Kris Monneska - Conversas de Alcova 04/06/2016excelente, mas acabou enfeitado demais Hoje eu trago a parte dois da resenha da Duologia da Juliana Parrini, lançada pela Suma de Letras.
Essa segunda resenha é um pouco mais complicada pra escrever por dois motivos, um é escreve-la sem dar spoiler do primeiro livro (Pois eu não quero fazer isso) e dois porque infelizmente a sequência me agradou, mas não chegou nem perto do primeiro livro. Por causa da possibilidade de um spoiler indesejado, o meu resumo do livro será bem superficial, mas espero que isso deixem vocês com mais expectativas e vontade de fazer essa leitura.
No primeiro livro acompanhamos a luta de Isabel para reergue-se e voltar a tocar a sua vida, depois da grave depressão que a acometeu, por causa de um certo acontecimento (se você já leu, sabe do que eu estou falando). E é quando ela decide sair dessa bad que ela acaba conhecendo por acaso Daniel e os dois enfrentam vários contratempos para conseguirem se acertar, até que enfim conseguem se entender.
Poréeeem (tcham, tcham, tcham)
no final do primeiro livro algo acontece e acaba prometendo fortes emoções para essa sequência, na forma de passado! Pronto, paro por aqui.
Então minha gente, essas fortes emoções que foram prometidas no primeiro livro, vêm nesse segundo e olha, vêm com tudo! A história que a Juliana desenvolveu é bem densa e rica, além de reflexiva ao ponto de que se não estivesse tão apegada aos personagens do primeiro livro, eu poderia ter ficado bem balançada. Porque a Juliana escreveu uma história bem realista, onde não há certos ou errados e apenas pessoas vivendo, errando, se arrependendo e tentando consertar os seus erros. Só que alguns erros são irreversíveis.
Eu gostei do final da duologia, de certa forma, mas não posso dizer que esse me agradou completamente. Lembra que falei ali em cima que a história escrita pela Juliana foi bem realista? Pois é, foi isso que me fez gostar tanto dela e por isso eu preferia que a autora tivesse dado a ela um final, mais simples. Eu sei que há muita gente que prefere finais mirabolantes, enfeitados, mas dando a minha opinião pessoal de leitora, acho esse o tipo de clichê desnecessário, a trama estava indo muito bem sem esses ares de novela global.
Talvez seja por isso que eu geralmente fujo de triângulos amorosos, pois esses acabam levando os autores a andarem em círculos e maquiarem demais as histórias para que elas cheguem a um lugar que nós já sabíamos que elas chegariam, ao invés de pegarem um caminho mais fácil. E isso, na minha opinião faz com que a obra perca pontos de argumento.
Porém, vale a pena ressaltar que essa é a minha opinião como leitora e isso não significa que a escrita da Juliana não continue sendo maravilhosa, porque ela é. Apenas que o final da duologia não seguiu minhas preferencias pessoais. A escrita da Jú, mais uma vez se manteve impecável, limpa, fluída e envolvente, todos os personagens são cativantes e complexos, não nos permitindo abandonar a leitura antes de ler a palavra fim. O Trabalho Gráfico da Suma de Letras mais uma vez está lindo, capa, diagramação e revisão impecáveis. Sem dúvidas quero ler outras obras da autora.
Beijos