Rebelde

Rebelde Bernard Cornwell




Resenhas - Rebelde


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Clio0 16/12/2014

Conheça a versão estadunidense de O Tigre de Sharpe.

Rebelde é o romance histórico da Guerra da Secessão; O personagem principal, Nate Starbuck, é o típico adolescente cabeça-oco que entra no exército para ser bucha de canhão. Mas, obviamente, ele se revela um soldado de primeira linha e é através dele que se passa a história...

Cornwell sabe o que faz e observa algumas coisas que normalmente passam em branco, como o fato de que a Guerra foi muito mais relacionada a centralização de poder e dominação econômica do sul dos EUA pelo norte do que a velha lengalenga que tentam vender como a imoralidade da escravidão.

Há também muito sarcasmo em torno do fanatismo religioso da época, especialmente quando relacionado aos personagens principais da trama - Não há o que reclamar do autor quanto a caracterização. Os atos casam com as personalidades apresentadas e a história, de forma alguma, tem aquele ranço de acontecimentos forçados.

Se é assim... por que a nota baixa? Porque, infelizmente, Rebelde é uma história reciclada.

Isso pode não ser um problema se você é muito fã ou não leu nada de As Aventuras de Sharpe.
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Christian 16/12/2014

O que dizer de Bernard Cornwell? É o único autor de ficção histórica que anseio por mais e mais livros, porque ele é incomparável em cada mínimo detalhe. Lendo suas narrativas, me sinto como se tivesse no próprio campo de batalha. Você pode, de fato, sentir o cheiro da pólvora.
Confesso que se fosse qualquer outro autor, já começaria a leitura de maneira receosa. Durante toda minha vida fui ensinado a sempre estar do lado do Norte na Guerra de Secessão. Afinal, era o lado que contava com Abraham Lincoln, o lado abolicionista. e o lado vencedor. Mas, para minha grata surpresa, me peguei torcendo para a Confederação. Jamais pude pensar em uma leitura que não seja focada na União, mas Bernard Cornwell mais uma vez mostra porque ele é o maior escritor desse tipo de narrativa, nos lembrando que tudo é ponto de vista, apesar de sempre pensarmos e torcermos para o lado vencedor.
Cornwell foi perfeito, mais uma vez, em narrar tudo que precedeu a Guerra e todas as suas causas. Posso dizer que somente lendo Cornwell que me vejo empolgado em ver qualquer tipo de aventura romântica. Até nisso ele se supera.
Achei muito interessante também, todos os conflitos religiosos presentes no personagem principal, mas acho que qualquer coisa seria interessante se fosse uma narrativa de Cornwell.
Fico imaginando o quão perfeito seria, ler todas as maiores guerras escritas por Bernard Cornwell, mas infelizmente, ele é apenas um.
Camila 07/02/2015minha estante
Ele é o meu autor preferido! Bernard Cornwell dispensa comentários, e realmente é uma pena não podermos ler todas as maiores guerras escritas por ele. Seria absurdo!
Parabéns pela resenha!


Jordana Martins(Jô) 10/03/2015minha estante
Chris Na editora Saída de emergência tem os outros livros só que em português de Portugal. Escrevi para a editora record e estou a espera para saber se ele irão publicar os outros 3 livros da coleção,pois ler em Português de Portugal pode não ser ruim,mas comprar em Euro com certeza é.


Christian 17/03/2015minha estante
Esse livro é lançamento recente. Apesar de ser lançado originalmente em na década de 90, só foi traduzido agora para o Brasil, mas os outros devem sair em breve. O próximo lançamento dele é "Waterloo". Bernard Cornwell é unanimidade em ficção histórica. Isso é indiscutível.


Gustavo.Cesar 30/04/2021minha estante
Mas também está me incomodando, o personagem é a favor da escravidão ?


Christian 28/09/2021minha estante
Fala Gustavo. Não recebi a notificação do seu comentário e só vi agora.
Existe uma preocupação em deixar claro que o personagem não é a favor da escravidão, inclusive fazendo com que um dos personagens secundários seja um escravo liberto que fugiu e tem sua proteção.
A série em geral não foca nesse assunto, descrevendo apenas as batalhas históricas da Guerra.




Gisele296 28/06/2020

Cornwell como sempre magnífico
Cornwell mais uma vez nos trazendo um acontecimento histórico junto com um romance.
Desta vez somos transportados ao Estados Unidos do ano de 1861, onde os exércitos do sul e do norte se preparam e travam a batalha que, futuramente, ficaria conhecida como a Guerra de Secessão americana.
Acompanhamos as aventuras e dilemas do jovem Nathaniel Starbuck, um sulista, que estudou para ser pastor, e se vê duvidando de suas crenças e princípios anteriores e que, no fim, se vê lutando contra seu próprio povo.
Uma história envolvente, trazendo, como sempre, muitos acontecimentos históricos reais aliados à ficção e romance, capaz de nos capturar a atenção desde os primeiros capítulos e que só melhora no decorrer do livro.
Este é o primero livro das "Crônicas de Starbuck" que é composta por 4 livros, sendo somente 3 traduzidos para o português e publicados pela editora Record.
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Hugo 04/05/2021

Impressionante
As cenas de batalhas mais autênticas que se pode encontrar. O final é empolgante.
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Matheus1063 29/08/2023

Maçante e pouco empolgante
Comecei a ler Bernard Cornell a muito tempo
E sempre gostei do autor
Gosto de como a escrita dele principalmente agora em as crônicas saxônicas são tão profundas e fluidas e gostoso de ler mas acho que é um dos primeiros livros se não o primeiro dele que acho chato . Achei desinteresse e várias e várias partes desse livro ele enrola pra falar como é que faz uma coisa . Por exemplo
carregando uma munição que foi feita tal ano
De tal arma
De tal fábrica de tal ano
Potência e blá blá blá . Achei tão fraco e não parecia o mesmo autor de (o rei do inverno) . Tem os elementos Bernard porém não foi legal .
Terminei e não irei continuar essa saga que para mim parou . O livro se fecha por si e não tenho estímulo para comprar os outros 3 livros
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Josimar.Nunes 26/06/2020

Guerra Civil Americana
Nos anos 1860, o jovem Nathaniel Starbuck morador de Boston nos EUA, se viu em uma enrascada por causa de uma mulher e com medo do seu pai, fugiu para o sul, para casa de seu amigo Adam Faulconer.
Em meio a isso tem início à guerra de secessão americana entre Norte e Sul e Nate ficou no meio desse conflito sem saber de que lado ficar.
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Vincent 13/05/2020

Excelente
Mais um excelente livro e início de crônica do BC. Li todas as outras e possui a mesma qualidade das demais. Para quem lê tudo q o autor escreve fica fácil prever algumas reviravoltas mas nada que estrague o prazer da leitura. Preparado para o próximo.
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Filipe 13/04/2016

Esperava mais
Apesar de gostar do estilo de Cornwell, este livro não me cativou. Diferente dos demais, se mostrou arrastado.
Vale a leitura pela capacidade única do autor na descrição de épocas e situações longe de nosso tempo.
Raquel.Chiaradia 15/02/2017minha estante
Conheço a fama de Cornwell e Rebelde foi o primeiro livro que li dele. Achei a fama desproporcional à qualidade da escrita. Pelo menos neste livro. Como você disse, esperava mais. Não me cativou e não estou tentada a ler Traidor. Preciso dar uma segunda chance, mas em outra série dele.




Rafael ventura 23/05/2020

Esperava mais
Livro interessante e bem contado, no entanto o personagem principal é fraco e falta emoção nele. Dentre os livros do Cornwell este é um dos mais fracos.
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Dhiego Morais 18/08/2016

Rebelde: A pintura selvagem de uma batalha em forma de prosa.
Lembro-me da época do lançamento deste livro, em 2014. Titubeei um par de vezes, naquela dúvida cruel de “compro ou não compro”. Há dois anos eu não tinha lido nada do Bernard Cornwell, mas existia a curiosidade. Acabei que não comprei. Este ano, porém, decidi que seria o ano do Bernard Cornwell em minhas leituras, e Rebelde foi um dos títulos escolhidos para a meta de 2016.

“Mas Dhiego, dá uma resumida boa dessa leitura em umas três palavrinhas, por favor?”. Opa, com certeza: “Impressionante. Visceral. Breathtaking” (ou “de tirar o fôlego” — inglês tem suas vantagens rs).



Rebelde é o primeiro livro da série As Crônicas de Starbuck, escrito pelo consagrado autor britânico, Bernard Cornwell. Neste romance de ficção histórica, a trama tem como cenário desta vez a Guerra da Secessão, um conflito civil que rasgou os Estados Unidos no século XIX.

Nem quando eu estudei na escola sobre essa guerra cheguei a me interessar de fato. No entanto, Cornwell possui algum superpoder que atrai a atenção de seus leitores e, principalmente, dos mais novatos, seja pela capa, pelo título ou pela sinopse. Acredito que Rebelde vai além disso, ainda que não tenha o hype que as Crônicas Saxônicas têm, por exemplo. E é na “surdina” que o livro mostra ainda mais potencial.

Rebelde conta a história de Nathaniel Starbuck, um jovem, filho do reverendo Elial Starbuck. Natural de Boston, o nortista chega a Richmond, na Virgínia, sem qualquer perspectiva de um futuro. A razão? Nathaniel largou os estudos de teologia para seguir a vida com uma mulher; mulher esta que o abandona. Então, afastado de sua família, o ianque possui apenas um rumo possível: seguir para Faulconer Court House, um condado na Virgínia sob o comando de Washington Faulconer, cujo filho, Adam, é um amigo de infância.

O livro já começa de uma maneira tensa. Ao contrário do que algumas pessoas poderiam imaginar, Cornwell não optou por narrar os fatos que desencadearam — de maneira sucinta — a Guerra da Secessão, mas sim pelo seu estopim. Logo nas primeiras páginas o leitor já percebe o clima pesado e xenófobo, um clima estritamente separatista, regional e imerso em discursos de ódio e preconceito. Em suma, não há muita tolerância nos meses que antecederam o conflito.

E é justamente neste clima conflituoso que Nathaniel é encurralado e capturado por alguns civis de Richmond. Para piorar, os homens reconhecem o seu sobrenome e sotaque como nortista, além de que fazem a ligação com o reverendo Starbuck. Ali, os sulistas já estavam dando uma lição humilhante nos nortistas viajantes, despejando alcatrão fumegante e penas em seus corpos desnudos. O jovem ianque só é poupado porque Washington Faulconer surge a cavalo e despacha os tumultuadores.

A partir daí a trama se encorpa e fica mais interessante. Faulconer, um “coronel” extremamente rico deseja atuar ativamente nos confrontos contra o Norte, e, para isso, almeja criar a Legião Faulconer, composta por mil soldados de elite preparados para os conflitos mais importantes da União/Federação.

Depois de contar a sua história e deixar claro que não existe a possibilidade de retornar e enfrentar a fúria do pai, Nathaniel concorda em entrar para a Legião, bem como em lutar à favor do Sul como um sulista honorário.

“— Eu tinha esperanças nele — comentou o coronel sentenciosamente. — Mas esses filhos de pregadores são todos iguais. Quando ficam livres da coleira, Adam, eles enlouquecem. Cometem todos os pecados que os pais não podem cometer, não cometeriam ou não ousariam. É como ser criado numa confeitaria elegante sem ter permissão de tocar nos doces. E não é de espantar que mergulhem de cabeça quando ficam livres”.



Nathaniel Starbuck é um personagem bem interessante. O jovem é um nortista que nunca desejou o futuro religioso que o pai desenhou para ele, por nunca ter escolhido aquela Fé, bem como por ter sempre se sentido deslocado em Massachusetts. Dotado de uma série de ilusões e ressentido de tantos fracassos, Nathaniel vê na sua fuga um meio de se provar frente ao próprio pai, demonstrando poder ser um bom soldado. O mais curioso é que a cada atitude irregular que toma, Nathaniel atormenta a si próprio, como se tivesse cometido uma série de pecados, efeito, claro, de uma dura criação no Norte. Além disso, o ianque é cheio de falhas. É esperto, mas influenciável e possuidor de uma forte necessidade de se provar para aqueles ao seu redor. Em alguns momentos, Nathaniel é capaz de uma fúria selvagem, quase irrefreável, e de atitudes duvidosas. “Ah, então ele deve ser apático, quase intolerável, fraco talvez?”. Para alguns, pode ser, mas acho que esse não é o ponto. Eu gostei de Nathaniel por um simples motivo: ele é completamente humano.

Cornwell direciona a trama pouco a pouco para o clímax. A Guerra da Secessão, que dividiu o país entre Norte e Sul, entre abolicionistas e escravagistas, é moldada com primor. Em Rebelde descobrimos como foi fazer parte de um momento histórico cruel pela visão daqueles que mais sofreram, dos que viveram intensamente a fase, dos que respiraram cada segundo de conflito.

Outros cidadãos enfrentam dilemas complicados e merecem bastante atenção. Ethan Ridley, que tem a mão da herdeira Faulconer prometida; os Truslow, Thomas e Sally; Thaddeus Bird, cunhado de Faulconer; os Faulconer, Coronel Washington e Adam; e, por fim, Belvedere Delaney, meio-irmão de Ethan Ridley. Cada um desses personagens tem o seu papel na história.

Bernard Cornwell construiu de maneira brilhante o contexto histórico e, essencialmente, as personagens. Empáticos, odiáveis, amáveis, engraçados, curiosos e dúbios, cinzas. São nas mudanças de ponto de vista e em sua narração em terceira pessoa que Cornwell demonstra mais brilhantismo.



A trama tem o seu clímax numa das Batalhas de Manassas. Eu já havia lido outros três livros do Cornwell, mas, sinceramente, nunca, em toda a minha vida de leitor, eu li uma descrição de batalha tão real e que evocasse tão profundamente todos os sentidos. Pode-se sentir o cheiro da pólvora e do sangue, o odor pútrido da morte; os gritos de agonia dos soldados mutilados, dos corpos destroçados que explodiam com os tiros dos canhões; o choro das mulheres; a fúria selvagem daqueles na linha de frente da batalha; os brados animalescos dos sobreviventes durante a amputação de seus membros; a visão dos corpos baleados, rasgados, divididos, explodidos... irreconhecíveis. O caos da batalha.

“— Por que está lutando por nós, Boston? Essa luta não é sua.

[...] — Porque sou um rebelde [...]”.

Rebelde é Cornwell em sua melhor forma. Forte e visceral. A pintura selvagem de uma batalha em forma de prosa.

site: http://www.intocados.com/index.php/literatura/resenhas/847-rebelde-as-cronicas-de-starbuck-1-bernard-cornwell
Vagner46 01/09/2016minha estante
É bom esse Cornwell, hein?


Dhiego Morais 20/10/2016minha estante
Cornwell é fantástico! Uma das melhores indicações de autores que eu recebi =)




Henrique Moutinho 13/01/2021

É bom, mas não é excelente
Primeiro vale ressaltar que essa coleção só tem 3 de 4 livros lançados no Brasil. A história é boa e bem escrita como todas do Cornwell, personagens envolventes e ambientação bacana. Mas comparando com outras obras do autor, fica faltando algo. É bom, mas não é excelente.
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Gustavo.Pinheiro 31/01/2019

Rebelde - a história pode sim ser contada pelos derrotados
Rebelde, o primeiro livro da série As Crônicas de Starbuck, do aclamado autor Bernard Cornwell (mas nunca antes lido por mim) me introduziu no mundo de ficção histórica. E acho que não haveria modo melhor de começar.

A história se passa no ano 1861, quando a Guerra de Secessão estava prestes a estourar nos Estados Unidos. Os problemas políticos, xenofobia e tensão existentes eram evidências do que estava por vir. Durando até 1865, a guerra entre os nortistas e sulistas teve mais de 600 mil mortos, resultando na abolição de escravatura e na destruição da economia latifundiária do Sul

Nathaniel Starbuck, um nortista de Boston se vê ao meio de tudo isso após largar a faculdade de Teologia em Yale por causa de uma jovem atriz de teatro, contrariando sua família e principalmente seu pai, o reverendo Elial Starbuck. Ele acaba abandonado no estado sulista da Virginia e é capturado por uma multidão histérica após a conquista do Forte Sumter, o estopim da guerra, que quer dar aos ianques o que “eles merecem”.

Nate acaba salvo no último instante por Washington Faulconer, pai de seu melhor amigo da faculdade, Adam. Mas já nas primeiras páginas, o autor deixa claro a divisão impregnada entre sociedade estadunidense e a expectativa por uma guerra definitiva entre os escravistas do Sul e os abolicionistas do Norte.

Faulcouner, um dos homens mais ricos e respeitados da região, acolhe Nate em sua casa e o convida a lutar pela Legião Faulconer, que ele mesmo está montando para a guerra e pretende torná-la em uma legendária repartição, que será lembrada nos livros de história por anos. Mesmo que tenha que lutar contra seu povo e ideais, Nathaniel aceita e começa sua jornada até virar o verdadeiro rebelde, que dá nome ao livro.

A partir disso, a história decola e ao decorrer dela nos é apresentando vários personagens que ajudarão (ou não) o nortista em sua trajetória, alguns deles com destaque como Thaddeus Bird, o cunhado de Faulconer; Thomas Truslow, um ladrão de cavalos que entra para a Legião; sua bela filha Sally, além de Ethan Ridley, futuro cunhado do Coronel Faulconer e um tremendo patife.

Nate é um protagonista muito interessante, mas que nos deixa impaciente pelo remorso por ter deixado o caminho de Deus, o que o impossibilita de ter certas atitudes no começo da obra por medo, mas ele gradualmente vai deixando de lado essa preocupação. Solto de suas amarras, Nate se mostra um jovem habilidoso que busca encontrar seu lugar no mundo, mesmo numa região onde ninguém acha que ele deveria estar ali.

O livro é dividido em 3 partes, as duas primeiras desenvolvem a história, aprofundando bem os personagens que destaquei, já nos deixando na torcida por uns e desejando a morte ou desgraça de outros, e o grande clímax final é reservado para a terceira parte, o primeiro confronto sangrento de Nate e dos sulistas contra os ianques.

Pode soar clichê, mas a descrição de Cornwell da batalha de Manassas (ou Bull Run) nos faz sentir o cheiro da pólvora usado no embate. Um dos receios que tive ao começar o livro é exatamente essa parte, pois sendo uma batalha mais “sofisticada”, com armas de fogo e canhões poderia deixar a leitura confusa, sem saber o que realmente estava acontecendo ou mesmo entendendo o que estava escrito, porém cheguei a desejar estar participando da guerra ao ler sobre os disparos de canhão, as agonias dos soldados e as estratégias usadas por seus comandantes, de tão boa a escrita do autor.

Em alguns momentos tive que parar a leitura para pesquisar sobre obras, localizações ou nomes citados, já que a Guerra de Secessão não é muito bem aprofundada durante o ensino no Brasil, mas que de certa forma me deixou mais entusiasmado de conhecer melhor a época.

Também achei interessante a narração onisciente em terceira pessoa, pois fica evidente que os americanos esperavam que fosse rápida, com uma definição ligeira de seu vencedor, o que obviamente não ocorreu. Ver a perspectiva do lado derrotado também é outro trunfo da obra, já que nos faz refletir sobre os acontecimentos com outros olhos, afinal muito dos “escravocratas” apenas eram jovens medrosos que foram à luta para não serem considerados covardes.

Bernard Cornwell entrega uma trama rica em detalhes, com personagens realmente bem desenvolvidos e que nos faz pensar melhor antes de pensar que todos sulistas eram malvados a favor da escravidão, a leitura flui muito bem, com pequenas ações durante todo tempo até culminar no início da guerra. O final do livro já me deixou com gosto de quero mais, descobrir como os acontecimentos de Rebelde afetaram seus personagens e a história dos Estados Unidos vai ser um prato cheio!

site: https://medium.com/recanto-da-literatura/resenha-rebelde-a-hist%C3%B3ria-pode-sim-ser-contada-pelos-derrotados-f4c377e2077a
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Patricia 25/03/2019

Se eu fosse uma principiante na escrita Bernard Cornwellniana provavelmente teria dado a nota máxima. Mas sendo uma fã incondicional do autor, acho que posso dizer que "a essa altura do campeonato" já conheço exatamente as características da narrativa dele que me viciaram tanto nos livros e aquelas que já não me encantam muito:

Pontos positivos:
- O que você espera lendo Bernard Cornwell E sendo fã de ficção histórica? CENAS INCRÍVEIS DE BATALHA e essa série não foge à regra. As descrições são tão incríveis que você se vê em meio ao campo de batalha, entre rifles e canhões.
- Intrigas, conspirações, situações inusitadas.
- Diferentes pontos de vista: Não li Sharpe, mas depois de ter lido os livros 'solo', As Crônicas de Arthur, A Busca do Graal e de acompanhar As Crônicas Saxônicas até seu 11º livro, posso dizer que gosto muito quando BC resolve escrever em 3ª pessoa com o 'bônus' de POV's de outros personagens além do protagonista.
- Essa série mostra a Guerra da Secessão por um ponto de vista comumente pouco abordado: da população pobre do sul que lutava, não pelo direito dos fazendeiros ricos de manterem seus escravos, mas contra um invasor que parecia querer roubar suas casas, matar suas famílias...
- o background dos personagens: De onde vieram? o que fazem? BC sabe muito bem como construir o 'pano de fundo' de seus personagens, cercando o protagonista com histórias de vida interessantes e comoventes.

Pontos Negativos:
- Se você é fã de BC e espera encontrar aqui um protagonista diferente dos seus outros irmãos-estereótipos, sinto muito em lhe informar que: não vai acontecer. Nataniel Starbuck é exatamente igual aos outros: arrogante, orgulhoso, com uma auto-confiança (por vezes) irritante, mulherengo e que parece sempre conseguir se safar de situações perigosas/constrangedoras/desagradáveis exatamente por ser assim. E claro, um excelente-inigualável soldado.
- O esterótipo não se restringe ao protagonista: todo aquele leque de personalidades já conhecidas dos fãs de BC em suas outras séries, também estão aqui devidamente representados
- Diálogos e interações limitadas entre personagens; dificilmente há diálogos mais elaborados que ajudem você a ter uma visão melhor sobre o que os personagens pensam ou como realmente são. Quem cumpre essa função é o narrador onisciente/onipresente, mas na maioria das situações somos influenciados pela percepção do protagonista ou de quem for o POV. As interações entre os personagens - pelo menos aqueles que realmente importam para o protagonista - também são curtas e rápidas.
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Luma.Minikel 15/02/2020

Esperava mais, mas é um bom livro.
Quando li a sinopse imaginei um livro totalmente diferente, com mais ação.
O livro em si não é ruim, mas em diversas partes eu fiquei me perguntando quando a guerra ia de fato acontecer. As melhores partes estão no final do livro, quando vemos um pouco de ação.
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