A rainha do castelo de ar

A rainha do castelo de ar Stieg Larsson




Resenhas - A Rainha Do Castelo De Ar


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Mel Trabach 25/12/2018

Livro: Millennium - A Rainha do Castelo de Ar/ Autor: Stieg Larsson

No ultimo volume da tão aclamada trilogia "Millennium" vamos acompanhar a recuperação e também o julgamento de Lisbeth Salander.

Depois de todos os eventos catastróficos e reveladores do volume anterior Stieg Larsson vem nos trazer uma narrativa bem mais lenta onde o foco se torna a espionagem e todos os crimes cometidos pela "SAPO/SESSÃO" e por Zalachenko.

Mikael por sua vez está totalmente imerso em mais uma reportagem, como já era previsto ele acaba mergulhando de cabeça naquela que pode se tornar a reportagem de sua vida e também inocentar Lisbeth Salander, porém como também já era esperado seus imigos não estão para brincadeira e toda essa investigação pode colocar não só sua vida mas também a vida de todos os envolvidos em risco.

Todo o livro se desenvolve de forma bem lenta e até mesmo repetitiva, como são várias agências investigando o mesmo crime várias vezes durante a narrativa vamos nos deparar com os mesmos fatos apenas sendo contados por personagens diferentes, isso na minha opinião acabou atrapalhando um pouco o desenvolvimento da história e fazendo com que ela se tornasse bem cansativa.

Enquanto boa parte do livro se desenvolve de forma bem lenta, por sua vez o seu desfecho acaba sendo extremamente corrido e muitos fatos são pincelados de forma bem superficial o que me incomodou bastante.

O livro cumpre bem com sua proposta e nos entrega um bom desfecho para todos os personagens e um julgamento de tirar o fôlego, porém se comparado aos volumes anteriores infelizmente esse deixa bastante a desejar, sendo assim apesar de ser uma boa leitura o meu concelho é que você vá com um pouco menos de expectativa e talvez assim se surpreenda mais.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 16/07/2018

Davi Contra Golias
Esse é o último livro concluído por Stieg Larsson. Na ocasião de sua morte, ele estava escrevendo o quarto, inclusive, deixou várias anotações para mais três, a medida que seu projeto seria totalizar dez volumes. No entanto, por conta de uma disputa familiar, esse material foi parar na Justiça e não pode ser divulgado.

No ano passado, um quarto volume foi lançado e, driblando as questões legais, ele não foi inspirado em nenhuma ideia do escritor. "A Garota na Teia de Aranha" é uma criação pessoal do escritor David Lagercrantz, escolhido pelos herdeiros para assumir o projeto audacioso e arriscado de continuar a série, motivo de acaloradas discussões entre os fãs.

Mas vamos ao que interessa, "A Rainha do Castelo de Ar" é a continuação de "A Menina Que Brincava com Fogo" e, finalmente, o passado de Salander vem à luz, revelando suas funestas ramificações com o presente. Com pontos em aberto, fica a certeza de que o escritor ainda reservava boas histórias sobre esse assunto.

Logo nas primeiras páginas, o leitor vai encontrar a hacker lutando para sobreviver no hospital, após ela quase ter sido quase morta pela quadrilha de Alexander Zalachenko. Porém, acusada de vários crimes, ela ainda terá que provar sua inocência nos tribunais para escapar da prisão. Para isso, além de Blomkvist, ela irá contar com dois importantes aliados: a advogada Annika Giannini e o inspetor Jan Bublanski. Na luta entre Davi e Golias, mais uma vez a inteligência tentará derrotar a força, expondo um escândalo de proporções gigantescas e com alcance internacional.

Com quase 700 páginas, li o livro num final de semana. Fiquei completamente absorvida com a leitura e confesso que senti um imenso vazio no final.A morte de Stieve Larson foi uma enorme perda para a literatura policial, mas sem dúvida, a série Millennium mesmo inacabada, irá manter-se viva como um registro impecável do atribulado mundo que vivemos.
Erika 18/10/2018minha estante
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bobbie 22/06/2018

Triolgia espetacular
Não dá para avaliar A Rainha do Castelo de Ar isoladamente da trilogia Millennium. Stieg Larsson conseguiu escrever uma trama muito bem amarrada, inteligente, instigante e com uma protagonista tanto estranha como cativante. O final deste terceiro volume é espetacular.
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monique.gerke 20/06/2018

Cinco estrelas para os três livros da série Millennium. Gostei muito da história, do suspense, dos personagens muito bem construídos! Enredo com umas reviravoltas que me deixaram sem reação hehe. Mas o principal foi a temática por trás de cada livro, que é o inimigo que as mulheres enfrentam e vivenciam diariamente, ou seja, o machismo, este que por vezes se apresenta de forma sutil, mas as vezes de forma escancarada.
Larsson foi certeiro em tratar sobre esse tema tão importante, tão necessário, em uma história de ficção policial/ mistério! Recomendo demais
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@zurcenila 13/05/2018

(Resenha) Livro – Trilogia Millenium Livro 03 – A Rainha do Castelo do Ar – Stieg Larsson
O terceiro livro de Stieg nos coloca na continuação daquele mistério que Lisbeth está passando..

Este é considerado o "último" livro da série por ser o último escrito por Stieg Larsson e ele caprichou... são quase 700 páginas envolventes e marcantes. A característica Stieg fantasiosa e um pouco arrastada em alguns momentos permanecem mas o desfecho sobre o grande mistério da vida de Lisbeth finalmente é esclarecido para nós leitores.

A história começa com Lisbeth hospitalizada e com as mais algumas acusações adicionais em seu currículo. Agora ela também é suspeita de tentativa de assassinato contra o próprio pai.

Mikael Blomkvist continua obstinado em provar a inocência dela mas percebe que a missão beira o impossível quando descobre a grande rede de corrupção que envolve o caso Zala com a cobertura do serviço secreto.

A trama continua recheada dos temperos preferidos do autor.. a violência, prostituição, pedofilia, incesto e eles estarão presentes mas sempre de forma coerente com o contexto da história.

Todo este drama transforma a aparentemente "frágil" Salander em uma das mulheres mais fortes e determinadas já descritas.

Como sempre o final foi incrível deixando saudades e ansiedade pelo próximo da série e a dúvida se David Lagervrantz conseguirá garantir o terror e envolvimento que Stieg nos proporcionou..
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Su 27/01/2018

MARAVILHOSO
Os dois primeiros livros são excelentes e este último é muito mais que isso...

Uma verdadeira obra prima do qual não se consegue largar a não ser pelas necessidades da vida.

Um livro que merece todos os elogios e a impressão que se tem é de que estes todos juntos ainda não façam jus.

Recomendadíssimo.
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Cirelle Souza 08/01/2018

Edição Correta
2009
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Gramatura Alta 02/01/2018

Se você gosta de uma leitura de suspense, com muitas reviravoltas e tramas chocantes, pode dobrar os joelhos e agradecer à Suécia, porque foi lá que nasceu Stieg Larsson, autor da primorosa TRILOGIA MILLENNIUM. Vamos enaltecer a grandiosidade desses livros que, além de serem cultuados e respeitados, venderam juntos mais de 80 milhões de cópias em todo mundo.

O primeiro volume, OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES, acompanha a vida do jornalista Mikael Blomkvist, dono de uma revista conhecida por matérias bombásticas. Depois de publicar uma série de denúncias contra um poderoso empresário, Mikael está destruído. Foi enganado por uma fonte falsa, está sendo processado e passando por dificuldades financeiras. No meio disso, ele recebe o telefone de um senhor de idade, contratando-o para ser seu biógrafo. Chegando à casa desse misterioso homem, Mikael descobre que está sendo contratado por um poderoso executivo para poder investigar sua própria família. Os Vanger são donos de um grande conglomerado de indústrias, e um crime ocorreu dentro dessa família sem ser resolvido. A neta desse senhor de idade, desapareceu há décadas, costumava presentear seu avó com flores dentro dos quadros. O problema é que os presentes continuaram chegando, mesmo depois da suposta morte da jovem.

Beirando a morte, esse tal senhor pede para Mikael descobrir quem o atormenta há tantos anos e ter pelo menos uma resposta sobre o que ouve com a jovem menina. O jornalista aceita a tarefa e recebe ajuda de uma misteriosa garota nessa jornada. Lisbeth é uma hacker, punk, emo e muito temperamental. Extremamente inteligente e séria, com um passado misterioso, pouco ou quase nada se sabe sobre ela. Essa improvável dupla, no meio do rigoroso inverno sueco, procura por uma verdade, que talvez nem exista.

A trama pessoal dos protagonistas se desenvolve junto com o mistério, eles demoram um pouco a se encontrar. Todos os personagens têm pequenos pontos de vista e interpretações dos eventos. Todos têm algo a acrescentar, e ninguém é inútil na trama. A única coisa que pode ser difícil, é a pronúncia de seus nomes, um tanto exóticos para nosso padrão. O mistério, em si, é tão gritante e chocante, que vai fazer o leitor ficar louco. O enredo se destrincha para muitos lados, temos um arco sobre a redação da revista do Mikael e seus escritores; temos uma palhinha sobre o passado de Lisbeth; e muitas, muitas perguntas a serem respondidas. São tantas pessoas suspeitas nessa família, que você acaba desconfiando até da sua sombra. Pode não ter parecido, mas a grande estrela da trilogia é a hacker Lisbeth. Nesse primeiro volume ,temos um mistério horrível para ser desvendado e revelações que dão um tapa na cara do leitor, espere algo inacreditável!

Com o mistério resolvido e um desentendimento entre os protagonistas, o segundo volume, A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO, vai se aprofundar em Lisbeth. Escondida em uma ilha paradisíaca, Lisbeth se vê acusada de assassinato de um jornalista e sua esposa de forma brutal. Coisas horríveis sobre seu passado vêm à tona e a mesma precisa rapidamente se isolar. Sozinha e com poucos aliados, Lisbeth, junto com seu computador e seu incrível talento como hacker, embarca dentro em uma caçada para se ver livre dessas acusações e das garras do governo, que estão no seu pescoço. Mikael acaba sendo um improvável aliado, junto com sua revista que está indo bem graças à matéria sobre o mistério Vanger resolvido. Lisbeth é uma das protagonistas femininas mais fortes que você vai encontrar nos livros atuais. Extremamente decida e determinada, injustamente caçada pela fúria de uma polícia corrupta, esse volume vai destrinchar completamente o passado da moça e determinar como vai ser o seu futuro. Novamente, a trama caminha por terreno chocante, e os novos personagens são tão incríveis quanto os velhos. É incrível que todos consigam ter seu espaço, e a leitura não fica nem um pouco cansativa. Aqui temos muita ação e um final deliciosamente ácido, o nível só aumenta de um livro para o outro.

O problema mesmo é que Lisbeth consegue descobrir tudo sobre essas acusações, quem a está incriminando e os verdadeiros culpados. Ela descobre, o leitor descobre, porém a moça ainda precisa provar em tribunal sua inocência. E é nisso que se aprofunda o último volume, A RAINHA DO CASTELO DE AR. O título é estranho mesmo, mas faz sentido. Presa, machucada e capturada, Lisbeth está nem um hospital e precisa de toda a ajuda possível para poder reunir provas e ir em busca de sua liberdade no tribunal. Mikael e sua revista Millennium estão a todo vapor ajudando Lisbeth, enquanto irmã dela assume o caso como sua advogada. Nesse último capítulo, temos o grande desfecho, o grande porquê. E não fica só nisso, temos ainda um arco envolvendo uma perseguição a membros da revista, tentativas de estranhos em enterrar provas e ainda segredos sobre o governo sueco.

O final de toda essa jornada é justo e gratificante. Sonhada para ser uma grande série de livros, infelizmente o autor faleceu, vítima de um infarto fulminante. Porém, seu legado permanece em sua obra, que aborda temas como direto das mulheres, tráfico, abuso sexual, ocultação do governo e a sujeira da imprensa. Podem ser assustadores, à primeira vista, pelo seu tamanho, mas a leitura vai te ganhar logo nos primeiros capítulos. Vai ter pelo menos um personagem que você vai se identificar e muitos para odiar. Como um quebra cabeça montado, a trama se fecha com perfeição e nada aqui é redundante. O leitor consegue sentir a paixão do autor para desenvolver algo grandioso e de valor. A Suécia e seus mistérios nunca pareceram tão convidativos!

RESENHA ESCRITA PELO RAFAEL PARA O GETTUB!

site: http://www.gettub.com.br/2017/12/trilogia-millennium.html
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CrisVieira~ 29/12/2017

Nota: 4,5.
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Wes 18/10/2017

Trilogia Millenium
Trilogia Millenium é assim:
1 - Os homens que não amava as mulheres (bom, chega a prender em determinados pontos mas ao mesmo tempo fica cansativo)
2 - A menina que brincava com fogo (ótimo, tem um plot twist no meio, que tu fica, mano pq ela fez isso é isso te instiga até o final)
3 - A rainha do castelo de ar (regular/desnecessário toda a caricatura que pintaram da Lisbet na mídia vem à tona junto com todos os seus segredos que aos poucos vão sendo espalhados aos ventos)
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Livia1405 17/10/2017

O livro é muito interessante, te prende do início ao fim. O triste é saber que se o autor não tivesse falecido seriam 10 e não 3 livros. Vou ficar com saudades da Lisbeth.
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Leh 25/09/2017

Final eletrizante, os outros são maravilhosos, mas esse é demaissss!!!
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Kamila 23/08/2017

Alerta de textão
A Rainha do Castelo de Ar vai começar exatamente do ponto de onde parou o anterior. Lisbeth comendo o pão que o diabo amassou nas mãos de Zala, o que culminou com um tiro na cabeça, sendo salva por Mikael Blomkvist. Ela e Zala são levados para um hospital, onde ficam separados por dois quartos de distância.

Lisbeth Salander está sendo procurada em todo o país, acusada de ter matado seu tutor Nils Bjurman, o jornalista Dag Svensson e sua namorada Mia Bergman, colaboradores da Millennium. Só que um novo personagem surge: Ronald Niedermann, que ninguém sabe que é filho de Zala, portanto, meio-irmão de Lisbeth, já que a mãe dele é alemã.

Niedermann estava junto com Zala na tentativa de matar Salander. Ele foi o único que conseguiu fugir, um homem de quase dois metros e que tem analgesia congênita - uma doença em que a pessoa não sente nenhum tipo de dor. Mikael consegue detê-lo, mas como o jornalista fez umas cagadas com os policiais que atenderam o caso, acabou fazendo com que, indiretamente, Niedermann fugisse, já que ninguém ligou pro que ele dizia (dois oficiais não são suficientes para segurá-lo).

No hospital, Lisbeth encontra no dr. Anders Jonasson um amigo, pois é ele quem opera seu crânio, retirando 32 fragmentos de ossos (sendo o maior deles invisível a olho nu). O dr. Anders vai cuidar dela, sem se importar se ela é uma jovem vítima de abuso ou uma assassina sedenta por vingança. Ela está isolada, proibida de receber visitas. Novas investigações comprovam a inocência dela do triplo homicídio, mas ainda tem gente que quer interná-la num hospício.

E essa gente é a Seção. Um grupo secreto da Säpo (a polícia secreta sueca, que existe de verdade, como muitos detalhes que o autor coloca ao longo do texto) formado por policiais nacionalistas (e racistas, diga-se de passagem) que resolvem dar asilo político a um certo Alexander Zalachenko, dissidente da KGB, a polícia secreta soviética. Essa Seção tinha como objetivo cuidar para que Zala permanecesse no mais absoluto sigilo.

Só que Zala se relacionava com uma certa Agneta Sofia Salander. Batia nela dia sim e dia também, tanto que acabou tendo graves lesões cerebrais. Ela teve as filhas Camilla e Lisbeth, e foi Lisbeth que tomou a drástica decisão que mudaria sua vida: fez um coquetel molotov e tacou fogo no pai, o que a levou imediatamente para a clínica Santk Stefan, dirigida por Peter Teleborian. O primeiro de muitos abusos sofridos por ela.

Deixando um pouco da Seção e da vida pregressa de Lisbeth, Erika Berger, editora-chefe e acionista da Millennium (e amante de Blomkvist, com o aval do marido) recebe uma irresistível proposta do jornal Svenska Morgon Posten (que não existe), e depois de muito pensar, acaba aceitando, deixando-lhe num carrossel de emoções. No SMP, ela é recebida por Morander, que está em vias de se aposentar. Só que, de repente, ele morre e ela precisa cuidar de tudo.

Ela tem o auxílio de Peter Fredriksson e a hostilidade de Lukas Holm, o editor de Atualidades. Ele é bom no que faz, mas adora passar por cima das decisões dela. Fredriksson é assistente de redação. Os primeiros dias foram bons, mas Erika começou a receber emails ofensivos, com conteúdo sexual. Como não sabia a quem recorrer, foi deixando isso de lado.

No hospital, Lisbeth está isolada, mas vai contar com o apoio e a defesa inestimáveis de Annika Giannini, advogada especialista em Direitos da Mulher - e irmã de Blomkvist. Finalmente Annika vai receber o merecido destaque como a brilhante advogada que é, mesmo sem dominar muito o Direito Criminal, e tampouco receber muitas respostas por parte de Lisbeth, ela vai driblando as adversidades que lhe aparecem e assim tentar mostrar a todos que Lisbeth Salander é inocente. E rápido, porque o julgamento dela está próximo.

Existem romances policiais, existem romances policiais escandinavos e existe Millennium. Amém. No volume derradeiro escrito por Larsson, as mulheres terão muito destaque. Além da Lisbeth, que dispensa comentários, tem Annika Giannini, que se destaca pela persistência, apesar de ainda ter um pé atrás com o comportamento de Salander (como defender uma jovem que mal abre a boca para responder as perguntas?), tem Erika Berger, que controla o SMP com pulso firme (e não de ferro), tendo que aguentar tipos como Lukas Holm e o cara que vai assediá-la. Tem Sonja Modig, a policial que não se intimida diante de um Zalachenko que, mesmo doente e com uma machadada na cara, ainda se acha o senhor da razão, uma certa Rosa Figuerola, da Säpo, que, junto com Blomkvist, vai descobrir os pormenores da Seção, e assim por diante...

Diferente do filme, que cortou mais da metade da história em nome da agilidade que o cinema permite (senão o filme ultrapassaria fácil as três horas de duração), o livro conta com uma riqueza de detalhes impressionante: o passado e o presente de Lisbeth, o dia-a-dia de Erika no SMP, os pormenores da política sueca, misturando personagens fictícios com reais, e como Mikael, mesmo sendo o fucking jornalista que é, não consegue controlar o pinto, pra ele, não importa quem molhou, ele vai passar o rodo. Gente como a gente (ou não).

O mais incrível é que o livro tem incontáveis personagens, e ainda assim o autor não se perdeu e escreve a trama de um modo que o leitor não vá se perder, mesmo que ele more no Terceiro Mundo. Como é sabido, Larsson era de esquerda, anti-nazista, antirracista, feminista, antissemita, defensor das minorias (não à toa vivia sob ameaça, por isso nunca se casou e a mulher que conviveu com ele 30 anos não recebeu um centavo dos royalties), e isso é visível em Blomkvist (um possível alter ego?), ele defende Lisbeth com unhas e dentes, como o amigo que ele é, além de ter uma moral que beira o impecável.

Voltando às mulheres do livro, conforme eu ia lendo, minha vontade era de entrar na história e abraçar a Lisbeth, a Erika e a Annika, cada uma envolvida com um escândalo particular, mas, por incrível que pareça, elas estarão unidas em algum momento. Lisbeth foi vítima de abusos por parte do estado sueco por anos, porque preferiram dar asilo a um dissidente de uma república que logo depois se desfragmentaria a ouvir uma menina vítima de maus tratos. Erika vivia às voltas com seu stalker que, não contente em mandar emails pornográficos, invadiu sua casa e roubou um dossiê importante e diversas fotos de caráter pessoal. Annika precisa lidar com a desconfiança da polícia em garantir que Lisbeth seria inocentada, dada sua inexperiência em casos desse tipo.

Guardadas as devidas proporções, são mulheres como nós, que precisamos provar dia a dia que somos tão (ou mais) capazes do que os homens para fazer qualquer coisa. Seja dirigir um jornal diário ou dominar a informática. Aliás, o cérebro de Lisbeth continua inteligente e sua memória fotográfica - que ela não gosta - continua funcionando perfeitamente, para a alegria geral dos fãs! Inclusive, o cérebro dela funciona mais que perfeitamente bem, porque não é possível ela fazer aquelas benditas contas para saber quantos passos a separavam do quarto do pai, no hospital.

Com muita dor no coração, termino de ler a palavra de Larsson. Claro que temos os filmes e a sequência do Lagercrantz (que espero ansiosamente, confesso), mas Stieg faz falta demais, mesmo tendo passado quase treze anos de sua morte, ainda não me conformo que ele tenha deixado sua obra incompleta - e uma legião de fãs. No último dia 15, todo mundo que curte literatura policial lembrou de seu aniversário - faria 63 anos - e eu, claro, escrevi um artigo em sua homenagem lá no site da revista Nova Millennium. Talvez esteja meio sem pé nem cabeça, mas foi porque escrevi de coração, sem roteiro e em 40 minutos. O texto é este aqui.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/08/resenha-rainha-do-castelo-de-ar.html
Bruna 20/09/2017minha estante
Falta só o 3° para finalizar essa obra maravilhosa. Eu me arrepiei lendo sua resenha. Amei!




Tinúviel 20/08/2017

Eu só queria que a Lisbeth fosse real. Que mulherona da porra, amo ela demais
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