Uma vida para sempre

Uma vida para sempre Simone Taietti




Resenhas - Uma vida para sempre


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Ilzy 20/01/2015

Uma vida para sempre | Blog Uma Epifania
Dor de cabeça.
Acordar no meio da noite com o braço dormente.
Queimar a língua.
Bater o dedo do pé nos móveis.

Já pensou se, por algum descuido do destino, você parasse de sentir dores físicas?
Quebrar um braço não faria nem cócegas. Dor de garganta não incomodaria mais. Nunca mais se preocupar com o medo de agulha ou de encravar a unha. Isso mesmo. Parece o paraíso, não é? É, mas conheço alguém que discordaria totalmente.

A Ethel é uma garota que, além de gostar bastante de Machado de Assis, de visitar funerais de estranhos para se preparar para o seu enterro (que ela acredita estar próximo) e de fatos históricos curiosos, carrega uma sigla que faz toda a diferença no seu cotidiano. A CIPA (Insensibilidade Congênita à Dor com Anidrose, em Português) é uma síndrome relacionada ao sistema nervoso que impede seus portadores de sentir dor. Além disso, o "A" representa outro agravante: Ethel também não consegue suar.

O que para muitos parece uma vida perfeita, na verdade mostra-se um pesadelo. É preciso checar diariamente todo o corpo para saber se novos cortes apareceram, é preciso alarmes constantes para lembrá-la de ir ao banheiro e comer, e qualquer queda ou pancada é motivo de alarde: afinal ela pode quebrar a perna, levantar e permanecer com ela quebrada sem notar.

Além disso, a síndrome requer visitas constantes ao hospital e danos colaterais naqueles que estão por perto: após a morte do pai, a mãe de Ethel acaba se tornando super protetora. A conseqüência disso é que Ethel fez grandes amigos no hospital, mas não pode visitá-los com a freqüência que gostaria para que a mãe não tenha um surto.

Mas, Ethel não se resume a sua síndrome. Ela é uma garota profunda, cheia de convicções e de consciência da morte. Talvez seja exatamente por isso que a vida lhe parece tão clara - e que ela esclareça tudo isso para todo nós.

Toda essa consciência do mundo começa a ser partilhada quando ela conhece um rapaz em um dos quartos do hospital do jeito mais inusitado possível: sendo quase morta pelo sol. E ele é bonito, tem um gosto musical incrível e está sempre de bom humor. Mas, nós sabemos, ninguém visita o hospital a toa.

A grande questão aqui, amigos, é que não existe síndrome que nos deixe imunes as dores da alma e essas gritam todos os dias em nossos tímpanos. O livro é um grande grito libertador para que não deixemos de viver pelo simples medo da morte.

Viver plenamente é o melhor jeito de nos tornarmos eternos.
Ethel sabe disso.
Você está convidado a saber também.

Ler experiência de leitura em: http://www.ilzysousa.com/2015/01/leia-hoje-uma-vida-para-sempre-simone.html

site: www.ilzysousa.com
Simone 21/01/2015minha estante
A delicadeza das suas palavras é algo realmente enternecedor.
Ilzy, muito obrigada!
Amei absolutamente tudo!!




Gleise 23/11/2014

Lindo, triste e comovente
Simone! Pena que não sou boa com as palavras como você...porque não vou conseguir expressar o que estou sentindo ao terminar seu livro...além de chorar muito, fiquei um tempo olhando para o nada, perdida em pensamentos, sobre o quanto a vida é bela, linda, injusta e dolorosa ao mesmo tempo...os quanto uns tem sorte e não sabem, e não aproveitam e quanto outros tem tudo contra e vivem a plenitude da vida. Eu me identifiquei muito com a Ethel em relação aos pensamentos e questionamentos dela, eu também sou uma pessoa que não consegue ficar imune as coisas ruins que acontecem no mundo, mesmo tendo uma vida "perfeita", eu sempre me pergunto o porque isso está acontecendo com aquela pessoa, ou porque existe a maldade, porque existe a doença, e que eu queria ser Deus para mudar coisas que não concordo e que se eu fosse, a morte não existiria. Enfim, que lindo!! Comovente, real, muito bem escrito e com certeza você nasceu pra isso!! É um livro triste? Sim muito, mas nada do que escreveu foge a realidade da vida, do que muitas pessoas passam diariamente. Enfim, recomendo a leitura, e agradeço por você ter lembrado de mim para falar sobre o lançamento do seu livro e ter me dado essa oportunidade incrível de alimentar ainda mais minha alma com esse sentimento maravilhoso que só a leitura nos proporciona. Espero ansiosamente pelo seu próximo livro. Bjs, inspiração sempre!

site: https://www.facebook.com/Sugestoesdelivroscapasinopse
Simone 12/01/2015minha estante
Gleise, aquela que acredito ter sido minha primeiríssima leitora e a primeira a escrever uma resenha para o livro. Agradeço por tudo o que aqui está escrito e não sabe quanto sinto-me contente por ter tocado-a com a história.
Beijos.




Lucas 11/12/2014

Uma história para sempre
Há alguns dias peguei esse livro para ler e confesso que não esperava grandes coisas dele. A sinopse era okay, a capa era super fofa e algo me dizia que a história me lembraria muito uma outra da qual muita gente conhece e ama. O que eu não imaginava era o quanto eu me apegaria aos personagens dessa linda e triste história, o quanto esse livro se tornaria importante para mim a ponto de escolhê-lo como um dos meus favoritos.

Uma Vida Para Sempre conta a história de Ethel (“acrescente um acento agudo no primeiro E quando pronunciar, mas nunca quando escrever”), uma garota de 17 anos que foi diagnosticada com CIPA, sigla para Insensibilidade Congênita à dor com Anidrose, o que quer dizer que ela não sente nenhum tipo de dor e não transpira. Isso seria algo incrível, se não fosse pelo fato de ser extremamente perigoso, pois a dor é um sinal de que ultrapassamos alguns limites, de que há algo de errado com nosso corpo, e que devemos procurar ajuda. Por esse motivo, a vida de Ethel foi sempre supervisionada pela mãe, sempre atenta a qualquer arranhão, qualquer marca no corpo da filha que indicasse que havia algo de errado.

Porém esse livro não é sobre doença (okay, talvez só um pouco). A história começa a ficar interessante quando Ethel está no hospital para sua rotineira sessão de fisioterapia e conhece Vitor, um garoto que luta contra a leucemia. Eis que um lindo sentimento surge entre eles e juntos eles vão viver momentos que fará com que qualquer pessoa reflita sobre sua própria vida.

Eu tenho a mania de que sempre que estou lendo um livro, fico marcando minhas partes favoritas com post-its, e nesse caso, eu praticamente esgotei meu estoque, pois o livro é repleto de frases emocionantes, como “(...) É óbvio que amadurecemos, mudamos de opinião e evoluímos. Mas acho que muito do que muda é só a superfície. Tem muito da essência que continua ali, e apenas cresce conosco. É que vamos aprendendo coisas e vendo coisas, tomando consciência de outras, o que nos molda. Acredito nessa coisa de que não nascemos seres humanos e, sim, nos tornamo-nos. É a influência do meio, o que nos rodeia, acaricia-nos e nos ataca e o modo como lidamos com isso. E essa coisa da pintura tem muito a ver com a superfície, aquilo que qualquer desatento toma por verdadeiro, mas que, na verdade, não passa de uma casca, como o nosso próprio corpo. (...)”.

Fui lendo cada página torcendo para que elas nunca acabassem, não queria que essa história chegasse ao fim, e quando finalmente acabou, foi como se tivessem arrancado meu coração do peito e me deixassem viver sem ele. Impossível não se emocionar com o final. (Uma dica: não leia esse livro em público se não quiser que estranhos te vejam chorando.)

Sobre a forma de escrita, eu fiquei muito impressionado com a forma que a Simone conduziu o enredo. Chega a ser difícil de acreditar que uma pessoa tão jovem como ela escreva tão bem como escritores que já são consagrados. Mal posso esperar para ler mais coisas da autora, espero que outros livros como esse venham por aí, enquanto isso, vou ter que me contentar com essas 351 páginas desse livro que já é um dos meus favoritos.

PS: a resenha foi escrita ao som da cantora Birdy, que tem sua importância na história.
Simone 12/01/2015minha estante
Lucas, um querido com quem nunca tinha conversado antes de receber aquela mensagem linda no Facebook. Obrigada pelas lindas palavras. Saber que a história o emocionou tanto me deixa extremamente contente.
Ler as referências a alguns personagens e detalhes da história não tem preço!
Beijos.




Carla Buffolo Altoé 12/01/2015

Pois é, terminei esse livro sem palavras!
Minha primeira surpresa foi com o texto da Simone. Há um bom tempo que eu não descobria um novo autor que escrevesse tão bem e o melhor de tudo é que é brasileira!
E depois, é claro, a história.
Ethel é uma menina que não sente dor, o que algumas pessoas poderiam achar uma maravilha, mas a dor faz parte da nossa humanidade, então imagina como ela se sentia?
E depois fui apresentada ao Vitor com o sorriso que poderia unir os continentes sul-americano e africano. Achei essa expressão muito linda e eu consegui visualizar este sorriso.
Não vou contar a história porque é difícil de expressar tudo o que eles passaram e tudo que eu passei enquanto eu o devorara, basta ler a sinopse para ter uma noção e caia fundo na leitura.
Simone, meus parabéns pelo livro, seu talento para a escrita é incrível e essa história é muito tocante e bela.
Simone 12/01/2015minha estante
Carla, que lindo o que escreveu!
Agradeço muito pelo carinho e fico imensamente feliz por saber que a história significou tanto para você.
O sorriso do Vitor... sul-americanos e africanos agradecem! hehehe
Obrigada!
Beijos.


Silvana Barbosa 14/01/2015minha estante
Fico toda prosa qdo descubro autores brasileiros bombando !


Carla Buffolo Altoé 14/01/2015minha estante
Nossa, você não sabe como eu fiquei feliz de descobrir esse livro e a autora! Acabei de ler dois livros do Charles Dickens e fiquei em "depressão ", sem conseguir nada que me animasse muito, aí conheci a Simone....
Simplesmente uma das maiores supresas dos últimos livros!


Silvana Barbosa 15/01/2015minha estante
Ah , que bom !




Vanessa Meiser 02/02/2015

“ – Todos gostariam de ser Deus ao menos algumas horas uma vez na vida. Alguns para matar pessoas que não julgam dignas, outros para devolver a vida a alguém. Enquanto os mais peculiares fariam chover queijo.” Pág 122.

Eu poderia resumir este livro numa única frase: Colocou no chinelo o autor aquele!!!! Mas como resumir um livro como este em apenas uma frase? Não tem como, é preciso falar muito sobre esta história perfeitamente perfeita!

"Uma Vida para Sempre" entrou facilmente na minha seleta lista de favoritos. Já nas suas primeiras páginas eu me rendi à escrita da autora que é muito cativante e prende o leitor, todo tempo eu ficava com medo de que em algum momento eu fosse me decepcionar e acabar desestimulada com a leitura (as vezes acontece quando me apego muito rápido à uma história), mas isto nuuuunca aconteceu com este livro, pelo contrário, quanto mais eu lia, mais eu queria ler...

Aqui temos como protagonista a jovem Ethel que foi diagnosticada ainda muito nova com CIPA - Insensibilidade congênita à dor com Anidrose. O que significa esta sigla? Significa que ela é incapaz de sentir dor e de suar. Ou seja, ela não percebe quando acaba se machucando por um motivo ou outro e não pode ficar exposta ao sol ou ao frio, seu corpo não processa a temperatura e ela pode facilmente se queimar ou congelar e morrer em pouco tempo. Todos os cuidados no seu dia a dia não são suficientes para mantê-la fora de perigo e sua mãe acaba por sufocá-la com tanta super proteção que na sua opinião é muito exagerada. Ethel mora apenas com sua mãe - Professora Universitária viúva. O pai morreu quando a menina tinha apenas 08 anos de idade.
Ethel está hoje com 17 anos e segundo suas constantes pesquisas na internet, seu tempo de vida é considerado relativamente curto. Ela não sabe porque tem CIPA pois, foi adotada quando era um bebê recém - nascido e nunca soube quem são seus pais verdadeiros. Na verdade nuca quis saber pois, ama os pais que lhe adotaram e que também sempre lhe amaram acima de tudo.
Seu primeiro contato com a morte foi com a partida do pai porém, desde então ela exerce uma fixação pelo assunto, tanto que costuma frequentar velórios e enterros de estranhos. Ethel acredita que isto pode servir como uma preparação para o seu próprio funeral.
“ É engraçado observar os desejos, aquilo que em determinado momento representa a realização. Engraçado mesmo é perceber que o que não tem qualquer valor para alguns, representa simplesmente tudo para outros.” Pág 179.

Ethel tem uma grande amiga de infância, a Catarina, mas por vários motivos, elas acabaram por se distanciar e seguirem rumos diferentes, porém, o carinho que sempre existiu entre elas se manteve e graças a ele as amigas voltam a conviver no decorrer da trama. Além de Catarina, Ethel mantém um carinho enorme por alguns pacientes do mesmo hospital em que ela precisa frequentar semanalmente para exames e fisioterapia de rotina. Entre estes amigos está Max e Gertrud. Ela, uma senhora de 81 anos que tem pouco tempo de vida, mas não se deixa vencer, leva a vida da melhor forma possível e com alegria, o carinho entre ela e Ethel é recíproco apesar da diferença de idade. Max era um menino de 08 anos que acabou falecendo, deixando Ethel muito abalada. Ela então decide visitar o quarto que o amigo costumava ficar quando estava no hospital e é lá que ela conhece Vitor, que entrou furtivamente no local parecendo estar se escondendo de alguém.
Vitor é muito bonito, tem 19 anos e está sempre de bem com a vida, aparentemente. Na verdade, no decorrer da trama, descobrimos que ele está em tratamento para Leucemia e frequenta o mesmo hospital que Ethel.

“É por essas e outras que sempre defendo a importância de se olhar as coisas de vários ângulos. Mesmo que um não expresse nada, outro pode te surpreender.” Pág 41.

Os dois rapidamente tornam-se amigos e descobrem muitas coisas em comum, gostos parecidos. Ethel passa a visitá-lo no hospital e eles rapidamente estabelecem uma linda ligação que a cada dia que passa se fortalece mais. Não demora e eles se descobrem apaixonados e vivendo novas experiências juntos, aproveitando o tempo que se mostra cada vez mais implacável e sem piedade.
Não há tempo a perder!
“Sempre fugimos da normalidade, mas só até o exato ponto em que percebemos que a normalidade provavelmente está atrelada aos melhores momentos de nossas vidas. Isso me lembra a pesarosa expressão ‘Eu era feliz e não sabia’.” Pág 48.

Muita coisa acontece entre o meio e o fim da história. A narrativa é emocionante, por vezes bastante engraçada, e repleta de partes reflexivas que levam o leitor a refletir sobre a sua própria vida e sobre o que faz de seu dia a dia, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã.
Marquei inúmeros quotes neste livro e precisei selecionar apenas alguns para compor esta resenha, mas tenho certeza de que através destes vocês poderão ter uma boa ideia do quanto o livro é tocante e sensível.

“ E atire a primeira pedra quem nunca tentou se agarrar a uma ilusão para conseguir respirar quando na iminência de uma realidade muito mais dura e fria. Sabemos exatamente o que vai acontecer, apenas não sabemos como. E é assim que seguimos dia após dia.” Pág 266.

Impressionante o talento desta autora tão jovem e que já na sua primeira obra consegue levar o leitor às lágrimas. O que dizer do final da trama? De tirar o fôlego! De desidratar qualquer um de tanto chorar!!!

P-E-R-F-E-I-T-O!
Simone 08/02/2015minha estante
Vanessa, muito obrigada por tratar a história que escrevi com tamanho carinho e sensibilidade. Amei tudo o que escreveu.
Beijos.




Taty 26/01/2015

Uma vida para sempre
Confesso que era um pouco preconceituosa com os livros nacionais, mas tudo mudou quando li Uma vida para sempre. Quando a Simone me enviou o livro eu comecei a ler de imediato e as duas primeiras frases me chamou atenção, por se tratar de frases super parecidas.

"A dor é tão necessária como a morte" -Voltaire

"A dor ensina. A dor protege.[..]"

E logo descobri o porque dessas frases, Ethel tem CIPA (Insensibilidade congênita à dor com Anidrose) ou seja ela não sente dor e também não transpira e por causa desse fato ela não pode ficar muito tempo em contato com o sol ou com o frio, pois seu corpo não consegue estabelecer a temperatura e como ela não consegue sentir a ardência da pele queimando Ethel precisa estar sempre alerta e sempre que ficar muito exposta ao sol precisa equilibrar a temperatura rapidamente, se não ela pode morrer em minutos.
Ethel tem 17 anos e foi adota quando ainda era um bebê e logo os pais perceberam que havia algo errado com ela e foi aí que descobriram a doença, desde então Ethel é cuidada com muita atenção pelos pais, mais precisamente pela mãe já que aos 8 anos de idade ela perde o pai adotivo, esse é o primeiro contato que ela tem com a morte e depois disso Ethel passa a ficar meio que neurótica pela morte (mesmo ela não gostando muito desse termo),
Digo neurótica por coisas desse tipo:

"Você sabia que por muitas vezes é possível encontrar cadáveres em posições diferentes do que aquelas em que foram colocados [..]"

em uma das suas pesquisas, descobre que os portadores da CIPA tem uma expectativa de vida muito curta chegando aos 20 anos e desde então ela vive tentando preparar a mãe para sua partida, tentando fazer com que as pessoas pense sobre a morte e que ela está ali na esquina, só esperando o momento certo para ceifar mais uma vida que não aproveitou o que a vida deixou ao seu dispor.
Ethel faz fisioterapia em um hospital de Joaçaba duas vezes na semana e lá ela fez alguns amigos, coisa que na escola ela não tinha por ser a garota diferente e o que a levou estudar em casa. Gertrud é uma senhora portadora de uma doença incurável, ela tem um papel muito importante na vida da Ethel, é a personagem que mais entende ela, isso até Ethel conhecer Vitor um garoto bonito de 19 anos portador de LMA (Leucemia Mieloide Aguda), eles se conhecem no hospital e desenvolve uma amizade que no decorrer da história já podemos adivinhar no que vai dar.

"Eu quase conseguia ver os sul-americanos atravessando a ponte para a África, aquela sustentada pelo sorriso de Vitor"

É assim que Ethel se refere ao sorriso de Vitor, uma ponte que faz com que Africanos e sul-americanos dar as mãos. fofo né? Mas como nada é flores, além de Ethel e Vitor lidarem com as doenças também terão que lidar com o fato da mãe de Ethel ser totalmente contra seu relacionamento com qualquer pessoa do hospital. E Ethel terá que lutar por seus direitos e liberdades, terá que tentar trazer a mãe junto também com Catarina ao mundo dela e mostrar que a presença dela ali no hospital ao redor de pessoas que estão em fase terminal os ajudam a ver o lado bom da vida...

Uma das coisas que me chamou a atenção foi a rotina da Ethel, ela acordando todos os dias e parando em frente ao espelho completamente sem roupa a procura de qualquer machucado ou osso quebrado, ou quando ela diz que precisa colocar lembretes no celular para que ela não esqueça de ir ao banheiro ou mesmo de comer.
Seu humor irônico é uma característica que eu adoro nela, o modo como brinca a respeito da doença.

"Você pode ir até a cozinha, apanhar a faca mais afiada e, sei lá, decepar a minha mão. Eu não vou sentir absolutamente nada."
O assunto principal (Acho que posso dizer assim) é a morte, você vai notar que tudo gira em torno dela "a terrível morte"

"Há alguém morrendo enquanto escrevo esta palavra e há outro morrendo agora, enquanto você respira ou vira uma página. E isso é estranho, insano e ridículo. Mas é o que acontece e ninguém pode mudar essa realidade."


"Lembre-se de que vai morrer"



"Pessoas vivem como se não fossem morrer e morrem sem nunca ter vivido"
Eu o livro parecido de certa forma com o livro A culpa é das estrelas, a escrita da autora me fez lembrar muito desse fenômeno do João verde, principalmente o jeito irônico os personagens, o foto de Ethel e Vitor serem doentinhos e o jeito nerd deles de conversar, as piadas de um humor negro as vezes, sabe? Adorei as indicações de livros, músicas e filme no decorrer da história, A-M-E-I os pensamentos e curiosidades super interessantes no incio de cada capitulo, como uma teoria de que Tiradentes tenha morrido careca e não cabeludo e barbudo como é retratado e como isso seria uma maneira de compara-lo com Jesus Cristo, ou o hipótese de Hitler ter sido um judeu.
A única coisa que me incomodou no incio da leitura foi não saber a aparência física da Ethel, que eu me lembre a autora não a descreveu, então não sabemos a cor dos olhos, cabelos, esse tipo de coisa, só se eu me envolvi tanto na história que nem tenha reparado kkkkk Mas eu criei a minha Ethel na minha cabeça e tudo ficou certo.

O final do livro me deixou tipo *0* MDS, mas eu adorei e Uma vida para sempre super mereceu cinco estrelas.
Simone, você é nosso João Verde versão mulher Br, não estou brincando rsrsrsrs, por favor não pare de escrever, e eu já estou louca para anunciar aqui no blog seu próximo lançamento e já tenho certeza que será incrível, você extremamente talentosa e com certeza é responsável pela criação de um livro que irá ser admirado por milhões de pessoa, e eu já sou sua fã.

Aviso I: Não leia o livro pensando que a história vai girar em torno da doença da Ethel, se não pode ser que vocês se decepcionem um pouquinho.

Pessoal, acho que é isso, vou deixar algumas quotes que eu adorei. Comprem o livro porque vale super a pena eu recomendo muito mesmo e não é porque sei que a autora estará lendo essa resenha não heim, eu recomendo porque é uma história incrível, criativa, emocionante, que trata de um tema pesado de certa forma, pois falar da morte não é para qualquer um, amei ela ter elaborado uma história de uma garota portadora de uma doença tão rara e esquecida, pois quem não sabe essa doença realmente existe, não sei a Anidrose, mas a impossibilidade de sentir dor existe sim e é uma doença esquecida, já vi uma ou duas reportagem sobre esta e ler um livro na qual a personagem principal é portadora da doença foi incrível, a só então você percebe o quão importante é sentir dor.

"Dizem que para uma pessoa considerar sua vida plena precisa escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore"
"Em um mundo em que muitos lutam para mostrarem-se diferentes da grande maioria, acredite, eu não me sinto nem um pouco lisonjeada por ter sido laureada com tal raríssima condição. Eu sou pouco mais que uma estatística"
"Eu me lembro daquele sorriso imenso às vezes. E a dor sentimental, aquela da qual não sou imune, inunda-me"
"Não sou do tipo que se zanga quando alguém joga a verdade na minha cara."
"Quanta ironia, um ser provido da dor e que é incapaz de senti-la"
"A grande comporta estava prestes a ser corrompido pela força de um evento natural. Eu estava desmoronando"
"[..] Você me arrancou da inércia que eu chamava de existência"

"Já disse alguma vez que te amo?"

Caramba! vou parar por aqui. ( Caramba rsrsrsrs quem ler vai entender e quem leu me entendeu kkkk)




Aviso II: Prepare-se psicologicamente e comece a leitura.

Você tem uma lista de coisas a fazer antes de morrer? Caso não tenha, deveria começar a pensar nisso... - pág. 181

SIMONE: Quando sai seu próximo livro? Não vejo a hora de ler.

http://colecoes-literarias.blogspot.com.br/2015/01/resenha-uma-vida-para-sempre-simone.html#more

site: http://colecoes-literarias.blogspot.com.br
Simone 27/01/2015minha estante
Taty, minha querida.
Este seu jeito divertido de falar sobre a história me encantou!
Muito obrigada!!
Beijos.


Taty 06/02/2015minha estante
Simone obrigada linda.
Eu ameiiii sua escrita e me encantei com Uma vida para sempre.
Não vejo a hora de ler mais livros seu.
Beijos Flor




Danielle 09/02/2015

Comovente e lindo
Quando vi esse livro no skoob como semelhante a alguns livros que eu amo e ainda com essa capa linda, fui saber mais sobre ele e vi que tinha lançado a pouco tempo, desde então ele entrou para minha wishlist, então entrei em contato com a autora para comprar o livro e ela ao saber que era blogueira me cedeu gentilmente um exemplar para leitura, assim que ele chegou comecei a leitura e com grandes expectativas.

Logo ao começar a leitura me deparei com a protagonista falando do seriado 1 litro de lágrimas, que foi baseado em um livro que amei e também citação de vários filmes e livros de histórias que amo e isso já me cativou de cara.

"Dizem que o tempo cura as feridas, mas eu não concordo muito com isso. Ele apenas ameniza, ao passo que a cicatriz continua ali, lembrando-nos de tudo."

O livro é narrado em primeira pessoa pela Ethel, uma adolescente de 17 anos adotada desde bebê e que tem uma doença muito incomum chamada CIPA (Insensibilidade congênita à dor com Anidrose), traduzindo ela não sente dor e também não transpira, alguns podem pensar que não sentir dor seria uma coisa boa, mas não é, pois sentir dor é o que transmite ao cérebro que alguma coisa não anda bem e se a pessoa não tem essa sensibilidade isso pode levá-la a morte por uma coisa até simples.

"Sempre fugimos da normalidade, mas só até o exato ponto em que percebemos que a normalidade provavelmente está atrelada aos melhores momentos de nossas vidas. Isso me lembra a pesarosa expressão "Eu era feliz e não sabia..."

Ethel pesquisa escondido de sua mãe sobre sua doença e descobre que as pessoas com sua doença não costumam ter uma vida longa e morrem ainda muito jovem. Ethel dá muito valor à vida e gostaria muito que as pessoas tivessem a consciência de aproveitar suas vidas como se fosse o último dia, porque na verdade nunca sabemos quando ele pode chegar.

"Eu preciso de alguém que me ajude a lutar e não que tente a todo momento me tirar da linha de frente da batalha."

Ethel quando ainda era criança já teve contato com a morte, quando seu pai morreu em um acidente. Ela não tem medo da morte e aprende a conviver com ela indo à enterros de estranhos, ela tenta preparar os que estão à sua volta para sua morte e não é muito bem compreendida. Novamente ela se deparou com a morte de uma pessoa querida quando uma criança que fez amizade no hospital faleceu de câncer, ela fica muito triste com a situação de uma criança não ter a oportunidade de crescer. A partir desse momento que Vítor entra na trama e na vida de Ethel, um jovem de 19 anos, muito lindo de acordo com sua descrição ele também tem um sorriso que parece uma ponte capaz de fazer Africanos e sul-americanos dar as mãos, é muito fofo ela fazendo essa comparação.

"Seria muito irônico se nos apaixonássemos. Seria praticamente uma provocação. Seria como darmo-nos as mãos e começarmos a correr, fugindo da morte."

Mas como tudo não são flores e eles se conheceram dentro de um hospital, Vítor possui LMA (Leucemia Mileóide Aguda) de acordo com ele não é só ela que tem uma doença com uma sigla metida a besta (rsrsrsrs), mas ao que tudo indica ele vai fazer um transplante autólogo de medula e tem grandes chances de se curar. Mesmo que seja possível a cura de Vítor, Ethel não quer se envolver amorosamente por ninguém pois ela tem ciência que sua vida não será longa e o que o fim se aproxima, mas a pedido Vitor eles acabam se tornando amigos e ela estará sempre visitando-o.

"Há algumas coisas pelas quais simplesmente não vale a pena lutar. Às vezes percebemos que estamos empenhando esforços em coisas erradas e que não nos acrescentam em nada. Então é hora de desistir. E isto não é covardia. É perspicácia, para dizer a verdade."

Eithel só beijou um menino uma vez na vida, e quando ele conta como foi a experiência eu fiquei com meu coração partido, não vou contar como foi para não estragar a surpresa de vocês, e desde então ela se travou para encontros amorosos.

"Mas viver, meu amigo, é opcional. Você pode escolher se quer apenas se arrastar pela sua triste existência ou fazer algo de valoroso. Então, escolha e faça de uma vez, porque eu ainda acho que são sortudos aqueles que sabem quando vão morrer. Eles aproveitam. É preciso lembrar que a morte geralmente vem desacompanhada de aviso prévio."

Vocês devem estar pensando que este é mais um sick lit de romance adolescente parecido com vários outros parecidos por aí, não, aliás eu sempre acho cada história e seus personagens únicos, neste caso temos uma doença nada comum onde iremos aprender um pouco sobre ela e um pedido de ajuda aos portadores de Leucemia que precisam de transplante de medula, aqui a autora explica a importância de ser um doador e como se tornar um e quem sabe ser escolhido para salvar uma vida. Quem nunca conviveu com ninguém que tivesse leucemia muitas vezes não tem a menor ideia de que pode ajudar e que não irão lhe arrancar nenhum órgão, o transplante é apenas um líquido que será extraído da sua medula caso seja um doador compatível, e para ser doador é apenas como doar sangue,o REDOME é um cadastro de medulas do mundo inteiro, você pode salvar uma vida que está do outro lado do mundo.

"Ao menos sou um prova viva de que uma vida sem dor não é o paraíso que a maioria das pessoas julga ser. Acho que isso as conforta de certa forma."

Os personagens me cativaram muito, a Eithel com sua maturidade apesar de tão jovem, e também seu sarcasmo muitas vezes me levaram aos risos, o Vítor um jovem cativante que encontrou em Eithel a força que precisava para enfrentar as turbulências de uma leucemia, a evolução que Eithel conseguiu fazer em sua mãe e sua melhor amiga, na forma de elas encarem a vida foi muito linda.

"Não adianta de nada sentir pena e não fazer porcaria nenhuma."

O livro em muitas partes me emocionou muito por já ter perdido a minha irmã com leucemia, reviver uma história parecida sempre faz a gente voltar no tempo e acabar se emocionando mais do que quem nunca viveu, pois sabemos exatamente como é essa dor.

"Enquanto outras pessoas sonha, em se tornarem famosas, ficar ricas, ir à lua ou encontrar o amor de suas vidas, Vítor e eu, cada um a sua maneira, sonhamos apenas com um futuro, afinal, acho que a beleza dos sonhos não está somente em realizá-los, mas também em tê-los"

Terminei o livro chorando muito, e cá estou escrevendo essa resenha já com os olhos cheios d'água. Não tenho como expressar o quanto esse livro foi profundo para mim e tenho certeza que muitas pessoas que já leram também amaram muito esse livro de acordo com resenhas que já li, com certeza entrou para lista de livros preferidos.

"Acho que amizade verdadeira mesmo é quando conseguimos ficar junto de uma pessoa em silêncio sem sentir qualquer constrangimento. É aquela m que um olhar representa e confidencia tudo. Eu precisa apenas dela ali, daquele mesmo jeito, do seu silêncio, dessa comunhão em meio às loucuras da vida. Essas loucuras que marcam tão profundamente."

A escrita da Simone é muito gostosa de ler, não dá vontade de parar de ler, marquei tantos quotes que nem sei se consegui colocar todos aqui. O livro é lindo demais tanto a capa quanto todo seu conteúdo, dá para ver o carinho e dedicação com que ele foi escrito em cada página.

"Como é confuso tudo isso. Uma hora alguém está aqui e em outra hora já não está mais. E não importa o quanto lidemos com a expectativa de morte todos os dias, ela sempre prega peças e nos arranca pedaços."

Recomendo muito a leitura a todos,uma linda de história de amor e com uma linda mensagem de amor ao próximo.






site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
Simone 13/02/2015minha estante
Dani, a conscientização em prol da solidarização foi um de meus maiores escopos ao escrever essa obra. Quem passou por uma situação parecida a de qualquer personagem, seja pessoalmente ou com um familiar, compreende, no âmago, a magnitude da história constante neste livro.
Sua emoção também me comove.
Agradeço imensamente por suas lindas palavras!
Beijos.




Lary 11/02/2015

É complicado quando um livro mexe tanto com a gente a ponto de dificultar a elaboração de uma resenha, mas é também algo maravilhoso, pois quer dizer que a estória foi boa. Ethel está eternizada em meu coração, assim como Victor e Senhora E. . Uma vida para sempre é um sick lit e trata do amor de adolescentes com graves doenças, o que pode fazer com que alguns o comparem com ACEDE. Apesar de serem do mesmo gênero, a meu ver as semelhanças terminam ai. Uma vida para sempre tem que ser lido sem a intensão de ser comparado com nada, a não ser com ele mesmo e com a vida real. Um livro que mexeu muito com meus sentimentos, me fez repensar algumas atitudes e, com certeza, me transformou, mesmo que só um pouquinho, em alguém melhor.

site: http://vidasempretoebranco.blogspot.com
Simone 13/02/2015minha estante
Lary,
Análise apuradíssima da história.
Obrigada pelo carinho e por confidenciar-me toda sua comoção em relação a estes personagens, principalmente a Ethel.
Beijos.




Thais Caroline 10/03/2015

Eternamente em meu coração sz'
Sabe aquele livro LINDO e FOFO que te faz RIR e CHORAR!? Pois é, uma vida para sempre te ensina varias coisas, uma delas é que, infelizmente, o estoque de sangue e medula ossea é minimo para um país tao grande quanto o Brasil. E voce percebe que é tãaaao facil fazer isso. Nao precisa alguem proximo de voce ficar doente para que voce seja um doador.

Isso mesmo, é facil e pratico. Só basta querer.


Fiquei encantaderrima por ler um livro tão lindo e saber que a autora é brasileira *-*
Uma linguagem facil e encantadora. A historia de Ethel te deixa de boca aberta. Ela é uma menina doente, mas isso nao a impede de tentar fazer o bem. Ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim.

E com muita historia a desenrolar e com um final surpreendente voce começa a colocar sua vida na balança e percebe que voce tem que aproveitar ao maximo a sua vida! Os minutos passam rapido, entao aproveite sua vida ;)
Simone 11/03/2015minha estante
Thais, obrigada pelas lindas palavras e por indicar o livro, como percebi abaixo, hehe.
Era exatamente este o intuito, fazer os leitores refletirem, olharem de uma outra maneira para suas próprias vidas. Não que eu seja alguém "especial" para fazer isso, mas utilizo-me daquilo que amo, a escrita, para tentar fazer algo de bom, deixar uma marca. E é extremamente gratificante saber que consegui passar esta mensagem a você!
E quando a doação, de fato, é um gesto tão simples, mas que pode salvar vidas. Muito importante disseminar esta informação.
Obrigada mais uma vez.
Grande beijo.




Jessy 07/08/2015

O mundo seria um lugar melhor se existissem varias Ethels por ai ;)
O livro tem uma historia incrível, mas sua mensagem é simples e muito importante: A vida é finita. Então aproveite-a com a consciência disso.

Ethel é uma menina de 17 anos portadora de CIPA, sigla em inglês para Insensibilidade Congênita à Dor com Anidrose. Leigos podem pensar que não sentir dor é uma benção, mas a dor, assim como o medo, nos mantém vivo. Ethel sabe bem disso. Por causa de sua doença ela precisa tomar vários cuidados. Como se examinar cinco vezes por dia atrás de ferimentos. E até mesmo ter hora marcada para ir ao banheiro, uma atividade natural para todos, mas Ethel não sabe quando esta com vontade ou não de ir ao banheiro.
“Eu gostaria de ver algo acontecer. Algo diferente, entende? Eu queria ter a chance de viver outra vida, que não a minha. Beijar outra mãe, que não a minha, ou sentir a falta dela, caso inexista. Eu queria ter um pai aos quinze anos, para dançar a valsa. Eu queria ao menos ter tido uma festa e uma valsa aos quinze anos. Eu queria ter dado um beijo apaixonado e até ter tido a minha primeira vez de uma forma inconsequente, como a grande maioria. Eu queria poder olhar de fora da situação, sob uma nova perspectiva, vivendo debaixo de outra pele, em um corpo saudável, talvez, para naqueles momentos em que eu penso estar tudo uma verdadeira porcaria ou sem chance alguma, eu saber que em outro lugar as coisas não são tão boas quanto parecem, porque, afinal, todos tem problemas. Para saber, simplesmente, que do outro lado também há lágrimas.”
Falar apenas da doença não define Ethel. Ela tem apenas 17 anos e quer aproveitar o melhor da vida. Principalmente por ter a consciência que a qualquer momento ela pode acabar. Essa fragilidade da vida finita é o que mais incomoda Ethel. Ela considera absurdo pessoas saudáveis desperdiçarem a vida não fazendo nada de útil com ela.
“Eu sempre quis compreender a morte e entender esse processo, conhecer um pouco da dor do mundo, preparar-me para esse fim inevitável que sempre me pareceu tão próximo e também ajudar minha mãe a enfrentar tudo isso. Sempre se tratou de uma grande mistura de objetivos, mas nunca percebi que ir a cemitérios, velórios e enterros de estranhos não estava ajudando em nada. Apenas me causava uma tristeza sem precedentes. Há pouco tempo percebi que não importa o que façamos, não há como preparar-se ou habituar-se a uma coisa tão grandiosa quanto a morte. Mas, ao ter consciência da iminência disso, passamos a realmente querer fazer mais. Se as pessoas dessem mais valor para o fato da vida não ser eterna, poderiam fazer muitas coisas de maneira diferente.”
Por esses motivos, Ethel deseja uma liberdade que acaba quando o zelo que sua mãe tem em relação a ela começa. Muitas das mães costumam criar seus filhos em baixo de suas asas, mas pela sua condição, Edite, mãe de Ethel, acabou criando uma bolha em torna da filha para protegê-la. Por sua rotina de tratamento no hospital, Ethel acaba criando varias amizades nesse ambiente. Mas sua mãe, por achar que essas amizades podem não fazer bem para a filha, proíbe Ethel de ficar no hospital além do tempo necessário. Para conquistar sua liberdade, Ethel tem que mentir para a própria mãe.

No hospital, Ethel conhece Vitor, um menino de 19 anos, que está fazendo tratamentos em busca da cura para a leucemia. Ao primeiro contato já percebemos ali um encontro de almas, mentes e corações. Como é dito varias vezes por Ethel, Vitor tem um sorriso que poderia criar uma ponte entre o continente sul-americano e o africano.

Com o agravamento da doença de Vitor e o amor dos dois foi ficando cada vez mais forte. Eles decidem aproveitar cada segundo que ainda os resta para ficarem juntos e viverem e experimentarem todas as sensações que eles gostariam de ter uma vida inteira para viver e experimentar.
“E se você descobrisse que este é o seu ultimo dia? Ou que tem apenas dois meses de vida? Não seria confuso, horrível e triste? E então haveria os estágios. A negação, profunda depressão, raiva e outras coisas. Questionaria Deus e sua existência. Mas ai você se daria conta de que o tempo está passando. E começaria a correr. Refletiria sobre suas ações e, de fato, viveria como se não houvesse amanhã. Diria aquilo que quer, amaria mais e com mais intensidade, perdoaria algumas pessoas e mandaria outras para o inferno. Provavelmente gastaria mais do que pudesse pagar. Faria aquela viagem incrível. Visitaria um asilo ou um orfanato e daria algo para a caridade. Olharia para o céu e admiraria quão surpreendente e bela pode ser a natureza. Então, olhar-se-ia no espelho e perguntaria a si mesmo: “Por que diabos eu não fiz isso antes?”. Sentir-se-ia um perfeito idiota. Entretanto, iria se convencer de que fez o que pode e então deixaria esta terra. Porque é assim que as coisas acontecem e essa tal de morte é inevitável. Mas viver, meu amigo, é opcional. Você pode escolher se quer apenas se arrastar pela triste existência ou fazer algo de valoroso. Então, escolha e faça de uma vez, porque eu ainda acho que são sortudos aqueles que sabem quando vão morrer. Eles aproveitam. É preciso lembrar que a morte geralmente vem desacompanhada de aviso prévio. E, ai? Vão ser apenas planos então?”
Todas as relações pessoais de Ethel, com namorado, mãe e amigos, são legais de acompanhar. A forma como ela toca as pessoas e o que ela tem pra dizer. Graças à escrita da autora que torna o livro uma conversa entre o leitor e Ethel. Em todo o começo de capítulo, temos algum pensamento de Ethel, uma curiosidade, informações ou um trecho de algum livro. O que é muito interessante. Principalmente alguns trechos escritos por Hilda Hirst.

O que me fez me conectar muito rápido com a estória, foi algumas semelhanças que tenho com a Ethel, como seus achismos, maneira de pensar, de se vestir e gosto musical.

Dei cinco estrelas para o livro e com certeza recomendo sua leitura. O mundo seria um lugar melhor se existissem varias Ethels por ai ;)

site: http://coisasdeumleitor.blogspot.com.br/2015/08/resenha-uma-vida-para-sempre-simone.html
Simone 28/08/2015minha estante
"O mundo seria um lugar melhor se existissem varias Ethels por ai." *--*
Adorei a resenha, Jessy!
Muito obrigada!




Lendo por Amor 06/03/2015

Ethel é uma adolescente nada normal. Portadora de uma síndrome rara, Ethel Vilanova, não sente nenhuma dor e também não transpira. Esta síndrome chamada CIPA, impossibilita Ethel de viver uma vida normal, pois precisa ter cuidados excessivos, já que pode se machucar e não sentir ou se ficar muito tempo exposta ao calor pode ter uma febre altíssima.
Tudo isso impediu Ethel de viver normalmente, frequentar a escola e ter amigos. Os únicos amigos de Ethel se encontram no hospital no qual frequenta. E é nesse hospital o qual encontra Vitor, um garoto de 19 anos portador de Leucemia.
A partir daí, vocês já devem imaginar o que acontece né? Ethel e Vitor apesar de todos os problemas começam a namorar e aproveitar a vida. Mas diferente do que vocês estão pensando, isso não é um livro parecido com A culpa é das estrelas (nada contra ACDE, gosto muito da história e já chorei muito por Hazel e Gus). Diferente de Hazel que fica de mimimi, Ethel luta muito por Vitor e por sua liberdade.
Ethel não é uma garota comum, não apenas pela síndrome que tem, mas também pela bravura e vontade de viver.
Uma vida para sempre me encantou de uma forma esplendida. Não só pela história, mas pela escrita da Simone também. Fazia muito tempo que não lia um livro tão bem composto de palavras e reflexões. O que me deixou fascinada foram as reflexões de Ethel, que nos fazem pensar um pouco mais. A maior reflexão de Ethel é sobre a morte. Por que as pessoas têm tanto medo dela? Todo mundo sabe que um dia chegará ao fim da linha... Ethel se questiona muito sobre isso, e nos faz questionar também.
A capa é linda demais! Sou apaixonada por ela desde que vi pela primeira vez, apesar da simplicidade, é de uma delicadeza singular, igualmente ao livro. A diagramação é da seguinte forma: Como se trata de um diário, cada capitulo se trata de um dia da vida de Ethel. Ao início de cada capitulo existe um pequeno texto, que se trata de uma pequena reflexão sobre aquele dia.
O livro veio com uma dedicatória lindíssima, onde dizia: que esse livro traga-lhe bons momentos. Sim Simone, tive momentos maravilhosos com esse livro. E espero que todos tenham essa oportunidade. Não deixe passar a oportunidade de conhecer a história de Ethel, ela é linda demais.

site: http://lendoporamor.blogspot.com.br/2015/02/resenha-uma-vida-para-sempre-simone.html
Simone 11/03/2015minha estante
Agradeço imensamente pela resenha lindamente escrita!
Beijos.




Sol 23/12/2020

Pode parecer que usa a mesma fórmula de A culpa é das estrelas, mas achei um livro cheio de informações.
Pertinentes inclusive, sobre o REDOME, por exemplo, e tantas outras coisas.
comentários(0)comente



Gui Olí 05/01/2016

Uma vida para sempre
Imagine como seria viver sem sentir dor ou transpirar. De maneira superficial parece muito vantajoso, não?

Bom, não é… Sem sentir dor ou controlar a própria temperatura fica difícil monitorar como o corpo está trabalhando e, nessas, a morte pode chegar a qualquer momento. Por isso, o que era para ser vantagem se tornou um fardo na vida da Ethel, a protagonista desse livro, que compartilha com os leitores o seu diário.

Sua vida regrada e suas constantes pesquisas na internet levam Ethel a uma conclusão que pode ser um tanto mórbida: ela está morrendo.

A adolescência já é, normalmente, um período cheio de questionamentos em nossas cabeças. Quando uma certeza dessas se soma aos demais pensamentos, poderíamos esperar uma jovem revoltada e extremamente pessimista, certo? Errado. Ethel é uma menina doce e com opiniões formadas sobre a vida em geral. É madura, com uma grande bagagem cultural e um tanto solitária, mas livre daquela amargura tão típica em pessoas mais sozinhas.

Ao começarmos a leitura, percebemos que uma história baseada na morte tem tudo para caminhar para o pessimismo e a morbidez. Seria um caminho fácil falar sobre a morte assim e é uma grata surpresa quando percebemos o contrário: uma narrativa tranquila, leve, mas muito emocionante.

A morte ainda é um assunto tabu, um tanto complicado e a maioria das pessoas não sabe lidar (me incluo nessa lista!). A tranquilidade da Ethel ao lidar com o tema chega a assustar as pessoas mais próximas. E a forma como a Simone concebeu o livro destrói todos os estereótipos que envolvem o tema. Ela não leva a narrativa para o drama exagerado, respeitando as emoções dos personagens e (por que não?) do leitor.

De modo geral, todos os personagens são muito bem construídos. Até mesmo os coadjuvantes que entram e saem na medida certa, sem atrapalhar ou deixar fios soltos.

Ainda que Ethel seja muito sozinha, é claro que a história envolve amizades, famílias… e um amor. Mas isso fica para a leitura de vocês!

A única coisa que adianto é: se prepare para muita emoção e ser cativado pela Ethel.
Luciana 05/01/2016minha estante
Muito amor por esse livro ?


Simone 01/05/2017minha estante
Gui lindão!




jeeeh.carool 27/05/2015

Resenha @love_books2
Uma vida para sempre conta a história de Ethel, uma jovem que apesar de ter uma doença rara, não deixa se abater com qualquer problema, sempre tenta ajudar o máximo que pode as pessoas que ama. Ethel é portadora de uma doença chamada CIPA(Insensibilidade Congênita a Dor com Anidrose) , a principio achamos que Ethel é uma adolescente frágil e que não pode fazer nada por cauda de sua doença, mas você acaba se surpreendendo com a maneira e o jeito que ela encara a vida.
Ao contrario de muitas pessoas Ethel se sente bem no hospital, onde frequenta para fazer fisioterapia, lá ela faz amizade com muitas pessoas entre elas Dn. Gertrud, uma senhora que apesar da idade, tem uma vitalidade incrível, e se torna a melhor amiga de Ethel em seu tempo no hospital. Apos algum tempo ela conhece Vitor, que acaba despertando todos os tipos de sentimentos, e os dois começam um relacionamento cheio de emoções e surpresas.
Com uma escrita simples e viciante, Simone nos leva para dentro do livro, nos fazendo rir e chorar com essa história incrível.

site: http://iglovebooks2.wix.com/instalovebooks2#!Uma-Vida-Para-Sempre-Simone-Taietti-/cll2/ia758plx1
Simone 22/07/2015minha estante
Jeeh, adorei!! Muito obrigada pelo carinho!
Beijos.




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