Apenas Um Dia

Apenas Um Dia Gayle Forman




Resenhas - Apenas Um Dia


340 encontrados | exibindo 286 a 301
1 | 2 | 3 | 20 | 21 | 22 | 23


Eu Conto Um Conto 28/07/2015

Não sei por que demorei tanto para terminar de ler esse livro. Ok, culpa das primeiras páginas. Honestamente, o início considero monótono, mas quando vamos nos aproximando da página 100, quando o cenário muda, quando “chegamos” a “Paris do cartão-postal! A Paris de Surpresas do Coração, de Meia-Noite em Paris, de Charada e de todos os outros filmes” (fala da Allyson/Lulu)... aaah... Paris...Confesso que tenho uma queda por histórias que se passam em Paris, seja livro ou filme, e se o autor consegue transmitir a magia e o encantamento característico da cidade mais romântica do mundo, é quase certo que terminarei a leitura já considerando o livro um favorito. A Gayle Forman não me decepcionou.

Bem, por ter passado pela fase e vivido toda a bagagem que uma adolescente em conflito com pais protetores e consigo mesma traz, pude compreender o dilema da Allyson. Alguém que não sabia estar em busca de liberdade e de sua própria identidade, até conhecer em um tour pela Europa antes de ingressar a faculdade o Willem, um ator sem planos e sem destino, que a convida para ir com ele para Paris. E ela vai com ele. Para Paris. Por Apenas Um Dia. E tudo em sua vida muda. Inclusive ela mesma.

O livro captura o doce sabor do primeiro amor e o dissabor da perda, me transportou a uma época em que compartilhava das mesmas indagações da Allyson e relembrar alguns fatos pelo qual, assim como ela, jamais me arrependo, pois são os que nos tornam mais fortes. Estamos aqui, nessa vida, para que ela possa ser vivida, e o que tiver de ser será. Não importa o que aconteça depois de apenas um dia. Às vezes é preciso estar perdida para se encontrar.

A versão do Willem pode ser lida em Apenas Um Ano.

site: http://eucontoumcontoblog.blogspot.com.br/2015/06/resenha-apenas-um-dia.html
Vanessa.Granado 31/07/2015minha estante
Bom dia!
Gostaria de saber como faço para ler este livro?
Sou por aqui...
Obrigada




Nathy520 27/07/2015

Terminei este livro com gostinho de quero mais. Diferente dos livros que já li, este além de contar o dia perfeito em que Allyson e Willem passaram juntos conta como ela "se recuperou" no ano seguinte àquele dia que mudou completamente a sua vida.
Em apenas um dia passei a amar aquele sorriso. E agora quero acabar com ele.

Candidata a escola de medicina porque sua mãe queria, ela mesmo não sabia onde começava e onde terminava a sua vontade de ser médica, então depois de um semestre deprimente nas matérias que seriam essenciais para sua formação ela começa a repensar em suas escolhas.

Quote: "-Tem alguma ideia de onde estamos? - Perguntei a Willem
- Estou tão perdido quanto você.
- Ahh, então estamos muito ferrados. - Mas eu rio. É bom estar perdida junto com ele."

Willem em apenas um dia fez Allyson perceber que ela pode ser outra pessoa, uma pessoa que ela mesma desconhecia. E agora que Allyson tem uma ideia de como seguir seu caminho ela começa a fazer escolhas que com certeza mudarão o rumo de sua vida daqui pra frente.

Este livro tem continuação e pelo que sei será narrado pelo Willen e estou muito curiosa para conhecê-lo porque ele só apareceu na primeira parte do livro da Allyson e se você olhar por fora, sem as desconfianças e incertezas dela, vc realmente passa a ter um carinho por ele, talvez por ser tão misterioso sobre a própria vida.


site: http://livrosdanatyrangel.blogspot.com.br/2015/04/resenha-apenas-um-dia-gayle-forman.html
comentários(0)comente



Gi | @girlanismos 25/07/2015

Um clichê diferente
Esse livro é um ótimo exemplo para o clichê: "Para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro". É exatamente isso que vai conhecer com a Allyson Healey, sempre a garota certinha que teve toda a vida planejada pela mãe, inclusive qual curso ela iria fazer na faculdade, sem nunca se arriscar e nem ousar expor suas opiniões, achando que isso seria errado.

É em seu último dia de viagem que as coisas vão começar a mudar. Ela conhece Willem, um ator viajante,bonito e misterioso apresentando uma peça de Shakespeare em uma praça. Acontece uma troca de olhares e mal sabe ela que nunca mais se esqueceria dele.
No outro dia quando está no trem prestes a voltar para sua vida sem graça e planejada, ela reencontra Willem e eles começam a conversar. Papo vai papo vem, ela acaba falando do seu descontentamento por não ter conhecido Paris. Afinal, quem faz um tour pela Europa e não conhece Paris?! É ai que a proposta mais inusitada aparece: Willem a convida para ir com ele a Paris por um dia, e o mais louco é que ela aceita.

Então eles vão para Paris sem saber nada um sobre o outro. É nesse momento que me apaixonei pela história e pela escrita da Gayle Forman .A narrativa do livro é todo na visão da Allyson, e a história trás muitas referências de Shakespeare,característica essa que foi tratada de uma forma muito inteligente sem deixar a leitura cansativa.

O dia dos dois é incrível, conhecendo Paris, conversando sobre a vida,sobre conhecer a si mesmo,arriscar e simplesmente viver.É tudo tão intenso e simples que Allyson começa a se apegar a Willem mas sempre com certa insegurança pois ele é um viajante livre, sem apegos, apenas com seus acasos. Narrado de uma forma leve e despretensiosa que nem parece um livro romantizado como muitos que vemos por aí, com promessas de amor e aquele drama todo. Foi o primeiro livro que li da autora e me apaixonei pela forma que ela desenvolve a história e como constrói os personagens. Entrou para a lista dos meus favoritos e coloquei várias marcações.

Mas como nem tudo é perfeito o dia passa e os dois acabam se separando de uma forma brusca, e Allyson começa a pensar que ela não passou de uma simples aventura para o rapaz. Mas mal sabe ela o que realmente aconteceu. Aviso logo que é um livro que termina de uma forma nada previsível e que vai te deixar com o coração na mão pelo final inusitado.


site: Resenha completa: www.estantedoce.blogspot.com
comentários(0)comente



Jéssica 24/07/2015

Tudo pode acontecer em apenas um dia
Depois de ter lido Se eu ficar e Pra onde ela foi de Gayle Forman e ter gostado tanto das histórias e da escrita da autora, quis continuar lendo seus livros.

Apenas um dia conta a história de Allyson, uma adolescente completamente normal, que vive a vida de acordo com o que seus pais planejaram e não costuma se arriscar e muito menos se reiventar. Diferente de sua melhor amiga Melaine, que vive querendo aventuras e novos rumos pra vida.

É em uma viagem pela Europa que tudo isso começa a mudar. Depois de conhecer Willem, um ator viajante, bonito, atraente e um tanto quanto misterioso, a forma que Allyson tem de ver a vida, começa a mudar.

Willem está prestes a voltar pra sua casa, depois de muito tempo, e Allyson para Londres pra acabar sua viagem e voltar pra casa e pro seu futuro na faculdade de medicina. Quando o garoto fica sabendo que a menina - a quem chama de Lulu por se parecer como uma antiga atriz de filmes e não saber o seu verdadeiro nome - não conseguiu ir a Paris durante sua viagem, a convida pra ir a cidade por apenas um dia. Era só pegar o trem, que mal faria afinal? Contrariando seus medos e forma de ser, Allyson aceita o convite e aproveita a oportunidade para ser outra pessoa, agir por seus impulsos e se jogar de cabeça naquele dia.

Os dois tem um dia incrível, andando por Paris e conversando sobre formas de encarar a vida, o amor, o destino - ou acidentes, como Willem prefere chamar, - que causam tantas mudanças em nossas vidas. E é tudo tão intenso, que Allyson realmente se apega a Willem, mesmo com sua própria insegurança, ou o fato de várias garotas quase caírem aos pés dele e ele ser aparentemente acostumado com isso.

Mas como nem tudo são flores, o dia passa e os dois se separam de forma brusca, fazendo Allyson pensar que não tinha passado de mais uma aventura do rapaz. Mas aquele único dia mudou sua vida completamente, tanta coisa pode acontecer em um dia...

Allyson começa a repensar sua forma de levar a vida, extremamente organizada, planejada... junto com ela, descobrimos como alguém é capaz de levar uma vida infeliz pra manter tudo como planejado. E como as vezes é preciso se perder, pra só então poder se encontrar.

Recomendo a leitura, mas já aviso que é um daqueles livros que você se sente obrigado a ler a continuação (Apenas um ano), já que o final te deixa totalmente curioso sobre o que vem depois.

site: http://amentetransborda.blogspot.com/2015/07/resenha-apenas-um-dia-gayle-forman.html
comentários(0)comente



Portal JuLund 16/07/2015

Apenas Um Dia, resenha, @Novo_Conceito
Um dia, é um período suficiente para se mudar toda uma vida, esse dia somado com as traquinagens do destino então. E foi exatamente isto que ocorreu na vida de Allyson, o acaso vestido em um personagem de William Shakespeare.

Allyson é uma menina muito comum dos Estados Unidos, terminou de se graduar no ensino médio, e sendo assim seus pais resolvem lhe dar uma viagem à Europa com uma companhia de turismo, junto com ela vai sua amiga de toda a vida Melanie. A viagem acontece um pouco diferente do que esperava, ao invés de sentir euforia por estar naqueles lugares maravilhosos da Europa, ela continua a sentir um vazio, principalmente porque um dos lugares que desejava tanto visitar não entra no roteiro: Paris.

Leia a resenha completa em nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/apenas-um-dia-resenha-novo_conceito
comentários(0)comente



Naty 13/07/2015

É de chorar, de rir e de se apaixonar.
Em uma viagem de formatura para a Europa, Allyson conhece Willem, um rapaz que da muito valor aos acasos. Ele convida ela para passar um dia em Paris, cansada da vida planejada Allyson imediatamente aceita. Após esse dia a vida dela muda completamente.
Vale muito a pena ler este livro, pois aqui aprendemos que em apenas um dia pode acontecer muita coisa, inclusive nos manchar.

obs: Quem ler o livro entenderá o significado de "manchar".
comentários(0)comente



Angel 12/07/2015

[Resenha] Apenas um dia - Gayle Forman
Comecei a ler Se eu ficar do Gayle Forman e não consigo passar das primeiras páginas, sério, eu não sei por que a leitura não rende. Então, eu ganhei Apenas Um Dia de presente e me apaixonei pelo titulo, mas demorei a começar a leitura achando que iria acontecer o mesmo que aconteceu no outro. Até que finalmente eu o peguei para ler e MEUUUU DEUUUS, não parei de ler até terminar e infelizmente terminou.

Apenas um dia, conta a história de Allyson que é a típica garota certinha, que não se arrisca em nada. Ela ganhou de presente de formatura dos seus pais uma viajem para fazer um tour pela Europa.

Na viajem, Allyson acaba conhecendo o encantador Willem, que desperta uma parte dela que era até então desconhecida. E os dois partem para uma aventura de um dia em Paris, pois no dia seguinte ela teria que ir embora.

“Tudo pode acontecer em apenas um dia.”

A história terminou na melhor parte, pois tem o segundo livro que é Apenas um ano, que infelizmente eu NÂO TENHO e isso está me matando de ansiedade.

O livro é incrível, os personagens são apaixonantes e com certeza entrou para minha lista de favoritos. Talvez, agora eu consiga ler Se eu ficar.

"Se o tempo pode ser fluido, então talvez algo que seja apenas um dia possa continuar para sempre."


site: http://deliriosdaangel.blogspot.com.br/2015/07/resenha-apenas-um-dia-gayle-forman.html
comentários(0)comente



ELB 01/07/2015

Eu fiquei "in love" com Se eu ficar e me apaixonei pela escrita da Gayle. E eu gostei do livro, apesar de ter esperado um pouco mais. Mas eu quero começar falando sobre a coisa que eu mais gostei!

O que eu mais gostei em Apenas um dia foi a forma como tudo sempre volta a um lugar-comum: o acaso. Acaso pode parecer uma palavra pouco interessante à primeira vista. Um acidente, talvez. Particularmente, evoca pra mim a ideia de algo que eu não esperava e que muito provavelmente não deveria ter acontecido. O livro dá muita ênfase nessa expressão. Mas acaso... é mesmo apenas um acaso ou deveria acontecer desde o princípio e nós apenas não sabíamos disso? Bem, a resposta já foi dada e é óbvia: não sabemos. Mas apesar de não darmos muita importância - justamente por não podermos prevê-los - é que eles são tão importantes. Nós nunca sabemos o acaso que vai mudar nossa vida para sempre. Ou nos mudar para sempre.

"Estou falando das pequenas coisas que acontecem. Às vezes elas são insignificantes, outras vezes, mudam tudo."

Allyson tem sua vida toda programada pela mãe. Os lugares aonde deve ir, os cursos que deve fazer, carreira... Tudo. Mas as coisas começam a mudar quando seus pais lhe dão de presente um tour pela Europa. Oh, não entendam mal, a princípio nada muda. A viagem, assim como sua vida em geral, segue aquele cronograma planejado cuidadosamente desde o início. Até que ela conhece Willem quando está prestes a entrar no teatro. Willem é ator e ele, com outros colegas, estavam convidando as pessoas para assistirem a peça deles.

Willem é lindo, independente... Livre. E acredito que isso é o que a faz se sentir tão atraída por ele logo de cara. Ah, os opostos! Mas ela e Willem são muito mais parecidos do que ela poderia imaginar e é o que ela acaba descobrindo.

" - Você acha mesmo que é assim que funciona? Que a vida pode mudar de uma hora para outra? - Acho que tudo está acontecendo o tempo todo, mas, se você não se coloca no caminho, acaba perdendo."

Após um pequeno surto de coragem Allyson e a amiga escapam do teatro e vão assistir a apresentação de rua de Willem. Algo aparentemente sem importância, mas que parece ter um efeito decisivo na nossa personagem principal, que ao encontrar Willem novamente quando está prestes a embarcar de volta para casa, decide se aventurar por um dia com ele em Paris. Sim, assim do nada.

Confesso que foi uma das coisas que me incomodou. Achei uma atitude muito... Rebelde (irresponsável, perigosa, exótica, extravagante), para alguém que nunca tinha "pisado fora da linha" (nem vale contar a fuga do teatro porque a amiga teve um papel decisivo ali). Eu sei que eu não teria ido, por mais lindo que o cara fosse, mas enfim né, ela foi.

Outra coisa que me incomodou na Ally foi a atitude possessiva e inclusive infantil que ela parecia exibir em relação a Willem. Deixando de lado que eles estão "juntos" há um dia e se conhecem em menos de uma semana, cada vez que uma mulher ficava se derretendo em cima dele a menina tinha um mini surto, querendo saber de onde ele conhecia, se eram amigos, onde se conheceram, há quanto tempo... E cara, não digo que não seja uma reação normal sentir ciúmes. Sério. Eu sinto ciúmes até das minhas amigas. Dos meus livros então pff. Mas você crivar a pessoa de perguntas, demonstrar o quão incomodada fica assim de cara uma pessoa que você conhece há menos de uma semana! Acho muito imaturo, além de falta de amor próprio. Porém em alguns momentos consegui me identificar com ela, o que conseguiu me fazer não detestá-la. Ela tem suas vulnerabilidades, ela é insegura e ela nunca teve a oportunidade de descobrir seu potencial por si mesma. Ela está apenas descobrindo quem é. E Willem tem um papel importante nessa descoberta.

Mas será que um dia será o bastante para eles?

"Vou guardar você bem aqui. - Ele apontou para a testa. - Onde você nunca vai se perder."

site: http://www.everylittlebook.com.br/2015/06/resenha-apenas-um-dia_26.html
comentários(0)comente



Leandro | @obibliofilo_ 28/06/2015

Resenha postada no blog "Palavras ao Vento".
A Gaile Forman é uma das escritoras que mais tenho prazer em ler seus livros atualmente. “Se Eu Ficar” me proporcionou uma leitura única em muitos aspectos mesmo não agradando nem todos os leitores que amaram a adaptação. Eu havia tentado ler “Apenas Um Dia” logo quando foi lançado, mas por algum motivo ainda desconhecido, a leitura não fluiu e eu a deixei para outro momento. Recentemente, resolvi dar outra chance e FELIZMENTE tive uma leitura superprazerosa. O livro mexeu comigo de muitas maneiras e ainda tornou-se favorito.

Alisson é aquela típica garota exemplar. É dedicada, aplicada, estudiosa, tímida etc. Após ter concluído e consequentemente saído do Ensino Médio, seus pais dão uma viagem que representa uma turnê pela Inglaterra antes de iniciar sua vida acadêmica. Sua companhia é a única e melhor amiga, Mel.

Tudo muda quando ela decide quebrar as regras e permitir-se. Ela conhece de forma totalmente inesperada Willem e este lhe propõe realizar seu desejo (que é conhecer Paris) e viver os acasos que a vida pode proporcionar. As próximas vinte e quatro horas ao lado dele mudarão a vida de Alisson completamente.

“Deixei as memórias me inundarem à medida que preenchia a página. Então outra. E então não estou escrevendo sobre ele. Estou escrevendo sobre mim. Sobre todas as coisas que senti naquele dia, incluindo o pânico e o ciúme, mas, acima de tudo, sobre sentir que o mundo não era nada além de possibilidades.”
Pág.: 236

É uma loucura viajar com um rapaz que você acabou de conhecer e de forma completamente inusitada, concorda? Eu, ao menos, tive essa impressão ao ler este livro. A história é dividida em duas partes: a primeira parte mostra como a Alisson conheceu o Willem e como tudo se sucedeu entre eles; a segunda parte mostra o ano subsequente a tudo o que aconteceu entre eles. Logo, muitas coisas acontecem na vida de Alisson, mas pouco se sabe sobre Willen até porque a história é narrada sob o ponto de vista dela.

Podem me chamar ou me achar louco, mas eu faria o mesmo no lugar da protagonista. É muito arriscado, eu sei, mas as melhores conquistas da vida acontecem em meio a escolhas arriscadas e por vezes caminhos tortuosos. Esta é minha opinião a respeito de um dos aspectos do ato viver. Claro que havia riscos em tal atitude dela, mas a mesma sabia disso. A autora deixa isso bem claro ao narrar o momento. Foi impossível não fazer uma conexão com a Alisson e compreendê-la. Talvez você não tenha tanta coragem para ir tão além, mas eu teria assim como ela teve.

O romance em si é bastante palpável. Eu amei cada momento entre Alisson e Willem. Ele é um rapaz que possui muitos mistérios (muitos mesmo). Durante toda a leitura, passa a sensação de ser uma incógnita, um mistério a ser desvendado e revelado. Óbvio que isso foi intencional por parte da autora até porque o segundo e último livro é narrado por ele. Os momentos em que o mesmo compartilha com Alisson são divertidos, agradáveis, românticos e verdadeiros. É algo que, mesmo parecendo distante da sua realidade (ao menos está bem distante da minha), pode acontecer com qualquer pessoa.

A história possui um clima misterioso completamente envolvente e que não desaponta. Não aquele clima que encontra-se em livros policiais ou thrillers, mas algo muito relacionado a conhecer outro alguém, a buscar respostas sobre quem possa vir a ser esse alguém que tornou-se especial para si de forma abrupta. E a meu ver foi o que mais instigou a leitura. Sem esquecer, claro, que a narrativa envolvente e delicada da Forman foi algo bastante satisfatório em todo o livro.

A maneira como o leitor é transportado a Paris, como os sentimentos são revelados, acontece de forma muito sutil. A forma como as coisas fluem e acontecem entre os protagonistas é exposta nas entrelinhas, sem soar apelativo. Mas quando tudo é posto em palavras, pude encantar-me ainda mais.

A alma da história é sobre identidade. Sim, esta identidade que projetamos às pessoas, a identidade que realmente possuímos, a identidade que gostaríamos de possuir, e até mesmo a que pré-julgamos e julgamos no dia a dia, o que acaba gerando impressões precipitadas e equivocadas a respeito de quase todos. E que, na verdade, não passam de meras máscaras. A forma como a autora trabalhou tal tema é bastante satisfatória e em nenhum momento me decepcionou.

Em suma, “Apenas Um Dia” não mostrou-se apenas um romance entre duas pessoas desconhecida, mas foi além. É um livro incrível e o melhor, até então, da Gayle Forman. Superou minhas expectativas e me envolveu do início ao fim. Há clichês sim, mas nada que torne a leitura apenas mais um título a ser lido e consequentemente esquecido com o passar do tempo. Não mesmo. Se você curte um bom livro, com personagens palpáveis, romance e um enredo gracioso, leia sem hesitação. Com toda certeza viverá uma bela aventura em Paris, acompanhada de personagens marcantes e belas palavras de William Shakespeare.

RECOMENDO!

site: www.leandro-de-lira.com
comentários(0)comente



Sandi 22/06/2015

Apenas Um Dia- Gayle Forman
Contém spoilers
Depois de ler Se eu ficar e não sentir toda aquela empolgação que eu esperava, resolvi tentar um novo livro da Gayle Forman para tirar a prova. Como a premissa de Apenas um dia era super interessante e eu realmente amo livros que misturam romance com viagem, sejam road-trips ou não, esse parecia o livro perfeito para mim. Não posso dizer que Gayle escreva mal ou não tenha criado uma obra interessante, porém, novamente, a sinopse promete muito mais do que o livro oferece e minhas expectativas não corresponderam aos fatos.

Apenas um dia conta a história de Allyson, uma menina toda certinha que está em uma viagem de formatura pela Europa. Em Londres, após um momento de "rebeldia" conhece Willem um ator-mochileiro. Juntos, eles desembarcam em Paris para viver um dia sem regras que acaba mudando totalmente a vida de Allyson.

A sinopse não é exatamente original, uma vez que desembarcar de um trem para passar um dia com um desconhecido é tema de um dos romances mais aclamados pela crítica nos últimos anos: Antes do amanhecer. Viajar com um desconhecido, deixando para trás o rótulo de certinha, já tinha sido explorado no filme teen Curtindo a Liberdade. E relacionar Paris com o amor é a premissa do meu romance YA favorito: Anna e o Beijo Francês. Logo, Gayle, tinha que fugir de muitas coisas que já haviam sido feitas para sua história simplesmente não se tornar uma cópia de outras que vieram antes. Nesse ponto, a autora foi bem-sucedida, já que, embora deja-vus ocorram de vez em quando, isso não compromete a história. Talvez, o fato da autora ter inserido Shakespeare como tema de fundo, tenha tornado tudo mais interessante e poético.

Mas então, o que compromete a história? Allyson é uma personagem comum, presa as regras, com medo de mudanças. Isso não é defeito. Mas, a partir do momento, em que ela ressalta isso a cada página, as coisas começam a ficar enjoativas. Apenas um dia é um livro sobre se reinventar, mas acho que a autora exagerou na construção da protagonista. É como se tudo o que ela sempre foi fosse um erro muito grande e Willem fosse o grande exemplo de como ela deveria ser. Mas, pode um estranho com claros problemas, em um dia ao acaso, te fazer duvidar de todas suas convicções? Allyson precisava de muitas mudanças, mas não consegui me convencer que ela se tornou uma pessoa melhor depois de tudo. Mais ainda: não consigo relacionar essas mudanças com a vontade própria da personagem, apenas como um espelho do relacionamento com o rapaz. Nem vou entrar nas questões de segurança de embarcar para um outro país, sem dinheiro, sem falar o idioma, com um estranho bem esquisito, por mais que seja lindo.

Willem, por outro lado, como o mocinho quebrado, também não me surpreendeu. Pelo contrário, o personagem, pelo menos na visão desse livro, flerta com todas as mulheres disponíveis, se evade de qualquer pergunta pessoal e ainda rouba o relógio de Allyson. Se formos olhar os fatos claramente, sem o véu do romance, é exatamente isso que deduzimos. No final, é claro que houve a redenção do personagem, com fatos que ficarão mais claros no próximo livro, porém, após a caminhada da vergonha de Allyson de volta a Londres, se eu fosse ela, realmente ia queria ver Willem novamente: pra dar um grande soco na cara dele.

Dentre os personagens só consegui me afeiçoar a Dee, que tem tiradas muito inteligentes. Os pais de Allyson são bem cosntruídos e me partiu o coração a discussão de Allyson com a mãe, uma vez que consegui entender os sentimentos divergentes que a mãe nutria pela filha.

A narração é bastante longa e, em alguns momentos, torna-se cansativa. Eu esperava um livro mais fluido e objetivo. Além disso, quando finalmente teremos o grande momento, o livro simplesmente termina em uma clara opção comercial. Parece ser o estilo da autora, uma vez que Se eu Ficar também termina assim. Porém, nesse livro, pelo menos temos uma resposta final, enquanto que em Apenas um dia, parece que se nadou, nadou e morreu na praia. Por fim, eu até entenderia um final infeliz para o casal, servindo o fato de Willen ter apenas despertado algo escondido em Allyson, assim como todos nós sempre temos um marco em nossas vidas. Porém, nas últimas páginas fica claro que a autora não conseguiu ferir as expectativas do leitor, uma pena, pois ai faria sentido.

Quero ler a continuação do livro para me livrar dos sentimentos que tenho por Willen, mas infelizmente acho que vou desistir de realmente gostar de algo da Gayle Forman ou apenas vou tentar não criar nenhuma expectativa e ir de mente limpa. Quem sabe?
comentários(0)comente



Fernanda 19/06/2015

Gayle Forman, amigos. Gayle Forman. Decididamente, amo a narrativa dessa autora. Ela nos conta histórias com pontos equilibrados de emoção, apesar de os contextos serem, normalmente, dramáticos. “Apenas um dia” é uma história adorável de intermináveis desencontros.
Adianto que não me senti satisfeita com o desfecho. O livro não acabou de fato. A Editora Novo Conceito já anunciou a continuação, “Apenas um ano” e estou tão ansiosa, TÃO ANSIOSA!

“Apenas um dia” nos apresenta Allyson. Ela é uma menina toda certinha, que tem sua vida meticulosamente controlada por sua mãe e todo o clichê que isso acarreta. Ela está de viagem na Europa em um daqueles intercâmbios de férias e está longe de curtir a viagem como ela deveria ser curtida.
Até que ela é convidada para assistir uma peça de Shakespeare, de uma companhia de teatro que faz o espetáculo na rua. Dentre os atores da peça “Noite de Reis”, está um Sebastian especialmente adorável que parece dar bastante atenção a ela. Poderia ser apenas um flerte temporário, mas Willem a encontra na estação do trem no dia seguinte e a convida para passar um dia em Paris. A partir daí, Allison, ou Lulu (seu alter ego durante essa aventura) vai perceber que um dia pode mudar tudo.

“Nascemos em um dia. Morremos em um dia. Podemos mudar em um dia. E podemos nos apaixonar em um dia. Qualquer coisa pode acontecer em apenas um dia.”

A narrativa é em primeira pessoa e a premissa do livro é interessante se não formos muito exigentes. Afinal, muitas pessoas podem achar de uma bobagem sem limites se entregar completamente em apenas um dia e, praticamente, mudar todo o rumo de sua vida por isso. Sei disso porque sou uma dessas pessoas.
Mas o que a autora aborda é muito mais do que apenas o ato de se apaixonar (ou estar apaixonado) em apenas um dia. Entendam, Allyson era uma menina presa em vários sentidos da palavra. Sua vida era como uma prisão. E aquele dia mudou sua vida porque ela se permitiu fazer algo totalmente diferente do que ela normalmente faria.

Foi um dia de libertação. Foi um dia que ela fingiu ser outra pessoa (Lulu), mas “as pessoas que fingimos ser já estão em nós”. Allyson mergulhou no desconhecido e viu coisas que jamais veria, caso não se aventurasse. No entanto, Willen foi um fator de incentivo, com certeza. E um adorável fator.

“O dia passa à frente dos meus olhos como um flash: desde a voz brincalhona de Willem no café da manhã no primeiro trem até minha alegria diante da estranha recepção a ele no trem seguinte; (...) da eletricidade que senti quando a mão de Willen encontrou a minha; (...) de nosso voo sobre Paris, que senti exatamente assim, como um voo; os olhos dele: a maneira como me observam, brincam, me provocam e, ainda sim, de alguma forma, me compreendem.”

Gayle Forman tem uma narrativa tão gostosa, tão fluída. E como se não bastasse, usa como bases sólidas algumas peças de Shakespeare para dar forma a seu livro. Ela brinca com possíveis significados, adotando um todo especial para fazer sentindo em “Apenas um dia”.

“E se a verdadeira pergunta não se referir a ser, mas a como ser.”

“Apenas um dia” é livro inteligente que contém tantas mensagens significativas nas entrelinhas! Não há só um romance delicioso, não há apenas personagens adoráveis (Willen e Dee que o digam), mas há todo um questionamento sobre como é possível, sim, quebrar barreiras e ser quem queremos ser.

Como supracitado, não fiquei totalmente satisfeita com o desfecho romântico no livro. Tenho certeza que faltam algumas páginas importantes que a autora deixou para “Apenas um ano”. A continuação será da perspectiva de Willen e deve incrível ter essa outra perspectiva. Gayle Forman fez isso com “Se eu ficar” e “Para onde ela foi” e foi uma combinação maravilhosa de perguntas e respostas. Espero de todo coração ter tudo que preciso saber nesta continuação, porque... odeio não saber!
Em breve voltarei com mais Gayle Forman para vocês!

site: http://www.garotapaidegua.com.br/2015/01/eu-li-apenas-um-dia-gayle-forman.html
comentários(0)comente



Gi Vettorello 18/06/2015

Não dava muita coisa mas me impressionou.
Allyson está em um tour pela Europa junto com sua amiga Melanie e mais algumas pessoas como comemoração por ter concluído a escola. Ao estar em uma fila junto com sua amiga para assistirem a adaptação de Hamlet para os palcos um grupo de pessoas aparecem distribuindo folhetos como convite para a peça que eles irão apresentar, e é nessa hora que Allyson conhece Willem.
Willem é ator, a convida para a sua peça que também é de Shakespeare (Noite de Reis) que será apresentada ao ar livre, ela decide assistí-la e é nesse momento que algo acontece: uma moeda jogada para ela e um olhar diferente mudam tudo. Mas por essa ser a sua última parada no tour no dia seguinte ao pegar o trem para ir embora o destino, ou melhor, o acaso faz com que ela esbarre com Willem novamente dentro do mesmo trem.
Um café da manhã muda o rumo que ela deveria seguir e derepente ela se vê indo para Paris com um menino que mal conhece por apenas um dia e sua amiga a acobertando. Por ser a típica menina certinha que sempre fez o que os outros esperam que ela faça tudo isso para uma loucura, mas um loucura que ela caí de cabeça sem se preocupar.
Ao conhece-lo mas sem realmente conhece-lo o seu sentimento por ele cresce cada vez mais, e ao que parece tudo é recíproco e esse um dia que ela passará com ele terá um peso em sua vida que Allyson nem imagina, é aqui que percebemos que sim, apenas um dia pode mudar tudo.
Normalmente não tenho costume de ler muitos romances românticos, por isso logo ao pegar esse livro para lê-lo tive um pouco de preconceito (confesso), mas a sra. Forman me provou que um romance não precisa ser tão meloso como alguns que eu já tentei ler. O único problema que tive com o livro (que chega até ser insignificante) foi que nas primeiras páginas a personagem principal chega ser um pouco irritante mas tudo se resolve depois e acabei por me identificar bastante com o livro e estou louca para ler a continuação.
Recomendo o livro para aqueles curtem romance e até para aqueles que não curtem, às vezes é bom sairmos da nossa zona de conforto, que para mim foi o que o livro me ensinou à partir da estória e da experiência adquirida ao lê-la.
comentários(0)comente



Silvana 18/06/2015

Allyson Healey acabou de se formar no ensino médio e ganhou de presente dos seus pais, uma viagem para a Europa pelo Teen Tours! para que ela viva uma experiência cultural. Logo no segundo dia da viagem, sua amiga Melanie convenceu Allyson a cortar o cabelo bem curto. Segundo Melanie, elas tem que se reinventar para entrar na faculdade. Allyson quase surtou quando se olhou no espelho. Mas agora ela já se acostumou. Agora que a viagem terminou, quase todo mundo irá voltar para casa, mas Melanie e Allyson vão pegar um trem até Londres onde irão ficar três dias na casa de uma prima da Melanie. Mas elas ainda tem uma noite para se divertir com Shakespeare. E quando elas recebem um panfleto de um evento sobre o Bardo ao ar livre, elas decidem ir.

Na verdade é Allyson que decide ir por causa do garoto que estava entregando os panfletos. Elas mentem para a Sra. Foley e acabam assistindo um espetáculo magnífico de rua. O garoto dos panfletos é um dos atores da peça, mas Allyson não consegue falar com ele. Melanie estranha essa atitude de Allyson, pois, Allyson é toda certinha e detesta mentir. Mas logo depois ela volta a ser a Allyson de sempre e volta para o hotel dormir enquanto Melanie sai para aproveitar a última noite da viagem. No dia seguinte, elas pegam o trem e Melanie logo que entra no trem, começa a dormir e Allyson decide tomar café da manhã, já que não conseguiu comer nada no hotel. E para sua surpresa, e felicidade, ela encontra o garoto da peça.

Ele se apresenta como Willem e diz a Allyson que ela não se parece com uma americana e começa a chamá-lá de Lulu, abreviação de Louise, uma estrela dos filmes mudos, com quem Allyson se parece muito na opinião dele. E quando chegam a Londres, ele fica sabendo que Allyson queria ir a Paris mas essa parte da viagem foi cancelada por causa da greve dos controladores de voo. Então ele sugere que ela vá agora, que de trem são apenas duas horas de viagem. Allyson começa a arrumar um monte de desculpas, como não ter mais dinheiro e não saber falar francês, então Willem diz que ele paga sua passagem e será seu guia em Paris. Contrariando todas as expectativas, ela decide ir. O que será que aguarda Allyson nessa decisão impulsiva? Acompanhe Allyson nessa decisão que irá mudar a sua vida.

"Talvez tenha sido apenas faz de conta. Naquele dia, eu realmente me transformei em Lulu. Talvez não a Lulu do filme ou a verdadeira Louise Brooks, mas minha própria ideia do que Lulu representava. Liberdade. Ousadia. Aventura. Dizer sim."

Essa é a minha primeira experiencia com a autora e gostei muito do que li. Ela sabe como contar uma boa história. E sabe como deixar o leitor desesperado também. Ainda bem que já estou com o segundo livro aqui, senão essas horas já estaria surtando com o final do livro. O título do livro me enganou, fez com que eu pensasse que a história acontecia em apenas um dia. Só depois que fui entender que esse um dia não era o tempo da história, o um dia faz referência ao dia que mudou a vida de Allyson. Só depois que vamos conhecendo a história de Allyson é que vemos o que esse dia significou para ela. O dia que ela fingiu ser outra pessoa. O dia em que ela se libertou e realmente pode viver sua própria personalidade, não a pessoa que seus pais queriam que ela fosse e que ela sempre achou mais fácil de ser.

Pela história ter sido narrada na visão de Allyson pouco sabemos sobre o Willem. Fiquei em dúvida sobre quem ele era. Se ele era aquela pessoa mesmo ou se aquele era o Willem idealizado pela Allyson. Eu tive essa impressão dele, pois, ela mostrava ele de um jeito, mas as atitudes dele mostravam outra coisa. Espero que no próximo livro eu possa conhecer o verdadeiro Willem. Não vou estragar a surpresa contando o que acontece na viagem deles mas, eu não queria acreditar que aquilo tinha acontecido. Mas para Allyson foi o gatilho que impulsionou toda a mudança em sua vida. Só me resta recomendar o livro para quem gosta de um bom romance, mas que não abre mão de uma história mais profunda. Só um conselho, só comece a ler esse livro se tiver a continuação, Apenas um Ano, em mãos. Você vai terminar esse e querer ler o outro logo em seguida.


site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2015/06/resenha-apenas-um-dia-gayle-forman.html
comentários(0)comente



Zilda Peixoto 16/06/2015

Apenas Um Dia
Todos que acompanham o blog sabem que o meu coração pulsa por um belo romance. Seja ele clichê ou não, pois acredito que cada autor descreve de maneira única esse tal sentimento que tanto nos fascina: o amor. E se existe alguém que sabe perfeitamente escrever a respeito construindo cenários e histórias tão fascinantes, esse alguém se chama Gayle Fornam.

Minha paixão por Gayle começou quando li Se eu Ficar, primeiro livro da autora publicado pela Editora Novo Conceito. O sucesso do livro é tão grande que até hoje, ele figura na lista de livros mais vendidos do país. Desde então, Gayle tem ocupado merecidamente um lugar especial na minha estante.

Em Apenas um Dia Gayle Fornam nos presenteia com uma história cheia de fortes emoções. O que me encanta nos romances da autora é a maestria com que ela conduz a narrativa sempre apresentando situações comuns ao cotidiano. O relacionamento entre os personagens acontece naturalmente, sempre fortalecendo o poder que o destino pode exercer sobre suas vidas. Os romances de Gayle vão além do que encontramos normalmente em livros do gênero. A história em si é construída e embasada além da frivolidade dos relacionamentos casuais. O romance abre espaço a outros assuntos e vai além das questões voltadas ao puro romantismo. Em Apenas um Dia a autora disserta sobre autoconhecimento, questões familiares, a descoberta do amor à primeira vista entre outros temas relevantes sobre o amadurecimento da personagem principal.

Após concluir o ensino médio a jovem Allyson ganha dos pais uma viagem a Europa. Allyson está fazendo um tour pelas principais cidades da Europa ao lado de um grupo de jovens. A vida de Allyson já tem um roteiro predefinido por pais, logo se percebe que a jovem não tem domínio algum sobre sua vida. Allyson é uma jovem acomodada que nunca se arriscou em nenhum projeto. Insegura, previsível e totalmente metódica Allyson segue o roteiro da excursão à risca, mas ainda sim, Allyson tem a sensação de não ter aproveitado a viagem completamente. Enquanto os colegas se aventuram em conhecer os pontos mais excitantes, Allyson segue o roteiro previsto pela organizadora da viagem. Mas ao conhecer Willem a vida de Allyson sofrerá uma grande reviravolta.
Ao contrário de Allyson, Willem é um andarilho. O jovem está na cidade com um grupo de jovens atores apresentando o espetáculo Noites de Reis, de Shakespeare. Willem é um cara totalmente avesso a qualquer tipo de imposição. A maneira como Willem encara a vida, se deixando levar pelo acaso e pelo ímpeto de conhecer novos lugares desperta em Allyson o desejo de fazer o mesmo. A magia entre eles acontece imediatamente. Numa troca de olhar, numa frase entoada na peça por Willem, a atração dá lugar a um sentimento de desejo mútuo.
Allyson encontra em Willem tudo o que ela mais deseja: a vontade de viver uma vida sem amarras, sem a sensação de vazio que constantemente lhe atormenta. Um único dia representará para Allyson muito mais do que ela poderia imaginar.

Ainda que o livro tenha como ponto de partida apenas um dia para tantos desdobramentos, a história se estenderá por um tempo mais longo. A história é contada a partir do momento em que Allyson e Willem embarcam rumo à Paris. Somos apresentados a cenários deslumbrantes que só Paris pode oferecer. Cada descrição, cada aventura vivida pelo casal é descrita com detalhes primorosos. A relação de Allyson e Willem é dos pontos altos da narrativa, mas há de se destacar o enfoque no amadurecimento de Allyson após a viagem. É neste momento que a narrativa ganha vida tornando-se dinâmica e fluída.

Diferentemente do modelo já defasado das mocinhas que protagonizam esse tipo de história, Allyson nos surpreende pela maneira como ela passa a conduzir sua vida. O seu amadurecimento é um dos pontos mais favoráveis da narrativa. Como Apenas um Dia foca diretamente na construção do amadurecimento de Allyson não conseguimos nos aprofundar em Willem. Somente na sequência Apenas um Ano que descobriremos mais a seu respeito. Adianto que já conclui a leitura do livro e confesso que estou triste com os últimos acontecimentos. Gayle!! Como você é malvada! Caramba! Eu fico passada com o jeito com que a autora finaliza suas histórias. Ela é capaz de nos deixar furiosos, tensos, apreensivos desejando o quanto antes saber como essa história irá terminar.

Por mais que pareça esquisito alguém embarcar em uma viagem com um desconhecido é possível criar uma empatia por Allyson. Não duvido que existam pessoas como Allyson que se arrisquem a tal ponto, pois assim como Allyson existem milhares de pessoas que se sentem perdidas, vazias, que buscam uma razão para suas vidas. E por isso não condenei sua decisão em aventurar-se com Willem. Dessa forma conseguimos mergulhar nessa aventura sem juízo de valores aproveitando ao máximo as lições aprendidas ao longo da jornada.

Apenas um Dia é um livro que nos desperta um sentimento de liberdade, de autoconhecimento. Através de Allyson conseguimos enxergar a importância e o valor das pequenas coisas. O romance entre Allyson e Willem vem fortalecer a ideia de que o amor à primeira vista pode ser um sentimento verdadeiro. Gayle escreve com maestria relacionamentos que se enquadram perfeitamente em situações reais. Recomendo não só Apenas um Dia como todos os demais livros da autora, e reafirmo que Gayle Forman é uma das melhores escritoras do gênero na atualidade.


site: http://www.cacholaliteraria.com.br/2015/06/resenha-apenas-um-dia-gayle-forman.html
comentários(0)comente



340 encontrados | exibindo 286 a 301
1 | 2 | 3 | 20 | 21 | 22 | 23


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR