Dona Flor e seus dois maridos

Dona Flor e seus dois maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Luana 07/05/2021

Uma história que existe no imaginário de todos os brasileiros e se tornou um grande clássico adaptado para o teatro e para diversas obras do audiovisual. Depois de terminar o livro eu entendi o motivo do seu sucesso por tantos anos.

Dona Flor é uma mulher que está a frente de seu tempo, faz questão de ter seu próprio trabalho e resolveu casar por amor. Vadinho, seu primeiro marido, era visto por todos como uma péssima escolha, viciado em jogo e em festas, viveu uma vida noturna intensa e com muitas traições. Nada disso era ruim o suficiente para Dona Flor, que tinha um amor imenso por Vadinho, apesar de tudo.

Vamos acompanhar a vida de Dona Flor tendo que lidar com a perda súbita de Vadinho, enfrentando uma vida de viúva jovem, vivendo a perda do seu amor e aguentando a grande insistência de seus amigos para que ela arrume um novo marido, dessa vez à sua altura.

Não vou continuar com spoilers, apesar de acreditar que a maioria de nós sabe o que acontece a seguir. Mas isso é o de menos, a graça do livro é a dualidade que cresce dentro da personagem com o avançar da sua vida de viúva, com os novos encontros e a percepção de seus sentimentos mais íntimos.

É muito gostoso ler um livro tão brasileiro e descobrir que os orixás têm um papel muito importante na história. As críticas ao vício, às questões de desigualdade social e de gênero são abordadas de forma leve e divertida. Foi ótimo começar a ler Jorge Amado por essa obra.
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Alexandre.Melo 28/04/2021

Lembro que encontrei esse livro na biblioteca ainda no ensino médio. Com uma capa antiga e letras tão pequenas disse para mim mesmo que nunca leria esse livro. No dia seguinte estava com ele embaixo do braço e ainda bem que o fiz! Leitura muito agradável, nem sei descrever porque não é o meu gênero e mesmo assim não deu para desgrudar!
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Barbara.Duarte 13/04/2021

"Somos teus dois maridos, tuas duas faces, teu sim, teu não.
Eu amei conhecer a história, mas não é uma história que me marcou, tem a cultura bahiana, os costumes e pesares da época.

Uma narrativa da década de 60 lida hoje em 2021 é bem complexo, os clássicos tem o poder de atravessar o tempo, mas nem toda a história atravessou bem, muitas coisas envelheceram mal.

Como amar Vadinho? Se ele era tão ruim com Flor... jamais desejaria um relacionamento assim, porém temos discussões muito além do Vadinho, os desejos de Dona flor, tanto sexuais como de vida, vemos uma mulher forte e apaixonada, independente, mas dentro do contexto da época bem a sombra da história de seus maridos, e foi assim que o autor escreveu, exaltou tanto Vadinho e Teodoro que pouco sobrou para a flor, a não ser o desejo.

Enfim, amo Capitães da Areia, e continuo amando, mas Dona Flor poderia ter envelhecido melhor, e por isso não é 5.

Uma leitura arrastada, com personagens que meu deus! Tantos q dão um nó na cabeça hahahhah

O livro poderia sim ser mais curto, e me dói o coração dizer isso ?
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Carol 27/03/2021

Depois de ler Capitães de Areia e Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor foi uma pequena decepção no universo de Jorge Amado que apenas agora começo a conhecer. Li outras resenha aqui no aplicativo que chegaram à mesma conclusão que tive durante a leitura: há muita repetição de histórias desnecessárias e cansativas. A parte final do livro, no entanto, é excelente e traz algumas reflexões interessantes sobre o papel de Dona Flor nesse triângulo amoroso que se forma ao longo do livro.
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Thales 27/03/2021

Uma Ferrari a 5km/h
Jorge Amado é conhecido por ter alguns defeitos recorrentes: é repetitivo, verborrágico muitas vezes, lança um exército de personagens inúteis no meio das tramas, se aprofunda em temas e situações irrelevantes, recicla tipos e estereótipos a ponto da gente encontrar vários "sósias" em seus livros e por aí vai. É óbvio que são particularidades que não se verificam ao mesmo tempo e não atrapalham, como regra geral, a leitura de suas obras; fosse assim ele não seria um literato reconhecido e admirado internacionalmente.

Digo "regra geral" porque "Dona Flor e seus dois maridos" é justamente a exceção que confirma a regra.

Tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO pelo que Jorge Amado é "atacado" tá presente aqui. O livro é arrastado a ponto de parecer que eu tava carregando um piano durante a leitura. O discurso direto fez muita falta - o autor cismava em narrar os diálogos em vez de simplesmente lançá-los - e a narrativa se perde em vários momentos, seja com a enxurrada de histórias paralelas de personagens aleatórios, seja nos causos do "elenco" principal - só do Vadinho, na verdade. Na terceira história de jogo do vagabundo já parecia que eu tava lendo a mesma coisa em looping; todas elas são engraçadas isoladamente, mas o efeito se perde com a repetição. Elas ocupam quase 200 páginas do livro, enquanto os trâmites pro segundo casamento de Dona Flor, e o próprio casamento, duram páginas de contar nos dedos.

Eu achava até que tudo fosse valer a pena no fim, quando eu me deleitaria com a realização do intuito da obra. Mas isso não aconteceu. Provavelmente porque eu já tava saturado da coisa toda, e não consegui aproveitar as duas últimas partes, que realmente são mais fluidas e envolventes.

E o pior de tudo, o que me deixa mais pistola, é que a história é muito boa. Mesmo. A gente conhece, ela tá no imaginário popular, virou mais de um filme, minissérie e uma centena de montagens de teatro. As reflexões que Roberto DaMatta suscita no posfácio são prova disso. Mas é jogada fora numa obra recheada de vícios, as boas passagens soterradas num mar de repetição e descompasso. E sinceramente só não dou uma nota menor em respeito ao legado do livro e todas as produções geradas a partir dele, além da edição maravilhosa da Companhia - de novo, sem comentários, é uma aula de editoração.

Tivesse "Dona flor" 1/3 do tamanho talvez se tornasse meu livro de cabeceira. Infelizmente Jorge Amado quis fazer feijoada com meia dúzia de grão de feijão. Deu nisso.
Carolina.Gomes 02/04/2021minha estante
Kkkk o título da resenha: sensacional


Thales 02/04/2021minha estante
???


Fernanda 06/03/2023minha estante
Ótima resenha! Li alguns livros de Jorge Amado e em nenhum me "decepcionei" tanto quanto esse.
Você conseguiu descrever os meus sentimentos. Estou com a sensação que o livro não vai acabar nunca!!




Camille.Pezzino 26/03/2021

RESENHA #150: À AMANTE INOCENTE E FOGOSA
Uma das obras mais famosas do cânone brasileiro, Dona Flor e seus dois maridos é um livro que traz tanto um humor ácido quanto uma crueza da realidade baiana da década de quarenta, tão conhecida por seu autor, Jorge Amado. Flor, dividida entre seus dois maridos, deve decidir entre as duas facetas que carrega: a inocente cozinheira ou a fogosa amante.

Contudo, ser uma amante fogosa não está nos planos de nenhuma mulher de “bem”, pelo contrário, naquele período histórico, as boas donas do lar eram recatadas. Ao menos, era o que a sociedade cristã patriarcal pregava sobre todas as mulheres. O desejo feminino é colocado em última instância, considerado impuro e ilegítimo diante da esfera do masculino.

Assim, culturalmente rico e repleto de críticas sobre uma sociedade hipócrita brasileira, o livro de Amado desenvolve muito bem seus personagens, mesmo que eles sejam estereotipados e caricatos. Essa caracterização é proposital, justamente para que diversos modelos sociais brasileiros sejam abarcados em suas mínimas medidas.

Como o bem e o mal, o homem é dividido entre o desejo daquilo que não pode e o desejo de ser bem visto socialmente. Flor sofre esse dilema, sendo a sua dúvida o cerne narrativo, entre aquilo que quer e aquilo que foi ensinada a querer. Nessa ambiguidade, que vai sendo desbravada até o final do livro, o autor explora a dualidade do amor, a dualidade do indivíduo e a própria dualidade da sociedade, mas, principalmente, a dualidade da mulher e dos seus amores.

Para além da crítica social explícita, Amado metaforiza alguma dessas relações sociais através de um realismo mágico. Vadinho, marido morto e revivido de Flor, é invisível, tanto por falta de matéria/corpo quanto pelo fato de ser um homem improdutivo socialmente, mesmo antes de vir a falecer. Teodoro, por sua vez, metódico e produtivo, é o marido visível da relação construída a três. Sua produtividade, no entanto, faz com que ele seja cego às relações sociais criadas entre ele e Flor, bem como entre ela e o marido morto e invisível.

Entretanto, por mais rico cultural e criticamente que seja Dona Flor e seus dois maridos, a narrativa atravessa alguns percalços. O primeiro de todos é a lentidão das informações, já que o autor optou por trazer inúmeros flashbacks do passado para explicar o presente. Nessa narrativa in medias res, ou seja, a história começa no meio para ir ao início e depois ao fim, temos uma história densa por conta desse passado que sempre volta para atormentar tanto o leitor quanto Flor. Ainda que faça ser mais rico, pesa no decorrer da leitura.

Há, como segundo percalço, também um relacionamento extremamente abusivo e tóxico entre Flor e Vadinho, o que na época era comum. Só que, com o olhar de hoje, essa relação se torna muito mais incômoda do que era naquele período. Por mais que a relação com o marido visível não seja também tão agradável aos olhos, a experiência de Flor com o morto é feita e descrita propositalmente para fazer com que você revire sua alma e veja como aquilo é errado. Isso faz com que o texto se arraste mais e mais, embora a linguagem do autor seja leve, oral e com uma caracterização bem popular, considerando o intuito do escritor de popularizar a sua crítica ao invés de mantê-la só para uma elite.

SAIBA MAIS EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-150-a-amante-inocente-e-fogosa/

site: https://gctinteiro.com.br/resenha-150-a-amante-inocente-e-fogosa/
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Fernanda 25/03/2021

Não é atoa que é um clássico! A dualidade dos maridos expressa o retrato brasileiro de forma bem humorada
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rayssagurjao 15/03/2021

Literatura brasileira e...
Dona Flor e seus dois maridos é uma obra escrita em 1966, por Jorge Amado, um escritor brasileiro reconhecido e que merece, visto que sua extensa obra é de valor inestimável, assim como esta obra que terminei de ler hoje.

Dona Flor e seus dois maridos é a Bahia dos anos 1930 e 1940, é a religiosidade iminente da vida, são os costumes e a "honra" da sociedade, as "classes", é o machismo arraigado, mas também é a sensualidade e a abertura pra uma personagem feminina pensar em sexo, fazer e nem por isso ser uma "despudorada" ou mulher da vida.

A obra são as jogatinas, o carnaval, as fraquezas e as virtudes das pessoas, a busca por um "bom e rico" casamento, as questões de honra, mas também os castelos, os bordéis, os terreiros. É um retrato da Bahia daquele período e principalmente de suas contradições.

Uma narrativa de uma mulher com a questão dos seus dois maridos, o que morreu e o que está vivo, mas também muito mais que isso, um enredo de muitos personagens, festas, comidas e vida, muita vida, um livro pra ser lido e contemplado aos poucos, pra sentir cada aroma da cozinha de Flor e perceber que ninguém é bom ou ruim, pois cada personagem, assim como nós, tem vicíos e virtudes.
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Zelinha.Rossi 12/03/2021

Que livro gostoso e divertido de se ler! Mesmo se o enredo não fosse bom (o que não é o caso, ele é maravilhoso) já teria valido a pena só as risadas (especialmente na última parte e ?às quartas e sábados, com ?bis? aos sábados?). Jorge Amado é sensacional!
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Janaina.CrisAstomo 27/02/2021

Dina Flor e seus dois maridos.
Uma história cheia de personagens bem detalhados. Um livro engraçado que conta a vida de Dona Flor, professora de culinária na Bahia, e seus dois maridos. Vadinho, que morre no começo da história, e Teodoro, um farmacêutico, exemplo de homem que ela sempre sonhou para si. Enquanto um só qier saber de vadiar, o outro é sério e comprometido com o ambiente familiar.
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Heloisa.Sommacal 17/02/2021

Apaixonante
Jorge Amado é uma espécie de Gabriel García Marquez brasileiro, é impossível ler e não se emocionar, do amor ao ódio, sentimos tudo.

"Dona flor e seus dois maridos" me fizeram lembrar "As cabeças trocadas" de Thomas Mann a busca incessante por uma pessoa em que se encontre tudo o que procuramos é utópica e surreal. Mesmo assim, seguimos firmes e fortes atrás do ideal imaginário, mesmo que ele exista só na nossa cabeça.
Marco 03/01/2022minha estante
Estou redescobrindo Jorge. Realmente da este sentimento de uma ambientação parecida com o Gabo. Mas só entrei no comentário porque acabei de ler o delicioso A Casa do Rio Vermelho, da Zélia. Parece uma espécie de biografia do casal. Talvez interesse você. Fica na Paz!


Heloisa.Sommacal 03/01/2022minha estante
Obrigada querido, vou colocar na minha lista ????




Danilo Parente 07/02/2021

Vadiação é coisa de Deus, foi ele quem mandou que s vadiasse
Essa é mais uma brilhante obra de Jorge Amado que todos deveriam ler.
O começo do livro trata do primeiro marido de Flor, o vadio Vadinho, que acabou morrendo vestido de baiana no meio de um carnaval. A partir dessa premissa, Jorge Amado mostra como era a vida de Flor antes de conhecer Vadinho, como eles se conheceram e como foram os 7 anos de casados.
O tempo passa e Flor na viuvez e sem nem mais aguentar de saudade de homem acaba casando pela segunda vez, dessa vez com o farmacêutico Teodoro, um homem bem estilo idealizado, romântico, família e que não trai a esposa de forma alguma. Ele é o oposto de Vadinho.
É nesse meio que Vadinho reaparece e vem todo nu doido pra vadiar com Flor.

Na metade do livro, a história acabou ficando um pouco chata e com algumas partes desnecessárias e repetitivas, mas nada que prejudique a obra como um todo.

De personagens icônicos dou meu destaque a Vadinho e a megera da sogra Dona Rosilda. A chatice da mãe de Flor é tão grande que ela acaba se tornando divertida.
"Aquilo não é uma mulher, é uma quarta-feira de Cinzas, termina com alegria de qualquer um."

O livro é muito bom. Têm partes sobre o candomblé, sobre a comida da Bahia, críticas, ironias, muitos capítulos divertidos e tem muita, mais muita vadiação.
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Lud 04/02/2021

O enredo em si é muito bom. Gosto da Dona Flor ter sua sexualidade, coisa que é muitas vezes negado às mulheres (ainda mais na época em que o livro foi escrito). Porém me decepcionei um pouco porque do pouco que eu conhecia da história, eu achava que essa coisa dos dois maridos acontecia durante a maior parte do livro, só que na verdade acontece muita coisa antes e essa parte em si é bem pequena (pensando no tamanho do livro). A narrativa até lá, eu achei um pouco cansativa, porque aparece muito personagem, muita história paralela e etc. O final é muito bom, mas até lá foi uma leitura um pouco chata pra mim, parecia que não avançava.
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Hanna 28/01/2021

Meio novela
Esse livro em poucos momentos me prendeu. Li por ler, por ser antigo e famoso. Não recomendo, pois não é meu tipo de leitura.
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