Dona Flor E Seus Dois Maridos

Dona Flor E Seus Dois Maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Mel 17/04/2024

Que livro MARAVILHOSO!!!

Fiquei encantada com a riqueza de detalhes que Jorge Amado relata ao longo da leitura.
Para quem não conhece Salvador, mas lê seus romances, passa a conhecer.
É lindo ver a paixão que ele tinha por essa cidade, que eu como moradora posso dizer, fantástica!!
Foi uma leitura muito prazerosa e valeu muito a pena!
Pretendo ler muitos outros.
Léo 17/04/2024minha estante
Que legal, Mel! Fiquei interessadíssiimo nessa leitura.


Mel 17/04/2024minha estante
Léo, eu amei demais!! A escrita do Jorge é fascinante. Você vai gostar. ?


Elton.Oliveira 17/04/2024minha estante
Muito bom ! Eu sempre que posso , incluo algum livro de autores brasileiros.... E sempre sou surpreendido positivamente!


Mel 17/04/2024minha estante
É isso mesmo Elton, eu faço o mesmo para prestigiar os nossos! E no caso do Jorge, não há como se decepcionar! Leitura incrível!


Duda.bae 17/04/2024minha estante
Que interessante Mel! Eu conhecia a história por causa da novela ou minissérie que tem da Globo. Ótima resenha! ???


Mel 17/04/2024minha estante
Eu fiquei encantada, Dudinha! Adorei a escrita do Jorge, super fluida. Há quem não goste, por ele descrever detalhadamente os lugares que ele cita no livro. Achei incrível a riqueza de casa detalhe! ???


Regis 17/04/2024minha estante
Acabei de comprar ele, Mel, e é muito bom saber que você gostou. Vou tentar lê-lo ainda esse ano. ???


Mel 17/04/2024minha estante
Você vai amar, Regis! Quando começar a ler, vamos comentar sobre.
Você vai se apaixonar pela riqueza dos detalhes nas descrições de alguns lugares. ???


Jeff Ettore 17/04/2024minha estante
Cinco estrelas??? Top!


Mel 17/04/2024minha estante
Bom demais, Jefinho! ?


Jeff Ettore 18/04/2024minha estante
?




Egídio Pizarro 27/06/2015

Esse não é um livro de humor, mas é muito interessante como há uma pitada de humor durante a história toda. Achei que não ia gostar (trauma por ter lido "Tieta do Agreste", que livro ruim...), mas achei sensacional.
Thiago 27/06/2015minha estante
Poxa eu adoro Tieta, tem umas coisas bem forçadas, mas até deu para dar umas boas risadas, o Dona Flor eu ainda não li, mas vou colocar na fila.


Luciana 27/06/2015minha estante
Dona Flor e nunca li, mas Tieta é um dos meus favoritos!


Thiago 27/06/2015minha estante
O meu favorito do Jorge é o "terra dos sem fim".


Luciana 27/06/2015minha estante
Terras do sem fim , capitães da areia e tieta são os meus favoritos!


Egídio Pizarro 29/06/2015minha estante
Também adoro "Capitães da Areia". Foi um dos primeiros livros que li dele. "Tenda dos Milagres" e "Teresa Batista Cansada de Guerra" valem muito a pena, fica a sugestão.


Luciana 29/06/2015minha estante
Tereza Batista e Gabriela estão na minha estante aguardando para ser lidos!


Thiago 29/06/2015minha estante
Tenda dos milagres eu já li, mas não gostei tanto, mas fica longe de ser ruim, a propósito se fores ler o "terras do sem fim" e gostares dele recomendo ler também a continuação que se chama "São Jorge de Ilheus".


Luciana 29/06/2015minha estante
Não sabia que o terras do sem fim tinha continuação...mais um pra minha lista!


Thiago 29/06/2015minha estante
Mas não é tão bom quanto o "terra dos sem fim", mas ainda assim é um bom livro, ele faz parte da primeira fase dos romances do Jorge que eram de denúncia social, que de longe é minha fase favorita dos livros dele.




Elo 25/03/2020

Ótimo ela conhecer Jorge Amado! Me apaixonei pela escrita bem brasileira, inclusive me surpreendi demais com o livro. Os personagens são muito bem construídos. Tive um pouco de dificuldade com o ritmo do livro, talvez em função de seu tamanho ou do meu ritmo de leitura, não sei. Mas amei demais e pretendo ler mais do autor.
Gabriel 25/03/2020minha estante
Histórias brasileiras são bem lentas mesmo.


Suzana.LeAo 05/05/2020minha estante
Concordo com você !!! O livro é muito bom, mas num dado momento de torna enfadonho, páginas e páginas irrelevantes onde nada acontece. Depois, já na reta final se torna interessante de novo.


Renata1004 22/06/2020minha estante
Acabei de iniciar


Elo 22/06/2020minha estante
Depois me fala o que achou!


Renata1004 22/06/2020minha estante
Tá bom


Kamilla 18/08/2022minha estante
gente alguem me explica como faz pra ler


Maria 20/10/2022minha estante
Também quero saber ??


Taty 24/06/2023minha estante
Que bom! Jorge Amado foi um grande escritor baiano. Leia A Morte e a Morte de Quincas Berro D'água, tbm de autoria dele.




Craotchky 20/05/2019

Um breve olhar e miúdo aperitivo
"A felicidade é bastante cacete, assaz maçante, em resumo: uma aporrinhação..."

Incrível como a prosa de Jorge Amado exala naturalidade. Durante a leitura eu tive a impressão que este baiano não precisava pensar para escrever, bastando colocar as palavras no papel conforme viessem tamanha naturalidade da narrativa. O resultado é uma história que parece muito, muito, muito real. Tão gostosa, sensual e por vezes cômica (dei boas risadas) é a linguagem de Jorge Amado, que em certo momento percebi não estar tecendo conjecturas sobre o que iria acontecer na história, isto é, para onde a história estava indo, tamanha imersão no momento presente da leitura. Talvez Amado seja o que chamamos de Exímio contador de histórias, um romancista por excelência, em suma.

Aos meus olhos destacam-se neste livro dois elementos: a linguagem ( ou seja, a narrativa, a escolha das palavras nas descrições) e as(os) personagens. Eis alguns membros da fauna de personagens do livro (Na tentativa de exemplificar o tom cômico e a linguagem de Jorge Amado resolvi intercalar abaixo descrições extraídas do livro):

Florípedes, ou dona Flor é desde sempre mulher séria, mansa, recatada, composta, impoluta. Dona Flor é "pequena e rechonchuda, de uma gordura sem banhas, a cor bronzeada de cabo-verde, [...] olhos de requebro e lábios grossos um tanto abertos sobre os dentes alvos". Ou ainda "morena e rechonchuda, servida de carnes, com uns olhos de azeite e uma pele cobreada, cor de chá, formosa de ancas e de seios". Esposa fiel, professora em sua escola de culinária, dona Flor é o exemplo de mulher dona de casa.

Vadinho, primeiro marido de dona Flor, morre assim que começa o livro. No carnaval Vadinho "caiu no samba com aquele exemplar entusiasmo, característico de tudo quanto fazia, exceto trabalhar". Ele "estava sambando, numa animação retada, e sem avisar a ninguém, caiu de lado já todo cheio de morte". "Era largamente popular, [...] benquisto sobretudo onde se bebia, jogava e farreava". Vadinho é libertino, boêmio, jogador inveterado de jogos de azar, trambiqueiro, além de ser bom de lábia, conquistador, don-juan, finório sedutor de moças e casadas, sábio em matérias de prazer. É também "pobre, sem vintém, funcionário chinfrim, picareta e facadista, cachaceiro".

Dona Rozilda é viúva e "mãe de dona Flor, nascida para madastra". Ambiciosa, dona Rozilda é uma baiana destestável até "porque a natureza de dona Rozilda era mesmo consagrada a infernar o próximo. Quando não estava contrariando alguém, sentia-se vazia e infeliz". Gil, seu falecido marido e pai de dona Flor, logo que pôde partiu desta para melhor. Sim pois, "fosse o que fosse a esperá-lo nos mistérios do além, qualquer coisa seria melhor se comparada à vida em comum com dona Rozilda". Seu Gil, "Concluiu de nada adiantar sua sacrificada labuta, aproveitou uns dias de inverno mais úmido para adquirir uma pneumonia barata e emigrou para o astral. Fosse outro e poderia ter escapado, ter vencido a doença, pouco mais do que uma gripe. Gil, porém, estava cansado!, não se dispunha a esperar doença mais séria e grave. Além do mais, não tinha ilusões: doença de qualidade, importante, moléstia da moda, cara, falada nos jornais, não chegaria para ele, o melhor era contentar-se com sua mesquinha pneumonia. Assim o fez e, sem se despedir, faltou com o corpo, descansou." Nas palavras de um dos genros: "Aquilo não é uma mulher, é uma quarta-feria de cinzas, termina com a alegria de qualquer um".

Doutor Teodoro, o segundo marido de dona Flor, para resumir é essencialmente o oposto de Vadinho.

A fauna não termina por aqui, há ainda as comadres bruacas, seus esposos, os notívagos amigos de Vadinho, as mulheres da vida (mais que amigas de Vadinho), as figuras esotéricas, as pessoas da alta sociedade baiana...
E embora não tenha escrito nada sobre o enredo, sobre a ambientação, ou ainda sobre a questão do machismo presente na obra, bem como os hábitos cotidianos e religiosos característicos da Bahia, por já me alongar em demasia paro por aqui. Espero ter dado alguma ideia da linguagem e tom de Amado neste livro. Saio, por fim, satisfeito com este texto e com esta leitura.
Tayriny 25/05/2019minha estante
Depois dessa resenha eu quero muito ler Dona Flor e seus dois maridos. Como você disse, parece um contador de histórias e a linguagem parece muito gostosa de ler.


Craotchky 25/05/2019minha estante
Fico feliz Tayriny. Sem dúvida vale a leitura. O livro tem muito mais a oferecer do que pude transmitir no texto. A prosa de Amado é encantadora, cômica, real... Os adjetivos que ele emprega ao longo da narrativa se destacam, ora pela peculiaridade, ora pelo contexto. Procurei usar alguns deles durante o texto mesmo quando não estava fazendo uma citação direta. O livro descortina um novo mundo aos olhos do leitor, sobretudo em partes mais esotéricas quando trata de superstições e o ambiente religioso. Enfim, só lendo mesmo...


Orochi Fábio 12/12/2019minha estante
Ótima resenha: importante por trazer um trecho que mostra ser "maçante" o termo correto e não o tal "massante", lido tantas vezes com horror por mim, em um aplicativo de literatura como este! Há "leitores" & Leitores, sem dúvida...


Craotchky 12/12/2019minha estante
Há muito tempo tive essa dúvida mas procurei saná-la para escrever o correto. Obrigado por comentar, Fábio.


Raela 13/04/2021minha estante
Louca pra ler esse!!


Craotchky 13/04/2021minha estante
Hehe, também neste caso: o melhor que li do autor. Divertidíssimo!




Gláucia 02/07/2021

Dona Flor e Seus Dois Maridos - Jorge Amado
Essa edição da Cia das letras tem quase 500 páginas mas com uma fonte minúscula. A leitura se arrastou por quase 2 meses, sobra gordura aqui.
Isso e mais a forma como a mulher é retratada (eu sei, é a época e blá blá blá) me fizeram não curtir tanto a leitura.
E pra completar, o número da sorte de Vadinho é o 17! Não tem como isso dar certo!
Geórgea 03/07/2021minha estante
Odeio essas edições justamente por conta da fonte. Com certeza a leitura acaba prejudicada, mesmo quando a obra é boa.


Gláucia 03/07/2021minha estante
Se fosse uma fonte de tamanho razoável esse livro teria umas 200 páginas a mais


Geórgea 04/07/2021minha estante
Pois é! Ao invés de economizar no número de páginas, deveriam deixar o livro maior mesmo ou dividir em dois volumes (minha preferência).


Gláucia 04/07/2021minha estante
Nesses casos ebook acaba sendo mais atrativo.


Luiza 05/01/2022minha estante
A história é sensacional, li 4 vezes. Esta última vez, li versão digital e muitas vezes usei o recurso de leitura em voz alta. A obra é fenomenal, uma das histórias mais profundas que já li... Além de ser um retrato divertidissimo sobre a condição da mulher nos anos 40, em Salvador, e um retrato divertidíssimo dos costumes do nordeste, da religião afro-brasileira, da linguagem da época, etc, além disso dá pano pra manga se quisermos filosofar sobre relacionamentos, sobre íncubos, sobre o folclore nacional, sobre fidelidade conjugal, sobre a alma humana enfim... Tanta coisa! Que pena que a formatação prejudicou sua experiência.




Paty Conectando livros lidos 19/08/2020

Dona Flor e seus dois maridos
Edição de 1966, linda. O livro é interessante, porém a escrita além de muito repetitiva aprofunda - se em detalhes totalmente desnecessários
Roni 07/10/2020minha estante
Estou no começo e estou achando muito enfadonho tanta descrição e foco em coisas que parecem desnecessárias. É assim só no começo ou no livro todo? Fica mais dinâmico?


Paty Conectando livros lidos 07/10/2020minha estante
É assim o livro todo. Infelizmente. Se não fosse isso seria muito melhor.


Roni 07/10/2020minha estante
Nossa, vou abandonar então! Obrigado!


Paty Conectando livros lidos 08/10/2020minha estante
Sinto muito pela notícia.




William LGZ 20/04/2022

O mais divertido de Jorge Amado
Dona Flor e Seus Dois Maridos não é o meu favorito entre os livros que li de Jorge Amado mas definitivamente está em pé de igualdade com o melhor! Sua história é maravilhosa, eu ri demais e me encantei bastante durante o seu desenrolar.

O romance que há nesta obra pra mim foi o melhor entre todos do autor, sendo construído de forma primorosa e recheado de situações divertidíssimas onde, mesmo com o forte tom de comédia, há muitas passagens para nos fazer refletir sobre a sociedade daquela época e mesmo pautas em alta nos dias de hoje como monogamia x poligamia.

E o que dizer dos personagens principais? Perfeitos. Mesmo os secundários que não foram muito bem aprofundados tiveram ao menos alguma cena ou frase que me marcou de alguma forma.

Enfim, posso ficar por horas rasgando elogios à este trabalho que ainda não será o suficiente. Então vamos logo à finalização: eu o recomendo com todas minhas forças!
Alberto.Tisbita 22/08/2022minha estante
Olá! Estou buscando referências pra ter o primeiro contato com Jorge Amado e terminei esbarrando com esta excelente resenha. Qual é o seu favorito dele? Recomenda começar por aqui?


William LGZ 22/08/2022minha estante
E aí! O meu livro favorito de Jorge Amado entre uns 7 que li é "Mar Morto", porém ele tem uma pegada completamente diferente deste aqui e é bem mais dramático, diria que para começar a ler o autor a história de "Dona Flor e Seus Dois Maridos", que foi o 2° melhor pra mim, é uma excelente pedida!


Alberto.Tisbita 07/09/2022minha estante
Obrigado ?




Clio0 25/07/2023

Quer começar uma discussão? Basta soltar no meio de um bando de acadêmicos a famosa frase: A melhor obra de Jorge Amado foi... e a briga vai começar. É claro, com Capitães de Areia e sua crítica social sendo presença obrigatória no vestibular e Tieta do Agreste com toda a sua politicagem e já tendo mil adaptações, poucos considerariam Dona Flor e Seus Dois maridos. Grande injustiça.

As mulheres na obra do autor refletem, como não podia deixar de ser, uma visão masculina, assim são eróticas, misteriosas e, sobretudo, fortes. Hoje em dia tende-se a argumentar que o retrato da figura feminina em qualquer mídia mostra-se como uma caricatura da fêmea submissa ou da mulher-fera, mas o baiano prefere caracterizar sua heroína como uma mulher típica dos anos sessenta...

Flor é doce, sensual e pragmática. Ao invés de sofrer enfrentado a sociedade, ela burla-a. Perde a virgindade com o primeiro namorado, casa-se com Vadinho - um vadio por quem é perdidamente apaixonada - , recasa-se com alguém capaz de lhe dar segurança financeira, considera o adultério ao se ver insatisfeita sexualmente e, finalmente, abraça a bigamia como seu direito. Uso o termo aqui na sua forma mais informal, é preciso ler o livro para entender por quê.

Jorge Amado, ao seu bel prazer, salpica os capítulos com receitas culinárias, piadas sociais e vez por outra, com os melindres e dúvidas morais de Flor que vão caindo por terra com os ataques incessantes de Vadinho. O fato de que o personagem é um fantasma é apenas a cereja do bolo.

É um texto leve, engraçado, cheirando a maresia e com gosto de azeite de dendê.

Recomendo.
preta velha 25/07/2023minha estante
já li este livro quatro vezes e o meu favorito dele é tieta, que li cinco.


Juliana-- 26/07/2023minha estante
Preciso ler este depois desta resenha, valeu!


Caroline1402 31/07/2023minha estante
Que resenha maravilhosa!




Thales 27/03/2021

Uma Ferrari a 5km/h
Jorge Amado é conhecido por ter alguns defeitos recorrentes: é repetitivo, verborrágico muitas vezes, lança um exército de personagens inúteis no meio das tramas, se aprofunda em temas e situações irrelevantes, recicla tipos e estereótipos a ponto da gente encontrar vários "sósias" em seus livros e por aí vai. É óbvio que são particularidades que não se verificam ao mesmo tempo e não atrapalham, como regra geral, a leitura de suas obras; fosse assim ele não seria um literato reconhecido e admirado internacionalmente.

Digo "regra geral" porque "Dona Flor e seus dois maridos" é justamente a exceção que confirma a regra.

Tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO pelo que Jorge Amado é "atacado" tá presente aqui. O livro é arrastado a ponto de parecer que eu tava carregando um piano durante a leitura. O discurso direto fez muita falta - o autor cismava em narrar os diálogos em vez de simplesmente lançá-los - e a narrativa se perde em vários momentos, seja com a enxurrada de histórias paralelas de personagens aleatórios, seja nos causos do "elenco" principal - só do Vadinho, na verdade. Na terceira história de jogo do vagabundo já parecia que eu tava lendo a mesma coisa em looping; todas elas são engraçadas isoladamente, mas o efeito se perde com a repetição. Elas ocupam quase 200 páginas do livro, enquanto os trâmites pro segundo casamento de Dona Flor, e o próprio casamento, duram páginas de contar nos dedos.

Eu achava até que tudo fosse valer a pena no fim, quando eu me deleitaria com a realização do intuito da obra. Mas isso não aconteceu. Provavelmente porque eu já tava saturado da coisa toda, e não consegui aproveitar as duas últimas partes, que realmente são mais fluidas e envolventes.

E o pior de tudo, o que me deixa mais pistola, é que a história é muito boa. Mesmo. A gente conhece, ela tá no imaginário popular, virou mais de um filme, minissérie e uma centena de montagens de teatro. As reflexões que Roberto DaMatta suscita no posfácio são prova disso. Mas é jogada fora numa obra recheada de vícios, as boas passagens soterradas num mar de repetição e descompasso. E sinceramente só não dou uma nota menor em respeito ao legado do livro e todas as produções geradas a partir dele, além da edição maravilhosa da Companhia - de novo, sem comentários, é uma aula de editoração.

Tivesse "Dona flor" 1/3 do tamanho talvez se tornasse meu livro de cabeceira. Infelizmente Jorge Amado quis fazer feijoada com meia dúzia de grão de feijão. Deu nisso.
Carolina.Gomes 02/04/2021minha estante
Kkkk o título da resenha: sensacional


Thales 02/04/2021minha estante
???


Fernanda 06/03/2023minha estante
Ótima resenha! Li alguns livros de Jorge Amado e em nenhum me "decepcionei" tanto quanto esse.
Você conseguiu descrever os meus sentimentos. Estou com a sensação que o livro não vai acabar nunca!!




Layla.Ribeiro 11/11/2020

Desafio literário 2020- Livro que virou filme
O livro tem um ritmo lento, a história demora de se enrolar porque o autor ele detalha cada personagem, de onde vem, o que pensa, se não tem paciência, esse livro não é pra você, mas dê uma chance que vale a pena conhecer a Bahia através deste livro sem sair de casa, eu me senti em Salvador. O autor tenta convencer o leitor que a história é verdadeira e ele traz pessoas famosas como personagem, tal como, Caymmi , Carybe, Jenner Augusto entre outros.A escrita é gostosa de ler por trazer elementos populares na narrativa, só tomem cuidado porque as vezes a narração se funde aos pensamentos dos personagens podendo confundir a leitura. Esse livro foi a obra que eu mais pude sentir o amor de Jorge pela Bahia, além das riquíssimas descrições de receitas baianas, mesmo se passando em Salvador ele cita outras 15 cidades baianas, tal como Nazaré das Farinhas que é onde a mãe desprezível e insuportável de Dona Flor mora. Jorge Amado nos apresenta os rituais do Candomblé descontruindo a imagem ruim da religião , achei de muita importância , o candomblé não está ali atoa ele serve de explicação pra o surgimento de Vadinho. Enquanto o filme de 1976 achei muito fiel a obra, os diálogos são todos do livro , parecia que eu estava relendo o livro. É um livro muito bom, porém a narrativa lenta me pegou um pouco, mas ele é divertidíssimo e é uma ótima opção para quem está de ressaca literária
rodrigo963 11/11/2020minha estante
Empolgação total nessa leitura de Jorge Amado ????????


Layla.Ribeiro 11/11/2020minha estante
Vale a pena, leia


Julia.Silva 22/04/2021minha estante
A melhor coisa é eu perguntando pra minha vó como são os lugares do livro




Lirieudo 19/11/2021

A escrita de Jorge e as escolhas narrativas
Jorge Amado é um grande escritor brasileiro. Gosto muito das suas narrativas, mas nesse livro especificamente não gostei da forma que foi organizado. A presença de Vadinho é muito postergada, chegando lá pros 75% da leitura. Além disso alguns capítulos são intercalados com outros de narrativas paralelas o que quebra o ritmo. Às vezes não conseguia me conectar com os personagens, mas é uma experiência particular. É um livro bom, mas não indicaria esse para quem quer conhecer a obra do autor.
Roberta.Mariz 13/12/2021minha estante
Senti EXATAMENTE a mesma coisa... ainda bem que eu conheço bastante a obra dele e mesmo com esse livro decepcionante, não abalou meu amor por suas obras...
Eu pulei várias páginas pra poder terminar o livro...


Lirieudo 15/12/2021minha estante
Rsrs É muito interessante como a experiência da gente influencia. É isso que você disse mesmo, ainda há outras possibilidades que não tiram o brilho dele.




Heloisa.Sommacal 17/02/2021

Apaixonante
Jorge Amado é uma espécie de Gabriel García Marquez brasileiro, é impossível ler e não se emocionar, do amor ao ódio, sentimos tudo.

"Dona flor e seus dois maridos" me fizeram lembrar "As cabeças trocadas" de Thomas Mann a busca incessante por uma pessoa em que se encontre tudo o que procuramos é utópica e surreal. Mesmo assim, seguimos firmes e fortes atrás do ideal imaginário, mesmo que ele exista só na nossa cabeça.
Marco 03/01/2022minha estante
Estou redescobrindo Jorge. Realmente da este sentimento de uma ambientação parecida com o Gabo. Mas só entrei no comentário porque acabei de ler o delicioso A Casa do Rio Vermelho, da Zélia. Parece uma espécie de biografia do casal. Talvez interesse você. Fica na Paz!


Heloisa.Sommacal 03/01/2022minha estante
Obrigada querido, vou colocar na minha lista ????




Lili 01/02/2019

Dona Flor e seus Dois Maridos
Eu me diverti muito lendo este livro. XD

No começo eu fiquei bastante irritada. Não costumo me incomodar com o machismo na literatura, pois entendo o contexto de cada época e também entendo que muitas vezes não é algo tolerado pelo autor ou narrador, mas apenas exposto, da maneira como 'aconteceu' na história. Ainda assim, o começo deste livro me deixou com muita raiva por causa do machismo, da tolerância e inclusive romantização de tantas coisas que eu acho muito erradas (na figura de Vadinho).

Passado o primeiro momento de péssima impressão, eu resolvi ver o mundo pelos olhos do narrador e preferi acreditar que ele não estava romantizando nada, mas apenas contando uma história do ponto de vista de Dona Flor. Esta mulher que em sua maneira tão simples de viver e ver o mundo acabou por demonstrar uma imensa força e personalidade, e que, por mais que nos parecesse tão submissa, acabou por fazer tudo da maneira como quis, do início ao fim de sua vida (ou pelo menos até onde acompanhamos).

O livro conta com muitos detalhes quase toda a vida de Dona Flor e o autor aproveita para caracterizar a sociedade brasileira (e mais especificamente baiana) da época. O já mencionado machismo, a hipocrisia, os preconceitos de classe, a corrupção, os golpes de 'religiosos' e esotéricos charlatães... Por outro lado destaca-se a força da mulher, a sensualidade, a beleza das relações, a lealdade entre amigas (quem não queria uma dona Norma pra chamar de sua vizinha?) e a simplicidade de uma vida suburbana entre os anos 30 e 40.

Recomendo a leitura deste livro, com a ressalva de ele ser mais extenso que o necessário (na minha opinião), tornando alguns trechos enfadonhos.
Cy 01/02/2019minha estante
Eu ri com o "ele ser mais extenso que o necessário". P***a, Jorge! Hehehe


Lili 02/02/2019minha estante
Kkkkkkkkkk... ?Vamo resumir isso aê??




Mikaela 17/11/2021

Uma batalha entre o espírito e a matéria
Assim define Jorge Amado a sua obra: uma batalha entre o espírito e a matéria. No meio desse campo, com os sentimentos em guerra, dona Flor, professora de culinária dividida entre os seus dois maridos: Vadinho, boêmio especialista nas artes da jogatina e de vadiar, e Teodoro, farmacêutico, homem honesto e metódico.
Ao conduzir a narrativa o autor parece se inspirar na profissão de sua protagonista e de ingrediente a ingrediente, sem miserê nem exageros, vai contando a história não só do triângulo amoroso mas também de infinitos personagens que vem enriquecer a obra. Estes tão bons, com personalidades tão marcantes, que nada que eu diga aqui vai fazer jus a sua criação.
O romance é (muito!!!) engraçado, inteligente, sensual, com a cara da Bahia com sua comida, música e vocabulário. Não à toa é tão popular.
Carolina.Gomes 17/11/2021minha estante
Aquele livro q todo mundo ama menos eu? ?


Mikaela 18/11/2021minha estante
Jura? Eu achei maravilhoso, é muito meu estilo de escrita e tal. Pra ver como gosto literário é muito pessoal, né?




spoiler visualizar
Sonic 10/08/2012minha estante
Sempre adoro ver vc falando de um livro de Jorge, Paulo. Sua baianidade é uma das muitas coisas que me encantam nessa terra linda onde nasci e nunca abandonarei. Certamente lerei o livro em oportunidades futuras.




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