Telma 12/04/2015Suspense com tema bastante atual: terrorismo / fanatismo e ódio!Nina Borg vive um dilema eterno. Mãe de uma adolescente e de uma criança pequena, ela pena para dar atenção à família e se distanciar dos imigrantes ilegais assistidos pela organização clandestina da Rede. Durante as ausências do marido por conta do trabalho como geólogo, ela promete se dedicar aos filhos e esquecer o serviço por um tempo.
Porém, seu amigo na Rede, Peter, adoece e lhe faz um pedido urgente: cuidar de um menino húngaro que contraiu uma enfermidade grave e está escondido em uma oficina mecânica. Ao chegar lá, Nina é proibida de ver o garoto, sendo praticamente expulsa por outros ciganos arredios.
A enfermeira entende o habitual medo dos imigrantes em lidar com estranhos, pois eles sofrem um preconceito muito grande ali na Dinamarca. A desconfiança dos nórdicos é ainda maior às vésperas da Conferência de Copenhague, que reunirá estadistas do mundo inteiro e é um potencial foco de atos terroristas.
Alheia ao perigo, Nina persiste em tratar a doença de algumas crianças ciganas da oficina e, aos poucos, vai descobrindo as ramificações obscuras daqueles casos. Em seu caminho, estão personagens inusitados como um agente solitário do serviço secreto, um jovem aspirante a advogado que vê seus sonhos destroçados, um frio e ambicioso pai de família e um finlandês que adora torturar suas vítimas.
Mesclando uma narrativa empolgante e uma crítica contundente às injustiças sociais, Morte invisível faz o leitor refletir sobre os desafios atuais de países divididos pelo racismo e o nacionalismo.
Queridos,
Na resenha que fiz, tempos atrás, de "O Menino da Mala" (clique aqui para ler), eu falo da escrita maravilhosa, basta ver como comecei a resenha:
Como falar de um livro MARAVILHOSO, sem recorrer aos clichês de “Ótimo!”, “Excelente!”,
“Amei!”... etc?Cara... num dá!
O livro é Ótimo, Excelente, Maravilhoso, eu Amei, Do cara....mba!"
Pois é.... " O Menino da Mala" realmente me impressionou e eu fiquei ansiosíssima para ler o que seria uma continuação do mesmo....
Eu disse "seria", né?
Pois é... Não é.
Ao menos eu não julgo que seja. Não vemos mais o menino e tampouco a mala... mas, eles tem elementos em comum (de qualquer forma não é uma continuação). Os elementos em comum são: a enfermeira Nina Borg e sua guerra contra as injustiças sociais. Novamente, contrariando os desejos do marido, ela parte numa caçada que pode custar-lhe a vida.
A história é boa? Sim... mas, demora para emplacar.
No livro anterior também demorou um pouco, mas era de tal maneira, intrincado e com suspense tão alinhavado, que a gente só respirava pra saber a continuação. Esse não me prendeu dessa maneira.
A temática é bacana, atual, engajada, política... tem cenas fortes e, claro que as autoras escrevem super bem! Mas faltou a magia da primeira... é quase como se ambas se esforçasse para alcançar o mesmo sucesso com a mesma gama de "truques" e, não tivessem sido tão bem sucedidas assim, sabe?
O que amei no livro foi a capacidade incrível de ambas (que já havia me fascinado no anterior), de trazer à baila um tema não tão comum em nosso país mas que poderia ser o nosso, tamanho preconceito existente entre nações e pessoas. O ódio gerado pelo terrorismo e fanatismo. Isso foi lindo de ver/ler.
É um livro fácil de compreender e um suspense que o distrairá, desde que você não vá com tanta sede ao pote como fui. :)
beijos, surtados queridões.
site:
http://surtosliterarios.blogspot.com.br/2015/04/resenha-morte-invisivel.html