Morte Invisível

Morte Invisível Lene Kaaberbøl
Agnete Friis




Resenhas - Morte Invisível


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Nativo 18/05/2015

Não sei se por conta de uma expectativa grande, graças ao livro anterior "O menino da mala", eu achei esse livro um pouco fraco.
No começo do livro, várias histórias se cruzam o que deixa a leitura um pouco confusa. Porém da metade pra frente, o ritmo melhora e a coisa anda.
Ao contrário do livro anterior onde a enfermeira Nina Borg é a personagem principal, nesse ele fica um pouco em segundo plano.
O tema principal que é o tráfico de mulheres na região do leste europeu, é razoavelmente explorado pelas autoras. (já lí outros livros com esse tema que são melhores) Não tem nenhum personagem marcante, mas para quem gosta de policiais nórdicos, vale a leitura.
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Telma 12/04/2015

Suspense com tema bastante atual: terrorismo / fanatismo e ódio!
Nina Borg vive um dilema eterno. Mãe de uma adolescente e de uma criança pequena, ela pena para dar atenção à família e se distanciar dos imigrantes ilegais assistidos pela organização clandestina da Rede. Durante as ausências do marido por conta do trabalho como geólogo, ela promete se dedicar aos filhos e esquecer o serviço por um tempo.
Porém, seu amigo na Rede, Peter, adoece e lhe faz um pedido urgente: cuidar de um menino húngaro que contraiu uma enfermidade grave e está escondido em uma oficina mecânica. Ao chegar lá, Nina é proibida de ver o garoto, sendo praticamente expulsa por outros ciganos arredios.

A enfermeira entende o habitual medo dos imigrantes em lidar com estranhos, pois eles sofrem um preconceito muito grande ali na Dinamarca. A desconfiança dos nórdicos é ainda maior às vésperas da Conferência de Copenhague, que reunirá estadistas do mundo inteiro e é um potencial foco de atos terroristas.

Alheia ao perigo, Nina persiste em tratar a doença de algumas crianças ciganas da oficina e, aos poucos, vai descobrindo as ramificações obscuras daqueles casos. Em seu caminho, estão personagens inusitados como um agente solitário do serviço secreto, um jovem aspirante a advogado que vê seus sonhos destroçados, um frio e ambicioso pai de família e um finlandês que adora torturar suas vítimas.

Mesclando uma narrativa empolgante e uma crítica contundente às injustiças sociais, Morte invisível faz o leitor refletir sobre os desafios atuais de países divididos pelo racismo e o nacionalismo.

Queridos,
Na resenha que fiz, tempos atrás, de "O Menino da Mala" (clique aqui para ler), eu falo da escrita maravilhosa, basta ver como comecei a resenha:

Como falar de um livro MARAVILHOSO, sem recorrer aos clichês de “Ótimo!”, “Excelente!”,
“Amei!”... etc?Cara... num dá!
O livro é Ótimo, Excelente, Maravilhoso, eu Amei, Do cara....mba!"

Pois é.... " O Menino da Mala" realmente me impressionou e eu fiquei ansiosíssima para ler o que seria uma continuação do mesmo....

Eu disse "seria", né?

Pois é... Não é.

Ao menos eu não julgo que seja. Não vemos mais o menino e tampouco a mala... mas, eles tem elementos em comum (de qualquer forma não é uma continuação). Os elementos em comum são: a enfermeira Nina Borg e sua guerra contra as injustiças sociais. Novamente, contrariando os desejos do marido, ela parte numa caçada que pode custar-lhe a vida.

A história é boa? Sim... mas, demora para emplacar.

No livro anterior também demorou um pouco, mas era de tal maneira, intrincado e com suspense tão alinhavado, que a gente só respirava pra saber a continuação. Esse não me prendeu dessa maneira.

A temática é bacana, atual, engajada, política... tem cenas fortes e, claro que as autoras escrevem super bem! Mas faltou a magia da primeira... é quase como se ambas se esforçasse para alcançar o mesmo sucesso com a mesma gama de "truques" e, não tivessem sido tão bem sucedidas assim, sabe?

O que amei no livro foi a capacidade incrível de ambas (que já havia me fascinado no anterior), de trazer à baila um tema não tão comum em nosso país mas que poderia ser o nosso, tamanho preconceito existente entre nações e pessoas. O ódio gerado pelo terrorismo e fanatismo. Isso foi lindo de ver/ler.

É um livro fácil de compreender e um suspense que o distrairá, desde que você não vá com tanta sede ao pote como fui. :)

beijos, surtados queridões.

site: http://surtosliterarios.blogspot.com.br/2015/04/resenha-morte-invisivel.html
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ricardo_22 14/03/2015

Resenha para o blog Over Shock
Morte Invisível, Lene Kaaberbøl e Agnete Friis, tradução de Marcelo Mendes, 1ª edição, São Paulo-SP: Arqueiro, 2015, 320 páginas.

Um objeto encontrado em meio às ruínas de um hospital militar soviético pode render muito dinheiro no mercado negro, além de contribuir para que uma família de ciganos abandone a pobreza e se livre assim de todo o preconceito. No entanto, esse mesmo objeto, tão valioso, pode provocar a morte de centenas de pessoas caso pare nas mãos de pessoas erradas.

A enfermeira Nina Borg também se preocupa com as minorias que sofrem algum tipo de preconceito, por isso, contrariando um pedido de seu marido, ela acaba colocando sua vida em risco ao aceitar cuidar de ciganos húngaros que estão sofrendo de uma misteriosa doença. Ela só não poderia imaginar que estaria se envolvendo também com um segredo ligado a atos terroristas e pessoas fanáticas.

“Ela fora levada até ali por conta daquela mesma ansiedade irracional que a acometia nesse tipo de situação, ciente de que Morten não gostaria nada de saber que ela quebrara sua promessa por causa de algumas crianças que, no fim das contas, nem doentes estavam de verdade. O marido talvez não desse nenhuma importância à condição daquelas crianças, mas Nina dava” (pág. 123).

O Menino da Mala foi uma leitura incrível. Por uma série de motivos, o enredo, a escrita e a protagonista resultaram em uma experiência muito agradável. Mas o segundo título da série Nina Borg ficou longe de se aproximar da maestria do anterior, mesmo que as autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis tenham mantido algumas características que conquistaram anteriormente.

Ambos os livros começam de forma lenta, mas Morte Invisível demora ainda mais a revelar o caminho que será seguido pelas autoras. Até existe um mistério convincente, mas não é o suficiente para prender a atenção como aconteceu com o caso do menino encontrado em uma mala. Além do mais, esse próprio mistério acaba se confundindo com as injustiças sociais que colocam todas as personagens em um mesmo núcleo narrativo.

O que acontece é que até dado momento a prioridade de preparar o terreno acaba dando lugar à falta de tensão. Kaaberbøl e Friis usam o poder da literatura para mostrar a crueldade vivenciada por ciganos no submundo da capital dinamarquesa, ressaltando que o preconceito sofrido por estrangeiros pode ir muito além do imaginado, a ponto de movimentar todo um país e colocar uma cidade inteira em risco. No entanto, até chegar ao desenvolvimento dessa confusão, obviamente que muitas coisas precisam acontecer.

Essas coisas envolvem uma série de personagens, assim como aconteceu com o primeiro livro, porém dessa vez nem mesmo a personagem que dá título à série pode ser considerada uma protagonista nata. O fato de cada capítulo retratar uma personagem, seguindo caminhos bem distintos, é uma forma de ter diferentes pontos de vistas que no fim acabam chegando a um mesmo lugar. O encontro entre todos eles acontece do melhor modo possível, o que é bem verdade, ainda que nem todas as pessoas possam sem consideradas fundamentais.

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/03/resenha-315-morte-invisivel.html
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Greice Negrini 03/03/2015

Um suspense bem traçado.
Nina Borg é uma enfermeira que mora na Dinamarca. Trabalha ajudando pessoas que estão ilegalmente no país, seja por motivos de fuga ou por outros motivos. Existe toda uma rede complexa que integra muitas pessoas preparadas para este fim, já que as pessoas que estão fugindo de sua pátria ou buscando melhores condições de vida acabam se perdendo ou caindo em mãos de um ou outro mau caráter.

Na Hungria a luta era contra os imigrantes ilegais e contra os ciganos. As pessoas daquele país tentavam fazer com que o governo mandasse embora uma raça que nada de ruim fazia a sua nação. Mas isto ninguém queria saber, eles eram menosprezados em milhares de locais e se não cuidassem, sua vida era tornada um caos e a morte era fácil.

Tamás tinha perto dos 18 anos e precisava fazer algo para conseguir dinheiro. Sua família era pobre demais, chegava a ser miserável e seu irmão estava na cidade estudando para ser advogado. Em uma incursão por obras antigas soviéticas, Tamás e um amigo encontram um objeto impressionante. Ali está algo incrivelmente lucrativo. Mas este objeto vai custar mais do que Tamás imagina.

Na Dinamarca Nina fez uma promessa ao seu marido. Após se encrencar com uma aventura no passado, em que quase sua vida foi levada embora, apesar de ter salvado um menino que fora contrabandeado em uma mala, Nina não poderia visitar a clínica durante as duas semanas que seu marido estivesse viajando a trabalho. Tinha dois filhos, uma de 14 e outro de 6 e eles precisavam da mãe perto e mais ainda de proteção. Nina sabia que era preciso manter a promessa e manter também a sanidade.

Em uma grande emboscada que não era possível fugir, Sándor, irmão de Tamás se vê obrigado a ir atrás do irmão para impedir que homens matem sua família. Mas é em uma oficina que encontra pistas sobre seu irmão. É lá também que encontra um grupo imenso de ciganos ilegais. Ciganos que estão apresentando sintomas estranhos. Vômitos, enjôos e febre. Uma doença misteriosa está tomando conta do ar e Sándor percebe que uma enfermeira tenta cuidar de alguma forma de um ou outro paciente. Mas que lugar é aquele e por qual motivo todos estão com tanto medo?

Do outro lado da cidade a polícia e a inteligência sabe que os terroristas estão preparando algo mas as pistas não estão claras. Aos poucos vão perceber que quando pessoas começarem a morrer e o caos se instalar, as peças vão se encaixar e quem deveria cumprir uma promessa vai quebrar todo o seu silêncio para salvar novamente outras pessoas, desta vez, errando completamente o alvo.


O que falo sobre o livro?

Certo, este livro apesar de dizer que seria uma continuação de O Menino da Mala, para mim não há nada que incite no livro esta questão. A verdade é que a personagem de Nina Borg é uma enfermeira que trabalha para uma clínica que apóia diversos sistemas de refugiados e nisto há uma grande rede para as autoras poderem escrever histórias. E é exatamente o que elas fazem. Mas é como uma personagem ser utilizada em vários livros com histórias diferentes e não você ler o segundo livro e não entender absolutamente nada porque não leu o primeiro. Nada disso. Se você não leu o primeiro, pode ler A Morte Invisível que não fará diferença nenhuma.

Eu gosto da forma como as autoras escrevem. Como são duas, muitas vezes as coisas podem sair meio que monótonas,mas ao se tratar de Lene e Agnete a perspectiva é que tenha ação e uma boa dose de suspense. E é assim mesmo. O que consegue me cativar é que cada capítulo vai se diferenciando por personagens diferentes e momentos diferentes que mais lá na frente vão se interligar. Não é um livro de suspense muito fácil de ligar os pontos e me atrai livros mais inteligentes.

Desta vez a enfermeira não apareceu tão rápido na trama e mesmo assim demorou para começar a ficar tão importante na história. Isso meio que soou como um "você não é completamente insubstituível" como personagem, mas eu senti falta dela diversas vezes. Não porque a história não seja empolgante e sim porque Nina Borg é uma personagem normal, ou seja, ela sofre, chora, luta mas não é nenhuma heroína, o que torna tudo mais realista.

Há dilemas bons a contar neste livro: o problema de racismo contra uma etnia, a questão do tráfico de pessoas, do tráfico de armas e do resultado de uma guerra. É um bom suspense para nos fazer pensar em como o ódio é capaz de fazer muita gente pagar o preço.

Não foi completamente um sucesso, mas é um bom exemplo do que acontece no mundo.



site: www.amigasemulheres.com
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Raffafust 19/02/2015

Primeiro é importante informar que por mais que " Morte Invisível " seja visto como continuação de " O Menino da Mala", na verdade não é. Explico : o primeiro livro nos apresenta a personagem principal Nina, uma enfermeira de coração ONU que quer salvar a todos. Em comum somente a personagem, as histórias não são ligadas uma a outra , exceto que Nina é o centro delas, sempre tentando ajudar em ambas.
Em Morte Invisível começamos conhecendo uma mãe - Natasha- que está prestes a ficar presa na Dinamarca por imigração ilegal, ela é oriunda da Ucrânia e vive com a filha Rina no país sem permissão de trabalho ou moradia. Para quem pouco conhece desses casos acho válido informar que nem todos os países fazem parte da União Européia, apenas 28 estados. Ucrânia é do leste europeu e é conhecida por sue alto número de mulheres que se prostituem. Desde o fim da União Soviética em 1991 o país vem sofrendo com crises seguidas de alto número de desemprego o que faz com muitas mulheres imigrem ilegal para outros países próximos. Natasha é mais uma dessas mulheres que apenas quer ter um emprego e cuidar de sua filha em um país mais seguro ( Ucrânia vive em conflitos por territórios com a Russia e por outras questões culturais). Nina não entende como alguém pode julgar uma mãe e separá-la da filha e como sempre faz, opta por ajudar.
A protagonista sempre deixa de lado seus familiares e ajuda quem está por perto. Ao mesmo tempo conhecemos outra história a de dois meninos ciganos húngaros que em busca de algo que gere dinheiro a eles acabam descobrindo algo que jamais poderiam imaginar, na ingenuidade acreditam que lhes trará riqueza quando na verdade o que encontram no desativado hospital soviético causará muitas mortes.
O que as autoras nos levam são para dois mundos : o da imigração ilegal e o do preconceito. Tanto Natasha quanto Pitkin e Tamás tem algo em comum: desejam uma vida sem miséria em um país melhor.
Se ao mesmo tempo achei válidos os envolvimentos no livro com os temas citados acima achei também que as autoras quiseram colocar muita coisa em um livro só. A verdade sobre o que está matando vários ciganos é ligado a fanatismo religioso , um pré genocídio, quando por exemplo descobrimos que o intuito de muitos envolvidos é destruir aquilo que lhe está incomodando, as falas finais de uma das envolvidas nos arrepiam, é preconceito puro, é intolerância, é algo que já devia estar tão fora de moda que só veríamos em museus
Mas as autoras acertam, o tom dado aos personagens é de ingenuidade, os que sofrem nem imaginam o quanto são odiados, a personagem que quer ajudar nem imagina que haja tanto ódio no mundo e no final temos a certeza que a história se passa na Dinamarca mas poderia ser em qualquer país do mundo, afinal, o preconceito existe sempre. Infelizmente. Um livro maravilhoso.
Italo 19/02/2015minha estante
Aee, comecei hoje. Também tô adorando. ;)




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