24/7 - Capitalismo Tardio e os Fins do Sono

24/7 - Capitalismo Tardio e os Fins do Sono Jonathan Crary




Resenhas - 24/7 - Capitalismo tardio e os fins do sono


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Priscila 09/01/2023

Bate um desespero
"O sono é uma interrupção sem concessões no roubo
de nosso tempo pelo capitalismo. A maioria das necessidades aparentemente
irredutíveis da vida humana ? fome, sede, desejo sexual e recentemente a
necessidade de amizade ? foi transformada em mercadoria ou investimento. O
sono afirma a ideia de uma necessidade humana e de um intervalo de tempo que
não pode ser colonizado nem submetido a um mecanismo monolítico de
lucratividade, e desse modo permanece uma anomalia incongruente e um local
de crise no presente global."
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Mary Stella 13/11/2022

Podemos nos isolar do mundo?
O autor analisa a impossibilidade de estarmos de fato desligados da ordem capitalista ao nos entregarmos ao sono. Último reduto onde podemos nos afastar da realidade de consumo e acumulação, o sono não colabora para uma ordem que exige vigília eterna, sendo, em si, uma perturbação ao status quo. Livro ótimo, de rápida leitura e grande contribuição ao pensamento sobre a sociedade contemporânea.
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Dandara Virgínia | @dandaravmachado 24/10/2022

Um bom livro, mas muito denso e permeado de conceitos? A leitura faz você refletir sobre o funcionamento social da sua vida e dos outros.
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iaranns 22/09/2022

Esse livro crítica a base da nossa sociedade capitalista atual, abrindo nossa mente para algo tão importante que tão pouco valorizamos: nosso próprio tempo e o direito ao descanso.
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Martony.Demes 29/08/2022

O livro apresenta diversos argumentos de como o capitalismo imerge no sono das pessoas. Ele inicia apresentando sobre Pássaro migratório da coroa branca que passa dias sem dormir. E o exército americano estuda esse pássaro.

Também fala do so de placas refletoras solares para iluminar por mais tempo partes da terra;

O Sono é a última barreira na qual o capitalismo ainda não contornou. E intensas pesquisas são direcionadas em drogas e métodos para contornar isso!

O autor apresenta leituras, filmes e outras referencias para apresentar desde quando há esse ímpeto e sobre como o capitalismo está invadindo a barreira do sono.

No presente, acontece fortemente com uso de aplicativos, mercados 24 h, drogas para mantermos acordado entre diversas outras relações.

Achei bem interessante, ao final ele faz uma alusão ao uso da fila. Em se tratando de categorias de classe, o rico (aquele rico de verdade) jamais pega fila ou precisa esperar por algo! E com o sono, como será?

É um livro bem filosófico, em determinados momentos eu não entendi alguns pontos (natual dado que não sou da área). Contudo, podemos absorver diversas ideias de como o nosso sono vem sendo afetado e poderá mais ainda em um breve futuro.
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Hosana.Barros 18/05/2022

Fazer pensar
Esse livro trás tantos pontos de vista interessantes. O começo para mim foi o melhor, impactante, realista. Depois se torna um tanto mais filosófico e mais difícil de manter o ritmo de leitura. mas fiz ótimas reflexões e recomendo muito que todos leiam.
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Caio194 11/04/2022

Nas duas pontas, o livro enuncia o problema do sono sob o capitalismo contemporâneo. O autor evoca a ideia de um não-tempo 24/7, para além do tempo vazio e homogêneo da produção das fases anteriores do capitalismo - trata-se agora de uma relação de consumo e produção que, subsumida inclusive nas redes sociais, invoca a totalidade da vida desperta e invade o campo do sono. Mas o autor também desenvolve suas teorias sobre os processos contemporâneos de subjetivação e sobre a pauperização da experiência humana sob o capitalismo tardio e a economia da atenção. Nesse sentido, atualiza Debord e a escola de Frankfurt em suas críticas sobre a alienação na sociedade de consumo.
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Laís 11/04/2022

Que fantástico! Uma leitura extremamente realista, pesada e triste.
?A capacidade imaginativa do sonhador foi implacavelmente erodida, e o papel do visionário foi deixado para uma minoria tolerada de poetas, artistas e loucos?.

Posição 88
A negação do sono é uma desapropriação violenta do eu por forças externas, o estilhaçamento calculado de um indivíduo.

Posição 97
Vale lembrar que o tratamento dos assim chamados prisioneiros de ?alto interesse? em Guantánamo e em outros lugares combinava formas explícitas de tortura com controle completo sobre a experiência sensorial e perceptiva.


Posição 112
Por trás do vazio da frase de efeito, 24/7 é uma redundância estática que contradiz sua própria relação com as tessituras rítmicas e periódicas da vida humana. Remete a um esquema arbitrário e inflexível de uma semana de duração, subtraído do desdobramento de qualquer experiência variada ou cumulativa.

Posição 134
A imensa parte de nossas vidas que passamos dormindo, libertos de um atoleiro de carências simuladas, subsiste como uma das grandes afrontas humanas à voracidade do capitalismo contemporâneo.

Posição 136
A maioria das necessidades aparentemente irredutíveis da vida humana? fome, sede, desejo sexual e recentemente a necessidade de amizade? foi transformada em mercadoria ou investimento.


Posição 527
Essa é a forma do progresso contemporâneo? a prisão e o controle implacáveis do tempo e da experiência.

Posição 636
Muitos dos que celebram o potencial transformador das redes de comunicação se esquecem das formas opressivas do trabalho humano e da devastação ambiental dos quais suas fantasias de virtualidade e desmaterialização dependem.
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vagnerrg_ 01/01/2022

24/7 - capitalismo tardio e os fins do sono, de Jonathan Crary, Editora Ubu. Uma leitura perturbadora. Ainda não havia pensado de forma profunda a dimensão que o capital especula enquanto dormimos. Já havia me atentado que o sono era a última barreira, pois já li o Morozov falando sobre apps que analisam métricas do sono, mas aqui há uma abordagem muito mais profunda. O livro pensa a passagem das drogas estimuladoras da vigília para o uso indiscriminado de inibidores do sono, marcando a construção midiática de um “estilo de vida” vendido como mais produtivo. O livro procura compreender experimentos como soldados que não dormem e consumidores que podem ficar ativos 24 horas por dia. Além disso, procura compreender como a privação de sono tem sido utilizada como mecanismo de tortura e questiona como estamos dividindo o tempo entre pessoal e profissional. Minha conclusão é que quando se fala em sono, muita coisa ainda precisa ser compreendida. O sono é um espaço de tempo privado, mas que está sob responsabilidade do Estado. Sim, é o Estado que faz a gestão do mundo enquanto estamos acordados e também enquanto dormimos. As implicações podem ser severas, vejamos o caso da fábrica de produtos químicos que entre expostos e mortos por gás isocianato de metila, vitimou mais de 500.000 pessoas em um grave acidente industrial em Bophal, na Índia. Chernobyl pode ser um exemplo disso também, milhares de pessoas foram vítimas enquanto dormiam. Tanto a fábrica de Bhopal quanto a usina de Chernobyl foram coladas em áreas de entorno residencial graças às regulações do Estado. O sono pode e deve ser pensado como elemento de controle biopolítico, que, dentre tantos outros elementos, também é regulado de forma pragmática. Esse tempo em que dormimos tem sido objeto de interesse do capital há décadas e precisamos pensar sobre isso. A leitura desse livro me rendeu muitas reflexões, muitas delas perturbadoras. Indico.
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graziiffraga 01/12/2021

O tapão
Li por causa de uma aula da faculdade. Se fala mal do capitalismo e dá um tapa na nossa cara mostrando como TUDO que a gente pensa e faz é capitalizado, já ganha mil estrelas. E digo mais!
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David William da Costa 23/11/2021

Ótimo livro e análise sobre o sono e sonhos
Um ótimo livro, penso a respeito do tema há algum tempo, como vivemos e deixamos viver, a remoção do sono em nossa sociedade e de nossa vida, o desprezo por sonhos e seus significados. O livro traz muitas perguntas e algumas respostas, estas perguntas vejo que cada um poderá responder analisando a si, porém há outras que só serão entendidas se analisarmos a sociedade em que estamos inseridos. Como trabalho com tecnologia, vejo que muito do livro tem por base o mau uso da tecnologia e como esta afeta nossa existência e nosso sono. Um ótimo livro.
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Entre Capas 06/10/2021

“Um mundo 24/7 iluminado e sem sombras é a miragem capitalista final da pós-história, de um exorcismo da alteridade, que é o motor de toda mudança histórica”. Esse trecho, que nos é apresentado logo nas primeiras páginas de 24/7: Capitalismo tardio e fins do sono, de Jonathan Crary, condensa todo o esforço do autor em nos falar sobre a emergência de um novo cotidiano. Condensa, desse modo, porque ele parte de alguns exemplos curiosos que tinham como finalidade o fim de uma necessidade basal da condição humana:
Dormir.
Um mundo iluminado e sem sombras é um mundo onde o estado de vigília é uma possibilidade: uma empresa faz uma tentativa de manter todo o planeta em uma perpétua manhã. Aumenta-se, assim, a produtividade a partir da condição fisiológica de cada indivíduo. A fragilidade, diz o autor, torna-se inadequada; o sono, por sua vez, desnecessário.
A justificativa teórica de Crary para destacar o sono como um objeto é justamente pela incapacidade de transformá-lo em mercadoria: a fome, por exemplo, que é uma condição irredutível da vida, pôde se tornar investimento. Sede, sexo e relacionamentos afetivos, igualmente. O sono, entretanto, figura como uma pedra no sapato de um pretenso desenvolvimento: como acabar com a prática?
Com pontuais auxílios de importantes produções literárias, artísticas e filosófico-sociológicas, Crary investiga as condições morais e econômicas que justificam a intenção permanente das elites globais em findar o sono. Por meio de um enfoque particular em eventos do último século, o autor faz uma análise dos termos sono, vigília e despertar, a partir da dicotomia privado x público. Isso o possibilita construir um argumento coeso sobre o uso de novas tecnologias e novas visões de mundo e seus valores, examinando, assim, práticas comuns do nosso dia a dia.
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Bárbara 15/08/2021

O capitalismo quer nos roubar até o sono
São tantos temas que esse livro aborda que eu nem sei como comentá-lo. Em um resumo bem superficial, eu diria que ele trata de como o nosso sono é a única esfera da nossa vida ainda não completamente absorvida pela lógica capitalista. O autor afirma que nosso sono faz parte de uma rotina de ciclos que não cabe no sistema 24/7, que exige nossa atenção 24h por dia, 7 dias por semana. Ainda assim, ele observa tentativas artificiais de dominar até mesmo essa necessidade natural do nosso organismo. Me deixou muito pensativa. São 100 e poucas páginas, mas com um conteúdo de densidade enorme. Recomendo a leitura.
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