáveis a nós leitores. Em Um Lugar para Todos não temos um ou dois protagonistas, a narrativa se debruça sobre a vida de vários moradores que habitam o edifício Wadia, uma construção de classe média localizada na grande Bombaim (ou Mumbai), a maior e mais importante cidade indiana. Nele habitam diversos parses, um grupo étnico-religioso que constitui a maior população praticante do Zoroastrismo na Índia [...]

site: http://multifocada.blogspot.com.br/2018/02/um-lugar-para-todos-thrity-umrigar.html

Ariadne.Esqueisaro 17/03/2017

Um lugar para todos
Um retrato do complexo tecido social indiano. Sensível, mas um pouco cansativo. Final triste e abrupto, dá uma impressão de inacabado.

Matos 18/02/2013

Um lugar para todos
A maior cidade da Índia serve de base para mais um romance da escritora Thrity Umrigar. Em “Um Lugar Para Todos”, a autora vai tecendo uma narrativa dos vínculos gerados pelos moradores do Edifício Wadia em Bombaim. A partir de uma festa de casamento vamos conhecendo os “pensamentos” das personagens, numa mescla de passado e presente que acontece no decorrer da festa. O leitor é conduzido a mergulhar na visão indiana da comunidade parse que compartilha de amores, desejos, felicidades, frustações, abusos, ganhos e perdas. Nesta obra Umrigar trabalha com a diversidade de peças, que vão se encaixando uma na outra para formar o cotidiano do Wadia e as relações de convivência entre seus moradores. Um ponto interessante é a construção das personagens femininas que possuem características “fortes”, sem perder a feminidade. Além dos resquícios da cultura britânica e os choques de ideais, no qual a Índia seria “melhor” quando colônia inglesa na visão dos mais velhos, batendo de frente com orgulho de viver num país livre, na visão dos mais jovens. Confrontos que só agregam o já temperado romance que também faz críticas sobre o crescimento da violência em Bombaim, bem como o transito caótico da cidade e a miséria da Índia. A estrutura simples de “Um Lugar Para Todos” faz da obra um celeiro de reações de amor, ódio e humor, causando reflexão e valorização do cotidiano, das pessoas, das coisas simples da vida.

http://dmatosdemaria.blogspot.com.br/2013/02/o-edificio-wadia.html

Gabriela 23/01/2013

As nuances de uma comunidade, nem sempre correta, nem sempre bonita.

Milla 18/12/2012

Um protagonista peculiar
Quantos livros você já leu que têm como cenário a Índia? (por favor, indique nos comentários). Para mim este é o segundo. O primeiro, é lógico, foi Sua resposta vale um bilhão (foi digno de leitura e releitura).
Já faz uns seis meses que comprei este livro e estava adiando a leitura por preguiça, de repente, quando peguei Thrity Umrigar nas mãos, não quis mais largar.

O contexto do livro é um casamento; todos os moradores do Wadia, um prédio de classe média localizado em Bombaim foram convidados. Como é de praxe, a convivência ensina a amar e odiar e são estas relações que conhecemos ao longo do livro.
Em cada capítulo, vamos conhecendo uma família e, embora o livro tenha poucos capítulos, não é cansativo. No fim, não dá para dizer quem é o personagem principal, cada um teve sua história de perdas e ganhos.

O casamento é de Mehernosh, filho de Jimmy e Zarin. Jimmy é um advogado formado em Oxford, que perdeu os pais quando era criança num acidente de trem e, após ser enxotado de uma casa para outra, foi acolhido por um tio solteirão que morava no Wadia. No início, a adaptação foi bem complicada e até quando o rapaz volta formado da Inglaterra, apesar de ser um bom advogado, ele começa a perder sucessivas causas, mas é quando ele conhece Zarin que tudo começa a prosperar e ele alcança o sucesso profissional.

Um dos convidados, aliás, o último a chegar é Rusi, um sonhador frustrado, dono do próprio negócio, casado com Coomi. Rusi perder o pai bem cedo e cresceu, cheio de expectativas, com sua mãe no Wadia. Apesar de todos os planos, ele nunca obteve muito êxito. Seu casamento com Coomi é um fracasso e talvez a única coisa boa que tenha acontecido em sua vida seja o nascimento de Binny, sua filha que casou e foi morar em Londres.

Se eu falar de todos os outros, vou me prolongar muito e contar todo o livro, mas estes são dois exemplos do que podemos encontrar no Wadia: gente que prosperou ou não, gente feliz e gente amargurada. A narrativa é isso: uma construção dos personagens, mas eu achei muito bom. Ela falou sobre várias vidas diferentes, pessoas com perspectivas e frustrações. Pessoas humanas com sentimentos e ressentimentos; vidas entrelaçadas que ora somam, ora subtraem.

E, logo no início, percebemos que talvez seja o próprio edifício o personagem principal. O Wadia é o palco e o expectador, é o ponto para onde convergem estas vidas, é o fio que une a teia.

Se recomendo? até duas vezes.